O Ronaldo esteve para vir para o Belenenses, mas veio o Cleison, que tinha mais nome...

"(...) Li no jornal "i" de quarta-feira, dia 5, um tema curioso que aproveito para partilhar.
Fez esta quarta-feira 16 anos que o Ronaldo (o brasileiro actualmente conhecido como "Ronalducho") marcou o seu primeiro golo como profissional. Foi contra o Belenenses, num amigável com o Cruzeiro em que perdemos 2-0. O curioso é que o Figueiredo, então guarda-redes, afirma ao jornal que o Ronaldo esteve perto do Belenenses mas na altura o clube preferiu o Cleisson porque tinha mais nome...(...)" Gennaro

Ronaldo 'Fenómeno' marcou o primeiro golo sénior no dia 5 de Agosto de 1993. Foi no Restelo, ao Belenenses.

"Há patrocínios e patrocínios, mas o da Coca-Cola vingou mais que todos em 1987, quando vestiu 13 clubes brasileiros (São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grémio, Internacional, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Bahia). Só um, porém, é que deu continuidade.


Em Agosto de 1993, o Cruzeiro apresentou-se em Portugal, com Coca-Cola nas camisolas azuis e com um tal de Ronaldo. Numa semana, o jovem de 16 anos estreou-se com o Benfica, em pleno Estádio da Luz, no dia 3 de Agosto, com 15 mil espectadores, e despediu-se nas Antas, onde o avançado brasileiro embelezou a festa do centenário do FC Porto, na noite em que Rabah Madjer voltou ao palco que o consagrou. Pelo meio, o dia 5 de Agosto, o da consagração, o do primeiro golo de sempre. Ao Belenenses, no Restelo.

Lançado por Carlos Alberto Silva, o célebre CAS (não confundir com Kas, outra bebida gaseificada, rival da Coca-Cola) que acabara de ser bicampeão português pelo FC Porto, em 1992 e 1993, Ronaldo marcou a Figueiredo. O guarda-redes não se importa. "Só é positivo por ser de quem é."

Para jogar em Portugal, o fenómeno brasileiro teve de fintar a lei. A profissão de torneiro mecânico ficou popularizada no Brasil através do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas ele não é o único filho famoso da metalurgia. Ronaldo foi registado nessa profissão, embora nunca tenha passado perto de uma fábrica.

Acontece que dar-lhe um emprego foi a maneira encontrada pelo Cruzeiro para que Ronaldo, com apenas 16 anos, pudesse entrar em torneios oficiais. Pela legislação brasileira, um jogador da formação só podia actuar caso estudasse ou trabalhasse.
Como a transferência para algum colégio de Belo Horizonte ainda não havia sido feita, o presidente cruzeirense de então, César Masci, conseguiu que Ronaldo fosse registado na empresa São José Ferramentas e Peças Lda., de propriedade de um conselheiro do clube.

Ronaldo, dono da carteira de trabalho número 61.505, assinou contrato com o Cruzeiro a 4 de Janeiro, mas a inscrição na Federação Mineira de Futebol só foi feita a 10 de Fevereiro. Daí à fama foi um passo, tão natural como a sua sede. Primeiro, dois golos na estreia pelos juniores (4-1 ao Botafogo de Matosinhos). Depois, a estreia profissional, com o Caldense, em Poços de Caldas, para o campeonato mineiro. Finalmente, o primeiro golo. O tal do Restelo.

Figueiredo, agora com 49 anos, lembra-se como se fosse ontem. "Foi um cruzamento da esquerda e ele apareceu a cabecear, perto da marca de penálti. Esteve para vir para o Belenenses, mas veio o Cleisson, que tinha mais nome."

CAS também tem boa memória. "Só tínhamos um avançado sénior para essa digressão. Era o Totó. Então, perguntei ao Benecy Queiroz [supervisor de futebol do Cruzeiro] se havia algum talento escondido. Ele indicou-me o Ronaldo. Na Luz, Ronaldo entrou na segunda parte. No Restelo, foi titular e marcou na primeira parte. Nas Antas, perdemos 3-1, mas aí já o Inter andava atrás dele."

No regresso ao Brasil, Ronaldo já era uma estrela mas continuava a ganhar mal. Menos que o salário mínimo no Brasil (380 reais). Bastou uma entrevista fenomenal à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, a queixar-se do salário e de ainda viver na Toca da Raposa (centro de treinos do clube) para tudo mudar. Dois dias depois, o Cruzeiro já aumentara o ordenado de Ronaldo, bem como lhe entregara um apartamento novinho em folha.

O primeiro anúncio da Coca-Cola apareceu num jornal norte-americano em 1893, a dizer "Coca-Cola... Estimulante!" Cem anos depois, Ronaldo, patrocinado pela Coca-Cola e lançado por CAS, deu início à carreira. Estimulante.

In jornal i por Rui Tovar, edição de 5 de Agosto de 2009
Caricatura de Ronaldo (Ex-Fenómeno e actual Ronalducho) retirada, com a devida vénia, do Blog CARICATURAS DE GRIFE

ADEUS RONALDO
Sem vídeo, goleiro que levou 1º gol de Ronaldo guarda tudo na memória
'Sabíamos que ele era fora do normal', diz o português Figueiredo, que defendeu o Belenenses em amistoso com o Cruzeiro em 1993.

Amistoso de pré-temporada do Belenenses, público pequeno e poucas - ou nenhuma? - câmeras de televisão no estádio Restelo, em Lisboa. Mas o dia 5 de agosto de 1993 entrou para a história do futebol mundial: de cabeça, Ronaldo marcou seu primeiro gol como jogador profissional na vitória de 2 a 0 do Cruzeiro. Jogada que pode ter ficado sem registro em vídeo, mas que não sai da lembrança do goleiro que buscou a bola no fundo da rede: Diamantino Tomé Figueiredo.

Atualmente com 50 anos de idade, Figueiredo é preparador de goleiros do Olhanense, nono colocado da Primeira Divisão do Campeonato Português. O ex-jogador era o camisa 1 do Belenenses, então treinado pelo brasileiro Abel Braga, e lembra bem do dia que conheceu o menino Ronaldo de 16 anos. Infelizmente, não tem e não conhece nenhum vídeo com o lance. Mas as imagens estão bem guardadas na cabeça de Figueiredo.

- Lembro perfeitamente da partida inteira. Nunca saiu da minha cabeça. Tive curiosidade de acompanhar a carreira de Ronaldo depois daquele jogo. Ele tinha muita qualidade, era fora do normal. O gol saiu depois de um cruzamento da direita, ele tocou de cabeça, por incrível que pareça, já que depois não fez mais muitos gols assim. Eu gostaria de ter este vídeo, mas não conheço ninguém que tenha. Talvez no Belenenses... Também não tenho recortes de jornal. Guardo tudo na memória - contou o ex-goleiro, por telefone.

Ronaldo estreou pelo Cruzeiro em 25 de maio de 1993 contra a Caldense (vitória de 1 a 0), pelo Campeonato Mineiro. Depois, só voltou a campo em 29 de julho no 2 a 1 sobre o Atlético-MG, também no Estadual. Em agosto, a Raposa viajou para amistosos em Portugal. No dia 3, empatou em 1 a 1 com o Benfica, partida que marcou a estreia internacional do Fenômeno. O primeiro gol com a camisa celeste saiu no jogo seguinte, contra o Belenenses: 2 a 0.
No Estádio da Luz, Ronaldo usou a camisa 15 e atuou poucos minutos no segundo tempo. Mas contra o Belenenses o atacante ganhou uma chance como titular. Para espanto dos portugueses, brilhou. Além do gol, deixou Figueiredo encantado com várias jogadas de efeito. Pelo menos uma o goleiro conseguiu salvar.

- Depois do gol, ele driblou três, quatro, a zaga toda, puxou para a direita e chutou. Defendi. Antes do jogo, nunca havia escutado falar nele. Ninguém conhecia. Mas depois, sabíamos que ele era fora do normal. E isso se confirmou - disse.

Curiosamente, a partida marcava a estreia no Belenenses do atacante Cleisson, ex-Cruzeiro. Mas, quando o juiz apitou o final do amistoso, os jogadores do time português só pensavam em uma: por que o clube não contratou o "miúdo" Ronaldo?

- Ele jogava muito, era impossível algo assim. Foi um jogo brilhante, nunca vi um miúdo fazer aquilo. Eram coisas de outro mundo. O Abel chegou a dizer que o clube deveria contratá-lo. Nós também! A diretoria chegou a pensar nisso, mas as vagas de estrangeiros já estavam completas. Se eu soubesse desse talento todo, eu mesmo teria comprado o passe! - brincou o treinador de goleiros do Olhanense.

Figueiredo encerrou a carreira em 1997, ano que o Fenômeno conquistou pela segunda vez o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. De longe, a primeira vítima acompanhou a carreira do craque, comemorou como se fossem conquistas de um velho amigo e nunca lamentou ter levado o gol que colocou Ronaldo no caminho para brilhar no futebol.

- Esse foi um gol que nunca me importei em ter sofrido. É um orgulho. Sou pé-quente. Costumava brincar assim: "Ronaldo fez o primeiro gol em mim. E se fez gol em mim, vai conseguir fazer em qualquer um" - concluiu.

E ele fez...

Artigo da autoria de Thiago Dias publicado no 'globo esport.com' em 15/02/2011 - Fotos: 'A BOLA' e 'Divulgação'
Post actualizado em 09/04/2011.

Scopelli el forjador del actual Belenenses - su club de siempre


Es Alejandro Scopelli, Belenensos y en otros muchos clubs a ambos lados del “charco...”—‘Porque usted fue entrenador del Belenenses, verdad?
En efecto. En cinco o seis ocasiones, todas ellas alternativas, fui llamado para dirigir al Belenenses.
  • "Belenenses, le dará guerra al Barcelona porque tiene un envidable espíritu de lucha"
  • "El paraguayo Gonzalez es un autentico diablo; será la pesadilla de la defensa azulgrana"


SU CLUB DE SIEMPRE
—La última vez que estuve con Belenenses fue en la temporada 1973-74. Y antes había sido en 1971-72. Y antes en otras tres ocasiones más. He sido algo así como el paño de lágrimas de ese club, que siempre que se encontraba con problemas acudía a mí.
Porque Alejandro Scopelli esta muy ligado al club de la “cruz de Cristo”. Incluso basta, allá en sus años mozos, fue jugador suyo...
Se quita un lujoso anillo de una mano y me lo enseña. Lleva esa cruz de Cristo que es el escudo de Belenenses:
Me lo regalaron entonces, ya que no cobré ni un duro por entrenar al equipo, conformándome con lo que ganaba como jugador. Y desde entonces he estado vinculado a Belenenses.

BELENENSES, WEST HAM y SANTANDER, al trofeo "PRINCIPE DE ESPANHA"
Ambas notícias de "EL MUNDO DEPORTIVO" de 31 de Julho de 1976.

Raul Solnado morreu, mas a "guerra" continua !

O actor Raul Solnado morreu hoje às 10h50, aos 79 anos, na sequência da evolução de um quadro clínico Cardio-Vascular grave, informou a Direcção Clínica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Raul Augusto de Almeida Solnado nasceu em Lisboa a 19 de Outubro de 1929.
Entrou no mundo do teatro em 1947, enquanto actor amador, no Grupo Dramático da Sociedade de Instrução Guilherme Cossul.
Mais tarde, em 1952, profissionalizou-se e começou a construir uma carreira como artista de variedades e teatral, não pondo de lado a sua via humorística na rádio e na música.
Em 1960 adapta para português um sketch do espanhol Miguel Gila - "A Guerra de 1908" - e, em 1961, interpreta-o na revista "Bate o Pé", no Teatro Maria Vitória em Outubro de 1961.
A sua passagem pela televisão ficou marcada pelos programas "Zip Zip", "A Visita da Cornélia" ou ainda "O Resto São Cantigas".Pelo seu contributo, Raul Solnado recebeu, a 10 de Junho de 2004, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Até à sua morte foi director da Casa do Artista, em Lisboa, instituição que fundou em 1999 juntamente com outros actores.
Notícia do PÚBLICO

O eterno contraste entre o desalento e a euforia


Temporada 1966/67: Acaba de acontecer golo. O defesa do Sporting fez tudo quanto pôde, perdendo. O atacante belenense conseguiu o que queria - venceu. O eterno contraste entre o desalento e a euforia

Bernardino Sousa

Bernardino Fernando Sousa, nasceu no Funchal em 03/07/1944. 
Representou o Belenenses nas camadas juvenis até à época de 1964/65.


Na temporada 1965/66, já com idade de sénior, foi cedido ao Peniche tendo regressado a Belém para ser titular indiscutível, como lateral direito, na época 1966/67 sob o comando do ex-atleta Ricardo Perez

Final do Campeonato de Lisboa de Juniores - 1947

Final do Campeonato de Lisboa de Juniores da época 1946/1947: Belenenses, 3 Benfica, 0
Na jogada, Caetano, Lioneto e Fernando (Nini).

O Futuro é já ali...

"Os "Rapazes da Praia" emprestaram o Clube a sucessivas gerações 
para que este seja entregue aos futuros Belenenses"

"Um jornal que ambiciona ter uma função federadora em relação à população dever cuidar de não alienar os diversos grupos sociais"

(...) Quanto às apreciações de João Bonifácio sobre o clube do Restelo e o seu público, os protestos foram mais violentos. “Os Belenenses não merecem estas palavras vindas de ninguém, muito menos de um jornal como o PÚBLICO”, escreve João Carlos Silva, que, feito sócio do clube há 28 anos, quando era um garoto, rejeita o epíteto “velhinho”.
E diz José Manuel Anacleto, após anunciar ter deixado de ler o PÚBLICO por causa desta crítica: “A maneira como (...) se permitiram achincalhar um dos maiores clubes portugueses (...) e as suas largas de dezenas... de milhares de sócios e adeptos – nos quais me incluo –, não me permite olhar para o vosso jornal sem um sentimento de profunda repulsa”.
Outro anónimo é ainda mais duro: “Nem mesmo com pedido de desculpas do PÚBLICO voltarei a comprar esse ‘jornal’, que permite ter jornalistas como João Bonifácio”.
O sócio Tiago Pinho proclama: “Não pactuamos com desconstrutores da moral e exigimos que João Bonifácio se renda à clara e expressiva grandeza social e histórica da instituição que, infelizmente, ofendeu”.
Finalmente, entre outros, um sócio antigo, Álvaro Lopes da Cruz: “Tenho 74 anos e devo ser um dos ‘velhinhos’ a quem de forma tão mal educada esse senhor se dirige. Seria boa ideia que respeitasse os mais idosos e conhecesse a história do grande Belenenses, clube com 90 anos e por onde têm passado milhares e milhares de crianças e jovens”.
Alguns destes protestos, incluindo um da própria direcção do clube, foram também enviados à direcção do jornal, e no editorial já referido Nuno Pacheco admitia que “o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas”, reassalvando porém que “a independência da crítica, desde que assinalada como tal, continuará a ser respeitada no PÚBLICO”.
O assunto poderia ser aqui encerrado, mas entretanto João Bonifácio, na resposta à solicitação do provedor para se pronunciar sobre os protestos, reivindica para si toda a razão.
Só essa resposta, bastante minuciosa, não caberia nesta página, e por isso a sua integralidade é remetida para o blogue do provedor, salientando-se aqui apenas os tópicos fundamentais: “Comparei o festival com o futebol do Belenenses pela razão óbvia: (...) os resultados do Belenenses nos últimos dois campeonatos foram fracos, e o festival que ali decorreu idem (na minha opinião). (...) Querer impedir que se façam comparações inesperadas num exercício crítico é querer impedir o humano de ser humano. (...) O Belenenses (...) é dos clubes com o estádio mais vazio. E é apenas a esse facto a que a frase ‘há duas dezenas de velhinhos nas bancadas’ se refere. (...) Não há nenhum insulto, antes uma brincadeira que eu diria mesmo carinhosa: o Belenenses é o meu segundo clube, desloco-me ao Restelo três ou quatro vezes por ano e na bancada central encontro sempre grande predominância de adeptos mais idosos.
Se eu usasse a expressão coloquial ‘meia-dúzia de adeptos’ já não seria ofensivo? (...) Haverá a mínima possibilidade de me concederem que pessoalmente considero a expressão ‘velhinhos’ carinhosa (...)? Será que a idade é ofensiva? (...) É óbvio que não há apenas duas dezenas de velhinhos no Restelo, mas alguém, por um segundo, não percebe o sentido da frase? (...) Não é por se tratar de cultura massificada que devemos ser condescendentes, apesar de ser essa a prática corrente. (...) Qualificar de ofensa o meu texto é pelo menos abusar da interpretação. (...) Lamento que o meu texto tenha ofendido alguns leitores, porém parece-me que não só é preciso aceitar toda uma diversidade de opiniões diferentes como também toda uma diversidade de registos. (...) Ao pedir desculpas a uma instituição que me chamou, numa carta em que se treslê o que escrevi, ‘boi’ e ‘cobarde’, o PÚBLICO está a vincular-se a esses insultos?”

Como o provedor já considerou noutras ocasiões, o PÚBLICO, que ambiciona claramente ter uma função federadora em relação à população portuguesa, deveria cuidar de não alienar os diversos grupos sociais com considerações gratuitas ou de mau gosto, eventualmente ofensivas. A responsabilidade não é de João Bonifácio, mas de um editor que deveria ter feito a leitura prévia do texto e chamar-lhe a atenção para uma passagem mais desprimorosa para os adeptos de um clube. Na esmagadora maioria dos casos, o redactor cai em si, muda o que tiver de ser mudado e o texto cumpre na mesma a sua função.


Pode ler o texto na íntegra clicando AQUI

«Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo»

"Como aquilo dos cartoons era lá longe defendíamos a liberdade de expressão.
Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo.
Não deixa de ser curioso ver como os extremosos paladinos da liberdade de expressão, quando uns certos cartoons sobre Maomé davam para agitar o choque de civilizações, se converteram em três tempos nos editorialistas que fustigam a opinião escrita no seu jornal quando o que está em causa são as “fundamentadas manifestações de indignação” dos adeptos do clube da Cruz de Cristo.

Utilizar um editorial - por definição, o espaço de referência da opinião da direcção de um jornal – para condenar abertamente um jornalista que se limitou a constatar o óbvio, isto é, que o Belenenses não tem adeptos e que os que tem estão envelhecidos, é uma estranha e difusa forma de respeitar o direito “intocável” à “liberdade de opinião e de crítica”. 

Que raio de “liberdade de opinião” é esta em que a direcção do jornal admoesta, de forma pública, as figuras de estilo escolhidas por um jornalista no livre e subjectivo exercício de crítica?
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?

Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Texto da autoria de Pedro Sales publicado no ARRASTÃO
"Eu sou de Vizela e conheço 5 adeptos, em Guimarães há 40, na Vila das Aves, 30 em Braga 50 ( aprox.).Multiplique por quase todas as aldeias, todas as vilas e cidades de Portugal: um exemplo, há dias estive em Viseu, e lá estava no centro uma representação dos”Repesenses”, disseram-me que se tratava de uma filial do Belém com muitos sócios do Belenenses.
A distância ao Restelo impede dezenas de milhares de o frequentar.
Tem absoluta razão quanto aos adeptos de Lisboa e arredores até 50 Km de raio.
É uma vergonha não estarem lá.
Curiosamente com o Belenenses na II LIga muitos estádios do Norte tinham centenas de adeptos.
Os adeptos do Belém de longe, ficam estupefactos com a reduzida participação dos seus adeptos Lisboetas!"
José Manuel Faria, editor do RUPTURA VIZELA em resposta a Pedro Sales in ARRASTÃO

Editorial do "PÚBLICO" de 23 de Julho

Equipa de Honra do Club de Football "Os Belenenses" Campeã de Portugal 1932/33

OS CAMPEÕES DE PORTUGAL
"Os atletas do Club de Football "Os Belenenses", campeões de football de 1932-33"
De pé e da esquerda para a direita: Bernardo Soares, Jerónimo Morais, Alfredo Ramos, Joaquim de Almeida, César de Matos, Heitor Nogueira, José Simões e José Luis. Agachados: Rodolfo Faroleiro, Rodrigues Alves e João Belo

Plantel do C.F. «Os Belenenses» da época de 1993/94

Diamantino Figueiredo, Pedro Espinha, Pinho, Chico Fonseca, Teixeira, Guto, José Rui, João Manuel Pinto, Nito, Tito, Jó, Emerson, Taira, Adalberto, Mauro Airez, Toninho Cruz, Vítor Manuel, Luís Gustavo, Mauro Soares, Gonçalves, Darci, Cleisson, Paulo Sérgio e Vítor Vieira.

Equipa de Honra do C.F."Os Belenenses" da época 1967/68

De pé da esquerda para a direita: Dr. Silva Rocha, Serrano, Esteves, Alfredo Quaresma, Fernando Freitas, Cardoso, Gomes, Manuel de Oliveira (treinador) e João Silva (massagista). Agachados: Manuel Rodrigues, Ernesto, Simões, Luciano, Caetano e Fernando

"Match" Nulo no jogo Belenenses - Caldas

Sete jogadores suspensos, - sete corações suspensos! Ninguém olha para a bola que todos procuram alcançar nesta "molhada" frente à baliza do Caldas. Talvez por isso, não houve golos no Estádio do Restelo
  • Campeonato Nacional de 1958/59
  • In "Sport Ilustrado" de 30 de Setembro de 1958

Belenenses indignado com artigo do jornal "Público" sobre festival Super Rock

Misturar futebol com festivais de música pode não dar bom resultado.
Uma crítica do jornal "Público" aos concertos do Super Bock Super Rock em Lisboa, onde se fala do pouco público presente nos jogos do Belenenses, enfureceu os dirigentes e adeptos 'azuis'.
O jornal já pediu desculpa ao clube.


Um texto publicado no jornal "Público", com a crítica aos concertos do festival Super Bock Super Rock (SBSR) no estádio do Restelo, criou uma polémica entre o Belenenses, os organizadores do SBSR e o referido diário.
O clube emitiu um comunicado, na segunda-feira, chamando "manso" ao cronista, depois de este ter dito que "o povo esteve manso [durante os concertos]", enquanto o jornal, no editorial de ontem, pediu desculpa ao clube do Restelo.


O Belenenses divulgou a carta enviada para o director do jornal "Público ", através do seu site oficial, manifestando "a sua profunda indignação". Segundo o clube lisboeta, o artigo em causa - com o título "Festival sem festa" -, "vem carregado de ofensas a todos os que sentem 'Os Belenenses' como um clube com tradições no panorama desportivo português".
Frases como: "toda a gente que segue futebol com um mínimo de regularidade conhece a constante nudez quinzenal do Estádio do Restelo. O Belenenses joga e há duas dezenas de velhinhos nas bancadas, nem uma palha bule, é um sossego", ou "foi a festa possível e foi escassa como os fins de tarde futebolísticos no Restelo costumam ser", irritaram profundamente a direcção do clube da Cruz de Cristo e os seus associados, tal como os comentários ao artigo online deixam facilmente perceber.
A carta não poupa o autor da crónica, intitulando-o de "cobarde" e "manso".
"De uma coisa estamos certos: ao escrever como escreveu, ofendendo quem foi ao festival e os que se deslocam ao estádio, sem os enfrentar, João Bonifácio não foi corajoso (bravo, portanto), antes refugiou-se na liberdade que o senhor, enquanto director do Público lhe dá para escrever. Foi por isso, cobarde. Manso", lê-se no texto da missiva.
As bandas que actuaram no dia 18 de Julho, The Walkmen, Brandi Carlile, Mando Diao, Duffy e The Killers também não foram poupadas pelo cronista.
O Expresso contactou João Bonifácio, que não se manifestou disponível para fazer comentários sobre esta polémica.


No editorial de ontem, Nuno Pacheco fez um pedido de desculpas em nome do jornal. "(...) o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas", pode ler-se no texto.
Programa radiofónico suspenso
Entretanto, o programa do "Ípsilon" - caderno do jornal "Público" onde foi publicado o referido artigo - na rádio Oxigénio, foi suspenso.
A estação de rádio pertence a Luís Montez, que também é sócio da 'Música no Coração', organizadora do SBSR.
Será pura coincidência? Luís Montez garante ao Expresso que a suspensão do programa já estava "prevista". "Não teve nada a ver com as críticas ao festival.
Este espaço de divulgação do 'Ípsilon' existe há algum tempo, mas com a grelha de Verão estamos a substituir alguns programas de 'conversa' por música. Vai retomar em Setembro", afirma.
O responsável pela Oxigénio refere ainda que existe outro jornalista do "Público" com um programa na rádio, que "não foi cancelado".
"Continuo a ter negócios com o 'Público', compro lá publicidade [de promoção a concertos e festivais organizados pela 'Música no Coração'], e já estou habituado a ler críticas negativas a concertos. Não era agora por causa deste texto que ia mudar a minha atitude para com o jornal", assegura Luís Montez, enquanto sócio da 'Música no Coração'.


Notícia EXPRESSO Edição Online

Homenagem Nacional a Vicente Lucas







Capa da revista da AFL sobre a HOMENAGEM NACIONAL A VICENTE 
realizada no Estádio do Restelo no dia 22 de Janeiro de 1967

O Club de Footbal "Os Belenenses", de Lisboa, e o Club Sport Marítimo, do Funchal, são os Finalistas do Campeonato de Portugal de 1926


Capa da revista "ECO DOS SPORTS" de 30 de Maio de 1926
"A nossa capa é hoje dedicada, como não podia deixar de ser, à "final" do Campeonato de Portugal de football. Representa os dois capitães dos Grupos Clube Sport Marítimo e o Clube de Football "Os Belenenses" respectivamente, Domingos de Vasconcelos e Augusto Silva."

Diálogo à chuva: Esteves dá explicações a Quaresma sob o olhar estupefacto de José Pereira


Setembro de 1965. Esteves, estatelado no relvado explica a Alfredo Quaresma qual a sua responsabilidade na "asneira" que acabaram de cometer, sob o olhar estupefacto de José Pereira.

"O Belenenses joga e há duas dezenas de velhinhos nas bancadas, nem uma palha bule, é um sossego"

Caro José Manuel Fernandes,

Escrevo-lhe por estar profundamente ofendido - e este é o termo exacto - pelo artigo escrito a 20/07 no "Ipsilon" assinado pelo jornalista João Bonifácio.
Aquilo que supostamente seria a análise ao Super Bock Super Rock começou de uma forma absolutamente desnecessária na qual foi enxovalhado o nome do Belenenses, assim como a imagem dos seus adeptos.
Estou certo que o livro de estilo do "Público" faz o apelo para que os artigos jornalísticos sejam não-opinativos, isentos e factuais. O que não foi de forma nenhuma o caso.
Aliás muito me surpreendeu que, alinhando o "Público", assim como a generalidade da imprensa nacional, por uma lógica muito particular no que respeita ao tratamento ao futebol - que consiste em falar apenas em três clubes e ignorar os restantes - que alguém se tenha lembrado nesta altura do Belenenses.
Pena que o tenha feito pelas piores razões revelando uma espécie de desprezo que não fica bem a nenhum orgão de comunicação.
ainda me surpreende que, estando o "Público" a atravessar tempos conturbados em virtude da queda das vendas, e tendo os seus empregados sido praticamente obrigados a redução salarial, que um deles diga "aqui está um conjunto de leitores que não nos interessa".
Isto porque, e peço que o transmita ao jornalista em questão, ao contrario do que ele escreveu, nas bancadas está uma franja muito significativa de jovens. Mesmo naquele escalão dos "sub-30", veja lá o fenómeno.
E gente que até ao dia 20/07 lia o "Ipsilon". É inacreditável esta ideia de malta que simultaneamente vai à bola e tem interesse no que se vai escrevendo nas páginas do vosso suplemento, não é? Calculo que o seja, mas olhe que acontece.
Provavelmente a partir de agora vai deixar de acontecer. Mas olhe que acontecia. Proponho para a próxima edição um "O Público Errou: Há jovens no Restelo".

PS: Esta situação podia ser evitada se, além dos jogos com os três grandes, tivessem alguma vez destacado um jornalista para uma partida de futebol no Restelo. Em lugar de escutarem os mitos que circulam nas conversas de café. Mas afinal para quê o trabalho? Aquilo depois sai na Lusa, não é?

Cumprimentos,
Um adepto do C.F. "Os Belenenses".
  • A indignação é do Gennaro e o BI, naturalmente, assina por baixo
  • Clique AQUI para ler o artigo do PÚBLICO/ÍPSILON

Penso ser a ginástica uma das causas fundamentais dos resultados que o Belenenses tem obtido



Conversa com Feliciano, publicada na contracapa da revista "Flama" de Dezembro de 1945
"Penso ser a ginástica uma das causas fundamentais dos resultados que temos obtido"

António Feliciano na capa da revista 'Flama'

Lição de ternura - Feliciano e a filhinha de Artur Quaresma
Capa da revista "Flama" datada de Dezembro de 1945

O Que Diz Gennaro

O Belenenses podia ser actualmente um digno representante da filosofia tibetana.
Com tanto apelo à calma estou em crer que até o Dalai Lama se faria sócio.
Acontece que eu, desculpem lá a maçada, vou divergir do referido espírito até porque sempre tive um bocado de receio de malta que veste fatos cor de laranja. Geralmente é porque tramou alguma e foi dentro. E eu, vá lá saber-se porquê, ando preocupado.
Em Belém, se recuarmos um ano, lembramo-nos do “calma o treinador é novo e precisa de tempo”, do “calma os jogadores chegaram agora e estão a adaptar-se”, do “calma a direcção é nova deixem os homens trabalhar” e mais tarde do “calma que esta comissão de gestão vai levar o clube a bom porto”.
Mais adiante “calma que agora com o Pacheco é que é”, geralmente seguido daquela pérola do “anda Pacheco”, do “calma que os outros também vão perder pontos” e do “calma que vamos ganhar à Luz”.
É impressionante a forma como em Belém recusamo-nos a aprender com os erros cometidos.
O estágio vai bem adiantado e na defesa, sector onde na temporada passada a coisa assumiu contornos de tragédia, pouca coisa nova se vê.
O regresso de um Devic que pessoalmente não me deixou saudades ou a aposta num Rodrigo Arroz que nem sei o que vos diga. Sai o Baiano mas não entra lateral.
De resto, e voltando à filosofia da paz e amor, o Belenenses viu-se envolvido num sorteio cujos contornos há muito eram conhecidos e que em tempos aqui escrevi, para aceitar a coisa sem dizer palavra alguma.
A forma como ficámos na primeira divisão deu azo a todo o tipo de disparate na imprensa, com artigos intitulando o clube de “campeão da secretaria” (lembro-me concretamente de um do Correio da Manhã”) sem que o clube tenha feito ouvir a sua voz, apresentando, por exemplo, a enumeração dos casos onde a tal “secretaria” actuou contra nós.
O que remete para a política de comunicação sobre a qual não vou dizer nada pois seria chover no molhado. Excepto talvez que sei que existe pelo menos um sócio que fez chegar às duas últimas direcções do clube (a CG e esta) uma carta na qual colocava ao serviço do clube a sua formação na área, apresentando um projecto concreto, e acabou a ser ignorado. Das duas vezes. Pelo que sei nem um “continua a mandar postais” nem um “esta ideia não nos agrada”. Simplesmente nenhuma palavra.
E portanto, mais uma vez como no passado, a comunicação vai fazendo-se através dos blogues. Não há aprendizagem com os erros passados nem há, infelizmente, qualquer visão de futuro. Porque não nos vamos enganar.
Existe quem tenha ficado satisfeito com a queda do Estrela pois permitiu ao Belenenses ocupar o seu lugar.
Mas a verdade é que devíamos ficar preocupados.
É que “ontem” foi o Salgueiros e o Farense, “hoje” o Estrela, provavelmente “amanhã” o Setúbal ou o Estoril.
E nós pelo mesmo caminho.
Que os clubes fora do sistema” mediático -comercial” não se juntem e dêem um murro na mesa que não é preciso. Vão continuando a aceitar as regras da liga feitas à medida de sabemos bem quem.
Porque uma coisa é certa: os clubes vão tendo tendência a encerrar portas muito por culpa do futebol negócio, é certo, mas verdade seja dita também não fazem muito pela vida.


  • Gennaro, era o editor do Blogue "Alternativa Belém". Actualmente escreve no "Belenenses Ilustrado" quando lhe apetece.

"Match nulo" na partida entre o Belenenses e o Caldas

📸 Matateu salta mas o guardião caldense, Vítor, irá conjurar o perigo. Abdul e Orlando assistem. 
➤ Pouca assistência no espaçoso e magnifico Estádio do Restelo. Domingo, 28/09/1958. 3ª jornada do Campeonato nacional. Árbitro: Isidro Fragoso, de Santarém.
⛹ Belenenses - José Pereira;  Pires e Carlos Silva; Moreira, Figueiredo e Vicente; Abdul, Mendes, Matateu, Yaúca e Martinho Gomes (ex-Atlético).
⛹Caldas - Vítor; Amaro e Anacleto; Dantas, Saraiva e Orlando «Ben M'barek»; João, Romeu, Mateus, António Pedro e Rogério,
➤ Breve resumo da partida: Para os caldenses José Pereira foi a barreira intransponível. A baliza do Caldas esteve sob o «fogo» dos dianteiros de Belém mas os remates dos belenenses foram demasiado maus para afligirem a defesa do Caldas que todavia se colocou sempre em bom plano. E assim, o zero-zero manteve-se até final.
⚽ Resultado final:  C.F. «Os Belenenses», 0 - Caldas S.C., 0. 

O Belenenses ganhou ...mas a Académica portou-se bem


📸Caetano, rouba a bola da cabeça do "estudante", sob a proteção de Serafim
 
👉Domingo, 12/02/1970. Jogo da 17ª jornada, disputado nas Salésias, com assistência razoável. Árbitro: Reis dos Santos de Santarém. Os grupos alinharam:

⛹Belenenses - Caetano; Figueiredo e Serafim; Rebelo, Feliciano e Frade; Narciso, Pinto de Almeida, Sidónio, Duarte e Diógenes.

⛹Académica - Tito; dr. Branco e Brás; Castela, Curado e Azeredo; Melo, Duarte, Macedo, Serra Coelho e Garção.

⚽Marcadores: 1-0, por Pinto de Almeida, aos 55'; auto-golo de Castela, aos 64'. Resultado final: Belenenses, 2 - Académica, 0.