Este Dezembro, um dia depois do Natal, passam 54 anos sobre a última vitória do Belenenses como visitante frente ao Sporting. Daí para cá tiveram lugar 49 clássicos e a supremacia sportinguista é esmagadora.
Ainda por cima os azuis do Restelo nem sequer podem dizer que o último triunfo foi conseguido no Estádio de Alvalade, já que essa vitória teve lugar... no Jamor.
Aliás, para que conste, o vizinho dos leões nunca ganhou no Alvalade velho... nem no Alvalade novo.
Recuando-se, então, no tempo, rapidamente chegamos a essa tarde (era o tempo, belo e sonoro, da rádio!) de domingo de 26 de Dezembro no Jamor, cumpria-se a jornada número 13 do campeonato da época 1954/55, que viria a ter o Benfica por campeão no final das 26 rondas, com 39 pontos, os mesmos do Belenenses e mais 2 que o Sporting — o tal campeonato que os azuis já davam como certo mas os leões, nas Salésias, entregaram ao Benfica, com o golo do empate (a dois) obtido por Martins a quatro minutos do final.
No Estádio Nacional o Sporting, quatro vezes campeão nacional consecutivas e a sonhar com o penta, não conseguiu aguentar um Belenenses candidato e com múltiplas opções, como muito bem definiu em A BOLA o saudoso mestre Vítor Santos, que na sua crónica titulou «A melhor equipa de Belém venceu excelentemente a 'actual' turma leonina».
Azuis que ganharam vantagem ao minuto 54, numa cabeçada de Matateu; 13 minutos mais tarde os leões chegaram ao empate, também de cabeça, por outro moçambicano, Juca, mas com muitas culpas para José Pereira; aos 83 outra vez Matateu, novamente de cabeça, bateu Carlos Gomes e 2-1 para Belém.
Arbitrado pelo celebérrimo Inocêncio Calabote, que expulsou Mendonça a 21 minutos do final por este ter pontapeado Pires, as duas equipas apresentaram:
SPORTING — Carlos Gomes; Caldeira e Pacheco; Hrotko, Passos (cap.) e Juca; Hugo, Vasques, Martins, Travaços e Mendonça
BELENENSES — José Pereira; Pires e Serafim (cap.); Castela, Raul Figueiredo e Vicente; Di Pace, Dimas, Matateu, Perez e Tito
In "A Bola" de 20 de Setembro de 2008
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