Podíamos apontar muitos nomes de jogadores ultramarinos que se encheram de fama em Portugal e no estrangeiro. Basta citar alguns, porém: Fernando Peyroteo, Espírito Santo, Ben David, Paciência, Juca, Wilson...
De Lourenço Marques veio agora «Matateu».
«Matateu» ingressou no Belenenses. Fez o primeiro jogo e distinguiu-se logo. O segundo - foi o fim do «Mundo»...
«Matateu», simpático, voluntarioso, dado por completo ao jogo, ofereceu aos Belenenses uma vitória saborosa. E logo, observe-se, sobre os campeões, esse famoso Sporting.
No fim da partida Matateu foi levado aos ombros pelos seus adeptos. Eis um pormenor significativo. E mais significativo por ser pouco vulgar em Portugal. Foi uma explosão de entusiasmo dos «Azuis», o reconhecimento de um valor que toda a critica salientou, de algum modo uma expressão daquele velho aforismo - «voz do povo é voz de Deus» ! O povo raro se engana. E na sua espontaneidade há muito de sentido de consagração. O povo elege os seus ídolos - e quase sempre com a convicção íntima de ter acertado... Oxalá não se tivesse enganado desta vez... Se assim for Matateu poderá resolver um problema. Já pensaram num par de interiores Matateu-Travaços ?
Entretanto, terminemos por onde começamos - o futuro do futebol português está nas Colónias!
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