Mariano Amaro, indefectível belenense e símbolo do clube, bem mereceu a homenagem que ontem lhe foi prestada

«Vencedores da Taça Portugal de 1959/60»
Estádio do Restelo, 28 de Agosto de 1965. A comissão promotora da homenagem a Mariano Amaro, que teve Acácio Rosa como maior impulsionador e entusiasta, fez constar da programação do evento, um jogo de futebol entre as equipas dos «Campeões nacionais 45/46» e a dos «Vencedores da Taça de Portugal de 59/60», que alinharam do seguinte modo:
«Vencedores da Taça» (Foto) - Raúl Correia; Rosendo e Abdul; Moreira, Rebelo e Amílcar (Miguel); Carlos Ferreira, Dimas, Martinho, Matateu e Angeja.

«Campeões» - Salvador Jorge; Moura e Feliciano; Amaro (Mário Sério), Varela Marques (Rodrigues) e Mário Coelho; Martinho, Rodrigues, Artur Quaresma, José Pedro (Conceição) e Perfeito Rodrigues. 
⚽marcadores: Angeja (3), Conceição (1), Miguel (1) e Martinho (1). Resultado final: os mais novos ganharam, por 4-2.
Foto cedida pelo amigo José Manuel Rebelo, e publicada originalmente em 06/02/2011

Recordemos o guarda-redes belenense Caetano no dia do seu 88º aniversário. Parabéns !

Revista «Stadium» de 28 de Setembro de 1949

⛹Sobre as redes do grupo da camisola azul desenvolveram-se algumas jogadas bem difíceis. A defesa do grupo vencido, porém, fez o possível por impor algum respeito aos encarnados, o que em parte conseguiu. Aqui se demonstra a afirmação: em cima uma defesa segura de Caetano, a remate de Arsénio, Moura sorri... No disco, Melão salta por cima de Caetano, que se lhe atira aos pés; e na última foto, mais um mergulho decidido do jovem guarda-redes belenense.

⛹Belenenses - Benfica. Uma homenagem às «reservas» dos clubes ! e porque não ? Os rapazes lutam com estoicismo e a melhor dedicação. Merecem os favores do público e da critica. Nesta fase, nota-se certo merecimento na luta - igual, até superior a muitas jogadas que assistimos quando se exibem os grupos de honra. Intervêm: Frade que cabeceia uma bola alta, perante a surpresa de Paulo. 

⚽Estádio das Salésias, 25 de Setembro de 1949. Jogo para a «Taça Preparação». Assistência razoável. Derrota por 3-1. O Belenenses alinhou com: Joaquim Caetano; Adelino Moura e António Portas; Inácio Rebelo, José Gonçalves e David Matos; Carlos Frade, Pinto de Almeida, Francisco Rocha, Pereira Duarte e Diógenes Boavida (ex-FC Porto).

António Portas, «protege» Joaquim Caetano

Nogueira estreia-se na baliza belenense no difícil campo da Cuf, e não obstante os «azuis» saíram-se bem da tarefa

Barreiro, 05/02/1956. Campo de «Santa Bárbara», com razoável assistência. Jogo a contar para a 17ª jornada do campeonato nacional. Sob a arbitragem da Manuel Louzada, de Santarém, as equipes alinharam:

Belenenses - Nogueira; Pires e Moreira; Pellejero; Figueiredo e Vicente; Di Pace, Matateu, André, Perez e «Tito». Treinador: Fernando Riera.

C.U.F. - Libânio; Pedro Gomes e Celestino; Orlando, Palma e Vale; Pedro Duarte, Arsénio, Jesus Correia, Luís e Sérgio.

⚽ Marcadores: 0-1, aos 4' por Matateu. 0-2, aos 52' por André. 1-2, aos 56' por Arsénio. Resultado final: C.U.F., 1 - Belenenses, 2


⛹ Joaquim Maria Nogueira, nasceu em Grândola a 5 de Julho de 1930. Representou o Belenenses na época de 1955/56. Foi uma vez titular, em jogos para o campeonato nacional.  

Joaquim Branco (do Belenenses) recordista dos 2.000 metros planos

Capa da revista «Stadium» de 24 de Agosto de 1949
📸«Joaquim Branco (do Belenenses) e Matos Fernandes (do Benfica), dois grandes atletas, que acabam mais uma vez de revelar extraordinárias qualidades: o primeiro bateu o «record» dos 2.000 metros e o segundo venceu o decatlo nacional.»

Rui Ramos e Joaquim Branco (do Belenenses) recordistas e campeões nacionais atletismo

👟Rui Ramos, foi recordista nacional do triplo salto entre 1952 e 1966, com a marca 15,54 metros. Foi também recordista do salto em comprimento em 1951, melhorando-o em 1953, para 7,05 metros. Foi atleta olímpicos nos jogos de Helsínquia (1952) e foi finalista do triplo salto (9º) no campeonato Europeu de Berna, em 1954.
 👟 Joaquim Branco, foi 5 vezes recordista nacional de 1.500 metros entre 1949 e 1951. Foi igualmente recordista nacional dos 800, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000 e 5.000 metros.

Nunes surpreendeu e Vicente do Ó executou com a melhor classe na goleada que o Belenenses infligiu na Tapadinha

📸«Vicente, decidido, remata de cabeça, mas o seu esforço não resulta praticamente. Correia, rápido, intervém»
Estádio da Tapadinha, 31 de Outubro de 1948. Sétima jornada do campeonato nacional. Sob a arbitragem do Sr. José Serandieses e perante numerosa assistência, os grupos alinharam do seguinte modo:
⛹ «Os Belenenses»: Sério; Vasco e Feliciano; Inácio Rebelo, David Matos e Serafim das Neves; Nunes, Vicente do Ò, Sidónio, Pinto de Almeida e Narciso.
⛹ Atlético C.P.: Correia; Pereira e Abreu; Rosário, Armando Carneiro e Lopes; Barbosa, Ben David, Gregório, Rogério e Caninhas.
⚽ marcadores: Vicente do Ó, aos 12, 54, 58 e 73; Sidónio, aos 44'; Nunes, aos 49', Rebelo, aos 71' e Caninhas, aos 30' marcou pelo Atlético.

👉 (...) Vicente do Ó, jogador com grande potencial mas teve uma passagem curta pelo Belenenses. Saiu muito zangado. O Belenenses, no ano seguinte, tentou o seu regresso, mas ele não quis regressar. (...) Joaquim Caetano 
👉 Vicente Maria do Ó, jogou no Belenenses somente na época de 1948/49. Marcou 15 golos em 15 jogos para o campeonato. Digno de registo os 4 golos que marcou ao Braga (12ª jornada) e ao Atlético.

Matateu, na colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55

Nº 79 - Lucas Sebastião da Fonseca «Matateu». Caso raro de popularidade, pode-se dizer que «chegou, viu e venceu». Tanto em representação do Clube de Futebol «Os Belenenses», como da Selecção Nacional a sua presença na grande área é sempre sinal para as redes adversárias. Nas suas 12 «internacionalizações» marcou golos contra a África do Sul (1), Inglaterra (1) e Egipto (2).

Di Pace pelo lápis de Pargana para a colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55


 

Nº 63 - Miguel Di Pace 
O argentino do C. F. «Os Belenenses», jogador de grande domínio de bola, de fintas desconcertantes e de característico «dribling». 
Começou a sua carreira no «Racing» de Buenos Aires, transitou sucessivamente, para o «Huracan» e «Universidade do Chile» e finalmente para o clube da «Cruz de Cristo», onde sente a camisola que traz, como qualquer português.

Tito: na colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55




Nº 99 - Alberto Silva «Tito»
Lisboeta de nascimento, o irrequieto e oportuno extremo - esquerdo do C. F. «Os Belenenses», que encontrou, finalmente, o jogador que o clube do Restelo precisava   naquele posto.  
Sempre em luta, tem obtido por esse motivo alguns golos, em ocasiões julgadas já perdidas.

Rui Ramos na colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55



Nº 45 - Rui Ramos 
Internacional, Olímpico, recordista do triplo-salto, com a marca «europeia» de 15,58 m. não teve em Helsínquia a actuação que se esperava, devido a lesão que o impossibilitou de dar pleno rendimento.
Natural de Algés, representando o C. F. «Os Belenenses», tem, também, alcançado marcas de valor em «comprimento» e «altura». 
É um atleta dotado de excelentes qualidades para a modalidade que escolheu.  

Moreira, pelo lápis de Pargana para a colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55


 

Nº 24 - Raúl Francisco dos Santos Moreira 
Internacional «militar», foi designado na equipa «Belenenses» para substituir o «Internacional» Serafim. 
A sua colocação, rapidez no desarme e poder de antecipação, indicam-no como sério candidato à equipa das «quinas». 
Natural de Carcavelos, o jovem jogador de Belém, é o tipo ideal do defesa no futebol moderno. 

José Pereira pelo lápis de Pargana para a colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época 54/55


 

Nº 50 - José Pereira 
Produto dos infantis e juniores do C.F. «Os Belenenses» é o actual guardião da equipa principal, tendo a honra de defender as redes nacionais «B» no encontro contra o Sarre, disputado em Lisboa em 1 de Maio de 1955, além de ter sido cinco vezes suplente. 
Chamaram-lhe já «Pássaro Azul» pelos seus extraordinários «vôos».

Raúl Figueiredo, pelo lápis de Pargana para a colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época 54/55



 

Nº 36 - Raúl António Leandro Figueiredo
Natural de Olhão, o defesa-central da equipa dos «Belenenses» (filho do saudoso Tamanqueiro), é um jogador em franco progresso. 
Forte no jogo por alto, domina bem o esférico rente ao solo, pelo que é uma das principais «torres» da defesa do clube de Belém.

Vicente, pelo lápis de Pargana para a colecção de cromos-caricaturas «Figuras dos Estádios» da época de 1954/55






Nº 13 - Vicente Lucas

Moçambicano que veio endossado aos «Belenenses». 
As suas actuações de nível superior, creditam-no como um dos melhores médios do futebol português. 
Excelente visão dos lances, lesto no desarme, que logo transforma em ataque, alia a estas qualidades uma correcção inexcedível. 
Teve a honra de ser chamado a actuar nas selecções «B» e «Militar».

Raúl Oliveira

Raúl Miguel Silva Fonseca Castanheira Oliveira, nasceu em Lisboa a 26/08/1972

⛹Representou o Belenenses na época de 1995/96. Defesa-central. Jogou 5 jogos no campeonato como titular, 3 jogos como suplente utilizado e foi suplente não utilizado em 7 jogos.
⚽A foto da direita, refere-se ao jogo da 12ª jornada, disputado no Estádio do Restelo no dia 26/11/1995, contra o Felgueiras. José Pratas, de Évora, foi o árbitro e os «teams» alinharam do seguinte modo:
⛹Belenenses - Ivkovic; Neves (Tonanha, aos 55'), Paulo Madeira, Raúl Oliveira e Fernando Mendes; M'Jid, Rogério, Miguel Mota (Rui Esteves, aos 56') e Paulo Gomes (Calila, aos 45'); Fertout e César Brito. Suplentes não utilizados: Valente e Pedro Barny. Treinador: João Alves.
⛹Felgueiras - Zé Carlos; Amaral (Teixeira, ex-Belenenses, aos 64'), Acácio, Rui Gregório (ex-Belenenses) e Leal; José Joaquim, Erivonaldo, Costa e Sérgio Conceição; Lewis (Rosário, aos 75') e Baroni (Krstic, aos 71'). Suplentes não utilizados: Avelino e Vicente. Treinador: Jorge Jesus
⚽ Resultado final: Belenenses, 0 - Felgueiras, 1 (golo de Baroni, aos 4')

Foi na equipa azul que Dimas fez desabrochar todas as suas qualidades


Foram essas características, e ainda a sua total disciplina, que levaram o seleccionador, quando muitos, por ironia fácil chamaram "Puskas" ao voluntarioso jogador, a escolhê-lo para a equipa que defrontou a Inglaterra - e que alcançaria, no Estádio das Antas, a mais sensacional vitória do futebol português e que ficou, também, como a mais bela vitória de Dimas.

...Mas só no Belenenses!...
...Mas não foi ainda no clube do Sado que o irrequieto (irrequieto e fugaz) Dimas havia de conquistar notoriedade.
Isso sucedia mais tarde já no Belenenses, para onde ele se transferiu na época de 1952/53.
O Belenenses foi sempre, para si, deste garoto, o clube de simpatia.
E foi na equipa azul, à vontade, que Dimas fez desabrochar todas as suas qualidades.
Começou a dar nas vistas dos técnicos, e embora muito discutido pela massa associativa foi, aos poucos, conquistando a confiança dos outros e, o que mais importa, a confiança no seu próprio valor.

Dimas, o fogoso avançado de Belém

Estreou-se no Ginásio do Sul, jogou no Vitória de Setúbal...
José Romão Dimas é quase lisboeta e quase porque nasceu pertinho da capital, ali, na vizinha vila de Almada - no dia 7 de Maio de 1930.
Em Almada, como em muitas outras vilas do país, há várias colectividades desportivas, que fazem do futebol a principal razão da sua existência.
Atraem os jovens que gostam do jogo e difundem, entre eles, o gosto pelo jogo...
E Dimas, que deste garoto se apaixonara pelo futebol, ingressou numa dessas simpáticas colectividades, o Ginásio do Sul, quando tinha 16 anos. E aí se manteve até 1949 (três épocas) passando depois ao Vitória de Setúbal, clube de maior projecção e onde, pensava, as suas qualidades se imporiam mais facilmente.
INTERNACIONAL BRIOSO
Antes, já Dimas envergara a camisola da equipa das cinco quinas, pela selecção B, que alcançou clamoroso triunfo (6-1) sobre a representação do Sarre.
Dimas, depois do célebre jogo com a Inglaterra, alinhou pela equipa B contra a Áustria e retornou à equipa A, defrontando a Turquia e o Brasil.
E sempre, ou obedecendo a planos táctico, ou ao impulso das suas características, Dimas foi, é, um internacional brioso, que não volta a cara ao adversário, que só desiste de lutar quando a bola está...fora do campo.

Post publicado originalmente em 13/11/2009

No Estádio Nacional: S. Paulo, 4 - Belenenses, 2

Domingo, 6 de Maio de 1951
Belenenses: José Sério; António Figueiredo e Serafim das Neves; José Maria Pedroto, António Feliciano e António Castela; Mário Rui; Renato Marchiaro, Narciso Pereira, Umberto Buchelli e António Castanheira (Pinto de Almeida, ao intervalo). Treinador: Fernando Vaz.
⚽ Narciso e Pinto de Almeida, marcaram os golos belenenses.