A tarde em que o José Mário (Mourinho) marcou três golos

José Mário, José Mário, José Mário. Três golos deste rapaz de 19 anos na maior goleada de sempre do Belenenses em jogos da Taça de Portugal: 17-0 ao Vila Franca do Campo, de São Miguel, Açores, para os 64 avos de final. 

Ajuda acrescentar outro nome a este José Mário para a notícia ter esta relevância de uma página inteira: é Mourinho, o actual treinador do Inter. 
E foi há 27 anos.

Num fim-de-semana com chuvas torrenciais em todo o país, que obrigaram à interrupção de nove dos 64 jogos agendados, o Belenenses-Vila Franca é uma chuva de golos. Foram 17 mas podiam ter sido pelo menos 19, atendendo ao facto de o árbitro Amândio da Silva, de Setúbal, ter anulado dois golos a Bule.

No Restelo, três mil pessoas (nesta época 2009-10, só uma vez é que o Belenenses superou estes números em seis jogos, e foi com o Benfica) saíram de casa a um sábado à tarde para assistir a uma goleada esperada mas pouco usual, entre uma equipa da 2.ª divisão e outra dos distritais, que se qualificara para a segunda eliminatória através de um triunfo apertado (2-1) sobre o Despertar, de Beja.

Abriram a torneira então, vamos lá. É intervalo no Restelo. O marcador assinala 8-0, com golos de Djão (11' e 18'), Simões (15'), Avelar (22' e 26'), Jorge Silva (35'), Sambinha (38') e Bule (39'). 

Ao intervalo, o treinador substitui o moçambicano Djão por José Mário. O Mourinho, lançado pelo pai Félix.

Aos 48, Mourinho faz o 9-0. Bule (55'), Jorge Silva (63') e Carlos Alberto (78') ampliam para 12-0. Mourinho festeja o 13-0, aos 80'. Segue-se um bis de Jorge Silva (82' e 86') e, depois, o hat trick de Mourinho, aos 88', que corre para os braços do pai, que lhe deu uma rara oportunidade. É Avelar quem fecha a contagem, nos descontos.

Na eliminatória seguinte, o Belenenses foi derrotado no Bessa por 3-0. Relegado para a 2ª divisão pela primeira vez na sua história, o Belenenses apostava no experiente técnico Mourinho Félix para retomar o lugar entre os grandes, mas as coisas correram mal e o pai de José Mourinho acabou chicoteado - já com Fernando Mendes, os azuis acabaram por ficar em 4º lugar da zona sul da 2ª divisão -, não sem antes entrarem na história belenense com o tal resultado hiperdilatado.

Já o filho José Mário, formado no Belenenses, com passagem por todos os escalões jovens até atingir a maioridade, não deu seguimento à carreira de futebolista, preferindo os estudos da táctica que lhe garantem o reconhecimento além-fronteiras como treinador.

Após Rio Ave (1981-82) e Belenenses (1982-83), Mourinho representou o secundário Sesimbra (1983-85) e acabou na 3ª divisão, com o Comércio e Indústria (1985-87), em Setúbal. Não fez qualquer jogo na 1ª divisão, embora fosse suplente não utilizado numa ocasião, pelo Rio Ave, treinado pelo pai.

Como curiosidade, de referir que o Belenenses sénior nunca mais encheu o cabaz daquela forma - já os infantis «A» festejaram 17 golos, a 30 de Outubro de 2004, em Algés.

Por Rui Tovar, Publicado em 07 de Novembro de 2009, no jornal i

MATATEU, o "Rei" dos Marcadores


MATATEU O REI
De qualquer ângulo, de qualquer maneira - Matateu remata, remata sempre.
Persegue a bola, insiste, cai, ergue-se, luta, luta sistematicamente - para...rematar.
O engodo pela baliza é a principal característica de Matateu - o engodo pelo golo e o extraordinário poder do seu remate.

LÁ POR FORA
Matateu é onze vezes internacional. Jogou contra a Áustria (2 vezes), Argentina (2 vezes), África do Sul, Escócia, Inglaterra, Suécia, Turquia e Egipto.
Esteve em Bruxelas, Glausgua, Istambul e no cairo.
Recentemente seleccionado por Lisboa, esteve em Madrid e, no ano passado, jogou em Paris, em encontros nocturnos da "Taça Latina", ao qual o Belenenses concorreu.

ESTEIO DA LINHA AVANÇADA
Ao princípio da sua carreira, e para aproveitar as suas admiráveis características, toda a linha avançada do Belenenses jogava para Matateu.
Pode até dizer-se que toda a equipa jogava para Matateu.
Depois, por imperativos tácticos, as coisas modificaram-se muito; mas, jogando a equipa para Matateu ou Matateu para a equipa, o excelente jogador moçambicano continuou - e continua - o esteio da linha avançada do Belenenses.

REI DOS MARCADORES
Nasceu em Lourenço Marques, no dia 26 de Junho de 1927.
Começou a jogar no Clube João Albasini. Passou depois para o 1º de Maio.
E, há cinco anos, ingressou no Belenenses. Chegou a Lisboa, viu e venceu.
Tornou-se, num ápice, o mais popular jogador português.
De lés a lés do País falou-se no seu nome.
Nas revistas do Parque Mayer glosaram o seu triunfo.
A verdade é que Matateu, Sebastião Lucas da Fonseca de seu nome, foi, posteriormente, digno da fama que granjeou.
Hoje é elemento indispensável na equipa do Belenenses e na selecção nacional.
Lutador infatigável na zona de remate, Matateu distingue-se, essencialmente, pela marcação de golos.
Conquistou já duas "bolas de prata", galardão instituído para o melhor marcador do campeonato nacional, e o seu nome tem figurado sempre, antes e depois, nos primeiros lugares da lista.

Rui Jorge

Se houver respeito pelo C.F. "Os Belenenses", o próximo treinador será...


Se os dirigentes de turno, do C.F. "Os Belenenses", respeitarem o Clube que dizem pertencer e que agora representam, a próxima "chicotada psicológica", do bestial que passou a besta, está marcada com o circulo azul belenense.

O amplexo dos capitães Francisco Ferreira do Benfica e Serafim das Neves do Belenenses


Nas pugnas desportivas não há inimigos. Há apenas adversários.

Depois de noventa minutos de luta enérgica e viril mas nobre e leal os dois "capitães" 
- Francisco Ferreira do Benfica, e Serafim das Neves do Belenenses - 
selam em estreito amplexo a sua velha camaradagem, que não pode ser alienada pela coloração das camisolas.
É assim que ordena a boa ética desportiva!


O Voleibol Feminino do Belenenses, está de volta !

As atletas da época 2009/2010:

#1 Susana Cardoso, 2 Rita Marques, 3 Joana Guedes, 4 Mariana Águas, 5 Andreia Anselmo, 8 Rita Fernandes, 9 Andreia Martins, 10 Bruna Melo, 11 Márcia Neves, 12 Lara Fernandes (Cap.), 14 Telma Lança, 15 Daniela Loureiro, 16 "Sony" Gomes e 17 Daniela Correia.

Pode ler todas as notícias sobre a equipa de Voleibol Sénior Feminino, a disputar o Campeonato Nacional A2, no sítio do costume: VOLEIBOL BELENENSES

O 1º «team» de 1926 do Club de Football «Os Elvenses»


Elvas - O 1º team do Club de Football «Os Elvenses», filial do «Belenenses» de Lisboa

O Belenenses - Espinho, pelo lápis de Botelho

I - Com grande ventania...eis a primeira parte.
II - Uma bola que antes de ser "goal" devia ser "penalty".
III - A queda desastrosa que vitimou o simpático jogador Augusto Silva.
IV - O socorro não se fez esperar por parte dos beneméritos voluntários da Cruz Verde.
V - Augusto Silva regressando do hospital, vem de braço ligado, por entre as simpatias do público.
VI - Uma posição de Severo.
VII - Uma defesa do keeper do Espinho.
VIII - A terceira bola entrou em Espinho...sem espinhos.
IX - Um murro "valente" na bola.
X - Pepe, o melhor da tarde.
In "Eco dos Sports" de 30 de Maio de 1926

Marco Aurélio: “Ser capitão de uma equipa como o Belenenses é sempre um orgulho”


"Qual o seu clube do coração?
É o Belenenses! É lógico que no Brasil
sempre acompanhei o São Paulo. Agora, desde que estou no Belenenses comecei a gostar deste clube, e hoje o meu coração é azul, do Belenenses!"


"Sinto-me orgulhoso, sem dúvida nenhuma!
Ser capitão de uma equipa como o Belenenses é sempre um orgulho para qualquer jogador, mas não fazia questão nenhuma de o ser.
Durante estes anos o Belenenses teve excelentes capitães, pessoas que cumpriram muito bem o papel de capitão, como o Filgueira e o Tuck, dois companheiros e amigos.
Agora, fui eu designado capitão e espero poder corresponder e servir de exemplo para os mais jovens a nível de postura, trabalho e profissionalismo.
É o que tento fazer enquanto capitão de equipa."
Marco Aurélio in Jornal "OS BELENENSES" Dezembro de 2005.

Uno de los "Cuatro Grandes" Portugueses: Scopelli, forjador de su fútbol preciosista y entusiasta

«Club polideportivo, el Belenenses participa regularmente en las principales competiciones nacionales de especialidades tan variadas como baloncesto, atletismo, balonmano, hockey sobre patines, natación o gimnasia, además del fútbol.
Puede decirse que con el Benfica, el Sporting y el Oporto, el Belenenses es uno de los baluartes del deporte luso, con todas sus virtudes y defectos,»
Página 16 da edição do "El Mundo Deportivo" de 25/07/1976

Os presidentes do «First de Viena» e do «Belenenses» trocam galhardetes e saudações

«Na cerimónia simbólica de confraternização desportiva, rodeados pelos jogadores de ambos os clubes, os presidentes do First de Viena e do Belenenses trocam galhardetes e saudações».
Capa da revista "Stadium" de 2 de Fevereiro de 1949
Belenenses, 3 - First de Viena, 3

1987: Os Belenenses pudo anticipar la crisis barcelonista

De providencial cabría calificar aquel triunfo.
De ello hace tan sólo un año y estará fresco en la memoria de todos los buenos aficionados.
El Barça se midió con Os Belenenses, en la Copa de la UEFA, y en el minuto 90 todavía no se había inaugurado el marcador.
Había desencanto y crispación en los graderíos del estadio. Pero justo en el último minuto del encuentro, Moratalla conectó un cabezazo que llevó el balón a la red y tres minutos más tarde, ya en tiempo de descuento, Víctor volvió a marcar con un certero remate a pase de Calderé.
La eliminatoria quedó encarrilada cuando menos se esperaba, pero los aires de crisis azotaban el Camp Nou y abrieron la brecha de una temporada singularmente polémica y decepcionante. El conjunto portugués, modesto y apenas inquietante, pudo haber anticipado un clima de disgusto. que posteriormente se hizo patente en la gran masa barcelonista.

Se a «Taça de Portugal» é festa, então que a festa seja entre Amigos. Bem-vindo ao Estádio do Restelo, C.O.L.!


A valorosa equipa do CLUBE ORIENTAL DE LISBOA
(Brilhante vencedora do Campeonato Nacional de II Divisão de 1953)

A curiosidade desta fotografia consiste no elevado número de "mascotes" que rodeiam a simpática turma do Poço do Bispo. Nesta conquista, o C.O.L., foi comandado pelo belenense Mariano Amaro (o primeiro, de pé, da direita para a esquerda). Também na foto, Alfredo Saúl Abrantes, que jogaria no Belenenses de 1960/61 e 1961/62, é o quarto, de pé a contar da esquerda.



Pedro Duarte e Carlos França
🎧 e que tal ouvir a marcha do C.O.L. clicando aqui ?

Angeja: exemplo da boa escola Belenense

Angeja entrou nas escolas do Belém pela mão do Mestre Rodolfo Faroleiro. Em 1957/58, deixou o Belenenses para ingressar no Atlético. O Belenenses recebeu, então, 100 contos pelo passe.

Inácio e Angeja: dois (bons) "produtos" da escola belenense


Álvaro Santos Fortes Inácio e Carlos Alberto da Silva Angeja
ambos 5 vezes internacionais júnior, nos mesmos jogos (estreia a 11/04/1954)

O Belenenses estreou os seus dois novos interiores Pedroto e Castanheira

Estádio da Tapadinha, 3 de Setembro de 1950
Jogo de apresentação da equipa de Honra
⛹ Os dois interiores, José Maria Pedroto e António Castanheira, estreados pelo Belenenses, ostentando pela primeira vez a Cruz de Cristo em jogo contra o Oriental. Vitória por 2-0.
 Crónica do jogo Belenenses - Oriental 

Artur Silva Quaresma

14º jogador Internacional “A” do C.F. “Os Belenenses” (Ex aequo com Mariano Amaro).
5 Internacionalizações enquanto jogador do Belenenses. Total de Internacionalizações: 5
Estreia a 28 de Novembro de 1937 contra a Selecção da Espanha (2-1).
Posição: Avançado, Golos marcados: Nenhum
Artur Quaresma nasceu no Barreiro, a 27 de Junho de 1917, e foi internacional por cinco vezes, sempre ao serviço do CF "Os Belenenses". Foi homenageado pela FPF, em 2007, num dos últimos jogos de qualificação para o Euro 2008.
Fotos gentilmente cedidas pelo Blog TODOS SOMOS PORTUGAL
Clique aqui para ler sobre o falecimento de Artur Quaresma