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Marcaram-se 11 pontos nas Salésias no impressionante jogo da 1ª Liga entre o Belenenses e o Sporting

Jornada 11ª da 1ª Liga - 3 de Abril de 1938. Jogo nas Salésias. Uma casa boa. Muito entusiasmo. Árbitro - Manuel de Oliveira (Coimbra). Eis as linhas:
Belenenses - Artur Dyson; Francisco Gatinho e José Simões; Mariano Amaro, Varela Marques e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Alberto Jesus, Jaime Viegas, Bernardo Soares e José Luiz
Sporting - Azevedo; Jurado e Galvão; Rui Araújo, Paciencia e «Manecas»; Mourão, Soeiro, Peyroteo, Pedro Pireza e Cruz.
A saída pertenceu ao Sporting, que realizou as primeiras incursões, sem inquietar Dyson. Na resposta belenense, a bola também não chegou a passar da defesa leonina.
Cêdo se marcou o primeiro ponto da tarde: havia 3 minutos de jogo. Obteve-o o Sporting, após uma avançada em forma, com inicio a meio do terreno. Rui passou a Mourão, depois Peyroteo e Soeiro, o qual serviu João da Cruz, que «shotou» ás balisas. Dyson defendeu com dificuldade, para perto, e Cruz, na recarga fez o «goal».
No termo dos vinte minutos, o Sporting fez 2-0. Ataque pela direita e centro de Mourão, que a defesa azul não devolveu com necessária presteza, proporcionando a Peyroteo, um remate rasteiro, que Dyson não pôde segurar.
A fisionomia do encontro não se alterou. O Belenenses continuou animoso, a fazer um maior numero de avançadas que os «leões». Aos 32 m, os «azues» reduziram a diferença, na sequencia de um canto marcado por José Luíz. A bola chegou directa a Jesus que, apoiando-se em Paciencia, rematou de cabeça a contar.
Três minutos depois, o Sporting fez novo ponto - por sinal vistoso. Pireza, em luta com Gatinho levou a melhor e passou a bola a Cruz. Este, centrou com a conta precisa, e Peyroteo, de cabeça, antecipou-se a Dyson, para introduzir a bola na balisa por um pequeno espaço entre a balisa e o guarda-rêde.
Aos 40 minutos 4-1 - Com os movimentos facilitados pela indecisão da defesa contrária, a bola girou de Peyroteo a Cruz, deste a Mourão, e por fim a Pireza, que foi o marcador.
No declinar desta parte, um «livre» marcado por Gatinho, a mais de 30 metros, ia resultando. O «tiro» bateu Azevedo, mas a trave devolveu o esférico, perdendo-se a recarga.
O intervalo chega com o Sporting a ganhar 4-1, mas com os ânimos exaltados, em virtude de o árbitro não ter assinalado uma mão a Galvão.
A segunda parte. Começou esta parte com os ânimos em efervescencia. O público e os jogadores belenenses voltaram, agora, a reclamar a penalidade máxima, por falta atribuída a Paciencia. O árbitro tornou a não atender os reclamantes, e o jogo perdeu bastante daquela compostura que constituiu um dos motivos de agrado de quasi toda a primeira parte.
Em poucos minutos, Soeiro, Pireza e Azevedo fôram alvo das «caricias» do adversário.
Aos 5 m., teve o Belenenses o seu segundo ponto à vista. O remate de Perfeito parecia destinado a exito, mas Azevedo «in-extremis» evitou o «goal».
Aos 18 m., o Belenenses marcou pela segunda vez. Viegas, acercou-se das rêdes contrárias, passou Galvão, e mesmo com esse defesa à ilharga, apontou de vagar para o melhor sitio, marcando o ponto.
Três minutos depois, o marcador acusou 5-2, com ponto novo a favor do Sporting, marcado por João da Cruz, na aplicação de uma penalidade maxima, provocada por uma entrada de Gatinho a Peyroteo.
No curto espaço de oito minutos, a vitória do Sporting - que parecia assegurada - desfez-se com três pontos de enfiada, obtidos pelo Belenenses.
Aos 35 m. exactos, surgiu o primeiro da série, bonito por sinal. Perfeito, parou a bola quasi sobre o limite do terreno e centrou à vontade, proporcionando a Bernardo o remate, lançado a meia altura, sem deixar cair a bola no solo.
Dois minutos depois, o novo ponto dos «azues» com um grande «tiro» de Jesus, a um passe do seu interior direito.
Finalmente, o empate (5 a 5) obtido por Perfeito, na sequencia de um centro vindo da esquerda. Estava, porém, escrito que o Sporting não se deixaria bater, e a 2 minutos do fim Peyroteo - sempre ele - em luta cerrada com a defesa contrária, conseguiu o triunfo para o seu clube, fazendo o 6º ponto. E acabou o jogo que foi impressionante.
Os melhores do Sporting: Azevedo, Peyroteo e Paciencia. Do Belenenses: Amaro, Perfeito e, por vezes, os dois interiores.
⛹ Alberto de Jesus, foi jogador do Belenenses de 1937/38 a 1940/41.

Equipa de Honra do C.F. "Os Belenenses" da época 1934/35

José Reis, Rodrigues Alves, João Belo, José Simões, César de Matos, Jaime Viegas e Luís Fernandes. 
Bernardo Soares, Francisco Silva Marques, Aquilino Lourenço e José Luís

«Match» nulo no Belenenses - Porto, jogo dos quartos de final do campeonato de Portugal de 1935/36

Campo das Salésias, 14 de Junho de 1936
Quartos de Final: Porto, Campo do Ameal, 7 de Junho de 1936. jogo da 1ª mão: FCP, 1 - CFB, 1 (golo de Perfeito Rodrigues)
  • José Reis; José Simões e João Belo; Mariano Amaro, Jaime Viegas e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Elias Lourenço, Júlio Sousa, Bernardo Soares e Rafael Correia. Treinador: Cândido de Oliveira
Lisboa, Campo das Salésias, 14 de Junho de 1936. Jogo da 2ª mão: CFB, 0 - FCP, 0
  • José Reis; José Simões e João Belo; Mariano Amaro, Jaime Viegas e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Elias Lourenço, Armelim Pinto, Bernardo Soares e Rafael Correia. Treinador: Cândido de Oliveira
Coimbra, Campo do Arnado, 17 de Junho de 1936. Jogo de desempate: CFB, 1- FCP, 0 (golo de Mariano Amaro)
  • José Reis; José Simões e João Belo; Mariano Amaro, Jaime Viegas e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Elias Lourenço, Varela Marques, Bernardo Soares e José Luís. Treinador: Cândido de Oliveira 

Valadas e Simões - o ataque «vermelho» e a defesa «azul» - num choque em que a souplesse dominou a eficácia...

Capa da revista «Stadium» de 1 de Abril de 1936
Campeonato de Football da I Liga (9ª jornada - 2ª volta) 
Lisboa, 29 de Março de 1936. Campo das Amoreiras. Benfica, 0 - Belenenses, 0 
Belenenses - José Reis; José Simões e João Belo; Mariano Amaro, Jaime Viegas e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Júlio de Sousa, Armelim Pinto, Bernardo Soares e Rafael Correia. Treinador: Cândido de Oliveira
Benfica - Cândido Tavares; Francisco Gatinho e Gustavo Teixeira; João Correia, Albino e Rogério Sousa; Domingos Lopes, Luís Xavier, Carlos Torres, Guedes Gonçalves e Alfredo Valadas. Treinador: Lipo Herczka (húngaro)
Árbitro: Clemente Guerra, do Casa Pia
"O resultado aceita-se pela inteligência dos Belenenses na defesa, e pela sua "presença de espírito»"
 Campeonato de Football da I Liga (2ª jornada - 1ª volta) 
Lisboa, 19 de Janeiro de 1936. Campo das Salésias. Belenenses, 3 - Benfica, 1
Belenenses - José Reis; José Simões e João Belo; Varela Marques, Jaime Viegas e Mariano Amaro; Perfeito Rodrigues, Rafael Correia, Silva Marques, Bernardo Soares e José Luís. Treinador: Cândido de Oliveira
Benfica - Cândido Tavares; Francisco Gatinho e Francisco Costa; Gaspar Pinto, Gustavo Teixeira e João Correia; Carlos Torres, Francisco Albino, Vítor Silva, Rogério Sousa e Guedes Gonçalves. Treinador: Lipo Herczka (húngaro)
Árbitro: Carlos Canuto, de Lisboa  
Marcadores: 1-0, aos 8' por Silva Marques; 2-0, aos 18' por José Luís (com um grande tiro fez um «goal» espectaculoso); 2-1, aos 29' por Torres; 3-1, aos 78' por Perfeito Rodrigues. Aos 63' Viegas falhou a marcação de um «penalty» e Silva Marques a recarga do mesmo
"O Belenenses, foi o grupo mais perigoso e merece o resultado. No seu grupo brilharam Reis, Simões, Varela, Perfeito e José Luís. Distinguiram-se no Benfica, Cândido, Gatinho, Correia, Albino e Rogério." 

Forçando até final o ataque, procurou o Belenenses a bola que justamente lhe daria o triunfo

Capa da revista «Stadium» do dia 17 de Junho de 1936
Campo das Salésias, 14 de Junho de 1936. Quartos de final do Campeonato de Portugal. Belenenses, 0 - F.C. do Porto, 0. Os «teams», alinham:
Belenenses - José Reis; José Simões e João Belo; Mariano Amaro, Jaime Viegas e Rodrigues Alves; Perfeito Rodrigues, Elias Lourenço, Armelim Pinto, Bernardo Soares e Rafael Correia 
Porto - Romão; Ernesto Santos e Avelino; Poças, Carlos Pereira e Álvaro Pereira; Lopes Carneiro, Waldemar, António Santos, Pinga e Constantino
 Árbitro: Cunha Pinto, de Setúbal
«O campo apresenta magnifico aspecto. Os portuense entram em primeiro lugar e saúdam a assistência, que corresponde com palmas de simpatia. O Belenenses entra a seguir. É, porém, naturalmente, recebido com uma manifestação mais significativa. Os lisboetas escolhem contra o vento, que sopra forte, levantando muita poeira. São 17 e 40, começa o jogo.» 
«Forçando até final o ataque, procurou o Belenenses a bola que justamente lhe daria o triunfo, mas os homens do Porto defenderam-se com vigor e sorte.»

Equipa de Honra do C.F. Os Belenenses da época 1939/40

Capa de caderneta de cromos (bonecos dos rebuçados/caramelos) da Confeitaria Universo

José Simões, Veríssimo, Francisco Gatinho, Rafael Correia
Mariano Amaro, Varela Marques, Rodrigues Alves
Alberto Jesus, Artur Quaresma, Francisco Gomes, Bernardo Soares

Equipa de Honra do Club Foot-Ball "Os Belenenses" da época de 1934/35

José Ribeiro Simões, José Rodrigues Alves, José Matos Martins dos Reis, João Pedro Bellegardo Bello, César de Matos Rodrigues,
João Custódio de Sousa, Varela Marques, Jaime Viegas, Elias Lourenço, Bernardo Soares e José Luíz

A festa dos Campeões de Portugal de 1932-33

"Cumprimentos de campiões: João Belo - à direita - e Eugénio Salvador, capitães respectivamente do Belenenses e Benfica, campiões de Portugal e de Lisboa, trocam, antes do seu primeiro encontro no festival das Salésias, lindos ramalhetes de flores"

Quando o Belenenses e o Sporting se defrontam todos os resultados são possíveis...

In 'Crónica Desportiva' de 29 de Setembro de 1957

  • Soeiro observa a «cabeça» de Bernardo - um jogo disputado em 1936
  • Mourão lutando contra a defesa azul
  1. Este golo não conseguiu o grande Azevedo evitar...
  2. Serrano antecipando-se a Quaresma
  3. Uma entrada fulgurante de Bernardo
  4. Dyson soca o esférico enquanto o jovem Peyroteo (que se estreara pouco tempo antes) se eleva com facilidade

  1. Quatro figuras gradas namorando a bola: Peyroteo, Rodrigues Alves, Simões e Bernardo
  2. Carlos Gomes foi mais lesto que Mário Rui. Observam Passos e Juvenal
  3. A bola esconde-se atrás das costas de Castela e para ela se lança Sério. Travassos estaca...
  4. A bola parece fugir a José Pereira, Pires e Travassos
  5. Duelo José Pereira-Martins
  6. Remate de João Martins - o jogador que em certa tarde «não deixou» o Belenenses ser campeão
  7. Frente a frente o melhor rematador e o melhor guarda-redes - perspectiva que se repete hoje