Pedroto faleceu há 25 anos

Em 1950, José Maria Pedroto, transfere-se do Lusitano de V.R.S.A. para o Belenenses a troco de 50 contos (25 para o Lusitano e 25 para o jogador) e de um emprego na Hidroeléctrica do Zêzere. Em 1951 estreia-se na Selecção Nacional, em Paris. Em 1952 a sua transferência para o F.C. Porto envolveu verbas astronómicas, para a época. O Porto pagou dez vezes mais que o Belém tinha pago.
Esse dinheiro foi fundamental para o arranque da construção do Estádio do Restelo

Feliciano e Rafael dois jogadores que Engrandeceram o C.F."Os Belenenses"


António Feliciano e Rafael António Correia

90 Anos de Guarda-redes Belenenses (III)


Pedro Espinha, Diamantino Figueiredo, Silvino Morais, Marco Gonçalves, Júlio César Jacobi, Pedro Alves, Luís Ferreira, Carlos Padrão, Marco Botelho, Hélder Moura, Tomislav Ivkovic e Paulo Costinha.
Oliveira Martins, Nelson e Carmo Duarte

90 Anos de Guarda-redes Belenenses (II)


Ferro Pais, José Delgado, José Reis, Jacinto João, Borislav Mihaylov, Salvador Jorge, Joaquim Melo, Alfredo Nascimento, Mário Duarte, José Pereira, Vítor Cabral e Marco Aurélio.

90 Anos de Guarda-redes Belenenses (I)


Rui Paulino, José Sério, Francisco Assis, Manuel Capela, Celestino Ruas, Vítor Valente, Joaquim Caetano, Mourinho Félix, João Gomes, Jorge Martins, Jerónimo Morais, Assis Giovanaz, Fernando Justino e Artur Dyson.

Feliz Belenenses Novo !

Emblema do
Club de Foot-Ball "Os Belenenses"
em 1926
Clube de Futebol "Os Belenenses"
1919 - 2010

Belenenses, 2 - Bemfica, 0

Assis continua a mostra-se um bom guarda-redes
Está aqui mais uma prova da sua classe no desafio de domingo passado
Jacinto, guarda-redes do Bemfica, começa a impôr-se. 
Eis uma bela defesa do novel keeper do Bemfica no desafio de domingo passado.

  • In "Eco dos Sports" nº 61 de Domingo, 22 de Maio de 1927

Tonho, vê a bola fugir-lhe arrebatada pelo mergulho arrojado de Braúlio


No Restelo, este lance curioso junto às redes do Barreirense faz talvez lembrar as circunstâncias em que se verificou a expulsão de Tonho, em Guimarães. Na imagem, o mesmo Tonho vê a bola fugir-lhe, arrebatada pelo mergulho arrojado de Braúlio. enquanto envida esforços para não lesionar o adversário.

Carlos Silva: Arrogância Atlética não é sinónimo de violência

"Desde a primeira hora que enverguei a camisola do Belenenses, ou seja desde que comecei a praticar futebol oficialmente, em 1950, compreendi que teria que defender com toda alma e força da juventude o clube que sempre fora o ideal da minha meninice, o meu "mais que tudo".
Esse amor clubista, transformava-se, nos campos, em sangue ardente, buliçoso que, transmitindo-se aos músculos revigora as forças e desdobra a "genica".
Perdendo ou ganhando, continuo a lutar com a mesma vontade, o mesmo frenesim, num desejo indómito de mais e melhor fazer para valorizar a actuação da minha equipa. (...)"

 
Carta de Carlos Silva, publicada na revista "SPORT Ilustrado" de 4/11/1958, após ser punido com 3 jogos de suspensão por jogo violento.

As revelações juniores do Belenenses de 1958

Carlos Dias, um jovem com qualidades atléticas invulgares
Estêvão, em bom estilo (equilíbrio de pés e braços) vai centrar com perigo

Salésias permitem esplosão do futebol de formação azul

Com o regresso do histórico campo ao clube do Restelo, escalões jovens podem ganhar novo espaço para se treinarem.
São cerca de 450 os praticantes no Belenenses.
Opção pode passar pela construção de um relvado sintético.
AS Salésias vão mesmo voltar para o Belenenses. Um sonho em que muitos ainda não acreditam, mas uma realidade que os sócios e adeptos do clube do Restelo vão perceber muito em breve.
É então importante compreender o que vai ser feito num espaço que hoje não tem utilidade, está abandonado, sujo... Um dos projectos equacionados pela actual Direcção do Belenenses passa por requalificar a área, colocar pelo menos um campo relvado (sintético será a opção mais viável) e permitir que os escalões de formação possam ter, finalmente, um espaço para explodir.
Como é sabido, são muitos os diamantes que passam pelo Restelo.
Porém, sem condições de trabalho, o clube não tem forma de os lapidar, acabando por perdê-los para os rivais.
A requalificação das Salésias vai permitir que cerca de 450 futebolistas (250 de competição, 200 das escolinhas), possam ter um espaço próprio, deixando de sacrificar os relvados do Restelo, sem condições para albergar tantos jovens.
«Essa é a melhor notícia para a formação deste clube. Temos doze equipas de competição repartidas pelos vários escalões, que se treinam, pelo menos, três vezes por semana, algo que não é compatível para as actuais condições. Se queremos que a formação cresça, há que dar condições aos jogadores e aos treinadores para trabalharem a sério, podendo apresentar melhores resultados no futuro», explicou Jorge Castelo, coordenador do futebol de formação azul.
Mas a construção de uma casa para a formação não se esgota no aperfeiçoamento dos talentos.
O Belenenses tem 12 equipas de competição nas quais jogam 250 futebolistas
«Neste momento, devido à falta de espaços, há jovens que terminam os seus treinos às 22.30 horas, depois de terem iniciado o dia às 7 horas. São miúdos que não têm o tempo de descanso necessário. É normal que andem cansados. Do ponto de vista desportivo é péssimo. Em termos sociais é prejudicial», lembrou, acrescentando: «Com mais campos podemos fazer os treinos mais cedo, eles podem descansar, o clube poupa na luz... só temos a ganhar.»
Não se sabe ainda quando será celebrado o acordo da passagem das Salésias para o clube da Cruz de Cristo, porém, há já a certeza de que, com este mítico espaço, o futebol do Belenenses vai ganhar armas para ombrear com os grandes de Portugal. O campo das Salésias é a mola impulsionadora que faltava para os azuis saltarem para onde há muito ambicionam estar: no topo do futebol português.
- " mítico. O campo das Salésias foi utilizado durante muitos anos pela equipa de futebol do Belenenses. Um espaço mítico onde foram disputados desafios de enorme intensidade e emoção. Na imagem pode ver-se um Belenenses-Sporting disputado a 7 de Novembro de 1948, data em que os leões foram superiores e venceram, por 4-1. Hoje não há jogos, muito menos público. Em breve será possível voltarem a realizar-se desafios nas Salésias, mais que não seja da formação do Restelo. E com isto... cresce o Belenenses.
Reportagem do jornal "A BOLA" datada do passado dia 27.

Plantel do C.F. «Os Belenenses» da época de 1996/97


Valente, Paulo Madeira, Amarildo, M'Jid, Silvino, Filgueira, Caetano, Kiko, Luís Ferreira, Lito, Rui Esteves, Zito, Pedro Barny, Fonseca, Calila, Tonanha, Rogério, Fertout, Pedro Miguel, Emerson, Daoudi e Quinito (treinador).

Baptista Bastos entrevista Matateu: "O Matateu não diz mal de ninguém"


BB - (...) 1960, 61. Eu tinha ido para o "Almanaque" expulso d’ "O Século", por motivos políticos. E queríamos fazer um número sobre os "monumentos" nacionais. O Matateu, a Amália Rodrigues - com uma capa espantosa do João Abel Manta.
Uma publicação que tivesse mais de 120 páginas não ia à censura prévia, era um truque que arranjávamos, ter mais de 120 páginas. Decidiu-se que eu ia entrevistar o Matateu, e pergunto as coisas ao contrário.

P. - É uma entrevista muito cruel...Se ele sabe quem foi o Aquilino, o Beethoven....

BB - Para dar a imagem devolvida [da nação], digamos. Extremamente cruel. Qual é o país que gosta mais? É a Itália. Então porquê? Por causa das mulheres, gostam muito dos pretos...

P. - Marquei aqui [no livro "As Palavras dos Outros" que pode ler clicando aqui]: "Por causa das mulheres. Lindas. Comi algumas. Muito boas. Gosto bastante da Itália. Que rico país para um preto viver!" Ele disse mesmo: "Que rico país para um preto viver!"?

BB - Rigorosamente. O Matateu era absolutamente invulgar, e não sei se eu devia ter publicado essas coisas. Ele subia a Calçada da Ajuda e os miúdos atrás dele. Todo o gato e cão era Matateu. Ele sentava-se naqueles bancos corridos das tabernas a conversar com as pessoas. Era extremamente popular. Mais tarde tentei ressarcir-me escrevendo uma crónica onde dizia que fui muito cruel. Porque ele diz lá na entrevista: "O Matateu não diz mal de ninguém." (...)

Entrevista de Baptista Bastos ao suplemento do Público, Ípsilon. 2007.
Caricaturas de Baltazar e Miguel Salazar