Luís Miguel Lopes Mendes «Mano»

Não é um produto exclusivamente made in Restelo, mas Luís Mendes, ou melhor, Mano, como é conhecido no futebol cá do burgo, é o mais recente fruto de sementes que brotaram jogadores como Gonçalo Brandão, Rúben Amorim ou Rolando. 
Não é uma espécie de último moicano, pois há mais talentos nos viveiros de Belém, mas no actual plantel principal não se vislumbram, para já, caminhadas idênticas. 
Mano até é mais parecido com Rolando na medida em que, tal como o agora dragão, não fez toda a formação no Belenenses. Mas foi lá que fez a transição para o plantel principal, atravessando a ponte dos juniores. 
Depois de duas épocas de raras oportunidades, esta é a temporada de afirmação do internacional sub-21, mercê dos 18 jogos já realizados só para a Liga, isto contra o total de seis que fizera nas duas anteriores. 
Todavia, é uma afirmação em fórmula... polivalente. Mercê das quatro funções que já desempenhou na equipa: lateral-direito e esquerdo, extremo-direito e médio-centro. 
Esta última é a posição de raiz de Mano, o motivo pelo qual Jorge Jesus até o apelidava de Makelelé do Restelo, embora raramente tivesse apostado nele. 
Mas agora Jaime Pacheco tem procurado espremer ao máximo este português de ascendência cabo-verdiana, que espreita um lugar ao sol do futebol português, mas por ora concentra-se em evitar que esse sol deixe de brilhar para o clube do Restelo... 2007 foi o ano nas quinas 
O percurso de Mano no futebol também tem sido feito à conta das passadas que tem dado nas camadas jovens das Selecções. E nesse particular o ano de 2007 tão cedo não será esquecido pelo jogador de 21 anos. 
Depois de Carlos Dinis, então treinador dos sub-19, lhe ter franqueado a porta da turma das Quinas, pela qual participou no Europeu do escalão, a ascensão aos sub-20 fez-se num ápice e proporcionou-lhe a oportunidade de estar em dois dos torneios para jovens mais conceituados do Mundo: o afamado Torneio de Toulon, e, ainda em 2007, no Campeonato do Mundo de sub-20, para o qual foi chamado por José Couceiro, que então liderava a equipa na prova que decorreu no Canadá. 
Texto e foto do jornal "A BOLA"

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