O cromo nº 5 dos caramelos film-sport «Album dos azes do foot-ball», edição da Fábrica de confeitaria «A Brazileira»

5- Pépe
Colecção de 1928/29, composta por 51 cromos de futebolistas, que tendo em conta a sua popularidade, foram sortidos dos diferentes clubes. A capa da caderneta apresenta os cromos de Pepe e Raúl «Tamanqueiro». Pepe, César de Matos, João Belo, José Luiz e Carlos Rodrigues são alguns dos belenenses que compõem a colecção 

Três Belenenses campeões nacionais, imortalizados na toponímia de Vila Nova de Caparica

Ruas da Caparica com os nomes de Francisco e João da Silva Marques e Rafael Correia
  
Francisco da Silva Marques, bi-campeão de Portugal de futebol: 1926/1927 e 1928/29 Três vezes internacional "A". Sócio de Mérito do Clube de Futebol «Os Belenenses».
João da Silva Marques, um nadador de grande classe, foi campeão nacional e recordista em várias distâncias: 18 títulos nacionais, nos 200 metros bruços (a sua especialidade), 3 títulos nacionais, nos 100 metros costas e vencedor de várias maratonas náuticas. Representou o Belenenses durante 12 anos (1924/1936) sempre em permanente actividade. 5 vezes internacional. Foi seleccionado para participar nos jogos Olímpicos de Los Angeles (1932). No entanto, tal não se concretizou, por falta de verba do Comité Olímpico. Sócio de Mérito do Clube de Futebol «Os Belenenses».
Rafael Correia, foi gente grande no futebol português. Enquanto exímio praticante, não só contribuiu para a grandeza do seu Clube, como também na divulgação da modalidade. Campeão nacional na época de 1945/46 e Vencedor da Taça de Portugal da época de 1941/42. Duas vezes, Campeão regional. Seis vezes internacional "A". Dezasseis anos (1932/1948), consecutivos ao serviço do Clube. Encerrou a carreira, aquando da sua Festa de Homenagem, realizada em 28/05/1948.

O pontapé de... karaté do belenense Jorge Silva, que Eric Cantona repetiria doze anos depois

Sacavém, 27 de Fevereiro de 1983
Sacavenense, 0 - Belenenses, 0
⛹Imediatamente após ser substituído, por Carlos Alberto, Jorge Silva foi agredido pelas costas por um espectador, ao qual ripostou desferindo-lhe um golpe/pontapé de karaté, conforme a foto testemunha. 
Doze anos depois (25/01/1995), Eric Cantona, teve uma atitude idêntica, durante um jogo contra o Crystal Palace a contar para a 25ª jornada da liga inglesa, reagindo às provocações de um espectador. O jogador francês (actualmente, residente em Lisboa) foi suspenso por oito meses.
⛹- 18ª jornada do campeonato nacional de futebol da 2ª divisão: O Belenenses alinhou do seguinte modo: Diamantino Figueiredo; Sambinha, Simões, Lima e Hélder; Emmanuel Isima, Avelar, Joaquim Pereirinha (Caíca), Jorge Silva (Carlos Alberto), José Pedro e Djão
🟥 José Pedro, Djão e o sacavenense Pacheco foram expulsos no decorrer da partida. O conselho de disciplina da F.P.F. castigou Djão com 5 jogos, José Pedro e Pacheco com 3.   

Estádio José Manuel Soares (Pepe) - «Salésias»

No dia 1 de Janeiro de 1942, disputou-se no único estádio em Portugal com relvado, o jogo particular entre as selecções de Portugal e da Suiça. Desafio esse, a que se referem as imagens acima, publicadas na revista «Stadium», na sua edição de 7 de Janeiro.
A selecção portuguesa alinhou do seguinte modo: António Martins (SLB); Gaspar Pinto (SLB) e Álvaro Cardoso (SCP); Mariano Amaro (CFB), Carlos Pereira (FCP) e Francisco Ferreira (SLB); Adolfo Mourão (SCP), Alberto Gomes (AAC), Fernando Peyroteo (SCP), Pinga (FCP) «cap» e João Cruz (SCP).
Resultado final: Portugal, 3 - Suiça, 0  Marcadores: Adolfo Mourão (2) e Alberto Gomes 

O Campo das Salésias em obras para se transformar num verdadeiro Estádio de futebol

Desde a sua posse, em 1928, que o Belenenses foi fazendo melhoramentos no seu Campo, ao ponto de absorver muitas das disponibilidades materiais. Apesar disso, em 1937, o Clube, decide avançar com a transformação de Campo para Estádio (bancadas e relvado), usando o que tinha e não tinha (recorrendo ao crédito), com nítido prejuízo da sua equipa de honra de futebol.
«O Clube sacrificara todas as possibilidades na construção do seu Estádio. Nele envolveu toda a força de sacrifício das suas dedicações clubistas, enquanto os seus adversários aplicaram e aplicavam toda a gama dos seus recursos no fortalecimento das equipas de futebol e na expansão e valorização de um vasto ecletismo.» Acácio Rosa
«Caíram as bancadas do campo, e elas ergueram-se de novo; houve necessidade de água e abriu-se um furo artesiano; era necessária Sede condigna e alugou-se uma casa boa em Belém. 
Há que fazer o mesmo em relação ao «team», com igual decisão e com maior sacrifício, se for necessário. Doutro modo o prestígio já tradicional do Clube perde-se, os sócios menos dedicados desertam, as receitas gerais diminuem e perde-se em pura perda, todos os sacrifícios já feitos até agora.  
Estou certo que todos os Belenenses, desde aqueles que querem ao clube porque o fundaram, o fizeram crescer e prosperar e hoje o servem com o mesmo amor, até aqueles que cederam à força irresistível da sugestão de tanto trabalho, sacrifício e dedicação juntos, não regatearão o seu concurso para se vencer mais esta dificuldade.
A época que passou, em football, fica a alternar com as épocas de maior brilho, como nos altos e baixos da vida. É necessário, porém, que não seja a roda da fortuna a decidir do futuro, por ser preferível dispo-lo por nossas mãos... Tudo deve acomodar-se nesse sentido»                                                                                 Excerto do relatório técnico da época 1937/38, da autoria de Cândido de Oliveira, treinador da equipa de honra de futebol 

A equipa do Belenenses saúda o público no circulo central, antes do inicio do jogo que a consagraria campeã nacional

Elvas, 26 de Maio de 1946
⛹Manuel Capela; Vasco de Oliveira e António Feliciano; Mariano Amaro, Francisco Gomes e Serafim das Neves; Armando Correia, Artur Quaresma, Manuel Andrade, José Pedro e Rafael Correia.

Os Campeões Nacionais serão hoje recebidos, na Ponte da Parceria-Cais do Sodré, pelos sócios e adeptos belenenses

Comunicado publicado em todos os matutinos e vespertinos de Lisboa, em 27/05/1946
Comunicado do Club de Foot-Ball «Os Belenenses    
A Direcção do Club convida os Senhores Associados a aguardar hoje, pelas 19,30 horas, na Ponte da Parceria, no Cais do Sodré, a chegada dos nossos Jogadores que tão brilhantemente acabam de conquistar o titulo de Campeões Nacionais. 

Faz hoje 70 anos que o Belenenses foi Campeão Nacional

Foto do final do jogo em que o Belenenses se sagrou campeão nacional
«Registe-se a formidável apoteose feita no final do desafio por grande número de espectadores elvenses e lisboetas, que evadiram o campo abraçando e trazendo aos ombros  os jogadores belenenses.»
Estádio Municipal de Elvas, 26 de Maio de 1946, que registou " hoje a maior enchente de todos os tempos".
Constituição da equipa do Belenenses: Manuel Capela; Vasco de Oliveira e António Feliciano; Mariano Amaro, Francisco Gomes e Serafim das Neves; Armando Correia, Artur Quaresma, Manuel Andrade, José Pedro e Rafael Correia
Constituição da equipa do Sport Lisboa e Elvas (em 1947 seria rebaptizado como "O Elvas" Clube Alentejano de Desportos): Semedo; Ameixa e Santos; Rana, Alcobia e Inácio Rebelo; Morais, Massano, Patalino, Aleixo e Quim
Árbitro: Domingos Miranda, do Porto 
Marcadores: 1-0, aos 3' por Patalino; 1-1, aos 67' por Quaresma; 1-2, "quase no último pontapé", por Rafael
«Elvas, 26 (crónica ao telefone, directo á nossa redacção). Iam decorridos 3 minutos quando Patalino de posse da bola e aproveitando hesitação da defesa contrária logrou bater Capela, que não teve culpas.
Depois o Belenenses reagiu e lançou-se abertamente ao ataque, obrigando os locais a defenderem-se com energia. As melhores ocasiões de que os «azuis» desfrutaram para empatar pertenceram a Rafael, que deixou fugir a bola e a Feliciano, que marcou um livre a rasar a trave.
A primeira oportunidade que o Belenenses teve para empatar verificou-se, aos 13 minutos, quando Rafael rematou com força e boa direcção. Surgiu, entretanto, um pé providencial dum defesa elvense e a ocasião perdeu-se.
Os lisboetas não se refizeram ainda da surpresa que o tento dos adversários lhes causou. Á passagem da meia hora Rafael deixa escapar uma bola que José Pedro lhe passara em boas condições, depois de Feliciano ter rematado um «livre» por alto.
O esforço dos avançados «azuis» para alcançarem o empate é notório. Mas, a defesa local, porta-se com galhardia. Por seu turno, os avançados de Elvas não perdem a oportunidade de contra-atacar e embora não o consigam muitas vezes, são, contudo, sempre perigosos. Mas o intervalo chega com o resultado de 1-0 a favor dos locais. 
O Belenenses começou a segunda parte com mais vontade, mas jogando por alto, o que não é aconselhável. Quer dizer: continua a não encontrar a sua toada.
Quer Rafael, quer Armando, não fazem um centro de capaz.
Depois Feliciano marca primorosamente um livre, aos 14 minutos, mas Ameixa intervém de cabeça e perigo passa. O Belenenses está a jogar com pouca sorte. Uma defesa de Semedo para perto não encontrou adversário para a recarga.
Aos 18 minutos, Serafim esteve prestes a enfiar a bola nas suas próprias redes, quando pretendia anular uma jogada de Patalino. 
Vasco fez-se punir por uma entrada desleal a um adversário, sendo repreendido por Amaro. 
Os jogadores belenenses descuram, por vezes, a defesa da sua baliza e cerca da meia hora os elvenses conseguem um período de domínio.
O empate surgiu aos 22 minutos. Vasco, na posse da bola, correu em direcção á baliza contrária e perto da grande área, entregou o esférico a Quaresma, que rematou rasteiro, fora do alcance de Semedo. Fez o golo do empate.
Quaresma, endossou a Rafael, dando azo a que este marcasse o ponto da vitória. No último minuto, Feliciano foi chamado a marcar um livre, saindo a bola a centímetros do poste. 
E acabou: Belenenses, 2 - S. L. Elvas, 1 »
  • A foto deste post, foi publicada em 29/08/2008, com outro titulo
Página 4 da edição do «Diário de Lisboa» de 27 de Maio de 1946

César de Matos, um dos mais “científicos” jogadores que temos conhecido, no seu lugar

«Médio esquerdo do Club de Foot-Ball os Belenenses. Um dos mais “científicos” jogadores que temos conhecido, no seu lugar. Está presentemente em óptima forma e dele muito há a esperar no encontro de hoje» 18 de Abril de 1927

  • post originalmente publicado em 07/08/2008

O começo da jogada que precedeu o quinto «goal» do XXIII Porto-Lisboa

Porto, 5 de Fevereiro de 1928: XXIII Selecção do Porto – Selecção de Lisboa (1-5). «Rodolfo cae sobre a bola, Siska aguarda nas rêdes e Vítor Silva prepara-se para intervir e marcar»

«Placard» tangente no Restelo é espelho do espectáculo que a tempestade quase diluviana tudo vez para vergar




➤ Estádio do Restelo, 16 de Outubro de 1977 - 5ª jornada do campeonato nacional. Árbitro: Rosa Santos, de Beja.
⛹Belenenses - Rui Paulino; Sambinha, Luís Horta, Alexandre Alhinho e Carlos Pereira; Eurico Caires, Vítor Esmoriz e Isidro; Vasques (cap.), Clésio e Norton de Matos (Artur Jorge, após o intervalo). 
Suplentes, não utilizados: José Pereira, Lima, José Maria e Amaral. Treinador: António Medeiros
⛹Vitória - Vaz; Caíca, José Mendes, Carlton Martin e Mário Narciso; José Rachão, Fernando Tomé (Libânio, após o intervalo) e Palhares; Formosinho, Vítor Madeira e Jacinto João  
Suplentes, não utilizados: Jorge Martins, Francisco Silva, Gamboa e Cabumba. Treinador: Fernando Vaz
⚽ Marcador: Golo de Eurico, aos 44'. Resultado final: Belenenses, 1 - Vitória Futebol Clube, 0

Mais um brasileiro no Restelo: chama-se Teles e foi um dos melhores «armadores» da última época no futebol carioca

Teles, (Wilson Teles da Silveira), nasceu no Rio de Janeiro em 24/07/1948. Foi titular num jogo contra o União de Tomar (0-0), suplente utilizado em dois (FC Porto, 3-2 e CUF, 1-1), e suplente não utilizado noutro (Barreirense, 3-2), todos para o campeonato da época 1971/72 

Belenenses derrota o Sporting e regressa às vitórias após cinco derrotas consecutivas


  • Estádio do Restelo, 31 de Outubro de 1971 - 7ª jornada do campeonato
  • Belenenses, 2 - Sporting, 1
  • Belenenses: Mourinho; Murça, Quaresma, Freitas e João Cardoso; Carlos Serafim, Quinito e Estêvão; Zézinho, Laurindo (Carlos Jorge, aos 70') e Godinho
  • Treinador: Zezé Moreira
  • Sporting: Damas; José Carlos, Caló, Hilário e Pedro Gomes; Nelson, Gonçalves e Chico Faria; Marinho, Yazalde e Dinis
  • Treinador: Fernando Vaz
  • Marcadores: Chico Faria, aos 13'; Quinito, aos 15' e Estêvão aos 30'

Belenenses sofre a 5ª derrota por 1 bola a zero em cinco domingos consecutivos

 
📸João Cardoso, Victor Baptista, Eusébio, Fernando Leite (árbitro), 
Estêvão, Freitas e Artur Jorge📷

🏆Lisboa, Estádio da Luz, 24/10/1971 - 6ª jornada do campeonato nacional da época de 1971/72. Árbitro: Fernando Leite, do Porto.
⛹«Os Belenenses»: Mourinho; Murça e João Cardoso; Quaresma, Freitas e Carlos Serafim; Zézinho, Quinito (Ernesto, aos 67'), Laurindo, Estêvão e Godinho. Treinador: Alfredo Moreira Júnior, mais conhecido como Zezé Moreira.

 ⛹Benfica: José Henrique; Rui Rodrigues e Adolfo; Humberto Coelho, Malta da Silva e Jaime Graça; Simões, Eusébio, Vítor Baptista (Toni, aos 82'), Artur Jorge e Jordão (Diamantino Costa aos 45'). Treinador: Jimmy Hagan. 

⚽Golo de Vítor Baptista aos 5'.
➤ Cronologia das cinco derrotas por um a zero, em cinco domingos seguidos:

- Com a Académica, no Restelo, a contar para a 3ª jornada;
- em Santo Tirso, com o Tirsense, para a 4ª jornada;
- no Restelo, com o Leixões, jogo em atraso (1ª jornada), - devido à final da Taça de Honra da AFL;
- em casa, com o Guimarães (5ª jornada);
- e na Luz, a contar para a 6ª jornada.

 

➤ O Belenenses, voltaria às vitórias (tinha vencido em Aveiro, o Beira-Mar por 3-1, na 2ª jornada) contra o Sporting, no Restelo, por 2-1, em jogo da 7ª jornada.

Equipa de aspirantes do Belenenses, vencedora da «Taça Frederico Baptista Louret»

24 de Abril de 1955

  • Próspero Benitez, treinador da equipa de aspirantes do Belenenses, vencedora da «Taça Frederico Baptista Louret» é passeado aos ombros pelos seus pupilos
Plantel - Santos (Valério); Manuel Carlos e Tito; Amândio (Mário Paz), Chitas e Costa; Pereira, Inácio (Dallot), Mário Pereira, Laranjeira e Angeja