António Feliciano


Em 1954 tinha Feliciano 32 anos. Não caíra nas boas graças de Fernando Riera e como se se sentisse peça de armazém, que era o que não queria ser, jogador mimado e hipersensível, abandonou o Belenenses. Foi para o Marinhense como jogador-treinador, subiu o clube dos Distritais à II Divisão, passou pelo Beja, pelo Chaves, pelo Famalicão e pelo Riopele. Em 1965 mudou de rota. Casara com uma espanhola de Orense, passava férias em Portimão. Recebeu uma chamada numa... praça de táxis. Era Afonso Pinto de Magalhães, presidente do F. C. Porto, a convidá-lo para treinador das camadas jovens da equipa. Aceitou de imediato. Construiu gerações de ouro, a escola Feliciano: Fernando Gomes, João Pinto, Jaime Magalhães, Zé Beto, Rui Filipe, Domingos, Vítor Baía... No F. C. Porto subiria a treinador principal, em 1971/72, substituindo o brasileiro Paulo Amaral. E dois anos depois desceria a adjunto de Riera, o homem que o arrumara no Belenenses. Não muito depois voltou a ser o que mais prazer lhe dava: burilador de diamantes...
In "100 figuras do futebol português" Ed. "A BOLA

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