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O recém Campeão Belenenses eliminado da «Taça» pelo Benfica no jogo mais importante dos oitavos-de-final


➤ Por «deliberação federativa», a «Taça», disputou-se com 16 concorrentes(*), em quatro eliminatórias - oitavos, quartos, meia-final e final - em uma só mão e em campo neutro. 
🚩Jogo da 1ª eliminatória da «Taça de Portugal». Estádio Nacional, 2 de Junho de 1946. Assistência considerável, com as cabeceiras repletas a fazer lembrar dia de jogo internacional. Árbitro: Abel Ferreira, de Lisboa. As «équipes» apresentaram-se assim constituídas:
⛹Belenenses - Capela; Vasco e Feliciano; Amaro, Gomes e Serafim; Mário Coelho, Eloi, Armando, José Pedro e Rafael. Treinador: Augusto Silva.
⛹Benfica - Martins; Artur Teixeira e Cerqueira; Jacinto, Moreira e Francisco Ferreira; Mário Rui, Arsénio, Julinho, Joaquim Teixeira e Rogério. 
⚽Marcadores: Francisco Ferreira, Julinho e Rogério.  Resultado final: Benfica, 3 - Belenenses, 0 
➤ «Vitória da melhor «équipe» em campo. O Belenenses encontrava-se praticamente arrasado, de nervos e ainda fisicamente. A ameaça esteve suspensa da sua cabeça em todos os domingos da fase final do campeonato, a tal ponto que a questão apenas se resolveu no último apito.» Tavares da Silva
(*) Belenenses, Benfica, Sporting, Atlético, Estoril-Praia, F.C. do Porto, Boavista, Vitória de Guimarães, Famalicão, Académica de Coimbra, União de Coimbra, Vitória de Setúbal, Olhanense, Portimonense, Oliveirense e Sport Lisboa e Elvas.

Em desafio estranho e «estragado» por casos: Belenenses e Sporting exibiram-se muito abaixo das suas possibilidades

Capa da revista «Stadium» de 28 de Março de 1945
📸«António Marques, no momento em que ia rematar um centro de Jesus Correia, é surpreendido pelo corajoso Capela, que lhe arrebata a bola. Vasco chegou tarde para ajudar o seu guarda-redes» 
➤ Campeonato Nacional, 16ª jornada. Jogo no Estádio do Lumiar com apreciável assistência. Árbitro: Domingos Godinho, de Lisboa. 
⛹ Belenenses - Capela; Vasco e Feliciano; Amaro, Mário Sério e Serafim; Mário Coelho, Elói, Quaresma, José Pedro e Armando.
Treinador: Augusto Silva 
⛹Sporting - Azevedo; Álvaro Cardoso e Manuel Marques; António Lourenço, Octávio Barrosa e João Nogueira; Jesus Correia, Veríssimo, António Marques, Albano e Andrés Mosquera.
Treinador: Joseph Szabo 
⚽Marcadores: 0-1, aos 21' por Jesus Correia; 1-1, aos 42' por Elói; 2-1, aos 54' por Albano.
➤ Resultado final: Sporting, 2 - Belenenses, 1. 

Sporting e Belenenses fizeram um jôgo bastante intenso que terminou com um lógico empate a dois «goals»

Capa da revista 'Stadium', número 149, de 10 de Outubro de 1945

📷«Com o arrojo e a oportunidade que lhe são peculiares, Azevedo desvia a bola, no último momento, dos pés de José Pedro, impedindo-o de concluir uma fuga deveras perigosa»
➤Segunda jornada do campeonato de futebol de Lisboa. Jôgo no Estádio do Lumiar, com boa assistência. Arbitragem de José dos Santos Marques. Os grupos alinharam: 
⛹Belenenses - Capela; Vasco e Feliciano; Sério, Gomes e Serafim; Mário Coelho, Elói, Quaresma, José Pedro e Rafael.
Treinador: Augusto Silva. 
⛹Sporting - Azevedo; Cardoso e Manuel Marques; Barrosa, Veríssimo e Lourenço; Jesus Correia, Armando Ferreira, Peyroteo, António Marques e Albano.
Treinador: Cândido de Oliveira. 
⚽Marcadores: Quaresma, aos 10' e aos 80'; Peyroteo, aos 20' e aos 48'  ➤ Resultado final: Sporting, 2 - Belenenses, 2 
Post originalmente publicado em 11/02/2012

Equipa de Honra do C.F. «Os Belenenses» - Campeão de Lisboa da época de 1945/46

📷 Feliciano, Capela, Vasco, Gomes, Serafim e Amaro (cap. do grupo) Mário Coelho, Elói, Armando, Quaresma, José Pedro e Rafael
➢«Primeira Categoria do Clube de Futebol Os Belenenses, Vencedora do Campionato de Lisboa na época de 1945/46 é a 6.ª vitória do Clube no Torneio Lisboeta” In Revista “Stadium” de 12/12/1945»
Post originalmente publicado em 24/09/2008

Equipa do C.F. «Os Belenenses» Vencedora da «Taça de Portugal» de 1942


📷Rodolfo Faroleiro (treinador), José Simões, Serafim das Neves, Salvador Jorge, Francisco Gomes, António Feliciano, Perfeito Rodrigues (suplente), Dirigente não identificado e Rafael Correia
Mariano Amaro, Artur Quaresma, Eloy, Gilberto, José Pedro e Franklin
Post originalmente publicado em 26/11/2008 

O Belenenses perdeu 3 a 1 com o Benfica no jôgo mais importante da 4ª jornada do campeonato nacional

Capa da revista 'Stadium' de 20 de Dezembro de 1944
«Belenenses-Benfica. Rosa, no domingo em excelente tarde, intervém para evitar o remate de cabeça de Elói.»
Domingo, 17 de Dezembro de 1944. Jogo nas Salésias, com menos gente do que seria de esperar em encontro de tamanha importância. O mau tempo afastou muito público - e embora as bancadas se apresentem cheias, o peão está muito desguarnecido.
O Belenenses - Acácio; Vasco e Feliciano; Varela Marques, Gomes e Serafim; Eloi, Quaresma, Armando, José Pedro e Rafael.
Marcadores: 0-1, aos 24' por Júlio; 1-1, aos 41' por Rafael; 1-2, aos 55' por Teixeira; 1-3, aos 69' por Julinho.
Post publicado originalmente em 09/12/2011 

António Elóy da Silva

capa da revista “Stadium” de 9 de Janeiro de 1946

nasceu em Lisboa em 3 de Fevereiro de 1922
faleceu a 9 de Maio de 1979
post publicado originalmente em 5 de Janeiro de 2009

Na festa de homenagem a Artur José Pereira, a figura do grande jogador foi saudosamente recordada

Tavares da Silva entrega a Taça ”Diário de Lisboa”, conquistada pelo Belenenses, a José Pedro, capitão do clube do homenageado.
Estádio José Manuel Soares, 25 de Dezembro de 1942. Disputa da Taça «Diário de Lisboa»: Belenenses, 2 - Sporting, 0. Disputa da Taça «Stadium»: Benfica, 6 - Estoril Praia, 3.

Equipa do Belenenses, Campeã de Lisboa 1945/46

A 1ª categoria do Belenenses ao findar o Campeonato de Lisboa de 1945-46. É o momento de apoteose !
Sábado, 1 de Dezembro de 1945, com o título garantido na jornada anterior, contra a CUF (6-0), o Belenenses jogou contra o Atlético (3-1) a partida da consagração.
Reconhecem-se: o treinador Augusto Silva, Rafael, Vasco, Mariano Amaro, Capela, Serafim, Gomes, o massagista Carlos Pama, o preparador-físico José Cardoso Pinto de Queiroz «Zecas»,  Elói, Mário Coelho, Artur Quaresma, Feliciano e Armando.  

A 2ª jornada do campeonato de Lisboa da época 1945-46 (II)


  1. A beleza atlética do futebol vista através desta fase entre Barrosa e Mário Coelho
  2. Lourenço disputa a bola a Elói com vantagem para o sportinguista
  3. Jesus Correia perde uma oportunidade facultada por Peyroteo. Nem foi necessária a intervenção de Sério.

F.C. Porto, 2 - C.F."Os Belenenses", 6

                                 A EXPRESSIVA VITÓRIA DO BELENENSES NO PÔRTO
Numa tarde (Janeiro de 1945) em que a neblina mal deixava distinguir os jogadores em campo.
  1. Como entrou o segundo ponto do Belenenses;
  2. Barrigana não pode segurar a bola escorregadia e é o 5º "goal";
  3. Armando e Guilhar disputam a bola;
  4. No penúltimo minuto, Elói o 6º tento lisboeta.

Mariano Amaro ajoelhou-se na relva e começou a bolsar sangue. Estava mesmo tuberculoso!

(...) Mas há outra pessoa na minha família que os leitores conhecem pior, pois faleceu há muitos anos, mas que muita gente ainda venera: o meu avô Virgílio Paula.

Era médico com consultório na Calçada da Ajuda, paredes-meias com o Palácio de Belém, e, sempre que escrevo sobre ele, recebo cartas de antigos doentes (que na altura eram crianças e hoje têm uma idade respeitável).

Acerca de uma referência que lhe fiz há meses neste espaço, o leitor Alípio Alves Rodrigues enviou-me uma carta comovente de que transcrevo o seguinte:

«Há cerca de oitenta anos fiquei a dever a vida ao médico Virgílio Paula, que acompanharia a minha infância. Nasci em 1923, em Oliveiras de Baixo, na Serra de Monsanto. 

Vivíamos de bem com a natureza e com a vida que Deus nos dera. Em tal ambiente campesino, uma ou outra constipação, ou mal menor, eram curados com chá de flor de borragem, de cidreira ou de flor de sabugueiro. 
Porém, no ano de 1927, minha mãe teve de carregar com o pesado garoto de quatro anos que, subitamente, se sentira com profunda dificuldade respiratória. Tomou o caminho do consultório médico mais próximo, que era na Calçada da Ajuda. 

Era de tal modo aflitiva a situação respiratória do garoto que o dr. Virgílio Paula interrompeu a consulta que estava a dar para vir à sala de espera indagar quem era o rapaz que acabara de tossir. E imediatamente despachou minha mãe com o doente para o Hospital D. Estefânia, onde fiquei internado durante alguns dias em regime de isolamento. 

A tal doença era o garrotilho, a que tecnicamente chamam difteria e que, em poucas horas, pode causar irreparável dano. Outros danos menos graves haveriam de levar o dr. Virgílio Paula a Oliveiras de Baixo, solicitado por um guarda-fiscal que, a desoras, o procurava aflitivamente em casa.

Quem haveria de dizer-me que, na base da história do Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ – clube do meu coração e onde jogaria o Tónita, meu companheiro de carteira na escola –, estavam o dr. Virgílio Paula e sua esposa, que teriam um neto com tão importante obra na história do jornalismo português, fundador do SOL, que interessadamente leio desde o 1.º número?».

Agradeço ao leitor as amáveis palavras e a história que conta. 
Uma história onde as nossas famílias se cruzam. E aproveito a ‘deixa’ para divulgar um outro episódio que me foi contado há vários anos por um leitor do Expresso, em circunstância semelhante.
Entre muitos outros afazeres profissionais (médico da Carris, do Air Liquide, da Presidência da República), o meu avô Virgílio era responsável clínico pela equipa de futebol do Belenenses. 

Um dia, nos periódicos exames que realizava aos jogadores, concluiu que um célebre futebolista da altura, Mariano Amaro, estava tuberculoso. 
Alarme no clube, exames e mais exames feitos no Centro de Medicina Desportiva – mas nada! 

O raio X não acusava qualquer lesão. Dava-se o caso de Amaro namorar com uma rapariga que trabalhava no consultório médico do meu avô, sendo sua empregada. E logo se montou uma história: como o dr. Virgílio Paula provavelmente não aprovava o namoro da jovem com o futebolista, inventara aquela tuberculose para lhe destruir a carreira.
A história era tão plausível que passou por boa. O meu avô começou a ser olhado de soslaio no departamento médico do clube, suspeito de ter feito deliberadamente um diagnóstico errado para procurar afectar o famoso jogador.
Mariano Amaro voltou então a jogar sem quaisquer limitações e o caso esqueceu. 
Até que um belo dia, a meio de um jogo, Amaro ajoelhou-se na relva e começou a bolsar sangue. Estava mesmo tuberculoso! As máquinas tinham-se enganado e quem acertara fora o Virgílio Paula! 
Os que tinham duvidado da seriedade do seu diagnóstico tiveram então de lhe pedir desculpa. (...).
José António Saraiva, Política a Sério, "Sol"