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Três Belenenses campeões nacionais, imortalizados na toponímia de Vila Nova de Caparica

Ruas da Caparica com os nomes de Francisco e João da Silva Marques e Rafael Correia
  
Francisco da Silva Marques, bi-campeão de Portugal de futebol: 1926/1927 e 1928/29 Três vezes internacional "A". Sócio de Mérito do Clube de Futebol «Os Belenenses».
João da Silva Marques, um nadador de grande classe, foi campeão nacional e recordista em várias distâncias: 18 títulos nacionais, nos 200 metros bruços (a sua especialidade), 3 títulos nacionais, nos 100 metros costas e vencedor de várias maratonas náuticas. Representou o Belenenses durante 12 anos (1924/1936) sempre em permanente actividade. 5 vezes internacional. Foi seleccionado para participar nos jogos Olímpicos de Los Angeles (1932). No entanto, tal não se concretizou, por falta de verba do Comité Olímpico. Sócio de Mérito do Clube de Futebol «Os Belenenses».
Rafael Correia, foi gente grande no futebol português. Enquanto exímio praticante, não só contribuiu para a grandeza do seu Clube, como também na divulgação da modalidade. Campeão nacional na época de 1945/46 e Vencedor da Taça de Portugal da época de 1941/42. Duas vezes, Campeão regional. Seis vezes internacional "A". Dezasseis anos (1932/1948), consecutivos ao serviço do Clube. Encerrou a carreira, aquando da sua Festa de Homenagem, realizada em 28/05/1948.

O Belenenses goleou o Boavista por 10-0, e o seu domínio foi tão intenso que Salvador só aos 42 minutos teve ensejo de entrar em acção


  • Campo das Salésias, 9 de Fevereiro de 1941
  • 7ª jornada do campeonato nacional da época de 1940/41
  • Belenenses: Salvador Jorge; Alberto Jesus e Feliciano; Mariano Amaro, Gomes e Varela Marques; Perfeito Rodrigues, Óscar Tellechea, Arsénio «Bolas», Artur Quaresma e Rafael Correia
  • Boavista: Pesqueira; Quincoces e Cortez; Reis, Raimundo e Veloso; Pina, Laguna, Carioca, Barbosa e Pepe
  • Árbitro: Cunha e Silva, de Setúbal
  • Marcadores: Arsénio «Bolas» (2), Óscar Tellechea (2), Rafael Correia (2), Perfeito Rodrigues, Feliciano, Artur Quaresma e Quincoces (pb), 1 golo cada

Belenenses goleia o Leixões por 9 tentos a zero, num jogo em que os «azues» estiveram sempre na brecha

  • Campo das Salésias, 18 de Fevereiro de 1940
  • 5ª jornada do campeonato nacional da época de 1939/40
  • Belenenses: Salvador Jorge; José Simões e Óscar Tarrio; Mariano Amaro, João Varela Marques e Francisco Gomes; Perfeito Rodrigues, Alejandro Scopelli, Horácio Tellechea, Bernardo Soares e Rafael Correia
  • Leixões: Valongo; Crista e Henrique; Quelhas, Minhoto e Carreira; Mário, Vítor, Gonçalves, Silveira e Mano
  • Árbitro: Cunha Pinto, de Setúbal
  • Marcadores; Perfeito (2), Horácio Tellechea (5), Scopelli (1), Bernardo (1)

Equilibrista velocipédico... mais difícil que jogar futebol

"Reconhecem-no ? Mas é... o Rafael, antigo «internacional» de futebol, sim senhor ! Quem havia de dizer, o grande «goleador» do Belenenses transformado em equilibrista velocipédico!...
A foto já é antiga, mas o Rafael garante que é capaz, ainda hoje de repetir a proeza... É, afirma, como nós, que há por aí muito às do pedal que não é capaz de fazer esta «avaria»..." Julho de 1957

Rafael Correia, um belenense íntegro, um atleta sem a mais leve mácula

« - Eu, no Belenenses, joguei sempre por gosto. Noutro clube, estou certo que depressa me aborrecia de um futebol jogado por obrigação e, então, teria de abandonar a actividade, porque não era do meu feitio saltitar de clube para clube.»  
  • post publicado originalmente em 28/07/2008

Belenenses fez três golos em dois minutos na expressiva vitória sobre a Académica, em Coimbra

Diário de Lisboa de 4 de Abril de 1937

Num desafio para o campeonato da liga em 4 de Abril de 1937, em Coimbra, o Belenenses logrou marcar três golos no breve espaço de dois minutos.
Ao 16.º minuto de jogo, Rafael, esquivou-se a todas as entradas e, por uma nesga que o guarda-redes deixara a descoberto, enfiou o esférico na baliza.
Bola ao centro, pontapé de saída dos académicos, intercepção dos «azuis», descida, troca de passes na grande área dos locais, chuto de Rafael que esbarrou nas pernas do guarda-redes (Tibério) e recarga vitoriosa de Quaresma.
De novo bola ao centro, a mesma cena, descida dos «azuis», com José Luís e Quaresma a permutarem a bola, remate daquele, emenda de Rafael, a contar!
3-0 em 120 segundos, mais segundo , menos segundo !...

O Belenenses alinhou do seguinte modo: João Reis, José Simões e Francisco Gatinho; Mariano Amaro, Varela Marques e Jaime Viegas; Perfeito Rodrigues, Rafael Correia, Artur Quaresma, Bernardo Soares e José Luís. 

O Belenenses concretizou num surpreendente e inesperado 8-3, a sua superioridade sobre o Benfica no segundo tempo

Capa da revista Stadium, edição de 16 de Outubro de 1940
📸 a pressão do Belenenses na segunda parte - os «azuis» carregam o campo benfiquense (sic) no desejo legítimo de aumentar a contagem. Gilberto apresta-se para o remate e parece mais perto da bola; Martins porém arrebatar-lha-á corajosamente. Gaspar Pinto e Rafael Correia observam

Rafael, capitão do grupo de honra do Belenenses na época 1944-45

Um dos campeões de 1946, marcando aliás no jogo decisivo, contra o S.L.Elvas, para onde o Benfica mandara um treinador (Valadas) tempo antes, a fim de evitar a conquista do título pelo Belenenses.
Foi 1 vez Campeão Nacional, 1 vez vice-Campeão Nacional, ficou 6 vezes em 3º lugar, obteve 2 Campeonatos de Lisboa, ganhou 1 Taça de Portugal e esteve em mais 2 finais, foi ainda finalista vencido de um Campeonato de Portugal.
Brilhou nos jogos com o Real Madrid, incluindo a inauguração do estádio do gigante espanhol.
Pela Selecção A, foi internacional por 6 vezes. Na última das vezes, o Belenenses tinha 5 jogadores no Onze Nacional.
Fonte: WIKIPEDIA
post publicado originalmente en 27/02/2008

Como um extremo se infiltra e remata...

“Rafael, que nesta época não atingiu a craveira de “marcador” conseguida na outra época, teve contra o F.C. do Porto jogadas de grande merecimento. Vemo-lo, aqui, em pleno esfôrço, arrancando poderosamente a bola, numa demonstração evidente do seu estilo, bem pessoal.”
In Revista “Stadium” de 3 de Julho de 1940
post publicado originalmente  em 05/05/2008

Inimigos na vida ? ... Nada disso ! - afirmam os jogadores da bola

  1. Cinco jogadores de futebol (Rafael Correia, Manuel Marques, António Feliciano, Carlos Canário e João Rafael Mateus) de três clubes da Primeira Divisão de Lisboa trabalham sob o mesmo teto e dão-se como irmãos ...
  2. Dois defesas, Feliciano e Manuel Marques, trabalham lado a lado.
  3. Dois médios, Mateus e Canário na tarefa diária.

Horácio e Oscar Tellechea

Uma emocionante jogada, em que Martins defende um potente «tiro» de Horácio Tellechea. O seu irmão Óscar, Bernardo Soares, Rafael Correia e um defesa benfiquista observam o desenrolar da jogada. Foto referente ao jogo de desempate (3º jogo) das meias-finais da Taça de Portugal da época de 1940/41, que o Belenenses venceu por 3-2.

Rafael Correia

Colecção de cromos de caramelos "Caricaturas desportivas"
Edições Confeitaria Universo - época de 1939/40

Rafael do Belenenses, vítima de «atropelamento» no pelado

Rafael, sendo socorrido pelo massagista Machado Costa
Repare-se num dos socorristas de beata no canto da boca
Janeiro de 1936

Equipa do Belenenses, Campeã de Lisboa 1945/46

A 1ª categoria do Belenenses ao findar o Campeonato de Lisboa de 1945-46. É o momento de apoteose !
Sábado, 1 de Dezembro de 1945, com o título garantido na jornada anterior, contra a CUF (6-0), o Belenenses jogou contra o Atlético (3-1) a partida da consagração.
Reconhecem-se: o treinador Augusto Silva, Rafael, Vasco, Mariano Amaro, Capela, Serafim, Gomes, o massagista Carlos Pama, o preparador-físico José Cardoso Pinto de Queiroz «Zecas»,  Elói, Mário Coelho, Artur Quaresma, Feliciano e Armando.  

O célebre golo de ANDRADE ou a evocação pitoresca dum memorável BELENENSES - BENFICA no ano em que os AZUIS foram campeões


Domingo, no cenário pulcro do Restelo, eclodirá, finalmente, o que por essas ruas, essas tertúlias, esses «mentideros», se intitula o «desafio do ano». Exactamente, o Belenenses - Benfica, que, entre outras coisas, terá a virtude, espera-se, de «dizer muita coisa» sobre o título deste ano…
Chegados ao peristilo do grande acontecimento, olha-se para trás e logo nos sorri, na alfombra das recordações, facto ou figura de singularidade relevante. É afinal, missão do jornalista: ir à cata do sugestivo e do «engraçado» até nos planos mais inverosímeis.
O Belenenses - Benfica do próximo domingo (1 de Fevereiro de 1959) sugeriu-nos a evocação de um célebre golo que deu, há anos, ao clube do Restelo, um título de campeão nacional de futebol.
Andrade, avançado-centro dos «azuis». e Martins, guarda-redes do Benfica, foram as figuras centrais desse lance memorável, vivido nas Salésias num «clima» de rara intensidade emocional.
Não foi difícil localizar, há dias, em Lisboa, os protagonistas do «filme» desse golo decantado (da autoria de Andrade, hoje no Estoril-Praia…). Da troca de impressões, curiosíssima, que com ambos os jogadores sustentámos, reproduzimos o que se segue:
«…Parei-a com o peito e atirei rapidamente ! »
Andrade, o Andrade da época de 1945-46, era a «coqueluche» dos «azuis». O encontro com o Benfica era decisivo. Impunha-se ganhar…
Eis o relato interessante do jogador:

- Aconteceu na 2ª metade do desafio. Um centro de Rafael, lançado da esquerda encontrou-me esplendidamente situado para desfechar o remate. O golo ficou a dever-se a um curioso «acidente»: eu acabara de receber instruções (do treinador Augusto Silva), para abandonar o posto de avançado-centro e fixar-me na posição de extremo-direito, por troca com Armando. Quando me encaminhava para perto da linha lateral, mais ou menos na posição de interior-direito, a bola «apareceu-me», pelo ar, vinda do malogrado Rafael. Parei-a com o peito e atirei rapidamente…
- «Fechou» os olhos?
- Não! Vi nitidamente a bola a tocar as malhas. O que não posso precisar é se o Martins chegou ou não a tocar a bola com as mãos…
- Qual dos seus companheiros correu primeiro, para si, a felicitá-lo ?
- Creio que… o Quaresma, meu grande amigo e inestimável conselheiro nos meus primeiros tempos de jogador titular do Belenenses.
(uma breve pausa, Andrade como que «sacode» de si próprio as recordações) Desabafou:

- Não sou futebolista que vibre muito com os acontecimentos. O panorama desportivo no nosso país enferma de males revoltantes. A critica, por seu turno, deixa bastante a desejar. Vive apoucada, sem uma opinião própria e independente. E, quanto aos organismos superiores do desporto… é o que se sabe. A Federação aplicou-me um castigo de 6 meses e, mau grado as instâncias superiores do meu clube, o Estoril-Praia, que lá lhes deixou os tais mil escudos de «depósito». o assunto não ata nem desata.
Enfim - concluiu Andrade numa atitude displicente - acabo de evocar uma página agradável (o golo das Salésias !) num momento particularmente desagradável da minha vida desportiva…
Martins apercebeu-se do «cambio» de Andrade…
O homem que nesse memorável Belenenses - Benfica guardou a baliza dos «encarnados» (e sofreu o «golo do campeonato»), também falou. Martins relatou o «espectáculo» do golo de Andrade sem poder disfarçar um sorriso de «contrariedade»:
- Sei que foi um centro da esquerda, talvez obra de Quaresma ou Rafael. O Andrade, que fora destacado para a extrema-direita, apanhou-me só e, meu amigo…
- O Martins fez-se ao remate ?
- Sem dúvida. Ainda toquei a bola com os dedos. Entrou nas redes depois de ressaltar contra o poste…
- Não esperava o remate do lado de Andrade ?
- Pois não ! Eu estava a cobrir o ângulo mais exposto à infiltração da «esquerda» belenense…
Martinho e… Costa Pereira !
Consumada a evocação uma pergunta velada, trémula, insinuante, fica a ensombrar o ânimo das hostes benfiquistas: «E se o Martinho se lembra de fazer o mesmo ao Costa Pereira ?!...»
Por Luís A. Ferreira na revista "Sport Ilustrado" de 28 de Janeiro de 1959

Jogadores do Belenenses celebram a conquista do título de Campeão de Lisboa da época de 1945-46




Domingo, 18 de Novembro de 1945. Belenenses, 6 - CUF, 0. Com esta vitória o Belenenses acabava de se sagrar campeão de Lisboa. Sábado, 1 de Dezembro de 1945, com o título garantido na jornada anterior, o Belenenses jogou contra o Atlético (3-1) a partida da consagração e celebração. 
Os jogadores, de uma forma aparentemente contida, celebram a vitória.
Reconhecem-se entre outros: Mariano Amaro com o "bouquet" de flores, Rafael, Capela de mãos nas ancas, Armando, Zeca Queiroz, Vasco, Feliciano, Gomes, o massagista Pama. 
Até na vitória os Belenenses demonstravam ser diferentes... nada de exuberâncias, aceitando o êxito como resultado do trabalho colectivo e da soma da categoria individual de cada um dos componentes da equipa.
Em "estágio" para mais um jogo: Rafael Correia, Feliciano, José Cardoso Pinto de Queiroz "Zecas" (preparador físico), Augusto Silva (treinador), Artur Quaresma e a filhinha, Capela, Serafim das Neves e Mariano Amaro

Quatro Belenenses titulares no XV Portugal - Espanha


António Feliciano, Serafim das Neves, Artur Quaresma e Rafael Correia, quatro jogadores belenenses titulares indiscutíveis no "onze" nacional que jogou com a Espanha em 1945.
"O "onze" nacional de futebol disputa amanhã o mais difícil dos jogos em que o nome de Portugal figura desde o seu baptismo internacional: o mais difícil e o de maior responsabilidade. O futebol espanhol que vem recuperando a magnifica posição que desfrutou na Europa antes da guerra civil, precisa de que o encontro de amanhã "confirme" esse retorno. Quanto ao futebol português, que teve sempre na vizinha Espanha a "pedra de toque" do seu valor, a partida a desenrolar no magnificente Estádio Nacional filia-se num conjunto de esperanças que podem fundamentar o maior estreitamento de relações desportivas inter-peninsulares. Que o "team" de Portugal cumpra o seu dever !"


"SÉCULO ILUSTRADO" edição de 10 de Março de 1945.