Mostrar mensagens com a etiqueta César de Matos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta César de Matos. Mostrar todas as mensagens

O torneiro mecânico que foi tri-campeão de Portugal

César de Matos Rodrigues
"o jogador que voa"


➧ Tri-Campeão de Portugal (1927, 1929 e 1933)
➧ Bi-Vice Campeão de Portugal (1926 e 1932)
 Campeão de Lisboa (1926, 1929, 1930 e 1932)
➧ 4º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses”
➧ 17 Internacionalizações «A» - Estreia a 15 de Maio de 1925 contra a Selecção de Espanha. Posição: médio.
➧ É o 6º jogador, da história do Belenenses, com mais Internacionalizações
➧ Profissão: Operário - torneiro mecânico no Arsenal do Alfeite
➧ Hobby: «sportsman» em representação do Club Foot-Ball Os Belenenses e das Selecções Nacional, Olímpica e da A.F.L. 

O prémio da chegada

César, dos «Belenenses», ao chegar de Amsterdão, colhendo o maior prémio da sua vida: o beijo sentido da mãe que o há-de ver sempre triunfador ! - Na Avenida da República a multidão à chegada do valoroso «onze»

Campeonato de Portugal de 1929/30 - Quartos de final

Para o campeonato de Portugal e em segunda mão dos quartos de final defrontaram-se o Marítimo e o Belenenses tendo vencido o segundo por 2-1. Desafio cheio de interesse, de vida e de movimento no qual o campeão de Lisboa triunfando pela diferença de uma bola mostrou a sua indomável vontade de vencer e de conseguir mais uma vez o titulo máximo do foot-ball português.
Na foto - José Luiz defende com dificuldade, atacado por Ramos. César e Almeida estão atentos

Desfilando na parada atlética em "continência Olímpica"

A delegação «belenense» desfila no seu Estádio, em "continência Olímpica", nas cerimónias da inauguração do monumento a Pepe, um nome que não se apaga da memória do clube dos rapazes da praia

Uma péssima saída do guarda-redes «belenense»...

Belenenses - Vitória de Setúbal a contar para o Campeonato de Lisboa de 1932/33:  João Belo evita um remate de Mário Pité, remediando uma péssima saída do guarda-redes «belenense», Jerónimo Morais.

César de Matos


César de Matos envergando a camisola da Associação de Futebol de Lisboa
Foto de Mário Novais

À hora do treino com o Mestre Artur José Pereira

Artur José Pereira dando indicações 
ao antigo internacional Alfredo Ramos, sôbre o treino

Eram umas seis horas da tarde quando entrámos no Campo de Belém. À nossa frente haviam chegado já muitos jogadores, sendo mais apressados os de categorias inferiores. Equipados e já a bater a bola uns oito. Entre êles, do «team» de honra, só Bernardo e Miranda. E, a orientar, em mangas de camisa, com a cabeça característica bem destacada - o mestre Artur José Pereira.
À volta do campo, fora das grades, uns cinquenta «suporters» assistiam interessados às praxes do treino.
Nós havíamos entrado sem nos fazer anunciar e, desconhecidos, deixámos-nos ficar colhendo impressões.
Os jogadores faziam passagens rápidas e chutavam  ao goal. Miranda procurava o mais possível defender. Os pontapés de Bernardo eram certeiros, sêcos... e eficazes. Junto às balisas havia garotos para apanhar as bolas e, entre os cinquenta adeptos, reinava um emocionante e interessado silêncio.
Apenas uma ou outra indicação de Artur José...e o baque sêco do esférico, sempre jogado, sempre a girar. De minuto a minuto mais jogadores foram entrando: José Luiz, César, Almeida, Ramos e outros das diferentes categorias.
A certa altura, Artur José saiu do campo e nós abordámo-lo, tendo-o já colhido a conversar com Ramos, a oportuna objectiva do nosso César Antelo.
- Amigo Artur José Pereira, os nossos cumprimentos e umas indiscreçõezinhas para a Stadium...
- Ora, que lhe posso eu dizer ? Nada... Agora não há nada... Estamos em principio de época...
- Pois é êsse nada mesmo que nós desejamos. Êsse nada em que o amigo resume os novos projectos...
O simpático treinador dos heróis de Belém, glória antiga do nosso futebol, descruzou os braços alisou a queimada testa rugosa e foi dizendo:

À tarde alguns fiéis às côres de Belém vão para as Salésias ver treinar os seus campiões


«Como sabe, o «team» de Belém costuma viver da prata da casa. Ora isso, se às vezes nos dá satisfação de apresentarmos elementos novos, rendendo à nossa imagem e semelhança o que o «team» precisa, também teu um contra: só nos permite lentamente renovar o grupo.
Raramente podemos ter o concurso de elementos já feitos, vindos de fora. Assim, é o que vê: só gente antiga, de muita alma e amor ao Club... É claro que terei de remoçar êste ano as linhas, especialmente a de médios. Mas os substitutos são ainda incertos. Todos, porém, vindos das categorias inferiores. Agora na Taça Preparação vou fazer alinhar vários elementos, ainda a escolher, obrigando-os a substituírem-se durante o encontro, para experiência. Todavia, espero alcançar o mesmo nível de classe do ano passado.
Os nossos treinos são, geralmente, doseados de forma a preparar os rapazes. Por agora, em principio de época, faremos uns treinos leves, cute, passes, e um pouco de jôgo a dois campos.
Com a época, vou reforçando, não só o ponto atlético geral como os particulares técnicos adaptáveis às condições de cada elemento, um por um. A toada do «team», êste ano, deverá ser o mesma»...
Artur estava a fazer falta no campo; deixámo-lo ir para os seus alunos e, aproveitando ainda a amabilidade extrema de um sócio antigo que estava destinando jogadores para a inspecção médica, ficámos sabendo terem tido os Belenenses, com os resultados da época finda, recebido mais 250 sócios !

Reportagem da revista "Stadium" de 28 de Setembro de 1932

César de Matos, Augusto Silva e Pepe nos Jogos Olímpicos de Amesterdão

A Selecção Nacional que participou nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão.

Em pé da esquerda para a direita: António Roquette (Casa Pia), Armando Martins (V.Setúbal), José Manuel Martins (SCP), Vítor Silva (SLB), Jorge Vieira (SCP), Carlos Alves (Carcavelinhos) e Raúl Figueiredo "Tamanqueiro" (Olhanense).
Agachados: César de Matos (CFB), Augusto Silva (CFB), José Manuel Soares "Pepe" (CFB) e Waldemar Mota (FCP).

Augusto Silva e César de Matos no VI Portugal - Espanha


"Esta pagina é a homenagem sincera e entusiastica que "Eco dos Sports" presta aos valorosos componentes das "equipas" que tão galhardamente disputaram o VI Portugal - Espanha e a S. Exª o sr. Presidente da Republica que presidiu ao desafio, contribuindo com a sua presença e os seus aplausos para fortalecer o moral dos nossos homens e levá-l'os a um empate que representa uma victoria."

(...) VI Portugal - Espanha (2-2) - O empate contra a Espanha: O admiravel feito do "onze" de Portugal.(...) Mas isso não impede que demos destaque, pela actuação brilhantíssima, a Augusto Silva e a César, os dois melhores portugueses. A sua energia e a sua vontade de vencer, levando a frente a jogar, foram simplesmente notaveis (...)

In "Eco dos Sports" de 16 de Janeiro de 1928

César consegue desarmar um avançado espanhol, fazendo cair este e caindo por seu turno






VI Portugal - Espanha (2-2) - O empate contra a Espanha: O admiravel feito do "onze" de Portugal. (...) Mas isso não impede que demos destaque, pela actuação brilhantíssima, a Augusto Silva e a César, os dois melhores portugueses. A sua energia e a sua vontade de vencer, levando a frente a jogar, foram simplesmente notaveis (...) In "Eco dos Sports" de 16 de Janeiro de 1928.

César de Matos e Augusto Silva, titulares no 1º França - Portugal


Um ataque dos portugueses
Toulouse, 18/04/1926. I Portugal-França. Resultado 2-4. Augusto Silva, marcou um dos dois golos dos portugueses. Dois Belenenses foram titulares: César de Matos e Augusto Silva (sexto e décimo, a contar da esquerda para a direita).
O futuro Seleccionador Nacional de futebol e futuro Presidente do Belenenses, Salvador do Carmo, foi um dos fiscais de linha (primeiro da esquerda para a direita)