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O 1º jogo do Belenenses após o dia 25 de Abril de 1974

🏆Estádio José de Alvalade, 28 de Abril de 1974. Jogo da 6ª eliminatória (oitavos-de-final) da «Taça de Portugal», com assistência regular e arbitrado por Jaime Loureiro, do Porto.

⛹Belenenses - Ruas; Murça, Calado, Freitas e Pietra; Elizeu (João Cardoso, aos 38'), Quaresma e Quinito; Godinho, Ramalho (Pincho, aos 48') e Gonzalez.  

➤ Director Técnico: Alejandro Scopelli. Treinador de campo: Peres Bandeira.

⛹Sporting - Damas; José Carlos, Alhinho, Bastos e Baltazar (Tomé, aos 78'); Paulo Rocha (Carlos Pereira, aos 66'), Vagner e Nelson; «Dé», Chico Faria e Marinho. 
➤ Treinador: Mário Lino.

⚽Marcadores: 1-0, aos 8' por «Dé», de penalty; 1-1, autogolo de Carlos Alhinho, aos 58'; 2-1, aos 79' por «Dé» a passe de... Freitas. 

➢ Resultado final: Sporting, 2 - Belenenses, 1.                                                                  Os «Leões» ficaram assim apurados para os quartos-de-final da «Taça»

Expulsão de Gonzalez no "Amsterdam Olympic Stadium" em jogo de bom futebol e não em sessão de pancadaria

«Um "disparo" implacável com o pé esquerdo. A bola parece que vai entrar na baliza do adversário, em Amsterdam, num jogo para a "Taça Intertoto" em que o Belenenses tem alcançado grande êxito com o melhor contributo do paraguaio Gonzalez.»

Amsterdam Olympic Stadium, 26 de Julho de 1975. Penúltima jornada do Grupo 9 da "Taça Intertoto" (UEFA Intertoto Cup). 
F.C. Amsterdam - C.F. «Os Belenenses»
⛹Belenenses - Melo; Sambinha, Quaresma, Freitas e João Cardoso; Pietra (Alfredo, aos 75'), Isidro e Godinho; Quinito, Ramalho (Leitão, aos 46') e Gonzalez. Suplentes não utilizados: Figueiredo, Lima e Pincho. Treinador: José A. Peres Bandeira
⛹ FC Amsterdam - Jan Jongbloed; Frits Flinkevleugel, André Wetzel, Tjeerd Koopman e Tom Dekker; Jaap Visser, Abe van den Ban e Heini Otto; Erwin Snijders, Kees de Jonge e Dries Boszhardt. Trainer (Treinador): Pim van de Meent.
➢ Cartões amarelos para Quinito, Isidro, Quaresma e Gonzalez, que recebeu um segundo cartão amarelo, sendo expulso aos 44'. 
⚽Marcador: Alfredo, aos 88'. Resultado final: FC Amsterdam, 0 - Belenenses, 1. 

Francisco Gonzalez: um dos grandes jogadores da história do Belenenses

Isidro, Fraguito e Inácio acompanham o condutor da bola: Francisco "Paco" Gonzalez
Sporting, 1 - Belenenses, 0 (23/11/75) 10ª jornada

Matar saudades... (IV)

Godinho, Gonzalez, Ruas e Ernesto no passado mês de Novembro, aquando do 3º almoço-convivo de ex-atletas belenenses

Época 1972/73: Belenenses, 2 - Sporting, 2

Estádio do Restelo, época 1972/73
Grande pujança física de Freitas e Gonzalez na luta pela posse da bola,
com Yazalde como interveniente e Nelson como testemunha

Delgado, Lima, Sambinha, Isídro, Djão e Gonzalez

  • José Manuel Mota Delgado: jogou 4 épocas no Belenenses
  • Isidro Miguel Palmela da Silva Beato: jogou 10 épocas (incluindo 3 épocas como juvenil/júnior)
  • João Marques de Jesus Lopes “Djão”: jogou 8 épocas no Belenenses
  • Francisco Gonzalez: jogou 7 épocas no Belenenses

Gonzalez ía para Madrid mas... ficou em Belém

Muita gente desconhece como é que Francisco Gonzalez, um jovem paraguaio de 23 anos, foi parar ao Belenenses com toda a sua excelente bagagem futebolística.
Ele jogava no Guarany, no Paraguai, quando um empresário se lembrou de o enviar à Europa, mais precisamente ao Real de Madrid, que, na altura, procurava um extremo-esquerdo de categoria.
"Vais à experiência…- disse-lhe o amigo empresário - mas com o futebol todo que tens no corpo estou certo que ficas mesmo no Real Madrid, o clube de Espanha que tem boas pesetas para chegarmos a um rápido entendimento…
Assim estava combinado, mas… o tal empresário era amigo de Scopelli e soube que o categorizado técnico estava em Portugal a treinar o Belenenses.
Isso deu novo rumo à viagem do jovem Francisco Gonzalez, obrigando-o a fazer escala em Lisboa, com passagem por Belém. Scopelli, maravilhado com o futebol do jovem paraguaio já não o deixou ir para Madrid.
E assim o Belenenses ficou com um excelente jogador, de grande influência no bom rendimento da equipa nas épocas de 1974-75 e 1975-76 (*). A sua rápida adaptação ao futebol português, valorizou extraordinariamente a turma de Belém.
Além de um tecnicismo muito apurado, Gonzalez possui o dom mais raro num futebolista: é goleador.
Mais 40% dos triunfos belenenses, nas últimas épocas, devem-se ao talento do jovem paraguaio, um pequeno jogador (1,72m de altura e 70 kilos de peso) que é um embaraço constante para as defesas que enfrenta.
E aqui têm em traços largos um pouco da vida deste grande jogador, que esteve com um pé dentro do Real Madrid, mas…acabou por ficar em Belém!
Com este breve apontamento abrimos a história da vida de um grande jogador, notável ídolo do desporto das gentes de Belém. Ele é dos melhores estrangeiros que têm passado pelo belenenses e pelo futebol português. Um valor positivo por todas as qualidades: de desportista e de homem!
(*) Francisco Gonzalez, foi vice-campeão nacional em 1972/73.

Gonzalez era um jogador operário e humilde mas com grande classe: técnica, velocidade e poderoso remate

"É um jogador extraordinário pela sua velocidade e pela sua técnica. É oportuno quando dentro da área e tem grande poder de remate e colocação. É uma autêntico operário da equipa. É um profissional que se alia da sua categoria de jogador para se integrar numa equipa que não há vedetas. Gonzalez, embora seja um jogador de grande classe, tem características onde a humildade tem lugar" Gonzalez, definido por Peres Bandeira.  
Foto: em jogo contra o União de Tomar, vitória por 2-1, a contar para o campeonato nacional de 1972/73, Gonzalez vai ultrapassar o «nabantino» Manuel José sob o olhar de João Cardoso e Calado.

Ir ao Restelo e não ver o «Papa-Gonzalez» - interessa atacar ou interessa marcar?

Estádio do Restelo, em Lisboa, 30 de Setembro de 1972 - 4ª jornada
Árbitro – Inácio de Almeida, de Setúbal
BELENENSES – Mourinho (2); Murça (2), Calado (2), Freitas (2) e João Cardoso (2); Quaresma, «cap.» (1); Quinito (1) e Godinho (2); Laurindo (1), Luís Carlos (2) e Gonzalez (1)

U. TOMAR – Silva Morais (1); Kiki (1), João Carlos, «capitão» (2), Cardoso (2) e Fernandes (1); Raul (1), Manuel José (2), Pedro (2) e Caetano (0) (40m – Pavão (0)); Bolota (1) (67m – Beto (0)) e Camolas (2)

1-0 – Luís Carlos – 52m
2-0 – Luís Carlos – 85m

«Substituições – Aos 40 minutos do primeiro tempo, Pavão (0) rendeu Caetano e, aos 22 minutos da segunda parte, Beto (0) substituiu Bolota.

Ao intervalo: 0-0.
Na segunda parte: 2-0.

Aos 7 minutos, 1-0, por Luís Carlos. O Belenenses carregou para cima da baliza, com mais um cruzamento. Silva Morais saltou e defendeu atabalhoadamente para a sua frente. Godinho recargou com o pé direito. A defesa de Tomar aliviou em aflição e a bola ressaltou nos pés de um belenense voltando para a baliza tomarense, perto da qual, Luís Carlos conseguiu desviá-la, com um ligeiro toque. Sobre o risco, Kiki e um colega da defesa deixaram a bola esgueirar-se para a rede.

Aos 40 minutos, 2-0, por Luís Carlos. Foi a melhor jogada do desafio. Godinho levou a bola até à linha de cabeceira e, daí, centrou atrasado, pelas costas da defesa tomarense. O brasileiro que vinha na corrida, não teve quaisquer dificuldades em, de frente para a bola, lhe dar o toque final.

Resultado final: 2-0.
———
Foi um jogo muito calmo. Muito correcto. A equipa da «casa» a tentar atacar, nem sempre pelo processo mais aconselhável. A equipa visitante a defender-se, as mais das vezes, com acerto, outras já em situação de recurso e sem toda a lucidez necessária. Acabou por ganhar a melhor equipa. A que jogava em «casa». A que atacou mais. Ainda que nem sempre…

Foi este o primeiro desafio do campeonato em que o Belenenses teve efectivamente que atacar, atacar desde o primeiro ao último minuto. Antes, não tinha sido assim. Contra a Cuf, no Barreiro, foi uma «batalha» entre os meios-campos e um jogo decidido pelo melhor contra-ataque. Contra o Vitória, sabe-se que talvez com uma única excepção, nenhuma equipa portuguesa pode jogar deliberadamente ao ataque, só ao ataque. E nas Antas, contra o F. C. Porto, o Belenenses actual também não pôde realizar uma exibição de ataque franco e aberto.

Pois, agora, contra o Tomar, foi este o primeiro jogo, em que o Belenenses teria, em princípio, que abrir e ir aberta, francamente, para o ataque. Este jogo mostrou que a dimensão actual do Belenenses ainda não comporta que a equipa de Belém ataque tão bem como o faz na defesa e no meio-campo. Mas, de qualquer maneira, deu indicações…

Sabe-se que uma grande equipa não se faz num dia. Nem num mês. Nem num ano. Scopelli começou pelo princípio. Neste momento, alguns meses após o seu primeiro dia de trabalho, o Belenenses é uma equipa que defende muito bem. Que joga muito bem no meio-campo. Mas que, quanto tem de abrir-se para o ataque, ainda o faz com algumas deficiências. Vai ser este, aliás, o capítulo mais difícil do trabalho de Scopelli. Aliás, sabe-se que é sempre assim. É muito mais difícil atacar do que defender. Ou contra-atacar. Por isso, até que o Belenenses venha a ter uma grande equipa de ataque, ainda vai levar o seu tempo. Se é que o Belenenses tem jogadores para isso. Se é que o Belenenses está interessado nisso…

O Belenenses-72 é uma equipa que sabe jogar. No sábado, a defesa foi impecável. Mas o meio-campo, não. E o ataque, também não.

Onde falhou, então, o meio-campo de Belém, que tão bem jogara contra o fabuloso «miolo» de Setúbal e contra o F. C. Porto e a Cuf cujos «calcanhares de Aquiles» não são, como se sabe, o meio-campo?…

Quaresma. Tem sido um homem precioso na nova posição que Scopelli lhe reservou na equipa. Ligeiramente adiantado em relação aos defesas, numa linha logo a seguir. Quaresma foi precioso nos três primeiros jogos. Mas, no sábado, foi um «homem a mais». Que fazia Quaresma lá atrás? Que defendia ele?

A resposta foi dada logo nos minutos iniciais. Quaresma ficava, efectivamente, lá atrás porque Murça e Cardoso se adiantavam muito a tentarem flanquear a defesa de Tomar. Então, Quaresma estava atento às «dobras». Quando o meio-campo de Tomar, especialmente Pedro – que tem tanto de bom jogador como de indisciplinado tacticamente – tentava aproveitar o adiantamento dos laterais belenenses «metendo» em profundidade a bola pelas suas costas, aí estava Quaresma a entrar em acção e a mostrar a sua utilidade.

Em teoria, portanto, estava certíssimo. Mas na prática, como resultou o sistema?

Do outro lado, o Tomar tinha quatro homens no meio-campo. Com uma única excepção (Pedro) destinados quase exclusivamente a apoiar a defesa formando, assim, uma segunda linha de defensores. Com o avanço dos laterais, pretendia-se o único lance que poderia resultar para destroçar aquela defesa de Tomar. A fuga até à linha de cabeceira e, daí, o centro atrasado para diante de um homem que se desmarcava, então, em corrida, e tinha, assim, a vantagem de receber a bola de frente enquanto os defesas a tinham a passar pelas costas.

…Porque, de contrário, era impossível. Com cruzamentos, centros a «pingar» sobre a baliza, sucedia exactamente o contrário. Eram os avançados «azuis» que tinham a bola pelas costas e eram os defesas de Tomar que estavam de frente para a bola. Isto é, com todas as vantagens.

Portanto, certíssimo – na teoria. Mas, na prática?
Murça defendeu muito bem os poucos lances em que teve que intervir. No entanto, nem sempre por culpa sua, dizemos, porque se não lhe prestou o apoio de que necessitava. Quando Murça vinha com a bola, nem Quinito nem Laurindo vieram ter com ele para a «tabela» que podia dar a desmarcação que levasse a bola até ao fundo.

Do outro lado, João Cardoso também não foi bem auxiliado. Quando tentou o serviço à frente, só Godinho o ajudou. Quaresma foi solicitado por vezes, mas não colaborou como deveria. Gonzalez também, mas nunca se decidiu pela «tabela». Recebia a bola de Cardoso e, depois, tentava fazer ele o lance, ou rematando de longe ou tentando «furar» ele pelo impossível centro da defesa de Tomar.

Portanto, voltando a Quaresma, que se passou com o abnegado jogador?

Os laterais de Belém não conseguiram passar com a bola, por isso, passavam a bola. Nem sempre bem, muitas vezes, tentando o lançamento à distância, condenado pela super-concentração do meio-campo e defesa de Tomar. Por isso, os laterais estavam lá atrás. Por isso, Quaresma não era preciso lá atrás.

O próprio Scopelli o terá reconhecido. Por isso, na segunda parte, Quaresma veio «solto» cá para a frente. Podia ter sido o homem do jogo, os outros estavam «marcados». Ele era o «homem que sobrava». Ainda fez dois ou três remates à baliza.

Invariavelmente tortos. Também não se pode exigir a Quaresma que defenda, hoje, e vá amanhã marcar golos lá à frente. Às vezes poderá acontecer, mas por sistema…

Foi esse o falhanço – Quaresma, como homem do meio-campo, virado para o ataque.

… Mas houve mais. Houve, tambéma má noite de Quinito. Quis despachar muitos lances com pressa demasiada. Muitos lançamentos compridos. Outras vezes, longas correrias a tentar «furar» quase sempre pelo meio. Além disso, serviu muito mal Laurindo que precisava da bola à sua frente e não da bola nos pés, que ele tinha que dominar e, quando o fazia, lá tinha Fernandes «em cima». Mesmo assim, por vezes, ainda Laurindo conseguiu esgueirar-se-lhe, porque Fernandes jogou muito precipitado, sempre a tentar a antecipação e às vezes a ser «enganado» por uma rápida simulação de corpo ou um pequeno toque do desconcertante Laurindo, que no entanto, não foi, anteontem, tão desconcertante como é costume.

…E Gonzalez? Muita gente terá ido ao Restelo para ver Gonzalez. As pessoas foram lá – mas Gonzales, não. Não «esteve» lá. – Talvez por isso mesmo, porque é mais difícil atacar… em ataque aberto e franco, do que em contra-ataque. E Gonzalez tinha sempre Kiki «em cima» e, quando tentava esgueirar-se (pelo meio) lá estavam João Carlos e Cardoso, impecáveis desde o princípio até… cinco minutos do fim.

Mas houve um homem que jogou sempre muito bem. De princípio a fim. Foi Godinho. O «rei» do meio-campo. Beneficiou das largas concedidas por Pedro, que não o marcou a ele, nem a ninguém. Mas fez o jogo de que a equipa necessitava. Foi o que mais tentou que Laurindo e Gonzalez fossem à linha de cabeceira. Exemplificou excelentemente «como era», com o golo – uma jogada espectacular, que, no entanto, só pecou por tardia, pois veio apenas a cinco minutos do fim. Também foi o que veio mais vezes atrás para o apoio do que os laterais necessitavam sempre que queriam ir lá à frente, pelos seus flancos.

E o Tomar? Foi sobretudo, uma equipa lutadora. Que aceitou a luta desde o princípio até ao fim, e nunca se desuniu. Trazia a lição bem estudada. Quatro homens lá atrás, a jogarem na antecipação. A marcar «em cima» os «azuis» sempre que eles estavam lá pelas imediações da baliza. E a deixarem que a segunda linha (os homens do meio-campo) o fizesse quando eles recuavam a tentar tirar os tomarenses de lá de trás.

Silva Morais não fez, praticamente, uma única defesa. Só intercepções a cruzamentos, saídos e centros, e captando bolas fáceis.

…Mas tudo isto com um estilo pouco convincente. No lance do primeiro golo, repeliu a bola a soco, para a sua frente, em vez de desviá-la para os lados. Quanto ao resto, um tanto «desajeitadão», mas lá foi defendendo as poucas bolas que lhe atiraram para cima da baliza, umas agarrando à primeira, outras nem por isso.

Depois, uma defesa com dois centrais nas suas «sete quintas». João Carlos e Cardoso. Ambos altos. A jogar de frente para a bola. Saltando sempre mais alto que os belenenses, todos «rodas baixas», passe a comparação «automobilística». Todas as facilidades, e a exibição, por isso, certa. Só no segundo golo, é que já terão tido as suas culpas. É certo que deixaram Luís Carlos sózinho – um homem que não jogou bem, que se «mexeu» muito pouco mas que apareceu quando foi preciso, em dois lances que deram dois golos.

Os laterais acusaram mais dificuldades que os do meio. Apesar de tudo, Laurindo ainda criou problemas a Fernandes e Kiki foi obrigado a muito pontapé para o ar, para se salvar Gonzalez, a ameça que afinal não veio.

No meio-campo, o Tomar teve em Manuel José um elemento precioso. Não só a defender, e «marcou», muito bem, Gonzalez sempre que este recuava e se «metia» pelo meio, como ainda e, depois do 1-0, a tentar que Camolas, lá à frente, conseguisse o empate.

Também Pedro jogou muito bem, mas só a atacar. Não «marcou» ninguém mas teve bons serviços para Bolota e Camolas, este a causar mais perigo do que aquele que, no entanto, foi mesmo assim mais perigoso que Beto.

Raul foi o que sentiu mais dificuldades. Como Pedro não marcou Godinho, ele tentou «dobrá-lo», mas não o conseguiu. Godinho ganhou-lhe muitos lances e foi o melhor do meio-campo.

Quanto a Pavão, que entrou para tentar esgueirar-se pelo flanco esquerdo da defesa belenense a aproveitar-se dos adiantamentos de João Cardoso, nunca conseguiu fazê-lo. Acabou por não atacar nem defender, igualando-se, assim, ao fraco rendimento de Caetano, que tinha sido o mais fraco do «miolo» tomarense no primeiro tempo.

Por todas estas razões, o Belenenses não conseguiu ser, ainda, uma equipa de ataque, na completa acepção do termo. A equipa ainda não está dimensionada para isso – e nos parece, aliás, que tenha jogadores para vir a sê-lo.

Só faltará, agora, perguntar, e se o Belenenses está efectivamente muito interessado em ter uma equipa de ataque. Ou não lhe interessará mais uma equipa que jogue bem e ganhe?

Faltará agora saber, é se esta equipa ganhará os jogos – os jogos em «casa»? Anteontem, venceu sem apelo nem agravo, com golos «limpos», sem favores do árbitro, que foi, aliás, a pessoa que passou mais despercebida na noite – e esse é o seu melhor elogio – sem nunca dar a sensação de a vitória estar em perigo.

Só que Silva Morais não foi chamado a efectuar uma verdadeira defesa a remate dos belenenses. Só intercepções, só cortes…

No entanto, não interessam os remates mas os pontos. E se Belém conseguir, em «casa» apurar, mais, este seu equilíbrio entre equipa que sai de um «contra-ataque mais defensivo» para um ataque que é, muitas vezes, um «contra-ataque mais ofensivo», não haverá muitas «goleadas» mas pode haver muitas vitórias nesta nova fase de uma equipa que não deslumbrou mas, para continuar a ser igual a si própria, jogará tanto melhor quanto mais forte for a réplica que encontrar.»

(“A Bola”, 02.10.1972 – Crónica de Jorge Schnitzer)

Post da autoria do excelente blog UNIÃO de TOMAR , que muito agradecemos

Uno de los "Cuatro Grandes" Portugueses: Scopelli, forjador de su fútbol preciosista y entusiasta

«Club polideportivo, el Belenenses participa regularmente en las principales competiciones nacionales de especialidades tan variadas como baloncesto, atletismo, balonmano, hockey sobre patines, natación o gimnasia, además del fútbol.
Puede decirse que con el Benfica, el Sporting y el Oporto, el Belenenses es uno de los baluartes del deporte luso, con todas sus virtudes y defectos,»
Página 16 da edição do "El Mundo Deportivo" de 25/07/1976

Francisco Gonzalez: 62 golos em 156 jogos do campeonato

Representou o Belenenses durante 7 épocas:
de 1972/73 a 1976/77 e de 1979/80 a 1980/81

época de 1972/73: 26 jogos e 16 golos marcados (*)
época de 1973/74: 30 jogos e 13 golos marcados (*)
época de 1974/75: 30 jogos e 11 golos marcados (*)
época de 1975/76: 26 jogos e 18 golos marcados (*)
época de 1976/77: 14 jogos e 00 golos marcados
época de 1979/80:  17 jogos e 03 golos marcados
época de 1980/81: 13 jogos e 01 golo marcado
(*)  melhor marcador da equipa