Desde a sua posse, em 1928, que o Belenenses foi fazendo melhoramentos no seu Campo, ao ponto de absorver muitas das disponibilidades materiais. Apesar disso, em 1937, o Clube, decide avançar com a transformação de Campo para Estádio (bancadas e relvado), usando o que tinha e não tinha (recorrendo ao crédito), com nítido prejuízo da sua equipa de honra de futebol.
«O Clube sacrificara todas as possibilidades na construção do seu Estádio. Nele envolveu toda a força de sacrifício das suas dedicações clubistas, enquanto os seus adversários aplicaram e aplicavam toda a gama dos seus recursos no fortalecimento das equipas de futebol e na expansão e valorização de um vasto ecletismo.» Acácio Rosa
«Caíram as bancadas do campo, e elas ergueram-se de novo; houve necessidade de água e abriu-se um furo artesiano; era necessária Sede condigna e alugou-se uma casa boa em Belém.
Há que fazer o mesmo em relação ao «team», com igual decisão e com maior sacrifício, se for necessário. Doutro modo o prestígio já tradicional do Clube perde-se, os sócios menos dedicados desertam, as receitas gerais diminuem e perde-se em pura perda, todos os sacrifícios já feitos até agora.
Estou certo que todos os Belenenses, desde aqueles que querem ao clube porque o fundaram, o fizeram crescer e prosperar e hoje o servem com o mesmo amor, até aqueles que cederam à força irresistível da sugestão de tanto trabalho, sacrifício e dedicação juntos, não regatearão o seu concurso para se vencer mais esta dificuldade.
A época que passou, em football, fica a alternar com as épocas de maior brilho, como nos altos e baixos da vida. É necessário, porém, que não seja a roda da fortuna a decidir do futuro, por ser preferível dispo-lo por nossas mãos... Tudo deve acomodar-se nesse sentido» Excerto do relatório técnico da época 1937/38, da autoria de Cândido de Oliveira, treinador da equipa de honra de futebol
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