Joaquim Meirim: Não inventei o futebol !




"Tecnicamente Rodrigues se situava a certa distância daquilo que ele considerava dever ser o defesa moderno ideal"
"Os 24 homens que constituem a força do Belenenses correm na areia molhada, nus, estendem-se no chão, fazem ginástica, enrijam a carne e os músculos na terra e na água"
“A minha entrada no Belenenses está atrasada de 3 anos” “O espírito ambicioso do homem não tem limites”
“Em 1971 ganharemos o campeonato nacional" "O Belenenses será uma equipa diferente”


   




3 comentários:

Ruy Moura disse...

E depois da excepção no Varzim e do fracasso no Belenenses, partiu para outras terras de vez...

Abraços azuis.

João Celorico disse...

Por vezes as pessoas cometem erros e depois imputam-nos a outros!
Parece-me ser um pouco o caso do Meirim. Não vou dizer que ele era o maior treinador ou sequer que ele seria treinador. O que ele era, pelo que eu fui vendo, era um indivíduo com uma personalidade psíquicamente bastante forte.
Jogador normal, nos juniores do Atlético, julgo ter sido o melhor ou dos melhores do seu curso de treinadores. Treinava o Oriental e já se falava que iria treinar o Sporting, o que, diga-se de passagem, não admiraria pois o Sporting também é propenso a muita asneira.
Hoje dir-se-ia que era um psicólogo. Eu direi que, sempre atento às suas entrevistas, era um caso de psicólogo auto didata. Era sempre de resposta rápida e concisa.
Ele baseava o seu treino no fortalecimento psicológico do indivíduo e hoje sabe-se como isso é importante!
Pois bem, o Belenenses ficou encantado com o trabalho feito no Varzim e contra tudo o que seria de esperar, depois do Meirim, ainda no Varzim, dizer que vinha fazer um treino ao Restelo o que ofendeu o mundo azul, contratou-o! Por acaso eu soube da possível contratação muito antes dos verdadeiros belenenses e recordo o pesar que foi a dispensa do Rodrigues coisa que o próprio roupeiro por fim já concordava, dizendo que era necessária a tal limpeza de balneário. Lembro o contrato feito na base da assistência aos jogos, que era numerosa, coisa que há muito tempo não se via e que se deixou de ver.
Lembro a resposta ao repórter depois da derrota com o Bétis no início da época, dizendo ele que tinha dito que ia ser campeão e não que ia ganhar ao Bétis.
Excuso-me de falar das muitas peripécias que iam enchendo o ego do pessoal belenense mas que com o decorrer do campeonato foi esmorecendo e caindo na real!
A partir daqui, o culpado foi o Meirim, mas será que a qualidade dos jogadores desse plantel era a melhor?
Se houve problema, foi o “Belenenses” que o procurou. Deixem pois a alma de Meirim em paz! E já passaram 40 anos!

Para se avaliar da importância de Meirim, é lembrar os seus precursores, Medeiros, Quinito e diria que até Mourinho. A diferença, neste, está em que não é um mero auto didata mas, é ver os seus “mind games”!

Saudações desportivas,
João Celorico

Bonifáccio disse...

Eu, independentemente que outros possam achar, considero que Meirim foi um Treinador "muito à fente" do seu tempo, por isso, a partir de certa altura, começou a ser gozado. Dele, lembro-me uma frase muito certa, embora para a generalidade dos treinadores (de campo e de bancada) não comungue da mesma opinião, atribuindo à sorte ou ao azar; dizia ele:"uma bola à trave ou aos postes, é um remate torto". Nada mais certo!