«A vitória na Taça de Portugal, aos 33 anos, era o «canto do cisne» de uma carreira fantástica. Os golos começaram a rarear, as lesões surgiram, partiu uma perna numa digressão do Belenenses a Nova Iorque, foram sendo públicos os conflitos com treinadores e dirigentes do clube.Aos 37 anos muda-se para a Tapadinha e para o grande rival Atlético. Treinado por José Águas, ajuda os alcantarenses a regressarem à I Divisão.Mas os tempos eram outros. Matateu arrasta-se no Gouveia, no Amora e no Chaves, perdido em divisões secundárias até aos 42 anos. Depois jogou no First Portuguese, de Toronto. Encontrou no Canadá o lugar indicado para o sossego propício a um final de vida» Fonte: FPF
Matateu, pelo lápis do genial Pargana
Quatro jogadores do C.F. «Os Belenenses» convocados para a selecção nacional
Setembro de 1961. Jogos de qualificação para o Campeonato do Mundo, no Chile (1962). O seleccionador nacional, Fernando Peyroteo, convocou quatro jogadores do Belenenses: Vicente Lucas, José Pereira, Matateu e Yaúca.
Post publicado originalmente em 07/06/2008
Vicente Lucas é um dos mais internacionais futebolistas do Belenenses
⛹Vicente Lucas é um dos mais internacionais futebolistas do Belenenses. Vestiu 27 vezes a camisola das quinas: 20 na selecção A e 7 vezes na B. Na selecção A.
⛹Alinhou contra a Escócia (2 vezes), uma das vezes foi na sua estreia (3 de Junho de 1959) em Lisboa no Estádio Alvalade (vitória por 1-0), RDA, França, Argentina, Inglaterra (3 vezes), Brasil (6 vezes), Bélgica (2 vezes), Uruguai, Hungria, Bulgária e Coreia do Norte, último jogo em 23/07/1966, no campeonato do Mundo em que Portugal se classificou no terceiro lugar.
⛹Vicente foi, também, internacional na Selecção B, sete vezes: contra o Luxemburgo, Sarre (2 vezes), Espanha (2 vezes), França e Bélgica. Capitaneou a Selecção B por três vezes.
Vicente, capitão dos «azuis», entrega ao seu irmão a salva de prata oferecida pelos companheiros de equipa
📘 post publicado originalmente em 18/02/2008
Vicente Lucas um exemplo de correção desportiva
Foi em 1958-59 que a Associação de Futebol de Lisboa galardoou, com a Medalha de Ouro, quanto a conduta disciplinar, estes jogadores que apetece sempre apontar como exemplo a seguir: Rafael (Caneças), Germano (Atlético), Vicente (Belenenses), Serra Coelho (Casa Pia) e Herculano (Povoense).
post publicado originalmente em 23/07/2009
Vicente no Old Trafford
Manchester, 16 de Julho de 1966. Portugal, 3 - Bulgária, 0
José Mourinho, guarda-redes com 35 anos e Quinito, o activo centro-campista de 24 anos
«Dois dos homens da equipa do Belenenses para olhar esta noite são os internacionais José Mourinho, à esquerda, guarda-redes, 35 anos e Joaquim «Quinito», o activo centro-campista de 24 anos.» in Programa do jogo a contar para a 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA (03/10/1973) Wolverhampton Wanderers, 2 - C.F. Os Belenenses, 1.
post publicado originalmente em 18 de Abril de 2008
Se não voltar a ver com os dois olhos vejo com um. Piedade para o Vicente é que não
«Se não voltar a ver as coisas do mundo com o olho direito, o esquerdo bastará para que continue a olhar em frente como sempre tenho feito em toda a minha vida. Piedade para Vicente é que não.» Vicente Lucas em entrevista de Joaquim Letria, publicada em 11 de Novembro de 1966 na revista «Flama»
Faleceu Mourinho
Ferragudo - Lagoa, 12/02/1938 - Setúbal, 25/06/2017
⚽Defendeu a baliza belenense durante 6 épocas (1968/69 a 1973/74). Foi treinador do Belenenses em 1970/71 (como adjunto de Homero Serpa, após demissão de Joaquim Meirim) e 1982/83. Vice-Campeão Nacional, da época 1972/73. É o 39º jogador internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Foi titular absoluto (30 jogos/2.700 minutos) nos campeonatos de 1971/72 e 1972/73.
⛹ Clicando aqui pode ver tudo o que publicámos sobre Mourinho Félix
Vicente, recebendo a Taça de Portugal de 1960
Estádio Nacional, 3 de Julho de 1960. O Presidente da República, Américo Thomaz, entrega a Taça de Portugal a Vicente, sob o testemunho do sportinguista Fernando Mendes.
Sai um Três Vintes (20-20-20) pró Vicente !
Nem o facto de não fumar impediu que Vicente comprasse um maço de cigarros 'Três vintes' (20-20-20) na tabacaria propriedade do mano Matateu, situada na delegação do Belenenses da Avenida da Liberdade.
Três Vintes: 20 cigarros, 20 gramas, 20 centavos
post publicado originalmente em 10/05/2011
Vou jogar !? pensei que tinha vindo só para marcar o Pelé…
«Cinco anos depois de ter assinado pelo Belenenses, Vicente chegava à Selecção Nacional na qual nunca teve uma presença muito firme. Os confrontos com o Brasil, sobretudo aquela célebre vitória de Abril de 1963, em Lisboa (1-0), criaram um facto inesquecível na vida do defesa central português: a forma como soube marcar Pelé, a grande estrela do futebol mundial, secando-o por completo, sem utilizar meios ilícitos, e que permitiram à imprensa rejubilar em manchete: «Vicente meteu Pelé no bolso!»
Não admira, portanto, que das suas 20 «internacionalizações», Vicente some 6 contra o Brasil. Desta forma, quando convocado para a fase final do Mundial de 1966, em Inglaterra, e sabendo que seria titular no primeiro encontro, contra a Hungria (3-1), surpreendeu-se: «Pensei que vinha só para marcar o Pelé…»
Não tendo participado em nenhuma das partidas da fase de qualificação, Vicente jogou quatro encontros da fase final, saindo da equipa na meia-final, contra a Inglaterra (1-2), alegadamente por ter sofrido uma lesão no pulso, mas com muita gente a levantar a suspeita de que teria havido movimentações para o preterirem no onze português em favor de um companheiro.
O Portugal-Coreia do Norte (5-3) marcaria assim o seu adeus à «equipa de todos nós». Não adivinhava, então, que a época seguinte, na qual só realizou três jogos pelo Belenenses, seria a última.
Um estúpido acidente de automóvel provocou-lhe um rasgão na córnea. Era o fim do defesa central azul, que sabia como não deixar jogar Pelé e passou pelo futebol como sempre foi na vida: com educação e bondade.» Fonte: FPF
Não tendo participado em nenhuma das partidas da fase de qualificação, Vicente jogou quatro encontros da fase final, saindo da equipa na meia-final, contra a Inglaterra (1-2), alegadamente por ter sofrido uma lesão no pulso, mas com muita gente a levantar a suspeita de que teria havido movimentações para o preterirem no onze português em favor de um companheiro.
O Portugal-Coreia do Norte (5-3) marcaria assim o seu adeus à «equipa de todos nós». Não adivinhava, então, que a época seguinte, na qual só realizou três jogos pelo Belenenses, seria a última.
Um estúpido acidente de automóvel provocou-lhe um rasgão na córnea. Era o fim do defesa central azul, que sabia como não deixar jogar Pelé e passou pelo futebol como sempre foi na vida: com educação e bondade.» Fonte: FPF
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