No Restelo, houve sururu. Carlos Gomes, tentando defender a sua baliza, atingiu, violentamente, Matateu, que caiu inanimado. O árbitro nada assinalou, o jogo prosseguiu. O guarda-redes do Sporting deixou a baliza e tentou reanimar o avançado. Com a ajuda de Pama, massagista do Belenenses, ajudou a retirá-lo de campo. Parecia um bonito gesto de «fair-play», mas, de súbito, guardião e massagista deixam o avançado sem sentidos e quase se envolvem em cena de pugilato.
Gomes queixar-se-ia, depois, de que Pama tentara atingi-lo com algodão embebido em álcool. Pama retorquiu que não, que lhe fizera apenas uma festinha na cara...
E Matateu, na sua olímpica bonomia, desabafaria no final do jogo: «Já me esqueci de que Carlos Gomes me enfiou uma joelhada no estômago e me deixou desmaiado».
E como já se sabia que Gomes se levantara da cama para jogar e que acabara a partida com 39 graus de febre, tomou-se a agressão como uma «mera atitude febril!»
In História de 50 anos do desporto português. Edição “A BOLA”
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