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Com 2 golos de Abdul, 3 de Matateu e 4 de Yaúca, os «azuis» vencem o Setúbal com um «score» ajustado ao desenrolar da partida


➤Lisboa, 8 de Março de 1959: - 24ª Jornada do campeonato nacional. Jogo com pouca assistência, num dia sem sol, cinzento e com muita chuva, disputado no campo do Restelo: Belenenses, 9 - Vitória de Setúbal, 1 (no jogo da 1ª volta do campeonato, o Belenenses venceu por 5-0, em Setúbal).
As equipas alinharam:
⛹Belenenses: José Pereira; Leonel Silva e Mário Paz; Carlos Silva, Francisco Pires e Vicente Lucas; José Dimas, Abdul Remane, José Alfredo Mendes, «Matateu» e António Fernandes «Yaúca»
⛹Setúbal: Libânio; Polido e Manuel Joaquim; Alfredo, Vaz e Serra; Soares, Miguel, João Mendonça, Fernandes e Inácio
✋Árbitro: José Alexandre, de Santarém
⚽Marcadores: Matateu, aos 3', 32' e 82, Abdul, aos 23' e 33', Yaúca, aos 63', 74', 78' e 84'. João Mendonça, marcou aos 28' para o Vitória
«Os "azuis" venceram e convenceram num jogo bem disputado»

➤Setúbal, 7 de Dezembro de 1959: Em jogo da 1ª volta do campeonato (11ª jornada), o Belenenses venceu por 5-0, com 2 golos de Matateu, 1 de Martinho, 1 de Tonho e outro de «Yaúca». José Pereira, defendeu um penalty, por duas vezes (foi repetido,) e Moreira lesionou-se na 1º parte, tendo alinhado após o intervalo encostado à lateral (extremo-esquerdo), mal se mexendo. As equipas alinharam:
⛹Belenenses: José Pereira; Pires e Moreira; Carlos Silva, Figueiredo e Vicente; Dimas, «Yaúca», Martinho, Matateu e Tonho
⛹Setúbal: Justino; Soares e Manuel Joaquim; Polido, Vaz e Alfredo: Inácio, Miguel, João Mendonça, Fernandes e Virgílio 

Na estreia de H.H. (il "Mago") um "bico" de Matateu impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

Helenio Herrena (il "Mago") estreia-se como treinador do Belenenses
Lisboa, Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957
9ª jornada do campeonato nacional de 1957/58
Benfica, 0 - Belenenses, 1

"(...) Dois motivos fazem realçar o triunfo belenense. Desde 1949/50 que os benfiquistas jogando contra os belenenses, no seu campo, não perdiam, como sucedeu ser esta a primeira derrota dos «encarnados» em jogos oficiais, no seu Estádio da Luz. Sem dúvida que estas duas circunstancias tornaram sensacional a derrota dos benfiquistas. (...)"

O "bico"
"(...) Matateu, como sabem, mais que um jogador, é uma legenda «sui generis» do nosso futebol. E sê-lo-ia em qualquer ambiente, porque ele nasceu para o jogo, para ser um admirável insubordinado dos princípios tácticos de série, precisamente porque alguma coisa lhe segreda que ele por si só já é uma táctica completa e extraordinariamente eficiente. Tem até acontecido que, sempre que alguém procurou metê-lo por caminhos diferentes, afastá-lo da baliza e transformá-lo em peça de engrenagem, retirar-lhe a alforria que lhe permitia agir como «unidade de comando», amordaçar-lhe a voz do instinto para lhe despertar a chama da inteligência disciplinada e colaborante, logo este grande jogador se apaga, transformando-se em peso morto, quer seja para a sua equipa, quer para a Selecção. Pois foi o instinto deste homem que derrotou o Benfica, que lhe impôs a primeira derrota oficial no seu campo, lhe cortou as asas no campeonato e lhe provocou uma série de contrariedades inevitáveis. E que tudo isto contra as leis da lógica (que lógica !).
Recebeu ele a bola de Pires (cremos que foi de Pires quem pôs a bola em jogo) e o mais natural, uma vez que estava com sentinela à vista, era que a devolvesse ao companheiro, para fazer o centro. Mas não. No seu espírito estava a ideia do golo.
Mesmo de costas para a baliza, o seu instinto disse-lhe que era para lá que devia caminhar. Lutou com um adversário (parece que foi Zézinho) e venceu-o; depois lutou com Ângelo e deixou-o também para trás, quase em cima da linha de cabeceira. Nesta altura, novamente o mais indicado seria centrar atrasado. As possibilidades de golo eram mínimas. E era isso que Costa Pereira esperaria, por ser o mais racional. Mas ainda desta vez Matateu se deixou levar pelo instinto - não esqueçamos que tudo isto se passou em breve segundos - e foi o que lhe permitiu marcar o golo. Um "bico" escaldante entrou por uma nesga e foi tocar as malhas do lado oposto. (...) Luís Alves, Jornalista.  

Olha o Matateu equipado à Sporting...

Na fotografia, Manuel Passos e Matateu, durante um treino da selecção confraternizam alegremente. 
Sendo de notar que o moçambicano do Belenenses enverga um fato de treino cedido pelo Sporting à selecção. 
Na época, era usual os principais clube fornecerem, alternadamente, o material para os treinos da selecção, como se pode verificar clicando aqui

Um instantâneo magnífico

Capa do Jornal «Record» de 3 de Outubro de 1961

  • «Sinceramente não sabemos que mais admirar nesta gravura. Se a posição, verdadeiramente acrobática desse fabuloso Matateu, que ainda quer continuar a ser o «rei» dos nossos campos de futebol, se a oportunidade do nosso colaborador da Covilhã, que conseguiu, no domingo, no encontro do Estádio Santos Pinto, uma foto que qualquer camarada não desdenharia de tirar»

Covilhã, 1 de Outubro de 1961: Sporting da Covilhã, 1 - Belenenses, 1
  • Belenenses: José Pereira; Francisco Pires, João Rosendo; José Cordeiro, Alfredo Abrantes, Vicente Lucas; António «Yaúca», Carvalho, Matateu, Salvador Martins e Estêvão Mansidão

Bem-vindo a Edinburgh... Belenenses

  • Centre Forward - Matateu, Goalkeeper - José Pereira, Centre Half - Alfredo, Outside Right - Yauca
  • "Matateu, whose real name is Fonseca, played agains Scotland at Hamptem in May 1955, He was discovered in Mozambique. His brother is another key member of this side - left half Vicente, who is rated the cleanest player in Portugal - the man who never commits an offence!"
  • Matateu, cujo verdadeiro nome é Fonseca, jogou contra a Escócia, no estádio do Hamptem, em Maio de 1955. Matateu foi "descoberto" em Moçambique. O seu irmão, Vicente, é outro dos elementos chave do lado esquerdo – médio esquerdo – e é considerado o jogador que joga mais limpo em Portugal – O homem que nunca comete uma falta

E o Matateu acrescentou: vamos esfarrapar !

[...] O nosso jogador Mário Paz, no intervalo do jogo, teve esta exortação junto dos colegas: Basta de queixumes contra a arbitragem. Não podemos voltar aos erros antigos. Isto de pretendermos justificar as nossas derrotas atribuindo as culpas ao árbitro, é tempo de acabar. Vamos pensar apenas na bola, vamos lutar porque eles nem são mais homens que nós nem podem ter mais vontade do que a que possuímos. E o Matateu acrescentou: vamos esfarrapar. Aqueles 45 minutos foram como o dia, em relação à noite.[...] Homero Serpa

«Match» nulo no Restelo entre o Belenenses e o Caldas, na época 1958/59

Matateu saltou sob as costas de Abdul e Orlando 
mas o guardião Vítor irá conjurar o perigo

  • Belenenses: José Pereira; Pires e Carlos Silva; Moreira, Figueiredo e Vicente; Abdul, Mendes, Matateu, Yaúca e Martinho (ex-Atlético)
  • Caldas: Vítor; Amaro e Anacleto; Dantas, Saraiva e Orlando; João Romeu, Mateus, António Pedro e Rogério
  • Árbitro: Isidro Fragoso (Santarém)

O jogo de estreia de Matateu com a camisola do Atlético


A 13 de Dezembro de 1964, vinte e oito dias depois da segunda "Festa de Homenagem" que recebeu dos Belenenses, Matateu alinha no «onze» alcantarense contra o Farense, em Faro. 
Sob orientação técnica de José Águas, tendo como companheiros Tito, João Carlos, Raúl Moreira e Carlos Angeja, entre outros, sagrar-se-ia campeão Nacional da 2ª divisão, a um mês de festejar os 41 anos de idade.