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No Restelo, com chuva de estreias no «Nacional», os estreantes belenenses marcaram um golo cada um

O Varzim actuou pela primeira vez em Lisboa e o Belenenses fez alinhar dois elementos novos: o ilhéu Virgílio e João Carlos.  Aquele já experimentado nas «reservas» e o segundo, vindo de Moçambique, entrado directamente no grupo principal. Cumpriram plenamente as «novidades» lisboetas. Falhou, em parte, a atracção poveira.
Virgílio, o semiconhecido, é o protótipo do jogador infatigável, que luta e alia a esse empenho natural um sentido de oportunidade nada depreciável. O golo que marcou vale um atestado. João Carlos, o desconhecido, não se parece com o companheiro. Actua mais em «soupless» assente em dois bons pontapés e com pormenores subtis que revelam o habilidoso. Numa faceta, porém, se irmanam: o remate. O tento que obteve não engana.   
Domingo de Carnaval, 9 de Fevereiro de 1964. Jogo no Estádio do Restelo a contar para 17ª jornada do campeonato nacional, com razoável assistência, arbitrado por Gil Baptista, de Setúbal. Antes de se iniciar a partida, guardou-se um minuto de silêncio à memória dos pais do secretário-permanente do Belenenses, Manuel Vácondeus, e de Pires, ex-jogador do Clube.     
Belenenses - Nascimento; Rosendo e Rodrigues; Vicente, Abdul e Alberto Luís; Adelino, Virgílio, João Carlos (ex-Inhambane), Fernando Peres e Godinho. Treinador: Fernando Vaz.
Varzim -  Justino; Fernando Ferreira e Sidónio; Fonseca, Quim e Salvador; Isidro, Fernando, Noé, Pacheco e Rogério. Treinador: Artur Quaresma.
Marcadores: Alberto Luís (16' e 60'), Virgílio (53') João Carlos (71') e Fernando (76').