Victor Henriques, Samuel Félix, Peneiras e Vilão.
Alcobia, Raposo II, Sá Santos e Zeca Saraiva (cap.)
Estádio do Restelo, 22 de Fevereiro de 1959. O árbitro Virgílio Baptista, de Setúbal, dirigiu a partida da 22ª jornada do campeonato nacional.
Belenenses - José Pereira; Pires e Moreira; Carlos Silva, Figueiredo e Vicente; Yaúca, Abdul, Mendes, Matateu e «Tito». Treinador: Fernando Vaz.
Braga - Cesário; José Maria Azevedo e Narciso; Armando, Calheiros e Pinto Vieira; Ferreirinha, Amador, Júlio Teixeira, Fernando Mendonça e José Maria Matos.
Marcadores: Matateu (5', 40' e 44'), Mendes (35' e 64'), «Tito» (55') e Abdul (75'). Resultado final: Belenenses, 7 - Braga, 0.
Estádio José Alvalade, 14 de Janeiro de 1968. Mário Mendonça, de Setúbal, arbitrou o jogo da jornada 13 do campeonato nacional. Boa assistência.
Belenenses - Gomes; Rodrigues, Freitas, Cardoso e Esteves; Manuel José e Luciano; Adelino, Sérgio e Fernando. Treinador: Manuel de Oliveira.
Sporting - Carvalho; José Carlos, Armando, Alexandre Baptista e Hilário; Barão e Gonçalves; Marinho, Lourenço, Figueiredo e Peres. Treinador: Fernando Caiado.
Marcadores: Hilário (21') e Lourenço (36' e 90').
O Varzim actuou pela primeira vez em Lisboa e o Belenenses fez alinhar dois elementos novos: o ilhéu Virgílio e João Carlos. Aquele já experimentado nas «reservas» e o segundo, vindo de Moçambique, entrado directamente no grupo principal. Cumpriram plenamente as «novidades» lisboetas. Falhou, em parte, a atracção poveira.
Virgílio, o semiconhecido, é o protótipo do jogador infatigável, que luta e alia a esse empenho natural um sentido de oportunidade nada depreciável. O golo que marcou vale um atestado. João Carlos, o desconhecido, não se parece com o companheiro. Actua mais em «soupless» assente em dois bons pontapés e com pormenores subtis que revelam o habilidoso. Numa faceta, porém, se irmanam: o remate. O tento que obteve não engana.
Domingo de Carnaval, 9 de Fevereiro de 1964. Jogo no Estádio do Restelo a contar para 17ª jornada do campeonato nacional, com razoável assistência, arbitrado por Gil Baptista, de Setúbal. Antes de se iniciar a partida, guardou-se um minuto de silêncio à memória dos pais do secretário-permanente do Belenenses, Manuel Vácondeus, e de Pires, ex-jogador do Clube.
Belenenses - Nascimento; Rosendo e Rodrigues; Vicente, Abdul e Alberto Luís; Adelino, Virgílio, João Carlos (ex-Inhambane), Fernando Peres e Godinho. Treinador: Fernando Vaz.
Varzim - Justino; Fernando Ferreira e Sidónio; Fonseca, Quim e Salvador; Isidro, Fernando, Noé, Pacheco e Rogério. Treinador: Artur Quaresma.
Marcadores: Alberto Luís (16' e 60'), Virgílio (53') João Carlos (71') e Fernando (76').
Fernando Vaz mantém Matateu inactivo de Setembro de 1963 a Fevereiro de 1964. O ídolo belenense é pura e simplesmente ignorado pelo treinador sob o pretexto de já não ter condições físicas para jogar numa equipa de alta competição. Os sócios revoltam-se pela atitude de Vaz, mas não encontram o apoio que esperavam por parte da direcção. Somente Acácio Rosa se põe ao lado dos sócios e de certa forma «lidera» a revolta. Por que, de facto, de revolta se tratou:
Há incidentes vários nos treinos (tendo havido intervenção policial num ou noutro caso) e nos jogos. A 21 de Fevereiro realiza-se, na Casa do Alentejo, uma Assembleia-geral para discutir um só assunto: «o caso Matateu». A participação é tanta e tão agitada que a assembleia é suspensa por exiguidade do espaço. O Pavilhão dos Desportos, é o local escolhido para a continuação da assembleia.
Acácio Rosa, escreve: «A massa associativa havia ocorrido em vão. Mas a sua presença impressionante no número e no entusiasmo, não deixara de constituir uma notável demonstração de grandeza e vitalidade de um clube».
A 23 de Fevereiro de 1964, o Belenenses recebe e vence (2-1) o Olhanense em jogo a contar para a 19ª jornada do campeonato. Durante o desafio, uma bola chutada violentamente pelo algarvio Gancho acerta em Fernando Vaz e derruba-o estrondosamente, para gáudio dos assistentes.
É essa situação caricata, mas hilariante, que o lápis de Pargana retrata e no dia seguinte dá notícia nas páginas de um vespertino de Lisboa.
A 8 de Março, o Belenenses recebe a Académica e perde por 2-0. Fernando Vaz, apresenta a demissão e ruma a Setúbal, para dirigir o Vitória. Matateu volta à equipa, mas, nunca mais foi a mesma coisa...
No final da época, a direcção do Clube, agora já sem Fernando Vaz como «testa de ferro», assume-se e coloca pela 2ª vez, o símbolo do Clube e ídolo dos Belenenses na lista de dispensas.
Ficou registado nos anais da história do Clube de Futebol «Os Belenenses»: A direcção do Clube era presidida por José Vale Guimarães, que tinha herdado o problema da gestão anterior, presidida por António Manuel Pereira.
«Mais tarde soube que a alergia, de Vaz a Matateu, vinha de um problema de "saias" e de "ciúmes"...» Acácio Rosa.
Jogo nocturno (21 e 45) no Estádio do Restelo. 17 de Outubro de 1965. Jornada 6 do campeonato nacional. Árbitro: Mário Mendonça, de Setúbal.
Belenenses - José Pereira; Rodrigues, Quaresma, Vicente e Alberto Luís; Carlos Pedro e Cardoso; Correia, Gaspar, Teodoro e Ramos. Treinador: Jorge Vieira.
F.C.Porto - Américo; Festa, Alípio (expulso aos 75'), Paula e Atraca; Pinto e Ernesto (ex-júnior); Jaime, Manuel António, Amaury e Nóbrega. Treinador: Flávio Costa.
Marcadores: Amaury (12') e Teodoro (27' e 44').
Lisboa, 7 de Março de 1965. Jogo no Estádio da Luz com boa assistência. Jornada 20 do campeonato nacional de futebol. Árbitro: Joaquim Campos, de Lisboa.
Belenenses - José Pereira; Rosendo e Rodrigues; Vicente, Ribeiro e Quaresma; Adelino, Liras, Palico, Peres e Godinho. Treinador: Mariano Amaro.
Benfica - Costa Pereira; Cavém e Luciano; Peridis, Germano e Cruz; Coluna, José Augusto, Torres, Serafim e Simões: Treinador: Elek Schwartz.
Marcadores: Coluna (16' de penalty), José Augusto (52'), José Torres (68'), Liras (72') e Adelino (76'). Resultado final: Benfica, 3 - Belenenses, 2.
Estádio do Restelo, 27 de Dezembro de 1964. Jogo da 11ª jornada presenciado por pouco público, sob a arbitragem de Francisco Pacheco, de Beja.
Mariano Amaro, substituto do demitido Franz Fuchs, dirige oficialmente o «team» pela primeira vez.
⛹Belenenses - José Pereira; Rodrigues e Alberto Luís; Esteves, Abdul e Vicente; Adelino, Pelézinho, Liras, Peres e Godinho. Treinador: Mariano Amaro.
⛹Seixal F.C. - José Henriques; Quim e Hermenegildo; Jeremias, Aniceto e Carlos Alberto; Cambalacho, Caldeira, Feijão, Teles e Carvalho. Treinador: José Mário.
⚽Marcadores: Pelézinho (20'), Liras (28' e 44'), Peres (53' e 70') e Cambalacho (89'). Resultado final: Belenenses, 5 - Seixal, 1.
Estádio do Restelo, 1 de Dezembro de 1963. Sétima jornada do campeonato nacional. Sob arbitragem de Eduardo Gouveia os grupos alinharam:
Belenenses - Nascimento; Rosendo e Alberto Luís; Pelézinho, Paz e Vicente; Adelino, Palico, Estêvão, Peres e Godinho. Treinador: Fernando Vaz.
Benfica - Costa Pereira; Cavém e Jacinto; Coluna, Luciano e Raúl; José Augusto, Santana, Yaúca, Serafim e Simões. Treinador: Lajos Czeizler.
Marcadores: Peres (18') e José Augusto (27').
- Esperamos que os rapazes de Belém digam "Arriverdeci Roma", em beleza, e não se distraiam muito...
Minuto 40. Carlos Pedro marca e festeja. Costa Pereira sofre o 2º golo de 1967
Humberto Fernandes, com o avançado belenense, Carlos Pedro, em movimento perigosíssimo, limitou-se a estender o perna para o desequilibrar. Conseguiu-o, mas o árbitro estava atento. Raúl Machado e Cavém, mais afastado, são testemunhas do lance.
Carlos Pedro estatelado no terreno. Costa Pereira recolhe a bola. Raúl Machado seguiu a jogada até ao final.
⚽ Estádio do Restelo, 1 de Janeiro de 1967 - 12ª jornada do campeonato - Belenenses, 2 - Benfica, 1
«Lágrimas... vi, sim, lágrimas nos olhos de alguns belenenses anonimamente instalados na bancada fronteira ao «aquário» reservado aos órgãos de informação. Mas eram lágrimas de alegria, fios de prata a brilharem em rostos abertos num sorriso de contagiante satisfação.
Quando Carlos Pedro (que diria ele?) se aproximou, após o seu primeiro golo, do local dos sócios do seu clube, gesticulando e saltando - ah!, o fascínio das «loucuras» do desporto - compreendi, compreendemos todos, a razão de ser de algo que se festejava, quase que infantilmente, na bela e apetitosa tarde de ontem.
O Belenenses a viver momentos de angustia dolorosa, com laivos de tragédia, queria significar, aliás significou isso mesmo, o regozijo que transbordava da sua alma. E não ofendeu ninguém com essa atitude. Era legitimo. Era fundamentado. Era enfim o primeiro êxito, à 12ª jornada (!), do Belenenses no «seu» Restelo. Aleluia !»
Estádio do Restelo, 1 de Janeiro de 1967 - 12ª jornada do campeonato nacional. Árbitro: Mário Mendonça.
Belenenses - Gomes; Quaresma; Rodrigues, Cardoso, Alfredo e Bernardino; Canário e Adelino; Ramos, Carlos Pedro e Simões. Treinador: Ricardo Perez
Benfica - Costa Pereira; Cavém, Raúl Machado, Humberto Fernandes e Jacinto; Santana e Coluna; Jaime Graça, Eusébio, José Augusto e Yaúca. Treinador: Fernando Riera
Marcadores: 1-0, aos 27' e 2-0, aos 40' (penalti) ambos por Carlos Pedro; 2-1, aos 80' por Coluna.
⛹ Carlos Pedro, nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 5/08/1942 e faleceu com 51 anos, em Macaé (RJ), a 25/10/1993.
⚽Representou o Belenenses nas épocas de 1965/66 - foi titular em 24 jogos para o campeonato e marcou 10 golos - e 1966/67, titular em 21 jogos e 9 golos marcados.