A equipa do C.F. «Os Belenenses» em cromos da colecção «Futebol 85» da época de 1984/85

Fernando Justino, Joaquim Pereirinha, José António, Alberto Bastos Lopes, Artur Fonte,
Ronnie Glavin, «Dudu» Alberigi, Rúben Cunha, Norton de Matos, «Djão» e David Byrne 

A equipa do C.F. «Os Belenenses» em cromos da colecção «Futebol 82» da época de 1981/82

Padrão, Luís Horta, Baltazar, Lima, Osvaldo, Carlos Pereira, Jacinto João, 
Carlinhos, Vítor Gomes, Alhinho, Sambinha, Cepeda, Avelar, «Bife» e Djão

Joaquim Caetano

Barreiro, 1 de Maio de 1929
⚽ Caetano, foi o guarda-redes titular da equipa campeã nacional de Juniores, da época de 1946/47. Foi promovido aos seniores na época seguinte (47/48) tendo jogado na segunda categoria (reservas), e sendo suplente à categoria de honra, jogando alguns períodos em jogos particulares. 
🥅Foi suplente na final da «Taça de Portugal» de 1948. Fixou-se na categoria de honra na época de 1949/50, tendo sido titular em 15 jogos do campeonato tendo realizado exibições soberbas, que foram muitas delas destaques nas primeiras páginas dos jornais e revistas da época, nomeadamente da revista «Stadium». 
🌍Abandonou o Belenenses no final da época de 1952/53 em conflito com o treinador Fernando Vaz, emigrando para Angola, para ser funcionário da "Companhia do Caminho de Ferro de Benguela".
⚽Caetano, foi contemporâneo dos seguintes guarda-redes belenenses: Capela, José Sério, Valério (*), Libânio, Cortes, ex-Académico do Porto (suplente de José Sério no jogo de inauguração do Estádio Chamartin), Carmo Duarte e José Pereira. 
🏀 (*) Valério Pacheco, foi um destacado jogador de «Handball de 11» e de «Basketball» do Belenenses. Foi campeão nacional, campeão regional e «Internacional», em ambas modalidades. Ocasionalmente, era «convocado» para a equipa de futebol, na categoria de reservas.

Dois dias depois da assinatura do tratado de Lisboa atenções concentraram-se no «Belenenses-Benfica»

"A BOLA" de 15 de Dezembro de 2007
Imagem relativa ao jogo Belenenses, 2 - Benfica, 2 disputado em 28 de Outubro de 1956. Da esquerda para a direita: Bastos, Dimas, Calado e Matateu.
No jogo realizado em 16/12/2007, a contar para a 13ª jornada, o Belenenses venceu com um golo de Weldon, marcado aos 71', e alinhou do seguinte modo: Marco Gonçalves; Rúben Amorim (Amaral, aos 50'), Devic, Rolando e Rodrigo Alvim (Areias, aos 58'); Gabriel Gómez, Hugo Leal e Silas; Roncatto (João Paulo Oliveira, aos 89'), Zé Pedro e Weldon. Treinador: Jorge Jesus.
Suplentes não utilizados: Costinha, Gonçalo Brandão, Rafael Bastos e Fernando.  

Belenenses perde na Luz com o «Benfica de Mourinho», que sofreu a bom sofrer para ganhar o jogo por 1 a 0

📸 Isidoro Rodrigues, Karel Poborsky, Wilson e Pedro Henriques
Estádio da Luz, 15/10/2000. 🏆7ª jornada, com arbitragem de Isidoro Rodrigues, de Viseu.
Belenenses: Marco Aurélio; Cabral, Wilson, Filgueira e Pedro Henriques; Lito, Tuck e Cleber; Guga, Eliel e Verona. Substituições: Lito por Marcão, aos 46'; Guga por Cafú aos 62' e Verona por Neca aos 74'. Suplentes não utilizados: Luís Ferreira, Gerson, Franklin e Rui Duarte. 
Treinador: Marinho Peres.
Benfica: Enke; Rojas, Marchena, Ronaldo e Diogo Luís; Chano e Fernando Meira; Poborsky, Sabry e Miguel; Van Hooijdonk. Substituições: Marchena por Sérgio Nunes, aos 46'; Sabry por Carlitos, 66' e Miguel por Uribe, aos 79'. Suplentes não utilizados: Bossio, João Tomás, Toy e Bruno Aguiar. 
Treinador: José Mourinho.
⚽ marcador: Marchena, aos 33'. Resultado final: Benfica, 1 - Belenenses, 0
Disciplina. Benfica: cartão amarelo para Miguel (18'), Sérgio Nunes (62' e 78' vermelho, por acumulação), Sabry (63'), Carlitos (67') e Chano (73'). Belenenses: cartão amarelo para Tuck (24'), Pedro Henriques (32'), Wilson (84'), Cléber (88') e Neca (90'). 

A equipa do Belenenses da época de 1956/57 em cromos dos caramelos da colecção "Favoritos do Futebol" da Altesa

Francisco Pires, José Pereira, Raúl Moreira
Carlos Silva, Raúl Figueiredo, Vicente Lucas, Miguel Di Pace
«Matateu, Vítor Miranda, Ricardo Perez e Alberto da Silva «Tito»
📘 Edição da Fábrica de Confeitaria Produtos Altesa, Lda. - Rua Tenente Raúl Cascais, 13 e 13A - Telefone 672170 - Lisboa  
➤ publicado originalmente em 03/08/2011 

A equipa do Belenenses da época de 1951/52 em cromos de caramelos da colecção "Campeonatos" da Fáb. Universal

Francisco Rocha, José Sério, Serafim das Neves
António Castela, António Feliciano, Inácio Rebelo
Mário Rui, J.M.Pedroto, Francisco André, Matateu e J. Narciso Pereira
📘Edição da Fábrica Universal (António E. Brito), Rua da Alegria, 22 - Lisboa

Mário Soares, "esteve" no último grande título do Belenenses

Mário Alberto Nobre Lopes Soares 
(Lisboa, 7/12/1924 - 7/01/2017)

É por estas e por outras que eu sou do Belém !


Há muito tempo fiz-lhe chegar a imagem de uma velha bandeira esvoaçante perdida (e encontrada !) no meio de um campo agrícola na região do Dão (clique aqui para (re)vê-la).
Sou dos que andam permanentemente com os sentidos alerta para tudo o que é azul-com-cruz-de-Cristo-ao-peito e mexe. Parece que a emoção aumenta com a idade, tem sido sempre assim desde que o meu saudoso Pai me carregou às cavalitas e levou a ver a bola às Salésias.
De quando em vez acontecem-me destas. As imagens que tenho o prazer de lhe enviar não valerão por mil palavras, mas não tenho dúvida que, como o meu amigo diz, é por estas e por outras que sou Belém.
Foi ontem, 25 de Junho de 2011, dez da manhã (há que ser preciso quando os acontecimentos são importantes). Cais das Colunas. Sábado glorioso, pleno da luz que só Lisboa tem. 
Lisboa entregava-me na bandeja de prata de um Tejo quase espelhado dose generosa de uma delicadíssima brisa aspergida da maresia que há quase meio século guardo na arca-memória da minha infância. A mesma que nas madrugadas frescas de Primavera inundava Belém, subia pelas calçadas e travessas até à Ajuda, qual sofisticado laboratório, onde em ruas e becos, discretamente, se envolvia com as fragrâncias de Monsanto e do Jardim Botânico.
Empanturro a alma empoleirado na cantaria do cais que guarnece uma das mais importantes portas da Cidade. É dia da Marinha do Tejo, são as Festas da Cidade.
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Quatro dezenas de barcos tradicionais restaurados, reconstruídos, alguns resgatados à sepultura num extraordinário movimento, cheios de gente com peitos tão enfunados de orgulho quanto os panos das suas embarcações tocadas pela nortada de um fim tarde estival.
Vão chegando da Moita, de Sarilhos Pequenos, do Seixal, de Vila Franca de Xira, do Montijo, de Cascais, botões e casas que ponteiam as margens do rio como abas de jaqueta de gala que a navegação do rio aperta e desaperta.
São catraios, botes, canoas, um varino navega à vela um pouco mais fora, rio abaixo contra a maré. Tal qual os homens não há duas embarcações iguais.
Nomes pequenos sintetizam vidas, identidades, credos, celebram entes queridos, sítios:
"Nina", "Esperança", "Ponta da Marinha", "Quim Zé", "Primavera", "Lusitana", "Senhora da Graça", "Salvaram-me", salvaram-me...
As tripulações confraternizam, homens e mulheres, novos e velhos, todos do mar, encontros e reencontros. São envolvidos pelos que vieram à festa e por turistas estrangeiros capturados por um turbilhão de côr, pitoresco, beleza e afabilidade. E ficam, alguns não contêm a reserva e perguntam, comentam, registam, são acolhidos, deslumbram-se em todas as línguas.
Alguma azáfama ainda entre as tripulações, a amarração, o colete, a preparação para a cerimónia que se segue. Reparo numa jovem que cruza na diagonal o Cais das Colunas, vinte anos se tanto, rosto bonito dourado pelo sol, rosto de catraia pequena, calça pelo joelho, perna roliça, pé descalço, passo seguro, barrete negro de fragateiro. Saberei depois que é arrais de uma das canoas e será por certo para os seus e para o Tejo um novo sol despontado e o futuro.
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Arrais e proprietários preparam-se para a cerimónia de assinatura de um livro de honra que ficará à guarda do Museu de Marinha.
Juntam-se à festa os Presidentes das Câmaras de Lisboa e da Moita, o responsável do Museu, o Chefe do Estado Maior da Armada, patrocinadores, comunicação social. Mestre de cerimónias, o Professor Carvalho Rodrigues (grandessíssimo fragateiro a quem Luciano Pavarotti deve a popularidade beneficiando da grande semelhança física que tinha com o professor) chamará uma a uma as embarcações e os respectivos responsáveis.
Logo à segunda, apela à presença da gente da canoa "Benfica", do proprietário e do arrais Sr. Manuel Matos. Com a graça, inteligência e bom gosto que o caracterizam, como que reposicionando o mais importante elemento da equação, esclarece mais ou menos assim: ok, apesar do nome da embarcação, o Sr. Manuel Matos é do Belenenses (e, quase em surdina) e a tripulação é do Sporting!
Sabe bem ouvir alto e bom som um nome familiar e mágico, o nosso nome, mas teria sido dispensável: é que em fundo imaculado, do lado esquerdo do peito, bordado a azul, vermelho e ouro o nosso Sr. Matos ostentava bem visível o emblema do Clube de Futebol Os Belenenses.
Ali estava digno, discreto mas vertical, um dos nossos. Pele curtida pelos elementos, oitenta anos de vida (quase oitenta e um, dizia-me) onde continuam a ter lugar duas das paixões maiores que se podem ter: o Belém e o Mar.
Seguiram-se os aplausos, os cumprimentos, as assinaturas, os diplomas. O reembarque da tripulações, autoridades e convidados, o encher das velas com destino ao almoço no Alfeite. Não sem que, de viva voz, o nosso Sr. Matos me reafirmasse o que lhe ia indelevelmente marcado no peito e na alma. Nunca o vira antes mas aposto que é um Homem bom. Quem sabe se não nos encontramos um dia destes em Vila Franca.
Um último olhar para o rio salpicado de velas brancas, assalta-me a saudade de o ver sempre coalhado de velas como antes. Mas essas belas imagens antigas são a preto e branco. Neste sábado atestei de côr e fui à vida!
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Texto e fotos do Amigo do BI, Rui Peixoto (Sócio nº 6475 do Clube de Futebol «Os Belenenses»)

  • post publicado originalmente em 10/07/2011

Quando as touradas no futebol eram de outro tipo

« A gravura reproduz o cartaz de uma tourada promovida na praça de Algés, em 23 de Setembro de 1923, em beneficio do Casa Pia Atlético Clube, mas com a colaboração dos três melhores clubes da bola na capital: - Belenenses, Benfica e Sporting, pela ordem alfabética. 
Os Clubes não eram ainda as organizações complicadas que são agora. Havia mais camaradagem - e era mais fácil qualquer «brincadeira» a favor de algum deles. 
Foi a segunda tourada que o Casa Pia A.C. promoveu, para reforço do seu cofre de assistência. A primeira realizou-se em 1 de Outubro de 1922 e teve como espadas dois grandes do futebol lusitano - Cândido de Oliveira e António Ribeiro dos Reis.»
Post publicado originalmente a 24 de Abril de 2010