«Um modelo de dedicação pelo seu clube e esforçado
e competente elemento da selecção nacional da modalidade»
(…) Foi no dia 4 de Julho (1948) p.p. Era domingo, final da taça de Portugal.
Vim cedo para a Baixa - para tomar o meu cafézinho e para matar o vicio de palestrar um pouco antes de seguir para o Estádio.
- O Amaro não joga !!!...
Não quis acreditar. Era impossível. E foi então que o meu prezado amigo Dr. Silva Rocha me trouxe para fora do Nicola e ali, à borda do passeio em ar de confidência, me disse cheio de amargura: - É verdade, infelizmente é verdade. O Amaro não joga hoje - nem voltará a jogar!
Senti, confesso, um verdadeiro baque no coração, porque eu sou verdadeiramente amigo do rapaz. E, além disso, era e serei um admirador incondicional do seu génio futebolista.
Tive um arrepio indefinido - mas desagradável e doloroso até.
Pior do que a mágoa sofrida a quando da derrota dos 0-10 de Portugal - Inglaterra, o que aliás, se compreende: - contra os Mestres Ingleses, perdeu-se apenas um desafio em hora e meia de jogo, mas na madrugada de 4 de Julho de 1948, Portugal perdeu para sempre um dos seus melhores jogadores de todas as gerações!
Um daqueles que ficam fazendo falta perpétua. Um dos insubstituíveis…
E querem então, que eu tenha palavras de homenagem para com Amaro?
Sinceramente - desisto. Porque, dentro de mim, só tenho saudades - muitas saudades do grande jogador…(…) Alberto Valente
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