João Uva dedica prémio de Jogador do Ano à sua equipa. Capitão diz ser calmo no dia-a-dia, após libertar a agressividade em campo.Jogador não concorda com modelo do campeonato.
Um final de ano em cheio para o terceira-linha do quinze do Restelo e da Selecção Nacional, João Uva, com a atribuição do prémio de Melhor Jogador do Ano. Nada que o faça mudar o seu calmo estado de espírito.
«Estava em Salamanca em trabalho quando me telefonaram a dizer que tinha ganho.
Claro que é sempre bom mas nem toda a gente é adepta da minha forma de jogar.
Sou realista, só foi possível graças à equipa que sempre acreditou em mim como capitão.
Adoro ser do Belenenses e pertencer a uma família tão grande. Eles são a principal causa de toda a minha motivação.»
A sua maneira de actuar é sempre nos limites, um jogador de grande alma e intratável nas suas placagens, grande mentor do título nacional na final memorável do Jamor, onde foi o exemplo para a equipa, razão suficiente para bater os outros dois nomeados, Joe Gardener, de Agronomia, e William Hafu, do Belenenses.
«Funciono um pouco por equilíbrios, ou seja sou uma pessoa calma mas também porque descarrego muita da minha agressividade em campo. É a minha terapia ao fim de um dia de trabalho chegar ao treino e dar tudo, tanto que às vezes os meus companheiros até se queixam... Mas a verdade é que saio de lá com a cabeça limpa, pronto a enfrentar mais um dia de trabalho.»
No Campeonato actual, é pouca a motivação. «Já perdi e ganhei finais do Campeonato mas não é um modelo justo. Decidir tudo num jogo, à mercê da inspiração do momento, está mal. Deve ser premiada a regularidade e esta época já sabemos quem são os semifinalistas desde muito cedo. Estamos a jogar para a decisão em Abril.» Quanto à Selecção, adianta: «Temos de reforçar o espírito de grupo,igual ao do Mundial. Há novos jogadores a integrar.»
In "A BOLA" de hoje, 23/12/2008
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