O Belenenses subiu...e a grande prova ganhou maior interesse !

Campeonato Nacional da época de 1944/45
Um instantâneo que basta para avaliar o que foi a magistral exibição de Capela no domingo (18 de Fevereiro de 1945). O hábil guarda-redes «vôa» por detrás de Feliciano para parar, no momento preciso, um perigoso remate de Júlio. 

Os 4 guarda-redes do Belenenses na época de 1970/71

O Belenenses tinha quatro (4) ! guarda-redes no plantel da época de 1970-71. E que guarda-redes... um puro desperdício, tendo em conta a qualidade que cada um deles possuía... 
José Manuel Mourinho Félix, Vítor Cabral Martins, António Manuel Ferro Pais e Celestino Augusto Belo Pais Ruas.

Uma popularidade instantânea - Matateu... Chegou, viu e venceu !

(...) Quando Matateu chegou a Lisboa vindo de Lourenço Marques por via marítima, não houve aquele movimento desusado que sempre caracteriza a chegada das grandes "estrelas". Nem mesmo os torcedores do Belenenses, clube a que vinha endereçado, se dignaram ir esperá-lo ao cais de desembarque. Era mais um futebolista que chegava, mais um "ambicioso" que vinha tentar a sua sorte, possivelmente como tantos outros - a maioria - que chega com a cabeça cheia de sonhos e a bagagem técnica vazia ...
Não se verificou qualquer espécie de entusiasmo com a chegada de Matateu. Apenas os dirigentes do Belenenses estavam presentes; e Lisboa viu-o pela primeira vez no dia 4 de Setembro de 1951, quando um grande transatlântico de largas chaminés o deixou em terra metropolitana depois de centenas de horas monótonas e fatigantes.
Seu nome verdadeiro - Lucas Sebastião da Fonseca.
No entanto por uma questão de hábito entre os naturais da colónia, deram-lhe uma alcunha - Matateu. E ninguém lá o conhecia de outra maneira, tal como agora em Portugal. Por quê ? porque Matateu é um daqueles "nomes de guerra" que se fixa com facilidade e agrada repetir. É estranho e ao mesmo tempo indecifrável e sem sentido; mas possui indiscutível feição popular !
Chegou sem espavento e estreou sem alardes. Por sinal no maravilhoso relvado do Jamor. Ele nunca tinha visto um estádio assim; olhou as linhas elegantíssimas do recinto, fixou a grama e quedou-se espantado. Jogar em cima da relva tão bem tratada ? Até então apenas conhecera campos "carecas", aonde aprendera a manejar o couro e realizar bonitas jogadas, tantas que o seu nome chegou até aos ouvidos dos dirigentes do Belenenses ...
A estreia de Matateu com a camiseta azul da Cruz de Cristo não foi um sucesso; mas também não foi um fracasso. Qualidades demonstrou iniludivelmente, mas era fácil reconhecer que estava desambientado, não conhecia os companheiros e estes não o conheciam, o gramado era desconhecido para ele, a moldura do Estádio esmagava-o ! (...)
Excerto de uma reportagem publicada no jornal "O Globo" (Rio de Janeiro, Brasil) na edição de 20 de Agosto de 1952, de autoria de Álvaro Melo e Silva

Artigo no jornal brasileiro 'O Globo' intitulado: "Matateu... Chegou, Viu e Venceu" - ilustrado com notável caricatura

"Matateu foi o tal que chegou, viu e venceu. Ei-lo numa caricatura interessantíssima de Martins" 🠊

Caricatura publicada na página 8 da edição matutina do dia 20 de Agosto de 1952, do jornal brasileiro 'O Globo', a ilustrar uma notável matéria da autoria de Álvaro Melo e Silva, com o titulo "Matateu... Chegou, Viu e Venceu".🠟

(...) Rodada inicial do campeonato luso. O calendário indica 23 de Setembro de 1951 e vai jogar-se no estádio das Salésias, o «clássico» Belenenses - Sporting. 
Ao entrar em campo integrando o quadro dos donos da casa, ninguém reparou em Matateu.
Começa o jogo, inicia-se a luta, batem-se os contendores. 
Os sportinguistas são favoritos, pressionam, tudo parece indicar que a vitória não lhes fugirá. Vários minutos decorridos, os espectadores atentam num jogador, no seu labor, consecutivo, no perigo que representam todos os seus lances, todas as suas escapadas, todos os seus "raids", conduzindo o couro junto às chuteiras, semeando o pânico e tornando-se figura central da peleja; é negro, não muito alto mas forte, domina bem a bola, é veloz e empolga, sobretudo quando usa o seu dribling curto e serpenteante. Tem nas costas o nº 10 mas atua  em posição adiantada, na linha do centro-avante, autêntico «ponta de lança».
Quem é ? Como se chama ? Donde veio ?
Ninguém tem tempo de pensar nas respostas. Num lance rápido e desconcertante, ei-lo que bate um, dois, três adversários, e o seu tiro não deixa dúvidas a ninguém. Tem um destino ... o fundo das redes!
Empertiga-se o Belenenses, ganha moral, luta e combate com mais ardor e confiança. 
A contenda ganha novos matizes e os torcedores "azuis" com o coração pequenino só tem olhos para o nº 10, esperam dele qualquer coisa de sobrehumano, qualquer coisa que nenhum dos seus companheiros conseguirá realizar.
E a bola saltita, desvia-se, morre nos pés hábeis do meia negro, dois toques de rara habilidade e intuição, umas redes que se oferecem, um goleiro que tenta impedir a consumação do ato, um tiro que parte - colocado, indiferente, venenoso. 
Um grito, um grito imenso ... Goooooolo !
Poucos minutos depois o juiz termina o prelio. Alguém pronuncia um nome - Matateu! 
Depois é o delírio coletivo; não há vedações, não há policias, não há proibições, não há resistências. O Belenenses havia triunfado em cima da hora por 4 a 3 e Matateu com uma exibição esplendorosa possibilitara a vitória. 
Os torcedores do clube da Cruz de Cristo invadiram o gramado, ergueram Matateu ao ar e passearam-no aos ombros, verdadeiramente empolgados ! (...)

Belenenses e Porto empatam no jogo da estreia de Jaburu perante uma entusiástica assistência que lotou as Antas

2ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1955/56 - 25/09/1955
F.C.Porto, 1 - Belenenses, 1 (⚽golos de Teixeira, aos 37', e Matateu, aos 46')
Na foto: José Pereira arrojado, oportuno e espectacular como é seu hábito, saí aos pés do portista Virgílio. Vicente está longe e nada pode fazer.
⛹ «Os Belenenses»: José Pereira; Pires e Moreira; Di Pace, Raúl Figueiredo e Carlos Silva; Angeja, Dimas, «Matateu», Ricardo Perez e «Tito». Treinador: Fernando Riera.
⛹ F.C.Porto: Pinho; Virgílio e Osvaldo Cambalacho; José Maria Pedroto, Miguel Arcanjo e Monteiro da Costa; Hernâni, Gastão, Jaburu, Teixeira e Perdigão. Treinador: Dorival Yustrich. 

Severo Tiago o «sprinter» e extremo de categoria internacional

Severo Tiago (campeão nacional de atletismo e futebol), Cipriano Santos e Jorge Vieira - três figuras gradas dos anos 20 do século passado - num lance de mais um discutido Belenenses - Sporting

Rafael Correia

Colecção de cromos de caramelos "Caricaturas desportivas"
Edições Confeitaria Universo - época de 1939/40

Juniores do C.F. "Os Belenenses" da época 1966/67


  • Equipa do Belenenses, no jogo contra o Estrela: Figueiredo, Duarte, Graça, Rui Palhares, Rodrigues Boiadas, Egídio, A. Luís, Brilha, Guerreiro e Alves

Egídio Neves de Oliveira

Egídio, o craque da equipa de juniores da época de
1966/67 superiormente dirigida por Peres Bandeira 

Mariano Amaro (do Belenenses) nasceu há 99 anos

Mariano Rodrigues Amaro, nasceu em Lisboa a 7 de Agosto de 1914 e faleceu a 23 de Maio de 1987. Em 1931-32 jogou no Adicense, a seguir, em duas épocas, não disputou encontros oficiais, para se inscrever em 1934 no Belenenses o clube que representou durante 15 anos. Médio de ataque por excelência, de rasgada visão de jogo, disputava todos os lances com uma correcção modelar. Foi 19 vezes Internacional, Campeão Nacional e Vencedor da Taça de Portugal entre outros feitos e títulos.  Foto datada de 1948

Final da «Taça de Portugal» da época de 1947/48

Estádio Nacional, 4 de Julho de 1948  Sporting, 3 - Belenenses, 1

  • José Sério, Vasco Oliveira, Serafim das Neves, António Figueiredo, António Feliciano, António Castela, Fernando Matos, António Nunes, Teixeira da Silva (marcador do golo), Pinto de Almeida e Artur Quaresma

A passagem por Alcântara na caminhada para o titulo

Vasco Oliveira, afasta energicamente a bola em jogo a contar para a 18ª jornada do campeonato nacional da época de 1945/46, vitória sobre o Atlético (2-4)  

Clube de Foot-Ball Os Belenenses, 5 - Sport Lisboa e Benfica, 2

Salésias, campeonato nacional da época de 1942/43
O guardião benfiquista (Martins) antecipa-se ao belenense Conceição 

Entrevista de Zé Mário à revista 'Foot'

Segunda página da entrevista - Março de 1989 - Na foto: Zé Mário, já se desembaraçou de Valdo e prepara-se para  repetir a 'dose' com Veloso

A Equipa de Andebol do Belenenses Campeã Nacional da época de 1993/94

#1 João Marques (agachado), #2 Filipe Cruz, #3 Nuno Cardoso, #4 Luís Gomes, #5 Medvedev, #6 Alberto Oliveira, #7 Luís Bentes, #11 Alfredo Pinho, #12 Santa Barbara (em pé, de blusão), #14 Claus Cabrita, #15 Luís Piçarra, #18 Artur Roldan

A Equipa de Rugby do Belenenses, Campeã de Lisboa da época de 1944/45

De péCalheiros, Mário Domingos, Cabral de Matos, Arlindo, Rebelo, Barros, Giesteira, Cardoso e Álvaro Santos. De joelhos: Antunes, Castro, Barcinio, Avelino, Buisson, Jacinto e Queiroz

A Equipa de Rugby do Belenenses, Vice-Campeã da época de 1943/44 e Vencedora da Taça «Madrid-Lisboa»

De pé: Álvaro Santos, Antunes, Giesteira, Rebelo, Pereira, Amílcar, Arlindo, Maia Loureiro, Barros e Cabral de Matos. Sentados: Filipe Bensaúde, Buisson, Barcinio, Avelino e Patrick Dnikley