
Começavam a estoirar foguetes no ar, mas, de súbito... Numa avançada aparentemente inofensiva, Martins restabelecera o empate, a dois golos, que ditaria a derrota azul. Faltavam apenas quatro minutos e... o castelo das ilusões ruía, estrondosamente, como um frágil castelo de cartas.
Quando o árbitro, Domingos Miranda, silvou pela última vez, um espectador tentou, ainda, agredi-lo. De trevas se fizeram as Salésias. E lágrimas em bica, nos jogadores em via-sacra, desesperados...
Matateu era o mais inconformado: «Meu Deus! Não sei... Só sei que vi o juiz de linha numa jogada em que Carlos Gomes se estirou sobre o risco da baliza para deter uma bola que rematei, correr para o centro do terreno, indicando, provavelmente, que a bola entrara. Seria o 3-1, seria o descanso, mas...»
In História de 50 anos do desporto português. Edição “A BOLA”
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