"Como aquilo dos cartoons era lá longe defendíamos a liberdade de expressão.
Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo.
Não deixa de ser curioso ver como os extremosos paladinos da liberdade de expressão, quando uns certos cartoons sobre Maomé davam para agitar o choque de civilizações, se converteram em três tempos nos editorialistas que fustigam a opinião escrita no seu jornal quando o que está em causa são as “fundamentadas manifestações de indignação” dos adeptos do clube da Cruz de Cristo.
Utilizar um editorial - por definição, o espaço de referência da opinião da direcção de um jornal – para condenar abertamente um jornalista que se limitou a constatar o óbvio, isto é, que o Belenenses não tem adeptos e que os que tem estão envelhecidos, é uma estranha e difusa forma de respeitar o direito “intocável” à “liberdade de opinião e de crítica”.
Que raio de “liberdade de opinião” é esta em que a direcção do jornal admoesta, de forma pública, as figuras de estilo escolhidas por um jornalista no livre e subjectivo exercício de crítica?
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?
Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?
Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Texto da autoria de Pedro Sales publicado no ARRASTÃO
"Eu sou de Vizela e conheço 5 adeptos, em Guimarães há 40, na Vila das Aves, 30 em Braga 50 ( aprox.).Multiplique por quase todas as aldeias, todas as vilas e cidades de Portugal: um exemplo, há dias estive em Viseu, e lá estava no centro uma representação dos”Repesenses”, disseram-me que se tratava de uma filial do Belém com muitos sócios do Belenenses.
A distância ao Restelo impede dezenas de milhares de o frequentar.
Tem absoluta razão quanto aos adeptos de Lisboa e arredores até 50 Km de raio.
É uma vergonha não estarem lá.
Curiosamente com o Belenenses na II LIga muitos estádios do Norte tinham centenas de adeptos.
Os adeptos do Belém de longe, ficam estupefactos com a reduzida participação dos seus adeptos Lisboetas!"
José Manuel Faria, editor do RUPTURA VIZELA em resposta a Pedro Sales in ARRASTÃO
Editorial do "PÚBLICO" de 23 de Julho
2 comentários:
E eu a pensar que esta malta do Arrastão andava mais preocupada em segurar a Joana não vá dar-se alguma transferência relâmpago, daquelas "à Porto"....
Julgo que o que está em causa não é a liberdade de expressão e escrita. O que a meu ver deve ser analisado é o despropositado e exagerado. Num artigo tão pequeno sobre música foi referido por 3 ou 4 o CFB e de forma negativa. Se se tivesse ficado com o "meia dúzia de velhinhos" ainda ia... Agora, insistir com conotações negativas acho, repito, exagerado.
Francisco Rebello de Andrade
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