Belenenses, Vice-Campeão Regional de Voleibol da 2ª divisão - 1954-55

De pé e da esquerda para a direita: Tavares e Silva (seccionista), Álvaro Inácio, Carlos Justino, Carlos Pereira,  Orlando de Melo (seccionista), António Travanca e Manuel Ribeiro.
Agachados pela mesma ordem: Reis Pinto, Flórido dos Anjos, Luís Arnaldo e António Barbosa e Silva.

  • Jogos de competência à 1ª divisão: A equipa da Cruz de Cristo, após quatro anos de permanência na 2ª divisão, regressou à 1ª divisão, mercê de 2 vitórias (3x2 e 3x1) e 1 derrota (1x3) sobre o Clube Internacional de Futebol, penúltimo da 1ª divisão.
Documento cedido pela amiga do BI no Facebook, Milú Simões.

O Ping-pong do Belenenses em Peniche

O Ping-pong, mais tarde chamado 'Ténis de mesa', do Belenenses apresentou as suas equipas masculina e feminina, num torneio em Peniche, no ano de 1957.

Foto de autoria de Joaquim Jerónimo (Foto D'Arte) Peniche, cedida pela antiga atleta e amiga do BI no Facebook, Milú Simões.

Um adeus Belenense: Matateu e Mário Paz despedem-se do 'Manel do Campo', na partida para Moçambique

"Milú, esta expressão do teu pai (Manel do Campo ou Manel Careca) é como te esteja a ver, foi na despedida dos jogadores quando foram para aí (Moçambique) estava o Matateu a dizer-lhe "querias ir ver a tua filha, mas ficas cá" e o Paz disse-lhe: "deixa lá, vais para a outra vez" e o teu pai disse, "paciência ..."

Cerimónia de Lançamento da Primeira Pedra do Estádio do Restelo

O Presidente Belenense, Francisco Mega, e a nascida nas Salésias, Milú Simões, filha dos grandes belenenses D. Mariana e Manel 'Careca', são os personagens centrais nesta foto no dia da cerimónia de lançamento da 1ª pedra do Estádio do Restelo.

O Memorial a José Manoel Soares - O 'Pepe'

Campo das Salésias - mais tarde rebaptizado Estádio José Manoel Soares -, 'Homenagem dos Desportistas Portugueses a José Manoel Soares', o 'Pepe', em forma de memorial gravado na pedra.

Faz hoje 80 anos que Pepe faleceu. 

Cagica Rapaz: Balizas às Costas

O futebol entrou muito cedo na minha vida,
através das narrativas do meu pai que vivia com um pé no presente (Belenenses) e o outro preso à nostalgia do passado, o seu Pátria Futebol Clube, uma das quatro equipas que havia em Sesimbra.

Apesar das desesperadas tentativas da minha tia Lucinda em me conquistar para o Benfica, eu fui azul desde a primeira hora.

Mas toda a minha infância foi embalada pela evocação das epopeias do Pátria. Estávamos no início dos anos 50, não havia televisão e, enquanto o mar rugia, ao longe, eu adormecia com a cabeça cheia de histórias autênticas em que a lealdade, a amizade, a camaradagem e o empenhamento eram valores seguros. Era o tempo ingénuo e heróico das balizas às costas, do calção pelo joelho, da cabeça amarrada com um lenço e da bola com atilhos. E eu conhecia tão bem os nomes do Matateu, do Di Pace, do Sério, do Feliciano como os do Zé da Faca, do Patachão, do Mira, do Policarpo, do Barlona, do Anazário, dos irmãos Casa-Pia ou do Pompílio.

Mas nem tudo era belo e nobre nessas lutas entre irmãos da mesma terra e, de uma lamentável guerra fraterna, resultou a morte do Pátria, apesar da resistência corajosa de meia dúzia de homens dignos. Mas, como quem com ferro mata, com ferro morre, os outros três acabaram por desaparecer igualmente diluídos na fusão que deu origem ao Desportivo de Sesimbra. E se para o meu pai o futebol em Sesimbra morreu com o Pátria, para mim despontou com o Desportivo. Mas o Pátria ficou bem ancorado no cantinho mais romântico da minha alma desportiva.

O futebol começou a ser vivido por mim em três frentes, com as jogatanas da nossa rapaziada, a assistência a treinos e jogos do Desportivo e o acompanhamento, à distância, da carreira do meu Belenenses.

De vez em quando, o meu pai levava-me a ver jogos, em Lisboa, em Setúbal e no Barreiro.

O Belenenses e as suas estrelas eram outra dimensão, quase irreais, enquanto que os jogadores do Desportivo passavam à minha porta, a caminho dos treinos, o Ilídio, o Rogério, o Manel Santana, o Izidro, o Zé Filipe, o Barlona, o Zé Broa, o Jesus, o Zacarias…

Eu não perdia um treino, ávido de ver de perto aqueles ídolos reais, concretos. Quando ia para a escola, cruzava-me com o Manel Santana que, a passos largos, de bota de borracha de cano curto e fato de ganga azul, ia almoçar, para depois ir trabalhar na fábrica de gelo do Chanoca que alimentava a lota.

Na escola Conde de Ferreira, no livro de leitura, eu contemplava as fotografias dos recortes de jornais que o meu pai comprava. O barulho das botas de traves ainda estava nos meus ouvidos, o cheiro a sebo das botas e das bolas misturava-se com o perfume dos eucaliptos que rodeavam o campo do Desportivo.

Metidos no livro de leitura, estavam jogadores de um outro universo, ídolos longínquos, enquanto o Izidro estava ali, a dois passos, com os outros mecânicos, na oficina do Brandão, o Palhete safava machuchas, à rabeça, em frente do Hotel Espadarte, ao lado do mar.

Foi a idade da paixão, das ilusões e dos sonhos, do deslumbramento ingénuo, a aprendizagem de valores que me ficaram para a vida…"


Texto retirado do Blog BOA NOITE, Ó MESTRE! (IN MEMORIAM ANTÓNIO CAGICA RAPAZ)

Cagica Rapaz, Libero e Directo: O Belenenses

"O serviço militar levara-me para o Porto, mas era meu desejo voltar para a região de Lisboa. A CUF não dava mostras de poder conseguir a minha transferência para uma unidade próxima do Barreiro, e Meirim manifestou o desejo de contar comigo no Belenenses onde, segundo julgava, havia gente influente no campo militar.

Estamos no Verão de 1970 e Meirim já incendiara as hostes azuis ao deixar no ar a promessa de ser campeão. Eram as bombásticas declarações do treinador, sua foi a responsabilidade…

Contrariamente às expectativas, só em Janeiro de 1971 consegui vir para perto de Lisboa, para o Campo de Tiro da Serra da Carregueira. A época ia a mais de meio, a nau azul afundava-se, Meirim foi despedido e, como consequência directa e lamentável, alguns dos jogadores mais próximos do treinador foram proscritos, apontados a dedo, colocados à margem.

Eu, que mal acabara de chegar, fui um deles, sentindo imediatamente que constava da lista negra. O nosso “crime” foi, suponho, termos sido trazidos por Meirim, não vejo outra razão nem alguém jamais se dignou dar a menor explicação.

Embora tal atitude fosse injusta e absurda, teria sido possível abordar a questão com um mínimo de dignidade, o que não sucedeu.

Apesar de eu ter um contrato de seis meses (que estava em curso) e outro de três anos, teria entendido que o clube desejasse alterar a sua posição. Estava no seu direito e, civilizadamente, poderiam ter-me exposto o assunto. Através de diálogo, teríamos certamente chegado a um entendimento, mas, em vez disso, o que aconteceu foi terem-me ostensivamente colocado na situação de indesejável, sem uma palavra, sem uma observação, sem a menor crítica ou acusação.

Até que o treinador-adjunto Mourinho Félix deixou escapar a assunção de que os dados estavam viciados, quando o surpreendi a fazer a convocatória antes do (normalmente determinante) treino de conjunto da 5ª feira. Manifestei-lhe a minha estranheza perante tal procedimento que provava, de forma inegável, que tudo era decidido previamente, de nada servindo o esforço ou o valor de alguns elementos, condenados que estavam, sem apelo, ao afastamento. Perguntei-lhe até se valia a pena ir treinar, sabendo de antemão que não seria convocado. A resposta de Mourinho Félix foi de antologia: - “O azar foi tu teres chegado atrasado, senão não tinhas visto e nunca saberias de nada”.

Azar para quem? Para mim não, porque já estava julgado e condenado sem conhecer a acusação e sem ser ouvido. Azar foi para ele que se viu descoberto e não teve arte nem reflexos para arranjar sequer uma desculpa, uma finta discursiva para camuflar a prática suspeita.

Recordo-me de ainda ter visto o jovem Mourinho defender as balizas do Vitória no velho e pelado campo dos Arcos, recebendo o testemunho do veterano Batista. Mais tarde, admirei o seu profissionalismo ao serviço do Belenenses, como jogador sério e de certa valia. Por isso tenho certa dificuldade em compreender as atitudes do mesmo Mourinho Félix nas funções de treinador-adjunto.

Curiosamente, por acaso, cruzámo-nos, há pouco tempo, em Setúbal. Ele não me viu, eu não o chamei. Estamos trinta anos mais velhos, e não pude deixar de reflectir sobre tudo isto, sobre a verdadeira importância destes incidentes nas nossas vidas. Que motivações o terão levado a agir assim? Que balanço, em consciência, terá feito? Terá achado que actuou com isenção e justiça? Terá ficado em paz, admitindo ter defendido o superior interesse do Belenenses? Que palavras teríamos trocado se tivéssemos agora chegado à fala, ao fim de mais de trinta anos, no limiar da velhice? Até que ponto será útil recordar o passado? Mas, por outro lado, por que razão haveria de silenciar comportamentos desta natureza?

Embora a fase das ilusões sobre o futebol já tivesse passado havia muito, tive pena porque continuava a ter simpatia pelo clube e tencionava acabar ali, mais tarde, a minha carreira. Assim, abandonei cedo de mais, profundamente desiludido.

Nesse Verão de 71, pus a acção, continuei no serviço militar e aguardei. Três anos depois, o Belenenses pagava-me o que o tribunal decidiu…"
Texto retirado do Blog BOA NOITE, Ó MESTRE! (IN MEMORIAM ANTÓNIO CAGICA RAPAZ)

José de Freitas, recordista, durante décadas, da travessia do estreito de Gibraltar

16 de Setembro de 1962: José de Freitas, o nadador Belenense, com o seu treinador Armando Mendes, tendo por fundo a bandeira portuguesa, após ter batido o record da travessia do estreito de Gibraltar."


José de Freitas, o "Golfinho de Gibraltar"

"Está calado, pá, tu não sabes o que dizes. Eu fui um marcador de golos, mas o Di Pace é que foi o maior de todos..."

Quando os argumentos se esgotaram, em Fevereiro de 1999, para convencer Matateu a viajar do Canadá até Lisboa, cada um utilizou os que pôde. Rei Eusébio disse-lhe, com lágrimas nos olhos, "o senhor não pode fazer isso comigo"; a modéstia do jornalista, que só o conhecia pelo telefone, agarrou-se ao desespero: "O senhor tem de vir porque foi o maior". Matateu puxou então dos galões e pôs as coisas no lugar: "Está calado, pá, tu não sabes o que dizes. Eu fui um marcador de golos, mas o Di Pace é que foi o maior de todos..."
Rui Dias - Record - Sábado, 8 Maio de 2004

"É verdade, o Matateu. Ele nunca jogou comigo... Desculpa, eu nunca joguei com o Matateu. Assim é que é, assim é que se deve dizer: eu nunca joguei com ele. Só uns treinos na selecção portuguesa, com o Peyroteo a treinador."
Eusébio em entrevista a Rui Tovar, 'i' 25 de Dezembro de 2010

Foto Nuno Ferrari/'A BOLA'

A classe de um notável artista que honrou e engrandeceu o emblema do Belenenses: Stoycho Dimitrov Mladenov

Mladenov desenvencilha-se do capitão benfiquista, Carlos Pereira

Estádio do Restelo, 15 de Maio de 1988 - 34ª jornada do Campeonato Nacional da época 1987/88. Belenenses, 2 - Benfica, 1.

Equipa do C.F. Os Belenenses da época de 1987-88

Sobrinho, Jorge Baidek 'lenhador', Jorge Martins, Carlos Ribeiro, José António, Mladenov
Batista, Paulo Monteiro, Teixeira, José Mário, Chico Faria

Belenenses, Sorriam. O Voleibol Feminino, Voltou !


Sunilza Gomes, Daniela Loureiro, Inês Freire, Daniela Correia, Joana Polido, Aline Timm Rodrigues, Andreia Anselmo, Márcia Neves, Raquel Ferreira, Carolina Gonçalves, Joana Gonzalez, Joana Coimbra e Rita Fernandes.

Equipa Feminina de Voleibol Sénior do Clube de Futebol 'Os Belenenses' da época 2011/12

  • #1 Joana Polido; #2 Andreia Anselmo; #3 Joana Coimbra; #4 Rita Fernandes; #5 Nilza Gonçalves; #6 Sunilza Gomes; #7 Solange Rodrigues; #8 Brígida Ferreira; #9 Andreia Martins; #10 Carolina Gonçalves; #11 Inês Freire; #13 Márcia Neves; #14 Aline Rodrigues; #15 Daniela Correia; #17 Daniela Loureiro; #18 Joana González.
Fotos da página do Facebook e do Blog do Voleibol do Belenenses

A equipa do C. F. 'Os Belenenses' em bonecos da bola de caramelos da colecção «Futebolistas de Portugal» 1939/40

Salvador Jorge, José Simões, Óscar Tárrio, Mariano Amaro, Varela Marques,
 Rodrigues Alves, Perfeito Rodrigues, Artur Quaresma, Gilberto, Alejandro Scopelli,
Rafael Correia e Bernardo Soares

Delgado, Lima, Sambinha, Isídro, Djão e Gonzalez

  • José Manuel Mota Delgado: jogou 4 épocas no Belenenses
  • Isidro Miguel Palmela da Silva Beato: jogou 10 épocas (incluindo 3 épocas como juvenil/júnior)
  • João Marques de Jesus Lopes “Djão”: jogou 8 épocas no Belenenses
  • Francisco Gonzalez: jogou 7 épocas no Belenenses

Sobrinho, Ademar, Nogueira, Melo, Esmoriz e Meneses

  • Luís Fernando Peixoto Gonçalves Sobrinho: jogou 4 épocas no Belenenses
  • Ademar Moreira Marques: jogou 1 época no Belenenses
  • António Manuel da Costa Nogueira: jogou 2 épocas no Belenenses
  • Joaquim Alberto Castanheira de Melo: jogou 5 épocas no Belenenses
  • Vítor Manuel Pinho Esmoriz: jogou 5 épocas no Belenenses
  • Paulo Roberto Meneses: jogou 2 épocas no Belenenses

Lima, Arnaldo Silva, Alfredo, Moisés, Freitas e Alfredo Murça

  • Carlos Alberto Rodrigues Lima: jogou 13 épocas (incluindo 4 como juvenil e júnior) no Belenenses 
  • Arnaldo Silva: jogou 1 época no Belenenses
  • Alfredo da Costa e Silva Guimarães: jogou 2 épocas no Belenenses
  • Moisés Roberto de Melo: jogou 2 épocas no Belenenses
  • Fernando José António Freitas Alexandrino: jogou 9 épocas no Belenenses
  • Alfredo Manuel Ferreira da Silva Murça: jogou 7 épocas no Belenenses

Padrão, Luís Horta, Carlos Pereira, Sambinha, Alhinho e Eurico


  • Carlos Manuel Costa Padrão: jogou 1 época no Belenenses
  • Luís Manuel Alfar Horta: jogou 4 épocas no Belenenses
  • Carlos Eduardo da Silva Pereira: jogou 5 épocas no Belenenses
  • Raul Ferreira dos Santos 'Sambinha': jogou 15 épocas (incluindo 2 como júnior)
  • Alexandre Manuel Fortes Alhinho: jogou 5 épocas no Belenenses
  • Eurico Mendonça de Caires: jogou 5 épocas no Belenenses

"Matateu" novo reforço dos "Manos Alexandres" ?

"Há quem afirme que o "Matateu" se vai treinar para passar a reforçar a nossa primeira equipa de harmónicas diatónicas. O Belenenses consentirá na transferência ? Eis a interrogação do momento..."

O 'frango' de Alaiz contra os húngaros do Szombathely

"No 2º encontro Szombathely - Belenenses, Leonel Alaiz vai deixar passar por entre as mãos a única bola dos húngaros" In Foto-Sport, 31 de Janeiro de 1925

Uma boa defeza do keeper de Os Belenenses

"No desafio em que o seu club perdeu 6-1 contra o Casa Pia Atletico, Mario Duarte, o keeper dos Belenenses, teve uma saída da maxima oportunidade, evitando que a bola mais uma vez ultrapassasse as balisas que tinha a seu cargo defender, quando os Casapianos, num ataque cerrado e rapido, se preparavam para aumentar o "score" do "match".
In Foto-Sport de 15 de Março de 1924

Mladenov pelos lápis de Aniceto Carmona e Jorge Rosa

Caricaturas da autoria de Aniceto Carmona e Jorge Rosa respectivamente. A caricatura de Jorge Rosa,  pertence à coleção de cromos "Remates d'Oiro", das edições 'Saqueta', e é referente à época de 1987-88