João Pedro de Bellegarde da Silva Bello

1910-1960
O Homem que "descobriu" Matateu
«Um jogador de invulgares qualidades e de dedicação. Não foi só um jogador célebre. Foi um belenense que se apaixonou pela causa do seu Clube e a serviu com todo o ardor, entusiasmo e sacrifício.» Acácio Rosa
Bi-Campeão Nacional de Futebol; Campeão Regional de Futebol; Vice - Campeão Nacional de Atletismo e recordista nacional (salto com vara); Internacional de futebol (11º jogador internacional do Belenenses); Capitão da equipa de futebol nas épocas 1932/33 e 1933/34.
post publicado originalmente em 11/01/2010 

José Matos Martins dos Reis


«Após um período passageiro de abaixamento de "fórma", Reis reapareceu na categoria de honra do Belenenses, com todas as suas faculdades de atencioso e seguro guardião, de novo apuradas. "Stadium", homenageia o excelente jogador que já foi - sê-lo há decerto ainda - candidato sério ao "onze" de Portugal.»
post publicado originalmente em 29/03/2010

O sr. Américo Tomás mandou recado à secretaria «azul»: tenho pena mas não posso continuar a pagar as quotas

«Inesperadamente impedido de se deslocar ao seu ex-estádio, para presenciar os jogos do seu ex-clube, o ex-presidente da República sr. Américo Tomás mandou recado à secretaria «azul»: tinha muita pena mas não poderia continuar a pagar as quotas de sócio. 
Baixa sensível na claque de Belém: a partir de agora, na bancada reservada aos sócios vibrantes, não mais se ouvirá a voz altiva e serena, incitando os onze rapazes da camisola da Cruz de Cristo, nos célebres 15 minutos finais.
A partir de agora, fica mais pobre o clube que sempre contou com a ajuda desinteressada, que no seu tempo viveu momentos de desafogo financeiro porque durante os anos em que ele e a mulher foram ao Restelo, o clube nunca soube o que eram dificuldades de monta.
Agora, «desarriscado» de sócio, Thomaz chora em terras brasileiras a impossibilidade de voltar a ver a menina dos seu olhos, o clube da sua eleição.
Tanto, que a sua vida, a vida da nação que dirigia, estava toda pintada de azul: esse mesmo azul da camisola do seu clube, o clube que ele agora renegou por não poder pagar as quotas.
Não me lembro da sua primeira vista ao estádio que teve o seu nome; nem da primeira vez que lá foi com sua mulher. Mas, imagino a festa que terá sido, principalmente quando ele chegou e botou fala: era a primeira vez depois da última  e ele  e sua mulher estavam satisfeitos com a recepção que lhes tinham oferecido; eles os dois e mais os netos, que gostavam muito de ter uma bola de futebol a sério, que foi quando os dirigentes obrigados resolveram retribuir «tantas atenções» recebidas oferecendo a tal bola de couro aos meninos predilectos do ex-presidente.
Que ele gostava muito das crianças e pedia sempre alguma coisa para eles: que nesta terra as crianças nunca foram esquecidas e o clube até tem agora um polivalente onde elas podem saltar e correr à vontade. 
«Thomaz» desistiu de sócio: mandou recado à secretaria dizendo que não pode pagar mais as quotas: fica mais pobre o clube que muito lhe ficou a dever. 
Mas, o que mais falta vai fazer ao clube não são os 60 escudos mensais da quotização: o que mais falta vai fazer na carreira dos «azuis» é o seu grito altivo e esclarecedor na célebre e tradicional arrancada dos 15 minutos finais...» Orlando Dias Agudo, 4/4/1975

Ex-presidente do País, e do Belenenses, expulso de sócio do Clube por não ter pago as quotas desde Abril de 1974

"Expulso: do quadro associativo do Clube de Futebol Os Belenenses, um dos mais importantes de Portugal, o ex-presidente Américo de Deus Rodrigues Thomaz, de 80 anos; por não ter pago as suas mensalidades desde o golpe que o derrubou do poder, em abril de 1974; dia 3."
Página 76 da edição de 16 de Abril de 1975 da revista brasileira "VEJA".
📘 post publicado originalmente em 27/07/2009

Uno de los "cuatro grandes" portugueses, el Belenenses, no dara cuartel al Barcelona


EL «ESTILO BELENENSES»
Futbolísticamente, que es la faceta que interesa a los seguidores barcelonistas, el Belenenses tuvo la pasada temporada una actuación llena de regularidad y buen juego.
Después de unos comienzos francamente prometedores, que hacían albergar las máximas esperanzas cara a revivir jornadas gloriosas, los «azules» atravesaron un ligero bache, que, sin embargo, suoperaron para terminar fuertes, en un meritorio tercer lugar, tras el BenÍica y el Boavista pero por delante del Oporto y del Sporting.

¿Tiene el Belenenses un estilo propio o una característica que distinga su juego? Sí, o casi.
Porque este veterano del fútbol portugués, sólo en períodos tan cortos como excepcionales ha olvidado el "estilo Belenenses" que existe.
Es una manera de jugar al fútbol, marcada siempre por la escuela sudamericana, que alcanzó expresión cimera en los tiempos en que preparaba al equipo el argentino Alejandro Scoppeli.
Este técnico, bien conocido de los españoles, fue en su juventud jugador muy influyente del Belenenses.

Concepción artística del fútbol y al mismo tiempo, un entusiasmo lleno de virilidad son, hoy en día, las líneas maestras del fútbol del Belenenses, que tiene su poderío principal en la defensa, comandada por un negro de gran capacidad, el internacional Freitas.
Este jugador estaba, en principio, transferido al Oporto para la próxima jornada, pero surgieron dificultades y lo más probable es que se quede con los de Belem.
Perdido el concurso de Quinito, que fue traspasado al Santander, donde jugó la pasada campaña, el equipo conserva un buen trío de centrocampistas, con Pincho, Vasques y Pietra.
En el ataque, se destaca, a gran distancia, el paraguayo González, un luchador típico y uno de los mejores «hombres-gol» del fútbol portugués.
Merecen referencia, asimismo, el guardameta Melo y los defensas Quaresma y Sambinha.

In "El Mundo Deportivo" de 25/07/1976 - post originalmente publicado em 05/01/2010 

Amália Rodrigues na grande festa de 2ª-feira no Império para o Estádio de "Os Belenenses"

➤ Amália Rodrigues, Violette Quenolle, Manuel Lereno, Armando Guerreiro e a orquestra da Emissora Nacional dirigida por Tavares Belo na grande festa de 2ª-feira (7 de Junho) para o Estádio de "Os Belenenses".
1ª página da edição do dia 2 de Junho de 1954 do jornal semanário do clube. 
📘 post publicado originalmente em 2/12/2009 

Equipa do C.F. "Os Belenenses" da época de 1993/94

Nito, Taira, Figueiredo, Guto e José Rui
Luís Gustavo, Chico Fonseca, Teixeira, Vítor Manuel, Cleisson e Mauro Airez

O lápis de Pargana comenta...

«Agora não há "detergente" que o..."limpe" !..»
Charge sobre jogo Belenenses, 2 - Benfica, 2 da 19ª jornada do campeonato da época de 1961/62.

Indiscutivelmente o Belenenses constituiu um adversário de respeito para os campeões

Fernando Peres (caído), Yaúca, Matateu e Costa Pereira
⚽Domingo, 11 de Março de 1962. Jogo no Estádio do Restelo, a contar para 19ª jornada, com boa assistência e arbitragem de Joaquim Campos, de Lisboa.
⛹Belenenses - José Pereira; Rosendo e Castro; Cordeiro, Paz e Vicente; Yaúca, Abdul e Vítor Silva; Matateu e Fernando Peres. Treinador: Bernardo Soares.
⛹Benfica - Costa Pereira; Mário João e Ângelo; Cavém, Germano e Cruz; José Augusto e Mário Coluna, José Águas; Eusébio e Simões. Treinador: Bella Guttmann.
⚽Marcadores: 0-1, aos 20' por José Augusto; 1-1, aos 49' por Yaúca; 1-2, aos 71' por José Águas; 2-2, aos 80' por Yaúca. Resultado final: Belenenses, 2 - Benfica, 2.
⛹José Augusto, Vicente e Yaúca um trio em evidência no Restelo. Uma referência para Vítor Silva e outra para Peres. Ambos têm estofo para ir longe. Para recordar: o primeiro (3') remate no Restelo. A bola chutada por Yaúca estrondeou na barra transversal. Costa Pereira estava batido.

Paixão azul em todas as horas

Em 1º ou 18º da classificação, na 1ª ou 2ª divisão, FA sempre com o Belenenses no Coração

Foto de Guilherme Venâncio publicada na edição do jornal "A BOLA" de 7 de Abril de 1998. Post publicado originalmente em 11/02/2009.

Belenenses, inicia a época de 2017/18 em 4º lugar no campeonato dos campeonatos

Tabela com o histórico dos dez clubes de futebol com melhor desempenho nos Campeonatos nacionais/Liga(s), disputados entre 1934/35 e 2016/2017.
Critério para o ordenamento, e desempate: 1º) pontos, 2º) presenças, 3º) vitórias. A partir da época de 1995/96, a vitória, passou a valer 3 pontos.

No encontro mais importante da jornada, o Porto venceu o Belenenses, mas demorou muito a chegar à vantagem

Júlio, Dinis, João Cardoso (5), Cubillas, Gomes, Freitas, Isidro e Alfredo

⚽Estádio das Antas, Porto, 21/09/1975. 3ª jornada do campeonato nacional. Constituição das equipas:
⛹Belenenses - Melo; Sambinha, Quaresma, Freitas e João Cardoso; Isidro (Pincho, aos 79'), Godinho, Leitão (Vasques, aos 64') e Artur Jorge; Alfredo Muianga e Gonzalez. Treinador: Peres Bandeira.
⛹F.C. do Porto - Tibi; Gabriel, Simões, Adelino Teixeira (Rodolfo, aos 54') e Alfredo Murça; Octávio, Teófilo Cubillas e António Oliveira; Júlio (Séninho, aos 54'), Fernando Gomes e Dinis. Treinador: Branko Stankovic.
⚽Marcadores: Séninho, aos 63 e 69'; António Oliveira, aos 77' e Gonzalez, aos 87'. Resultado final: F.C. do Porto, 3 - Belenenses, 1

O Belenenses foi às Antas fazer uma exibição magistral e com o maior desplante golear severamente o F.C. do Porto

Teófilo Cubillas, Gomes e Quaresma

⚽Estádio das Antas, 26/01/1975. Campeonato nacional, 19ª jornada. Assim, alinharam os dois «onzes»:
⛹Belenenses - Melo; Sambinha, Quaresma, Freitas e João Cardoso; Pietra, Pincho, Isidro e Quinito; Alfredo Muianga e Gonzalez. Pereira, substituiu Freitas aos 79' e René substituiu Isidro aos 83'. Treinador: Peres Bandeira.
⛹F.C. do Porto: Tibi; Murça, Simões, Alexandre Alhinho e Rodolfo; Rolando, Fernando Peres e Ailton (Júlio), aos 33'); Cubillas, Gomes e Lemos. Treinador: Aimoré Moreira.
⚽ Marcadores: Alfredo (4'), Pincho (24'), Pietra (40') e Alhinho, na própria baliza, aos 65'. Resultado final: F.C. do Porto, 0 - Belenenses, 4.
📰«A lógica (se nestas coisas da bola, a lógica, merece algum crédito) saiu defraudada. diremos mesmo: ofendida. Não passaria pela cabeça de muita gente que o Belenenses, ainda no passado domingo batido em casa (1-3) pelo «lanterna vermelha» (Académico de Coimbra) e que durante a semana se viu em sérias dificuldades para aprontar a sua equipa para esta viagem ao Porto (chegaram a anunciar-se dez lesionados, passe o exagero), chegaria às Antas e com o maior desplante (mas também com uma exibição surpreendentemente magistral) aplicaria tão severa e insólita punição (4-0), um «score» de pasmar a um «dialoguista» como o F.C. do Porto, esta temporada o mais sério candidato à conquista do titulo. É difícil perceber o que aconteceu nas Antas: quanto à desastrada exibição portista, como à «lição» de futebol que toda a critica diz ter sido ali demonstrada pelos pupilos de Peres Bandeira, um conjunto praticamente sem «estrelas». Talvez seja difícil explicar, por mais se rebusquem argumentos. Afinal, o que ali aconteceu foi simplesmente futebol...» 

José Cardoso dos Santos

Nasceu na Ajuda, Lisboa, a 9/10/1943
Foi jogador do Belenenses durante quinze anos:
Nas categorias de formação de 1954/55 até 1962/63 e sénior de 1963/64 a 1969/70 

Fernando José António Freitas Alexandrino «115 de Belém»

Lobito (Angola), 21/07/1947
Jogou no Belenenses durante 9 épocas (1967/68 a 1975/76)
Vice-campeão nacional da época de 1972/73

Adelino Luís Augusto Ferreira

Malange (Angola), 18 de Fevereiro de 1936
Adelino, representou o Belenenses durante 9 épocas 
1957/58 e 1958/59 e de 1962/63 a 1968/69