[...] voltou a Portugal na época de 1972/73, convidado pelo major Baptista da Silva.
O presidente do clube pretendia que Scopelli chefiasse um departamento moderno, que fosse um género de laboratório de futebol.
Rodeou-se de técnicos como Peres Bandeira, José Manuel Castro e Inácio Rebelo, este com a importante função de orientar as escolas.
Fez um trabalho magnífico, dos pontos de vista técnico e psicológico, que levou a equipa principal a classificar-se em segundo lugar no Nacional, o que não acontecia desde 1955.
Do departamento técnico saíam directrizes para todo o futebol, dos juvenis até aos seniores, porque Scopelli desejava impor uma linha de interpretação do jogo.
Claro que o seu trabalho era minucioso e de certa maneira lento e os treinadores são contratados para ganhar jogos logo no minuto seguinte à entrada nos estádios...
Scopelli sabia isso, mas ninguém o afastava do futebol pleneado e da pedagogia. Era um poeta? Não, apenas um homem consciente e bem formado...[...]
In "100 Figuras do Futebol Português" Edição "A Bola"
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