Foto, tirada ao embarcar no Navio Carvalho Araújo aquando da viagem da equipa de futebol "Os Belenenses" à Madeira e aos Açores, em 1949.(...) Viagem que decorreu debaixo de uma tempestade infernal, mas acabamos por chegar todos bem (...).No varandim, da esquerda para a direita: Moura, Rebelo, Nunes, Serafim das Neves, Feliciano, Artur Quaresma,Nas escadas, de cima para baixo: Caetano, Pinto de Almeida, Gonçalves, Duarte, Narciso, Figueiredo, David Matos, Alcino e Rocha.
O Barco Vai de Saída. Adeus Ó Cais de Belém
Ora tomem lá o Campeão de Portugal de 1924 - Sporting Club Olhanense - Porque dos fracos não reza a história
- "SPORTING CLUBE OLHANENSE"Campeão do Algarve, depois de ter jogado e vencido o Victoria Foot-ball Club, campeão de Lisboa, 1-0, Sporting Club de Tomar, campeão regional, 5-0, Sport Club Marítimo, campeão da Madeira, 5-1, venceu brilhantemente, na tarde de 8 d'deste mez, o foot-ball Club do Porto, campeão do norte, por 4-2, conquistando assim, com honra, o titulo maximo do foot-ball portuguez.
MANUEL VIEGAS GRAZINA - Símbolo (anos 40/50) do S.C.Olhanense
- Festa de Homenagem ao mítico jogador algarvio (8 de Dezembro de 1953): Olhanense, 2 - Belenenses, 7. Matateu marcou 6 golos.
Maio de 1924
NO DESAFIO BELENENSES-SPORTING OLHANENSE
- Almeida, avançado centro do Belenenses, e o back esquerdo do Olhanense, Falcate, disputam a bola. Este desafio não terminou por abandono do Belenenses, quando estava a vencer por 5-4.
Um Grupo de Belenenses nas Furnas de S. Miguel - Açores
"(...) Foto tirada em S. Miguel durante a visita ás furnas (caldeira grande).Fazem parte desse grupo, David Matos, Alcino, António Figueiredo, Narciso, Gonçalves, Rocha, Moura, Pama (massagista) Duarte, Sério e Caetano. Os restantes são acompanhantes. (...)"
Foto e texto do Amigo do BI, Joaquim Caetano.
Arquivado em:
Alcino Brioso,
Caetano (Joaquim),
David Matos,
Figueiredo (António),
Gonçalves (José),
Moura,
Narciso,
Pama (Francisco Carlos Pama),
Rocha,
Sério (José)
Os 16 bestiais, que um dia destes vão ser bestas, pelo lápis de Nelson Santos
Jorge Costa (Olhanense), Nelo Vingada (V. Guimarães), Rogério Gonçalves (Académica), Carlos Azenha (V.Setúbal), José Mota (Leixões), Paulo Sérgio (Paços Ferreira), João Carlos Pereira (Belenenses), Manuel Fernandes (União de Leiria), Carlos Brito (Rio Ave), Ulisses Morais (Naval 1º de Maio), Paulo Bento (Sporting), Jorge Jesus (Benfica), Jesualdo Ferreira (FC Porto), Domingos Paciência (Braga), Carlos Carvalhal (Marítimo) e Manuel Machado (Nacional).
O Campeonato Nacional de Futebol da I divisão, temporada 2009/10, começou. Eis os 16 treinadores pelo lápis de Nelson Santos (publicado no Semanário Sol de 17 de Julho de 2009) e cuja obra pode ver clicando AQUI
O Campeonato Nacional de Futebol da I divisão, temporada 2009/10, começou. Eis os 16 treinadores pelo lápis de Nelson Santos (publicado no Semanário Sol de 17 de Julho de 2009) e cuja obra pode ver clicando AQUI
Vítor Godinho
Vítor Manuel da Cruz Godinho
jogador do Belenenses de 1961/62 a 1976/77
Um "Produto" 100% made in Belém
Francisco Gonzalez: 62 golos em 156 jogos do campeonato
Representou o Belenenses durante 7 épocas:
de 1972/73 a 1976/77 e de 1979/80 a 1980/81
época de 1972/73: 26 jogos e 16 golos marcados (*)época de 1973/74: 30 jogos e 13 golos marcados (*)época de 1974/75: 30 jogos e 11 golos marcados (*)época de 1975/76: 26 jogos e 18 golos marcados (*)época de 1976/77: 14 jogos e 00 golos marcadosépoca de 1979/80: 17 jogos e 03 golos marcadosépoca de 1980/81: 13 jogos e 01 golo marcado
(*) melhor marcador da equipa
O Ronaldo esteve para vir para o Belenenses, mas veio o Cleison, que tinha mais nome...
Fez esta quarta-feira 16 anos que o Ronaldo (o brasileiro actualmente conhecido como "Ronalducho") marcou o seu primeiro golo como profissional. Foi contra o Belenenses, num amigável com o Cruzeiro em que perdemos 2-0. O curioso é que o Figueiredo, então guarda-redes, afirma ao jornal que o Ronaldo esteve perto do Belenenses mas na altura o clube preferiu o Cleisson porque tinha mais nome...(...)" Gennaro
Ronaldo 'Fenómeno' marcou o primeiro golo sénior no dia 5 de Agosto de 1993. Foi no Restelo, ao Belenenses.
"Há patrocínios e patrocínios, mas o da Coca-Cola vingou mais que todos em 1987, quando vestiu 13 clubes brasileiros (São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grémio, Internacional, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Bahia). Só um, porém, é que deu continuidade.
Em Agosto de 1993, o Cruzeiro apresentou-se em Portugal, com Coca-Cola nas camisolas azuis e com um tal de Ronaldo. Numa semana, o jovem de 16 anos estreou-se com o Benfica, em pleno Estádio da Luz, no dia 3 de Agosto, com 15 mil espectadores, e despediu-se nas Antas, onde o avançado brasileiro embelezou a festa do centenário do FC Porto, na noite em que Rabah Madjer voltou ao palco que o consagrou. Pelo meio, o dia 5 de Agosto, o da consagração, o do primeiro golo de sempre. Ao Belenenses, no Restelo.
Lançado por Carlos Alberto Silva, o célebre CAS (não confundir com Kas, outra bebida gaseificada, rival da Coca-Cola) que acabara de ser bicampeão português pelo FC Porto, em 1992 e 1993, Ronaldo marcou a Figueiredo. O guarda-redes não se importa. "Só é positivo por ser de quem é."
Para jogar em Portugal, o fenómeno brasileiro teve de fintar a lei. A profissão de torneiro mecânico ficou popularizada no Brasil através do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas ele não é o único filho famoso da metalurgia. Ronaldo foi registado nessa profissão, embora nunca tenha passado perto de uma fábrica.
Acontece que dar-lhe um emprego foi a maneira encontrada pelo Cruzeiro para que Ronaldo, com apenas 16 anos, pudesse entrar em torneios oficiais. Pela legislação brasileira, um jogador da formação só podia actuar caso estudasse ou trabalhasse.
Como a transferência para algum colégio de Belo Horizonte ainda não havia sido feita, o presidente cruzeirense de então, César Masci, conseguiu que Ronaldo fosse registado na empresa São José Ferramentas e Peças Lda., de propriedade de um conselheiro do clube.
Ronaldo, dono da carteira de trabalho número 61.505, assinou contrato com o Cruzeiro a 4 de Janeiro, mas a inscrição na Federação Mineira de Futebol só foi feita a 10 de Fevereiro. Daí à fama foi um passo, tão natural como a sua sede. Primeiro, dois golos na estreia pelos juniores (4-1 ao Botafogo de Matosinhos). Depois, a estreia profissional, com o Caldense, em Poços de Caldas, para o campeonato mineiro. Finalmente, o primeiro golo. O tal do Restelo.
Figueiredo, agora com 49 anos, lembra-se como se fosse ontem. "Foi um cruzamento da esquerda e ele apareceu a cabecear, perto da marca de penálti. Esteve para vir para o Belenenses, mas veio o Cleisson, que tinha mais nome."
CAS também tem boa memória. "Só tínhamos um avançado sénior para essa digressão. Era o Totó. Então, perguntei ao Benecy Queiroz [supervisor de futebol do Cruzeiro] se havia algum talento escondido. Ele indicou-me o Ronaldo. Na Luz, Ronaldo entrou na segunda parte. No Restelo, foi titular e marcou na primeira parte. Nas Antas, perdemos 3-1, mas aí já o Inter andava atrás dele."
No regresso ao Brasil, Ronaldo já era uma estrela mas continuava a ganhar mal. Menos que o salário mínimo no Brasil (380 reais). Bastou uma entrevista fenomenal à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, a queixar-se do salário e de ainda viver na Toca da Raposa (centro de treinos do clube) para tudo mudar. Dois dias depois, o Cruzeiro já aumentara o ordenado de Ronaldo, bem como lhe entregara um apartamento novinho em folha.
O primeiro anúncio da Coca-Cola apareceu num jornal norte-americano em 1893, a dizer "Coca-Cola... Estimulante!" Cem anos depois, Ronaldo, patrocinado pela Coca-Cola e lançado por CAS, deu início à carreira. Estimulante.
In jornal i por Rui Tovar, edição de 5 de Agosto de 2009
Caricatura de Ronaldo (Ex-Fenómeno e actual Ronalducho) retirada, com a devida vénia, do Blog CARICATURAS DE GRIFE
ADEUS RONALDO
Sem vídeo, goleiro que levou 1º gol de Ronaldo guarda tudo na memória
'Sabíamos que ele era fora do normal', diz o português Figueiredo, que defendeu o Belenenses em amistoso com o Cruzeiro em 1993.
Amistoso de pré-temporada do Belenenses, público pequeno e poucas - ou nenhuma? - câmeras de televisão no estádio Restelo, em Lisboa. Mas o dia 5 de agosto de 1993 entrou para a história do futebol mundial: de cabeça, Ronaldo marcou seu primeiro gol como jogador profissional na vitória de 2 a 0 do Cruzeiro. Jogada que pode ter ficado sem registro em vídeo, mas que não sai da lembrança do goleiro que buscou a bola no fundo da rede: Diamantino Tomé Figueiredo.
Atualmente com 50 anos de idade, Figueiredo é preparador de goleiros do Olhanense, nono colocado da Primeira Divisão do Campeonato Português. O ex-jogador era o camisa 1 do Belenenses, então treinado pelo brasileiro Abel Braga, e lembra bem do dia que conheceu o menino Ronaldo de 16 anos. Infelizmente, não tem e não conhece nenhum vídeo com o lance. Mas as imagens estão bem guardadas na cabeça de Figueiredo.
- Lembro perfeitamente da partida inteira. Nunca saiu da minha cabeça. Tive curiosidade de acompanhar a carreira de Ronaldo depois daquele jogo. Ele tinha muita qualidade, era fora do normal. O gol saiu depois de um cruzamento da direita, ele tocou de cabeça, por incrível que pareça, já que depois não fez mais muitos gols assim. Eu gostaria de ter este vídeo, mas não conheço ninguém que tenha. Talvez no Belenenses... Também não tenho recortes de jornal. Guardo tudo na memória - contou o ex-goleiro, por telefone.
Ronaldo estreou pelo Cruzeiro em 25 de maio de 1993 contra a Caldense (vitória de 1 a 0), pelo Campeonato Mineiro. Depois, só voltou a campo em 29 de julho no 2 a 1 sobre o Atlético-MG, também no Estadual. Em agosto, a Raposa viajou para amistosos em Portugal. No dia 3, empatou em 1 a 1 com o Benfica, partida que marcou a estreia internacional do Fenômeno. O primeiro gol com a camisa celeste saiu no jogo seguinte, contra o Belenenses: 2 a 0.
No Estádio da Luz, Ronaldo usou a camisa 15 e atuou poucos minutos no segundo tempo. Mas contra o Belenenses o atacante ganhou uma chance como titular. Para espanto dos portugueses, brilhou. Além do gol, deixou Figueiredo encantado com várias jogadas de efeito. Pelo menos uma o goleiro conseguiu salvar.
- Depois do gol, ele driblou três, quatro, a zaga toda, puxou para a direita e chutou. Defendi. Antes do jogo, nunca havia escutado falar nele. Ninguém conhecia. Mas depois, sabíamos que ele era fora do normal. E isso se confirmou - disse.
Curiosamente, a partida marcava a estreia no Belenenses do atacante Cleisson, ex-Cruzeiro. Mas, quando o juiz apitou o final do amistoso, os jogadores do time português só pensavam em uma: por que o clube não contratou o "miúdo" Ronaldo?
- Ele jogava muito, era impossível algo assim. Foi um jogo brilhante, nunca vi um miúdo fazer aquilo. Eram coisas de outro mundo. O Abel chegou a dizer que o clube deveria contratá-lo. Nós também! A diretoria chegou a pensar nisso, mas as vagas de estrangeiros já estavam completas. Se eu soubesse desse talento todo, eu mesmo teria comprado o passe! - brincou o treinador de goleiros do Olhanense.
Figueiredo encerrou a carreira em 1997, ano que o Fenômeno conquistou pela segunda vez o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa. De longe, a primeira vítima acompanhou a carreira do craque, comemorou como se fossem conquistas de um velho amigo e nunca lamentou ter levado o gol que colocou Ronaldo no caminho para brilhar no futebol.
- Esse foi um gol que nunca me importei em ter sofrido. É um orgulho. Sou pé-quente. Costumava brincar assim: "Ronaldo fez o primeiro gol em mim. E se fez gol em mim, vai conseguir fazer em qualquer um" - concluiu.
E ele fez...
Artigo da autoria de Thiago Dias publicado no 'globo esport.com' em 15/02/2011 - Fotos: 'A BOLA' e 'Divulgação'
Post actualizado em 09/04/2011.
Post actualizado em 09/04/2011.
Scopelli el forjador del actual Belenenses - su club de siempre
Es Alejandro Scopelli, Belenensos y en otros muchos clubs a ambos lados del “charco...”—‘Porque usted fue entrenador del Belenenses, verdad?
En efecto. En cinco o seis ocasiones, todas ellas alternativas, fui llamado para dirigir al Belenenses.
- "Belenenses, le dará guerra al Barcelona porque tiene un envidable espíritu de lucha"
- "El paraguayo Gonzalez es un autentico diablo; será la pesadilla de la defensa azulgrana"
SU CLUB DE SIEMPRE
—La última vez que estuve con Belenenses fue en la temporada 1973-74. Y antes había sido en 1971-72. Y antes en otras tres ocasiones más. He sido algo así como el paño de lágrimas de ese club, que siempre que se encontraba con problemas acudía a mí.
Porque Alejandro Scopelli esta muy ligado al club de la “cruz de Cristo”. Incluso basta, allá en sus años mozos, fue jugador suyo...
Se quita un lujoso anillo de una mano y me lo enseña. Lleva esa cruz de Cristo que es el escudo de Belenenses:
Me lo regalaron entonces, ya que no cobré ni un duro por entrenar al equipo, conformándome con lo que ganaba como jugador. Y desde entonces he estado vinculado a Belenenses.
BELENENSES, WEST HAM y SANTANDER, al trofeo "PRINCIPE DE ESPANHA"
Ambas notícias de "EL MUNDO DEPORTIVO" de 31 de Julho de 1976.
Raul Solnado morreu, mas a "guerra" continua !
O actor Raul Solnado morreu hoje às 10h50, aos 79 anos, na sequência da evolução de um quadro clínico Cardio-Vascular grave, informou a Direcção Clínica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.Raul Augusto de Almeida Solnado nasceu em Lisboa a 19 de Outubro de 1929.Entrou no mundo do teatro em 1947, enquanto actor amador, no Grupo Dramático da Sociedade de Instrução Guilherme Cossul.Mais tarde, em 1952, profissionalizou-se e começou a construir uma carreira como artista de variedades e teatral, não pondo de lado a sua via humorística na rádio e na música.Em 1960 adapta para português um sketch do espanhol Miguel Gila - "A Guerra de 1908" - e, em 1961, interpreta-o na revista "Bate o Pé", no Teatro Maria Vitória em Outubro de 1961.A sua passagem pela televisão ficou marcada pelos programas "Zip Zip", "A Visita da Cornélia" ou ainda "O Resto São Cantigas".Pelo seu contributo, Raul Solnado recebeu, a 10 de Junho de 2004, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.Até à sua morte foi director da Casa do Artista, em Lisboa, instituição que fundou em 1999 juntamente com outros actores.Notícia do PÚBLICO
O eterno contraste entre o desalento e a euforia
Bernardino Sousa
Bernardino Fernando Sousa, nasceu no Funchal em 03/07/1944.Representou o Belenenses nas camadas juvenis até à época de 1964/65.Na temporada 1965/66, já com idade de sénior, foi cedido ao Peniche tendo regressado a Belém para ser titular indiscutível, como lateral direito, na época 1966/67 sob o comando do ex-atleta Ricardo Perez
A Equipa do C.F. «Os Belenenses» da época 1978/79 pelo Lápis de Francisco Zambujal
Vasques, Hertz Gonzalez, Carlos Pereira, Vítor Esmoriz, Clésio, Sambinha, Alexandre Alhinho, Rui Paulino, Eurico Caires, Luís Horta e Cepeda
O Futuro é já ali...
"Os "Rapazes da Praia" emprestaram o Clube a sucessivas gerações
para que este seja entregue aos futuros Belenenses"
"Um jornal que ambiciona ter uma função federadora em relação à população dever cuidar de não alienar os diversos grupos sociais"
(...) Quanto às apreciações de João Bonifácio sobre o clube do Restelo e o seu público, os protestos foram mais violentos. “Os Belenenses não merecem estas palavras vindas de ninguém, muito menos de um jornal como o PÚBLICO”, escreve João Carlos Silva, que, feito sócio do clube há 28 anos, quando era um garoto, rejeita o epíteto “velhinho”.
E diz José Manuel Anacleto, após anunciar ter deixado de ler o PÚBLICO por causa desta crítica: “A maneira como (...) se permitiram achincalhar um dos maiores clubes portugueses (...) e as suas largas de dezenas... de milhares de sócios e adeptos – nos quais me incluo –, não me permite olhar para o vosso jornal sem um sentimento de profunda repulsa”.
Outro anónimo é ainda mais duro: “Nem mesmo com pedido de desculpas do PÚBLICO voltarei a comprar esse ‘jornal’, que permite ter jornalistas como João Bonifácio”.
O sócio Tiago Pinho proclama: “Não pactuamos com desconstrutores da moral e exigimos que João Bonifácio se renda à clara e expressiva grandeza social e histórica da instituição que, infelizmente, ofendeu”.
Finalmente, entre outros, um sócio antigo, Álvaro Lopes da Cruz: “Tenho 74 anos e devo ser um dos ‘velhinhos’ a quem de forma tão mal educada esse senhor se dirige. Seria boa ideia que respeitasse os mais idosos e conhecesse a história do grande Belenenses, clube com 90 anos e por onde têm passado milhares e milhares de crianças e jovens”.
Alguns destes protestos, incluindo um da própria direcção do clube, foram também enviados à direcção do jornal, e no editorial já referido Nuno Pacheco admitia que “o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas”, reassalvando porém que “a independência da crítica, desde que assinalada como tal, continuará a ser respeitada no PÚBLICO”.
O assunto poderia ser aqui encerrado, mas entretanto João Bonifácio, na resposta à solicitação do provedor para se pronunciar sobre os protestos, reivindica para si toda a razão.
Só essa resposta, bastante minuciosa, não caberia nesta página, e por isso a sua integralidade é remetida para o blogue do provedor, salientando-se aqui apenas os tópicos fundamentais: “Comparei o festival com o futebol do Belenenses pela razão óbvia: (...) os resultados do Belenenses nos últimos dois campeonatos foram fracos, e o festival que ali decorreu idem (na minha opinião). (...) Querer impedir que se façam comparações inesperadas num exercício crítico é querer impedir o humano de ser humano. (...) O Belenenses (...) é dos clubes com o estádio mais vazio. E é apenas a esse facto a que a frase ‘há duas dezenas de velhinhos nas bancadas’ se refere. (...) Não há nenhum insulto, antes uma brincadeira que eu diria mesmo carinhosa: o Belenenses é o meu segundo clube, desloco-me ao Restelo três ou quatro vezes por ano e na bancada central encontro sempre grande predominância de adeptos mais idosos.
Se eu usasse a expressão coloquial ‘meia-dúzia de adeptos’ já não seria ofensivo? (...) Haverá a mínima possibilidade de me concederem que pessoalmente considero a expressão ‘velhinhos’ carinhosa (...)? Será que a idade é ofensiva? (...) É óbvio que não há apenas duas dezenas de velhinhos no Restelo, mas alguém, por um segundo, não percebe o sentido da frase? (...) Não é por se tratar de cultura massificada que devemos ser condescendentes, apesar de ser essa a prática corrente. (...) Qualificar de ofensa o meu texto é pelo menos abusar da interpretação. (...) Lamento que o meu texto tenha ofendido alguns leitores, porém parece-me que não só é preciso aceitar toda uma diversidade de opiniões diferentes como também toda uma diversidade de registos. (...) Ao pedir desculpas a uma instituição que me chamou, numa carta em que se treslê o que escrevi, ‘boi’ e ‘cobarde’, o PÚBLICO está a vincular-se a esses insultos?”
Como o provedor já considerou noutras ocasiões, o PÚBLICO, que ambiciona claramente ter uma função federadora em relação à população portuguesa, deveria cuidar de não alienar os diversos grupos sociais com considerações gratuitas ou de mau gosto, eventualmente ofensivas. A responsabilidade não é de João Bonifácio, mas de um editor que deveria ter feito a leitura prévia do texto e chamar-lhe a atenção para uma passagem mais desprimorosa para os adeptos de um clube. Na esmagadora maioria dos casos, o redactor cai em si, muda o que tiver de ser mudado e o texto cumpre na mesma a sua função.
Pode ler o texto na íntegra clicando AQUI
E diz José Manuel Anacleto, após anunciar ter deixado de ler o PÚBLICO por causa desta crítica: “A maneira como (...) se permitiram achincalhar um dos maiores clubes portugueses (...) e as suas largas de dezenas... de milhares de sócios e adeptos – nos quais me incluo –, não me permite olhar para o vosso jornal sem um sentimento de profunda repulsa”.
Outro anónimo é ainda mais duro: “Nem mesmo com pedido de desculpas do PÚBLICO voltarei a comprar esse ‘jornal’, que permite ter jornalistas como João Bonifácio”.
O sócio Tiago Pinho proclama: “Não pactuamos com desconstrutores da moral e exigimos que João Bonifácio se renda à clara e expressiva grandeza social e histórica da instituição que, infelizmente, ofendeu”.
Finalmente, entre outros, um sócio antigo, Álvaro Lopes da Cruz: “Tenho 74 anos e devo ser um dos ‘velhinhos’ a quem de forma tão mal educada esse senhor se dirige. Seria boa ideia que respeitasse os mais idosos e conhecesse a história do grande Belenenses, clube com 90 anos e por onde têm passado milhares e milhares de crianças e jovens”.
Alguns destes protestos, incluindo um da própria direcção do clube, foram também enviados à direcção do jornal, e no editorial já referido Nuno Pacheco admitia que “o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas”, reassalvando porém que “a independência da crítica, desde que assinalada como tal, continuará a ser respeitada no PÚBLICO”.
O assunto poderia ser aqui encerrado, mas entretanto João Bonifácio, na resposta à solicitação do provedor para se pronunciar sobre os protestos, reivindica para si toda a razão.
Só essa resposta, bastante minuciosa, não caberia nesta página, e por isso a sua integralidade é remetida para o blogue do provedor, salientando-se aqui apenas os tópicos fundamentais: “Comparei o festival com o futebol do Belenenses pela razão óbvia: (...) os resultados do Belenenses nos últimos dois campeonatos foram fracos, e o festival que ali decorreu idem (na minha opinião). (...) Querer impedir que se façam comparações inesperadas num exercício crítico é querer impedir o humano de ser humano. (...) O Belenenses (...) é dos clubes com o estádio mais vazio. E é apenas a esse facto a que a frase ‘há duas dezenas de velhinhos nas bancadas’ se refere. (...) Não há nenhum insulto, antes uma brincadeira que eu diria mesmo carinhosa: o Belenenses é o meu segundo clube, desloco-me ao Restelo três ou quatro vezes por ano e na bancada central encontro sempre grande predominância de adeptos mais idosos.
Se eu usasse a expressão coloquial ‘meia-dúzia de adeptos’ já não seria ofensivo? (...) Haverá a mínima possibilidade de me concederem que pessoalmente considero a expressão ‘velhinhos’ carinhosa (...)? Será que a idade é ofensiva? (...) É óbvio que não há apenas duas dezenas de velhinhos no Restelo, mas alguém, por um segundo, não percebe o sentido da frase? (...) Não é por se tratar de cultura massificada que devemos ser condescendentes, apesar de ser essa a prática corrente. (...) Qualificar de ofensa o meu texto é pelo menos abusar da interpretação. (...) Lamento que o meu texto tenha ofendido alguns leitores, porém parece-me que não só é preciso aceitar toda uma diversidade de opiniões diferentes como também toda uma diversidade de registos. (...) Ao pedir desculpas a uma instituição que me chamou, numa carta em que se treslê o que escrevi, ‘boi’ e ‘cobarde’, o PÚBLICO está a vincular-se a esses insultos?”
Como o provedor já considerou noutras ocasiões, o PÚBLICO, que ambiciona claramente ter uma função federadora em relação à população portuguesa, deveria cuidar de não alienar os diversos grupos sociais com considerações gratuitas ou de mau gosto, eventualmente ofensivas. A responsabilidade não é de João Bonifácio, mas de um editor que deveria ter feito a leitura prévia do texto e chamar-lhe a atenção para uma passagem mais desprimorosa para os adeptos de um clube. Na esmagadora maioria dos casos, o redactor cai em si, muda o que tiver de ser mudado e o texto cumpre na mesma a sua função.
Pode ler o texto na íntegra clicando AQUI
«Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo»
"Como aquilo dos cartoons era lá longe defendíamos a liberdade de expressão.
Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo.
Não deixa de ser curioso ver como os extremosos paladinos da liberdade de expressão, quando uns certos cartoons sobre Maomé davam para agitar o choque de civilizações, se converteram em três tempos nos editorialistas que fustigam a opinião escrita no seu jornal quando o que está em causa são as “fundamentadas manifestações de indignação” dos adeptos do clube da Cruz de Cristo.
Utilizar um editorial - por definição, o espaço de referência da opinião da direcção de um jornal – para condenar abertamente um jornalista que se limitou a constatar o óbvio, isto é, que o Belenenses não tem adeptos e que os que tem estão envelhecidos, é uma estranha e difusa forma de respeitar o direito “intocável” à “liberdade de opinião e de crítica”.
Que raio de “liberdade de opinião” é esta em que a direcção do jornal admoesta, de forma pública, as figuras de estilo escolhidas por um jornalista no livre e subjectivo exercício de crítica?
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?
Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?
Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Texto da autoria de Pedro Sales publicado no ARRASTÃO
"Eu sou de Vizela e conheço 5 adeptos, em Guimarães há 40, na Vila das Aves, 30 em Braga 50 ( aprox.).Multiplique por quase todas as aldeias, todas as vilas e cidades de Portugal: um exemplo, há dias estive em Viseu, e lá estava no centro uma representação dos”Repesenses”, disseram-me que se tratava de uma filial do Belém com muitos sócios do Belenenses.
A distância ao Restelo impede dezenas de milhares de o frequentar.
Tem absoluta razão quanto aos adeptos de Lisboa e arredores até 50 Km de raio.
É uma vergonha não estarem lá.
Curiosamente com o Belenenses na II LIga muitos estádios do Norte tinham centenas de adeptos.
Os adeptos do Belém de longe, ficam estupefactos com a reduzida participação dos seus adeptos Lisboetas!"
José Manuel Faria, editor do RUPTURA VIZELA em resposta a Pedro Sales in ARRASTÃO
Editorial do "PÚBLICO" de 23 de Julho
Equipa de Honra do Club de Football "Os Belenenses" Campeã de Portugal 1932/33
"Os atletas do Club de Football "Os Belenenses", campeões de football de 1932-33"
De pé e da esquerda para a direita: Bernardo Soares, Jerónimo Morais, Alfredo Ramos, Joaquim de Almeida, César de Matos, Heitor Nogueira, José Simões e José Luis. Agachados: Rodolfo Faroleiro, Rodrigues Alves e João Belo
Plantel do C.F. «Os Belenenses» da época de 1993/94
Diamantino Figueiredo, Pedro Espinha, Pinho, Chico Fonseca, Teixeira, Guto, José Rui, João Manuel Pinto, Nito, Tito, Jó, Emerson, Taira, Adalberto, Mauro Airez, Toninho Cruz, Vítor Manuel, Luís Gustavo, Mauro Soares, Gonçalves, Darci, Cleisson, Paulo Sérgio e Vítor Vieira.
"Match" Nulo no jogo Belenenses - Caldas
Sete jogadores suspensos, - sete corações suspensos! Ninguém olha para a bola que todos procuram alcançar nesta "molhada" frente à baliza do Caldas. Talvez por isso, não houve golos no Estádio do Restelo
- Campeonato Nacional de 1958/59
- In "Sport Ilustrado" de 30 de Setembro de 1958
Os Guarda-redes Belenenses, Joaquim de Melo e Rui Paulino pelo Lápis de Miguel Salazar
Joaquim Alberto Castanheira de Melo e Rui Portela Paulino, caricaturados por Miguel Salazar cuja obra pode ver AQUI.
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