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Plantel do C.F. «Os Belenenses» da época de 1970/71

Homero Serpa (Director Técnico), José Manuel Félix Mourinho (jogador e treinador de campo), Celestino Ruas, Alfredo Quaresma, João Cardoso, Estêvão, Ferro Pais, Pena, Alfredo Murça, Freitas, Amaral e Vítor Cabral.
Djalma, Arlindo, Virgílio, Aurélio Gomes, Laurindo, Camolas, Carlos Serafim, Ernesto e Godinho.
"Esta já é uma excelente equipa, longe das equipas entre 66 e 69, com a crise do Estádio, etc., épocas de pouca estabilidade. Deve ter sido na época seguinte que o Carlos Serafim, a nossa maior promessa, teve uma grande lesão, que o afastou do futebol. 
No ano seguinte, 71/72, já não me lembro do técnico (Mário Wilson?), com Murça, Quinito, Estêvão, aquilo é que era jogar. Que diferença para os dias de hoje. O Estêvão tinha um pontapé notável e a centrar o pé esquerdo era uma autêntica colher. 
Muitos outros estão aqui e eram excelentes jogadores - João Cardoso veio do Sacavenense como extremo-esquerdo, foi em boa hora adaptado a defesa-esquerdo. Pena que o clube não o tenha segurado no pós-25 de Abril. Como o Freitas e o Laurindo. 
Quando o Fredy recuou para defesa esquerdo, na 4ª feira, lembrei-me do João Cardoso. Do Godinho, internacional A, que esteve para ser dispensado, nos anos anteriores, do que me lembro mais foi quando recuou para jogar com o Gonzalez pela esquerda. Minha nossa. Vi muitos defesas direitos de gatas atrás da bola, era um show. 
E atenção ao guarda-redes, que era banco em Setúbal (do Vital, ex-Lusitano de Évora), e recuperou a carreira no Belém onde ainda jogou 5 épocas talvez, com resultados muito honrosos da nossa equipa.
Os Mourinhos são de Setúbal, mas não podem negar uma ligação quase umbilical ao Belém." José, texto retirado dos comentários a este post

90 Anos de Guarda-redes Belenenses (I)


Rui Paulino, José Sério, Francisco Assis, Manuel Capela, Celestino Ruas, Vítor Valente, Joaquim Caetano, Mourinho Félix, João Gomes, Jorge Martins, Jerónimo Morais, Assis Giovanaz, Fernando Justino e Artur Dyson.

A tarde em que o José Mário (Mourinho) marcou três golos

José Mário, José Mário, José Mário. Três golos deste rapaz de 19 anos na maior goleada de sempre do Belenenses em jogos da Taça de Portugal: 17-0 ao Vila Franca do Campo, de São Miguel, Açores, para os 64 avos de final. 

Ajuda acrescentar outro nome a este José Mário para a notícia ter esta relevância de uma página inteira: é Mourinho, o actual treinador do Inter. 
E foi há 27 anos.

Num fim-de-semana com chuvas torrenciais em todo o país, que obrigaram à interrupção de nove dos 64 jogos agendados, o Belenenses-Vila Franca é uma chuva de golos. Foram 17 mas podiam ter sido pelo menos 19, atendendo ao facto de o árbitro Amândio da Silva, de Setúbal, ter anulado dois golos a Bule.

No Restelo, três mil pessoas (nesta época 2009-10, só uma vez é que o Belenenses superou estes números em seis jogos, e foi com o Benfica) saíram de casa a um sábado à tarde para assistir a uma goleada esperada mas pouco usual, entre uma equipa da 2.ª divisão e outra dos distritais, que se qualificara para a segunda eliminatória através de um triunfo apertado (2-1) sobre o Despertar, de Beja.

Abriram a torneira então, vamos lá. É intervalo no Restelo. O marcador assinala 8-0, com golos de Djão (11' e 18'), Simões (15'), Avelar (22' e 26'), Jorge Silva (35'), Sambinha (38') e Bule (39'). 

Ao intervalo, o treinador substitui o moçambicano Djão por José Mário. O Mourinho, lançado pelo pai Félix.

Aos 48, Mourinho faz o 9-0. Bule (55'), Jorge Silva (63') e Carlos Alberto (78') ampliam para 12-0. Mourinho festeja o 13-0, aos 80'. Segue-se um bis de Jorge Silva (82' e 86') e, depois, o hat trick de Mourinho, aos 88', que corre para os braços do pai, que lhe deu uma rara oportunidade. É Avelar quem fecha a contagem, nos descontos.

Na eliminatória seguinte, o Belenenses foi derrotado no Bessa por 3-0. Relegado para a 2ª divisão pela primeira vez na sua história, o Belenenses apostava no experiente técnico Mourinho Félix para retomar o lugar entre os grandes, mas as coisas correram mal e o pai de José Mourinho acabou chicoteado - já com Fernando Mendes, os azuis acabaram por ficar em 4º lugar da zona sul da 2ª divisão -, não sem antes entrarem na história belenense com o tal resultado hiperdilatado.

Já o filho José Mário, formado no Belenenses, com passagem por todos os escalões jovens até atingir a maioridade, não deu seguimento à carreira de futebolista, preferindo os estudos da táctica que lhe garantem o reconhecimento além-fronteiras como treinador.

Após Rio Ave (1981-82) e Belenenses (1982-83), Mourinho representou o secundário Sesimbra (1983-85) e acabou na 3ª divisão, com o Comércio e Indústria (1985-87), em Setúbal. Não fez qualquer jogo na 1ª divisão, embora fosse suplente não utilizado numa ocasião, pelo Rio Ave, treinado pelo pai.

Como curiosidade, de referir que o Belenenses sénior nunca mais encheu o cabaz daquela forma - já os infantis «A» festejaram 17 golos, a 30 de Outubro de 2004, em Algés.

Por Rui Tovar, Publicado em 07 de Novembro de 2009, no jornal i

José Manuel Mourinho Félix

Nasceu em Ferragudo (Lagoa) em 12/02/1938
Faleceu em Setúbal a 25/06/2017
⚽ Foi guarda-redes do Belenenses durante 6 épocas (1968/69 a 1973/74);
⚽ Titular em 131 jogos para o campeonato nacional;
⚽Foi titular absoluto (30 jogos / 2.700 minutos) nos campeonatos de 1971/72 e 1972/73;
⚽Treinador adjunto de Homero Serpa, (após demissão de Joaquim Meirim) em 1970/71 e treinador principal em 1982/83, época de estreia do Belenenses na 2ª divisão nacional;
⚽ Vice-Campeão Nacional de Futebol da época 1972/73;
⚽39º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses”: jogador internacional uma única vez, a 10 de Maio de 1972, contra a Selecção da Rep. da Irlanda (vitória por 2-1), na «Minicopa» disputada no Brasil.

  • Clicando aqui pode ver tudo o que publicámos sobre José Manuel Mourinho Félix

Mourinho: 39º jogador internacional (5º guarda-redes) «A» do C.F. "Os Belenenses"



📷Mourinho, Adolfo, Humberto Coelho, Messias, Matine, Artur e José Henrique
Nené, Artur Jorge, Eusébio, Peres e Toni
José Manuel Mourinho Félix, foi o 39º jogador Internacional do Belenenses (5º guarda-redes). A internacionalização foi alcançada na «Minicopa» (1972), disputada no Brasil, na qual Portugal foi finalista vencido. 

Joaquim Meirim: Ser treinador é viver o padre, o psicólogo, o pedagogo, o político, o preparador físico, o táctico

⛹ Joaquim Meirim teve um tempo e, diga-se, foi um tempo divertido. 
O escritor e jornalista Mário Ventura escreveu um artigo em "A Bola" de 1 de Outubro de 1970 com o título "Meirim entrou na vida de todos nós", e José António Saraiva, o circunspecto ex-director do "Expresso", e hoje director do "Sol" escrevia no "Comércio do Funchal" em 5 de Abril de 1970 sobre Meirim: "Devo dizer-vos nesta altura que não acredito em bruxas. Pessoalmente, penso que Meirim é o homem que da maneira mais fina entendeu a estrutura caótica, anacrónica, incoerente, do futebol.

Mas a cereja no bolo é um destacável, a vermelho, do suplemento "A Mosca" do "Diário de Lisboa" intitulado "Citações do Presidente Kim-Mey-Rim" que é um pequeno tratado de humor, aproveitando extractos de entrevistas que Joaquim Meirim foi dando aos jornais desse tempo. 

"A Mosca" era um suplemento que se publicava aos sábados, feito por José Cardoso, Pires, Luis Sttau Monteiro, Fernando Assis Pacheco, entre outros figurantes de luxo. Algumas das citações: 
"Eu aos jogadores não peço nada: dou-lhes tudo". "Ser treinador é viver o padre, o psicólogo, o pedagogo, o político, o preparador físico, o táctico". "O que eu terei de incomum é não pactuar com tradicionalismos". "Sou só, única e exclusivamente, um humilde, simples e modesto treinador."
(...) O livro de "Citações do Presidente Kim-Mey-Rim" termina assim: "Balanço de um mês de Revolução Cultural:
Belenenses, 1- Real Gijón, 1
Belenenses, 0 - Bétis, 4"

Como isto deverão ser jogos de preparação e como Meirim começou o trabalho no Belenenses em princípios de Julho, poderemos admitir que será um qualquer sábado de Agosto/Setembro de 1960.
O jornalista de "A Bola", Carlos Sequeira, na edição de 9 de Julho de 1970 faz a reportagem de uma conferência de imprensa em que Meirim desvendou alguns aspectos do seu programa. Como este: "Está também assente que não será concedida a qualquer jogador autorização para contrair casamento no período decorrido entre 27 de Julho e 30 de Maio salvo em caso de força maior que espero não venha a registar-se... concluiu com um sorriso. 
E explica: "Nesse período crucial para a realização dos nossos objectivos os jogadores precisarão de toda a tranquilidade de espírito pelo que terei pura e simplesmente que afastar todo e qualquer foco de perturbação."
➤ Excelente texto de "Gin-Tonic" que encontrámos AQUI no IÉ-IÉ.
Joaquim Meirim foi treinador do Belenenses na época 1970/71 sendo substituído, de urgência, por Homero Serpa e José Manuel Félix Mourinho de modo a evitar a descida de divisão.

Marco Aurélio Siqueira "Imperador do Restelo"


Marco Aurélio foi guarda-redes do Belenenses durante 9 épocas (1998/99 a 2006/07).
Figura na galeria dos grandes “guardiões” do Belenenses, e no pós José Pereira, é da linhagem de Gomes, Ferro, Serrano, Félix Mourinho, Melo, Delgado, Justino, Jorge Martins, Pedro Espinha, ou Ivkovic

Mourinho Félix






Mourinho Félix - Pai do treinador José Mourinho, defendeu com muita eficácia as redes do Belenenses desde 1969 a 1974, tendo chegado a internacional. 

Enquanto jogador, chegou a ser adjunto do treinador (Homero Serpa, que serviu o clube dessa forma numa emergência). Vice-Campeão-Nacional em 1973.

O Belenenses... de Homero Serpa


De pé e da esquerda para a direita:
Homero Serpa (treinador), José Manuel Mourinho Félix (jogador-treinador de campo), Celestino Ruas, Alfredo Quaresma, João Cardoso, Estêvão, Ferro, Pena, Alfredo Murça, Freitas, Amaral e Vítor Cabral. 
Agachados pela mesma ordem: 
Djalma, Arlindo, Virgílio, Gomes, Laurindo, Camolas, Carlos Serafim, Ernesto e Godinho.

"Camisola azul e cruz ao peito" - Homero Serpa


Faleceu Homero Serpa. Distinto Belenense. Jornalista e escritor. Na época 1970/71, após despedimento de Joaquim Meirim, foi o director-técnico da equipa de futebol principal, tendo como adjunto e treinador de campo Mourinho Félix.