Separata do plantel do Belenenses da época de 1972/73

Peres Bandeira (treinador de campo), Carlos Serafim, Murça, Ferro, Mourinho, Ruas, Parreira, Pietra, Freitas, Calado, Quaresma e João Silva (massagista).
Aurélio Gomes, Ernesto, Laurindo, Quinito, Luís Carlos, Godinho, Leandro, Silva Santos, Júlio, González e Canana.   

Separata da equipa do Belenenses da época de 1970/71

Separata #5 do «Jornal do Cuto»

Quaresma, João Cardoso, Freitas, Quinito, Murça e Mourinho
Pena, Laurindo, Estêvão, Ernesto e Carlos Serafim 

Estádio da Luz, 7 de Fevereiro de 1971:
19ª jornada do campeonato nacional: Benfica, 3 - Belenenses, 1

Separata do plantel do Belenenses da época de 1971/72

Separata do jornal «A Capital»

Mourinho, Pedro, Pena, Virgílio, Parreira, Quaresma, Freitas, Laurindo e Amaral
Pietra, Zezinho, Luís Carlos, Quinito, Carlos Jorge, Ernesto, Teles, Estêvão e Godinho  

Separata do plantel do Belenenses da época de 1969/70

Separata da revista «Flama»

Ferro, Quaresma, Rodrigues, Esteves, Murça, Canário, Freitas e Serrano
Laurindo, Luciano, Walter, Gomes, Carlos Serafim, Godinho, Saporiti e Estêvão 

Separata da equipa do Belenenses da época de 1968/69

Separata da revista «Flama»

Serrano, Quaresma, Murça, Rodrigues, Mourinho e Assis
Walter, Saporiti, Laurindo, Luciano, Godinho e Cardoso

Sport e arruaça... César, o jogador que vôa... Preso !


Contracapa d'O "Notícias Ilustrado"
(edição dominical do Diário de  Notícias) 
do dia 20 de Maio de 1928 
«No último domingo, as festas sportivas no campo das amoreiras, foram caracterizadas por uma lamentável falta de cultura cívica e de espírito sportivo - que os instantâneos flagrantes de Ferreira da Cunha fixaram nesta página.  É preciso que os nossos homens do sport, que tão brilhantes exibições têem feito ultimamente se compenetrem da sua alta missão educadora e não se comportem como arruaceiros em viela, em torno duma bola de trapos...»
Encontro realizado no domingo 13 de Maio de 1928, no Campo das Amoreiras, entre o Club de Foot-Bal «Os Belenenses» e o Victoria Foot-Ball Club, a contar para os quartos de final do Campeonato de Portugal de Foot-Ball.
Post originalmente publicado em 12/06/2013.

Decisão do Comité Executivo do Campeonato de Portugal sobre o protesto do Club de Foot-Ball «Os Belenenses»

Ex.mo Sr. Director Secretário do Club de Foot-Ball «Os Belenenses»
Comunico a V.Ex.ª que o Comité Executivo do Campeonato de Portugal, na sua reunião de 19 do corrente, resolveu julgar improcedente o protesto apresentado por esse Club relativamente ao jogo que realizou com o Victoria F.C. no Campeonato de Portugal, em 13 do corrente.   
Com os meus cumprimentos, sou com toda a consideração
De V. Ex.ª Att.º Vnr. e Obgdo.
Pel'O Secretário do Comité Executivo do Campeonato de Portugal
a) Armando de Sá

A eliminação do Belenenses no Campeonato de Portugal de Foot-Ball do ano de 1928


...continuação...
É o seguinte:
Segundo nos informam o Victoria Foot-Ball Club entrou em campo apenas com dez jogadores, faltando-lhe o jogador Francisco Silva, defesa esquerdo, e ficando de fóra do rectangulo do jogo convenientemente equipado um outro jogador do Victoria. Apoz a marcação do nosso goal, o treinador do Victoria, que se encontrava sentado no chão e perto da linha de jogo teria dito ao jogador suplente «ele não veio entra tu», o que sucedeu, ficando nessa ocasião o Victoria Foot-Ball Club com onze jogadores em campo.

Alguns minutos depois apareceu o jogador Francisco Silva, o qual segundo informação e testemunho do Sr. Emídio Augusto só chegou á estação do Terreiro do Paço ás treze horas, vindo do Barreiro já equipado. Este jogador entrou então no campo substituindo aquele que anteriormente tinha entrado e que ainda por indicação do treinador saiu do rectangulo do jogo e desaparecendo. 
As pessoas que nos informam d'esse facto e que estão prontas a prestar todos os esclarecimentos a V. Ex.ª são as seguintes:
Ex.mos Srs. Luiz Elias Fontes Veiga, tenente de cavalaria do 1º esquadrão da G.N.R. no quartel do Carmo; Joaquim Ferreira Bogalho, director do Sport Lisboa e Benfica e arbitro da A.F.L.; Edmundo Martins, arbitro da A.F.L. e morador na R. das Pedreiras nº 17, Alcolena; José Diogo Cipriano, morador na Costa do Castelo  nº 43, r/c; Moura - Relojoeiro, morador na R. dos Vinagres; José Avelino Pires, morador na Rua de São Paulo, nº 100 ultimo esq.; Augusto Bartolomeu, morador na Rua da Creche nº 9 pateo; Heitor Nogueira, morador no Largo Freire Heitor Pinto nº 10.
Em presença dos factos atraz expostos somos levados a tirar as conclusões seguintes, sobre as quaes baseamos o nosso protesto ao abrigo da faculdade que nos dá o regulamento do Campeonato de Portugal de Foot-Ball.
a) - O tempo util de jogo na primeira parte foi apenas de vinte e oito minutos.
b) - O arbitro tendo assignalado a marcação do corner depois de previamente ter consultado o Juiz de Linha, mostrou que em sua consciência não tinha a certeza da falta cometida, e, anulando a sua primeira decisão, e marcando a grande penalidade, satisfez apenas os desejos dos jogadores do Victoria e a exigencia d'uma parte do publico.
c) - Dada a substituição dum jogador depois de iniciado o jogo foi infringida a lei geral do Foot-Ball em desafios oficiaes.
Nota: - Como esclarecimento util á alinea c) devemos informar que o Juiz de Campo não fez a identificação dos jogadores.

Pedimos pois ao digno Comité Executivo do Campeonato de Portugal para averiguar das anormalidades do jogo, e resolver como julgamos de justiça.

Com toda a consideração nos confessamos, De V. Exª
Pela Direcção do Club de Foot-Ball «Os Belenenses»,
Joaquim Dias e Manuel Florencio

O Belenenses foi acintosa e injustamente eliminado nos quartos de final do Campeonato de Portugal de Foot-Ball

Intervenção da força armada na expulsão do jogador Cesar de Matos


Ex.mo Sr. Presidente do Comité Executivo do Campeonato de Portugal,

Em nome do Club Foot-Ball Os Belenenses vimos expôr ao justo e imparcial critério de V. Ex.ª os factos anormaes sucedidos durante o encontro realisado no ultimo domingo 13 de Maio de 1928 no Campo das Amoreiras entre o nosso Club e o Victoria Foot-Ball Club, esperando que nos seja feita justiça, a que nos julgamos com direito.

O jogo teve início ás treze horas e sete minutos e, logo na 2ª avançada - talvez 2 minutos - o nosso interior esquerdo José Manoel Soares marca o primeiro goal.
Veio a bola ao centro e o jogo continua normalmente até que ás treze horas e vinte e cinco minutos apoz o início do desafio o nosso jogador Cesar que dentro da grande área disputava a bola a um jogador adversário lançou-a para corner em ultimo recurso.
Os jogadores do Victoria e o publico, este em altos brados, pedem a marcação d'uma grande penalidade. O arbitro faz signal ao Juiz de Linha perguntando a sua opinião, este aponta com a bandeira para corner e o arbitro confirma imediatamente mandando pôr a bola no canto.
Então os jogadores do Victoria, apoiados pelo publico, insistem na marcação do castigo maximo e o arbitro manda colocar a bola na marca da grande penalidade.
Deu-se nesta ocasião um desagradável incidente com o nosso jogador Cesar, que, em presença da injustiça com que o seu Club estava sendo tratado, não soube dominar os nervos e desrespeitou o Juiz de Campo, procedimento este que muito nos contraria e merece a nossa completa reprovação, só admirando e até lastimando que aquele Sr. o não tivesse logo expulsado do campo, pois que talvez se evitassem as desagradaveis scenas seguintes.

Só passado cinco minutos o jogo recomeçou, isto é, ás treze horas e trinta minutos, para ser interrompido ás treze horas e trinta e cinco, devido a ter-se estabelecido um conflito entre o jogador Cesar e o publico, motivado por injurias e ameaças que da bancada dos socios titulares do Sport Lisboa e Benfica foram dirigidas aos nossos jogadores.
Amainado o conflito com intervenção da força armada e expulso o jogador Cesar o jogo recomeçou, para logo ser interrompido ás treze horas e quarenta minutos por haver novo conflito entre os jogadores e nova intervenção da força armada.
O arbitro abandonou o campo declarando não continuar a arbitrar, mas voltou a recomeçar o jogo ás quatorze horas e quinze minutos, e ás quatorze horas e vinte minutos deu por terminada a primeira parte, mandando imediatamente trocar os campos e continuar o jogo, visto que, de acordo com os dois capitães, estava resolvido não haver intervalo regulamentar, para não demorar os jogos seguintes.
A segunda parte decorreu normalmente.
Depois de terminado o jogo fomos informados por pessoas que nos merecem a maior confiança e cujos nomes adiante mencionaremos, d'um facto, que provando se ser verdadeiro merecerá a nossa maior repulsa e certamente a de todos os verdadeiros desportistas, pois ele representa uma deslealdade do nosso adversário para com nosco e para com o arbitro do jogo, visto que foi iludida a boa fé deste Sr. e do nosso jogador Augusto Silva, capitão do nosso team.
continua .../...  

O Belenenses - Campeão de Portugal - foi eliminado do Campeonato Nacional de Foot-ball nos "quartos de final"

Campo das Amoreiras, 13 de Maio de 1928 
«O Belenenses foi batido por um deplorável incidente, que nasceu de um erro do árbitro, impondo um "penalty" contra o «onze» campeão. A história do incidente está feita. É deplorável, muito deplorável, tudo quanto se passou. E o resultado do jogo viveu desse conflito. O Belenenses, fez quasi todo o jogo com dez jogadores, privado do concurso de César de Matos. 
O Belenenses protestou o encontro - e a Federação dirá agora a última palavra. São fundamentos da reclamação: - alguns erros de arbitragem e, principalmente, a circunstancia do primeiro tempo haver durado apenas, diz-se na reclamação, trinta e tantos minutos.
O juiz, perturbado com o incidente, resolveu suspender o encontro. O jogo esteve interrompido quasi meia hora, e quando recomeçou, o árbitro esqueceu-se de compensar devidamente  o tempo de paragem do jogo.»   

O Belenenses de Joaquim Meirim - que acabou sendo o de Homero Serpa e Mourinho Félix - época de 1970/71

Homero Serpa (secretário-técnico), José Manuel Mourinho Félix (jogador-treinador de campo), Celestino Ruas, Alfredo Quaresma, João Cardoso, Estêvão, Ferro Pais, Pena, Alfredo Murça, Freitas, Amaral e Vítor Cabral. 
Djalma, Arlindo, Virgílio, Aurélio Gomes, Laurindo, Camolas, Carlos Serafim, Ernesto e Godinho.

A inspiração e as notáveis faculdades do «quarteto negro» do Belenenses fez em estilhas a habilidade bracarense

Estádio do Restelo, 22 de Fevereiro de 1959. O árbitro Virgílio Baptista, de Setúbal, dirigiu a partida da 22ª jornada do campeonato nacional.
Belenenses - José Pereira; Pires e Moreira; Carlos Silva, Figueiredo e Vicente; Yaúca, Abdul, Mendes, Matateu e «Tito». Treinador: Fernando Vaz.
Braga - Cesário; José Maria Azevedo e Narciso; Armando, Calheiros e Pinto Vieira; Ferreirinha, Amador, Júlio Teixeira, Fernando Mendonça e José Maria Matos. 
Marcadores: Matateu (5', 40' e 44'), Mendes (35' e 64'), «Tito» (55') e Abdul (75'). Resultado final: Belenenses, 7 - Braga, 0.

Gomes «borrou a pintura» no 1º e no 2º golo e a defesa comprometeu no 3º e, não fica isenta de culpas no 2º...

Estádio José Alvalade, 14 de Janeiro de 1968. Mário Mendonça, de Setúbal, arbitrou o jogo da jornada 13 do campeonato nacional. Boa assistência.
Belenenses - Gomes; Rodrigues, Freitas, Cardoso e Esteves; Manuel José e Luciano; Adelino, Sérgio e Fernando. Treinador: Manuel de Oliveira.
Sporting - Carvalho; José Carlos, Armando, Alexandre Baptista e Hilário; Barão e Gonçalves; Marinho, Lourenço, Figueiredo e Peres. Treinador: Fernando Caiado.
Marcadores: Hilário (21') e Lourenço (36' e 90').

No Restelo, com chuva de estreias no «Nacional», os estreantes belenenses marcaram um golo cada um

O Varzim actuou pela primeira vez em Lisboa e o Belenenses fez alinhar dois elementos novos: o ilhéu Virgílio e João Carlos.  Aquele já experimentado nas «reservas» e o segundo, vindo de Moçambique, entrado directamente no grupo principal. Cumpriram plenamente as «novidades» lisboetas. Falhou, em parte, a atracção poveira.
Virgílio, o semiconhecido, é o protótipo do jogador infatigável, que luta e alia a esse empenho natural um sentido de oportunidade nada depreciável. O golo que marcou vale um atestado. João Carlos, o desconhecido, não se parece com o companheiro. Actua mais em «soupless» assente em dois bons pontapés e com pormenores subtis que revelam o habilidoso. Numa faceta, porém, se irmanam: o remate. O tento que obteve não engana.   
Domingo de Carnaval, 9 de Fevereiro de 1964. Jogo no Estádio do Restelo a contar para 17ª jornada do campeonato nacional, com razoável assistência, arbitrado por Gil Baptista, de Setúbal. Antes de se iniciar a partida, guardou-se um minuto de silêncio à memória dos pais do secretário-permanente do Belenenses, Manuel Vácondeus, e de Pires, ex-jogador do Clube.     
Belenenses - Nascimento; Rosendo e Rodrigues; Vicente, Abdul e Alberto Luís; Adelino, Virgílio, João Carlos (ex-Inhambane), Fernando Peres e Godinho. Treinador: Fernando Vaz.
Varzim -  Justino; Fernando Ferreira e Sidónio; Fonseca, Quim e Salvador; Isidro, Fernando, Noé, Pacheco e Rogério. Treinador: Artur Quaresma.
Marcadores: Alberto Luís (16' e 60'), Virgílio (53') João Carlos (71') e Fernando (76').  

Este jogador de Olhão é de "Gancho". Como não logrou vencer o Belenenses, vingou-se no... treinador

Fernando Vaz mantém Matateu inactivo de Setembro de 1963 a Fevereiro de 1964. O ídolo belenense é pura e simplesmente ignorado pelo treinador sob o pretexto de já não ter condições físicas para jogar numa equipa de alta competição. Os sócios revoltam-se  pela atitude de Vaz, mas não encontram o apoio que esperavam por parte da direcção. Somente Acácio Rosa se põe ao lado dos sócios e de certa forma «lidera» a revolta. Por que, de facto, de revolta se tratou:
Há incidentes vários nos treinos (tendo havido intervenção policial num ou noutro caso) e nos jogos. A 21 de Fevereiro realiza-se, na Casa do Alentejo, uma Assembleia-geral para discutir um só assunto: «o caso Matateu». A participação é tanta e tão agitada que a assembleia é suspensa por exiguidade do espaço. O Pavilhão dos Desportos, é o local escolhido para a continuação da assembleia.
Acácio Rosa, escreve: «A massa associativa havia ocorrido em vão. Mas a sua presença impressionante no número e no entusiasmo, não deixara de constituir uma notável demonstração de grandeza e vitalidade de um clube».   
A 23 de Fevereiro de 1964, o Belenenses recebe e vence (2-1) o Olhanense em jogo a contar para a 19ª jornada do campeonato. Durante o desafio, uma bola chutada violentamente pelo algarvio Gancho acerta em Fernando Vaz e derruba-o estrondosamente, para gáudio dos assistentes.
É essa situação caricata, mas hilariante, que o lápis de Pargana retrata e no dia seguinte dá notícia nas páginas de um vespertino de Lisboa.
A 8 de Março, o Belenenses recebe a Académica e perde por 2-0. Fernando Vaz, apresenta a demissão e ruma a Setúbal, para dirigir o Vitória. Matateu volta à equipa, mas, nunca mais foi a mesma coisa...
No final da época, a direcção do Clube, agora já sem Fernando Vaz como «testa de ferro», assume-se e coloca pela 2ª vez, o símbolo do Clube e ídolo dos Belenenses na lista de dispensas.
Ficou registado nos anais da história do Clube de Futebol «Os Belenenses»: A direcção do Clube era presidida por José Vale Guimarães, que tinha herdado o problema da gestão anterior, presidida por António Manuel Pereira.
«Mais tarde soube que a alergia, de Vaz a Matateu, vinha de um problema de "saias" e de "ciúmes"...» Acácio Rosa.