Pires: o defesa "granitico" do Belenenses


PRINCIPIOU NO SERPA F.C.
Francisco Torrão Pires nasceu em Serpa no dia 8 de Março de 1931. Fez exame de instrução primária na escola local e iniciou-se no futebol com a "clássica" bola "trapeira". Só aos 17 anos ingressou num clube. O Serpa, naturalmente.
Estreou-se no ano seguinte, a extremo direito, marcando um golo - contra o Desportivo de Beja. Em 1949 o Serpa estava na 3ª divisão e Pires começou a dar nas vistas. 

CONSAGRAÇÃO
As qualidades e o valor de Pires tiveram já justa consagração. Foi escolhido por Gustavo Teixeira para representar Lisboa no jogo contra Madrid (na gravura o seleccionador lisboeta faz uma prelecção aos seleccionados, vendo-se Pires entre Matateu e Águas, seguido de Travaços e Figueiredo, e o dr. Tavares da Silva escolheu-o para a equipa nacional, no jogo-eliminatória do campeonato do Mundo, em Belfast, contra a Irlanda.


MALEABILIDADE
Pires sabe que, se a sua condição "granítica" é uma qualidade de primeira ordem, não ignora, por outro lado. que ser forte é insuficiente para bem jogar futebol.
E assim treina-se persistentemente no sentido de conseguir a indispensável maleabilidade.
E consegue ser a um tempo "granítico" e maleável, numa admirável junção de predicados que fazem dele um magnífico jogador de futebol. 
À TERCEIRA VEZ INGRESSOU no BELENENSES
Em 1951 Serafim das Neves, uma glória do Belenenses, abordou-o para jogar na equipa azul. O pai não deixou. Em 1952 - nova tentativa igualmente frustrada. Mas em 1953 - Pires atingiria a maioridade, insistiu e foi às Salésias fazer exame.
Ficou bem...e ficou a jogar no Belenenses. Estreou-se conta a Casa Pia (5-1), alinhando a médio, lugar onde Buchelli o fixou.
E hoje Pires é um dos esteios da equipa azul, com a qual foi a Paris, Angola, Madeira e Sevilha.

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