Mostrar mensagens com a etiqueta Helenio Herrera. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Helenio Herrera. Mostrar todas as mensagens

A equipa do Belenenses impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957, 9ª jornada do campeonato 

⛹A equipa do Belenenses alinhou do seguinte modo: José Pereira; Pires e Moreira; Edison, Mário Paz e Vicente; Dimas, Matateu, Suarez, Di Pace e «Tito». Treinador: Helenio Herrera
⛹ Benfica - Costa Pereira; Fernando Ferreira e Ângelo; Pegado, Serra e Zézinho; Palmeiro Antunes, Azevedo, José Águas, Salvador e Francisco Palmeiro. Treinador: Otto Glória

⚽Marcador: 0-1, aos 14'. Matateu, de costas para a baliza adversária, recebeu a bola de Pires na zona intermédia, descaído para a lateral. Despachou Zézinho com uma finta de corpo. Acelerou, fintou Ângelo, correu com a bola junto à linha de cabeceira, aguardou a saída de Costa Pereira e, quase sem ângulo, rematou com força, por cima do guarda-redes, alcançando o ponto. As possibilidades de golo eram mínimas, no entanto Matateu seguiu o seu instinto: um «bico» escaldante que entrou por uma nesga e foi tocar as malhas do lado oposto da baliza.

Na disputa da bola, Matateu levou a melhor e de um ângulo difícil marcou o 1º e único golo do Belenenses que lhe deu a vitória. Dimas e Ângelo observavam à distância.

Helenio Herrera estreia-se dirigindo o Belenenses e impõe ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

"Charge" de Pargana no «Diário de Lisboa» de 4 de Novembro de 1957
H.H., Augusto da Costa e Matateu


Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957, 9ª jornada do campeonato. Sob o comando de Helenio Herrera (il mago/o bruxo), e do seu adjunto e anterior treinador principal, Augusto da Costa (foto), «Um "bico" de Matateu impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz».
📘 post publicado originalmente em 27/02/1916

Helenio Herrera, "Il Mago", Um dos Melhores Treinadores da História do Futebol Mundial, treinou o Belenenses


Buenos Aires (Argentina), 17/04/1910 - Veneza (Itália), 09/11/1997
Treinador do Belenenses na época 1957/58 (a partir da 9ª jornada) 
Durante a sua carreira H.H. ganhou 16 grandes títulos:  Atlético de Madrid: 1950 - Campeão Nacional; 1951 - Campeão Nacional. 
FC Barcelona: 1959 - Campeão Nacional; 1959 - Taça da Espanha; 1959 - Taça das Cidades com Feira (actual Taça UEFA); 1960 - Campeão Nacional; 1960 - Taça das Cidades com Feira (actual Taça UEFA); 1981 - Taça da Espanha. 
Internazionale FC: 1963 - Campeão Nacional; 1964 - Taça dos Campeões Europeus; 1964 - Taça Intercontinenta;l 1965 - Campeão Nacional; 1965 - Taça dos Campeões Europeus; 1966 - Campeão Nacional. 
AS Roma; 1969 - Taça da Itália.
Clique AQUI e leia a biografia de "IL MAGO". Post publicado originalmente em 18/05/2009

O jogo mais prático do Belenenses dominou o estilo individual dos Barsas

Helenio Herrera, volta ao Restelo seis semanas após ter deixado o Belenenses e encontra como responsável técnico da sua ex-equipa, Miguel Di Pace, a quem tinha retirado a titularidade no «team» de honra. «Justifica-se, assim, plenamente, o gesto dos belenenses, logo que a decisão da vitória transitou em julgado, arrancando Miguel Di Pace e elevando-o triunfalmente, aliás, contra a sua vontade. Os jogadores pretendiam, certamente, com esse gesto brilhante de solidariedade afirmar uma coisa e por reverso dizer outra...» 

  • «Os Belenenses», 2 - F.C. Barcelona, 1
  • Jogo no âmbito da indemnização (200.000 pesetas e a receita de um jogo) que o Belenenses recebeu do clube catalão, pela transferência de Heleno Herrera para o Barcelona.
  • Estádio do Restelo, 7 de Maio de 1958
  • «Os Belenenses»: José Pereira; Pires, Moreira; Figueiredo, Mário Paz, Vicente; Miguel, Matateu, Yaúca, Bezerra e «Tito»
  • Treinador: Miguel Di Pace
  • F. C. Barcelona: Antonio Ramallets; Moya, Sigfrido Gràcia; Gustavo Biosca, Ribelles, Bosch; Hermes González, Evaristo, Martinez, Lazlo Kubala e Luís Suárez
  • Treinador: Helenio Herrera
  • Marcadores: 1-0 por Matateu aos 20', 2-0 por Yaúca aos 31' e 2-1 por Martinez aos 53'

«(...) El Belenenses jugó un gran encuentro, aprovechando las facilidades de la inexistencia de una táctica defensiva catalana acertada y cerró sus propios caminos para toda posible penetrácion adversária. El resultado es justo. El juego fue correcto asi como la actitud del publico, que estuvo imparcial. Em la tribuna presidencial se encontraban el Embajador de España, José Ibáñez-Martín, y esposa, la condesa de Marín» Mundo Deportivo

Augusto da Costa (do Vasco da Gama) novo treinador do Belenenses chegou hoje a Lisboa



«Augusto, um dos maiores jogadores do futebol brasileiro, durante muitos anos capitão da equipa do seu país e do Vasco da Gama, actualmente adjunto do técnico Martin Francisco no grande clube carioca, ontem chegado a Lisboa para tomar conta do seu novo cargo de treinador do Belenenses» - «Diário de Lisbôa» de 20 de Julho de 1957
Augusto da Costa, filho de portugueses, nascido no Rio de Janeiro em 22/10/1920 e falecido em 01/03/2004, vice-campeão do mundo de 1950, foi contratado para substituir Fernando Riera. Dirigiu a equipa durante oito jornadas do campeonato nacional, com os seguintes resultados:
Belenenses, 2 - Académica, 0 / Lusitano, 3 - Belenenses, 2 / Braga, 3 - Belenenses, 2 / Belenenses, 3 - Sporting, 3 / Cuf, 1 - Belenenses, 2 / Belenenses, 3 - Torriense, 2 / Salgueiros, 2 - Belenenses, 0 e Belenenses, 2 - Setúbal, 1 
«O Belenenses, é vítima de uma crise de orientação que o clube procurou debelar com a chamada apressada de Herrera» no final de Outubro, nas vésperas de um Benfica-Belenenses relativo à 9ª jornada do campeonato nacional. Tão surpreendente como a sua contratação foi o convite e a aceitação de Augusto, em ficar como adjunto de H.H.

Augusto, sendo confortado pelo guarda-redes uruguaio Máspoli, na final do campeonato do mundo de 1950, e num poster da revista «Globo Sportivo». Fotos do site "Tardes de Pacaembu"

Na estreia de H.H. (il "Mago") um "bico" de Matateu impôs ao Benfica a primeira derrota oficial no Estádio da Luz

Helenio Herrena (il "Mago") estreia-se como treinador do Belenenses
Lisboa, Estádio da Luz, 3 de Novembro de 1957
9ª jornada do campeonato nacional de 1957/58
Benfica, 0 - Belenenses, 1

"(...) Dois motivos fazem realçar o triunfo belenense. Desde 1949/50 que os benfiquistas jogando contra os belenenses, no seu campo, não perdiam, como sucedeu ser esta a primeira derrota dos «encarnados» em jogos oficiais, no seu Estádio da Luz. Sem dúvida que estas duas circunstancias tornaram sensacional a derrota dos benfiquistas. (...)"

O "bico"
"(...) Matateu, como sabem, mais que um jogador, é uma legenda «sui generis» do nosso futebol. E sê-lo-ia em qualquer ambiente, porque ele nasceu para o jogo, para ser um admirável insubordinado dos princípios tácticos de série, precisamente porque alguma coisa lhe segreda que ele por si só já é uma táctica completa e extraordinariamente eficiente. Tem até acontecido que, sempre que alguém procurou metê-lo por caminhos diferentes, afastá-lo da baliza e transformá-lo em peça de engrenagem, retirar-lhe a alforria que lhe permitia agir como «unidade de comando», amordaçar-lhe a voz do instinto para lhe despertar a chama da inteligência disciplinada e colaborante, logo este grande jogador se apaga, transformando-se em peso morto, quer seja para a sua equipa, quer para a Selecção. Pois foi o instinto deste homem que derrotou o Benfica, que lhe impôs a primeira derrota oficial no seu campo, lhe cortou as asas no campeonato e lhe provocou uma série de contrariedades inevitáveis. E que tudo isto contra as leis da lógica (que lógica !).
Recebeu ele a bola de Pires (cremos que foi de Pires quem pôs a bola em jogo) e o mais natural, uma vez que estava com sentinela à vista, era que a devolvesse ao companheiro, para fazer o centro. Mas não. No seu espírito estava a ideia do golo.
Mesmo de costas para a baliza, o seu instinto disse-lhe que era para lá que devia caminhar. Lutou com um adversário (parece que foi Zézinho) e venceu-o; depois lutou com Ângelo e deixou-o também para trás, quase em cima da linha de cabeceira. Nesta altura, novamente o mais indicado seria centrar atrasado. As possibilidades de golo eram mínimas. E era isso que Costa Pereira esperaria, por ser o mais racional. Mas ainda desta vez Matateu se deixou levar pelo instinto - não esqueçamos que tudo isto se passou em breve segundos - e foi o que lhe permitiu marcar o golo. Um "bico" escaldante entrou por uma nesga e foi tocar as malhas do lado oposto. (...) Luís Alves, Jornalista.  

La increíble vida de Helenio Herrera

El presidente de Os Belenenses le regaló un Volkswagen azul. Helenio se tomó la libertad de sugerir que lo hubiese preferido rojo. Consternados, le explicaron que el rojo es el color del Benfica, el odiado adversario lisboeta. Ni que decir tiene que H.H. rectificó y declaró que le encantaba el azul, color de Os Belenenses.


(...) El 14 de junio la junta - donde ya no estaba su protector, el presidente Sánchez Pizjuán, que había fallecido - e declaró en rebeldía y, aun a sabiendas de que el Barcelona estaba a la espera, lo cedió al Os Belenenses de Portugal, ya que tenía contrato en vigor y la Federación Española lo había inhabilitado por un año. La estancia de H. H. en Portugal, uno de los períodos menos estudiados de su vida, fue breve pero exitosa. Nada más llegar se ganó al Benfica, el máximo rival. Aquello hizo subir su prestigio entre los aficionados portugeses, que leían sus colaboraciones en "A Bola" con suma avidez.(...)
(...) En Portugal se encontró con jugadores ultramarinos lusitanos, venidos de Angola y de Mozambique, que eran dos fuentes inagotables de futbolistas de calidad. La figura de Os Belenenses era el negrito Matateu, que había sido máximo goleador del campeonato portugués en 1952-53 y 1954-55. Helenio vivía en una casita, en el mismo campo de Restelo.(...)
(...) El abril se llegó a un acuerdo y Helenio se convirtió en uno de los primeros entrenadores por los que se abonaba traspaso. El Barcelona pagó un millón de pesetas — un dineral entonces — al Sevilla para la cesión de sus derechos sobre Helenio Herrera y para que retirase la denuncia por ‘rebeldía’. Os Belenenses cobró también 200.000 pesetas del Barça y el taquillaje de un amistoso. Pese a que Helenio no acabó la temporada, dejó la marcha de Os Belenenses encauzada de manera que aquella campaña terminó cuarto, detrás del Sporting, Oporto y Benfica.(...)

In "El Mundo Deportivo" de 11, 12 e 13 de Novembro de 1997

Mário Rosa Freire admira a Nuñes y se acuerda de Helenio Herrera - “Yo tenía 20 años cuando Helenio era nuestro entrenador”

"El Mundo Deportivo" de 31 de Agosto de 1987

Lisboa, 30. — No tiene pinta de usurero, como el presidente del Sporting de Lisboa, ni los aires de grandeza de Pinto da Costa, máximo mandatario del Oporto. El presidente de Os Belenenses, Mario Rosa Freire, en todo caso, combinaun aspecto de avispado comerciante con una innata energía. No envano conmocionó a todo el mundillo futbolístico lusitano con el cese del belga Depireux pocos días antes de empezar el campeonato.
— Depireux cometió un fallo técnico inadmisible en un profesional. Hizo jugar simultáneamente a tres extranjeros (Mapuata, Chiquinho y Mladenov) en la “Copa de la Honra de Lisboa“, cuando sólo podían ser eliminados dos. El mismo Depireux comprendió la trascendencia del error y puso su cargo a disposición de la directiva, que aceptó su renuncia. En seguida buscamos sustituto y tuvimos la suerte de encontrar disponible a Marinho Peres, que es un gran técnico y que la campaña anterior realizó un gran trabajo al frente del Vitoria Guimaraes.
— Curiosamente, Marinho fue jugador del Barcelona desde 1974 a 1976..., por lo que conoce la psicología del rival del Belenenses en la UEFA, ¿Influyó el dato a la hora de la elección?
—Sinceramente, no. Nos fijamos en que sus cualidades, entre las que destaca, dicho sea de paso, su — “buena estrella” en la UEFA, tal como certificó en Guimaraes, eliminando, entre otros el At. Madrid.
Si Marinho es un hombre conocedor, relativamentre claro, del F.C.Barcelona, pues mejor que mejor.
 —Marinho le ha pedido refuerzos. Salta a a vista que Belenenses necesita apuntalar algunos puestos...
 —Atenderemos las peticiones del entrenador, siempre dentro de nuestras posibilidades que no son ilimitadas.
— Cómo es Os Belenenses?
—Se trata de un club “sui generis” en Portugal. Fue campeón de Liga en una ocasión, lo que nos sitúa en un cuadro de honor que sólo ocupan Benfica, Oporto y Sporting de Lisboa, con muchos títulos más que nosótros, por supuesto, pero dentro de nuestra modestia, podemos presumir de algo: nuestros socios, aunque no son demasiados (la cifra oscila entre 15.000 y 20.000) son muy fieles. Nunca nos abandonan.
Yo mismo pertenezco a una familia muy vinculada al club. Mi padre era socio. Y yo lo era ya cuando, hace 30 temporadas, Helenio Herrera era nuestro entrenador. Si todavía me acuerdo de ver lo sentado en el banquillo y leer sus divertidas declaraciones en los periódicos. Yo tenía 20 años entonces. Ahora tengo 50. — Pasa muchas tribulaciones un presidente de club mediano portugués?
— En mi caso, si: Empecé cuando el equipo estaba en Segunda División, un trauma para un club acostumbrado a estar siempre en Primera. Fueron dos años de “travesía del desierto’.
Finalmente ascendimos y ahora nuestro objetivo es reivindicar nuestros derechos como “cuarto equipo de Portugal”. Por cierto: somos los únicos que hemos sido campeones de Primera y de Segunda División. Y tenemos un “bingo” que es una joya y da mucho dinero.
— Conoce a su colega José Luis Núñez ?
— Si lo conozco. Hace un par de años estuve en Lérida comprando manzanas (me dedico a la importación y exportación de productos horto frutícolas). Aproveché la oportunidad para acercarme a Barcelona donde visité Mercabana y presencié un partido en el Camp Nou que ganó el cuadro azulgrana ante el Murcia por 6-0 recuerdo que aquel día, en el palco del Barcelona, les dije a sus compañeros informadres: “Este equipo es una máquina de hacer buen fútbol y el vicepresidente señor Mussons apostilló: “Si pero ustedes tienen 23 secciones deportivas y noisotros once, todavía...”
 Mario Rosa Freire se interrumpey hace un inciso:
— Espero que cuando vayamos el día 16 de septiembre no se repita ese 6-0. Sería fatal para nuestros intereses económicos. Esperamos ingresar 35 millones de pesetas, entre derechos de transmisión, publicidad y recaudación, pero la cifra disminuirá si encajásemos una goleada. Por el contrario, si lográsemos un tanteo esperanzador, es probable que se cubran las 42.000 localidades de Restelo.
Pero me había preguntado por el señor Núñez: es un gran presidente yun perfecto anfitrión. Amable y atento, me enseñó una parte del Museo. Dicen que dirigir un club como el Barcelona es tarea fácil, pero yo no lo creo asi. Debe tener su mérito porque en una entidad de esa dimensión lo mismo que estás en lomás alto, los fracaso también son estrepitosos. Yo, desde luego lo admiro.