«Porque é que o gajo não morreu mesmo?...»

Capa da revista «Stadium» de 7 de Agosto de 1946

(...) Por essa altura, uma das cenas mais incríveis da sua vida. Por Belém correu o rumor de que tinha sido... assassinado. Assassinado fora, de facto, outro desportista, António Feliciano como ele. Foi José Maria Pedroto quem lhe deu a notícia da sua... morte. Feliciano explorava o bar da delegação do Belenenses na Avenida da Liberdade, onde os jogadores almoçavam ao domingo, antes dos jogos. Foi para o jogo. Contra o Estoril. Já toda a gente em Belém sabia que fora boato. Mesmo assim, quando pisou o relvado das Salésias estrugiram as palmas. O Belenenses ganhava ao Estoril por 1-0. Feliciano tentou fazer um rodriguinho, perdeu a bola para Bravo, o primeiro português a transferir-se para Espanha, que marcou o golo do empate. «Os sócios da superior desataram aos berros e eu ouvi, distintamente, os fulanos dizerem: porque é que este gajo não morreu mesmo?» In "100 figuras do futebol português" Ed. "A BOLA"
  •  post publicado originalmente em 25/01/2008
             Memórias de Joaquim Caetano, na página "Belenenses Ilustrado", Facebook, hoje

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