Mostrar mensagens com a etiqueta Amaro (Mariano). Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Amaro (Mariano). Mostrar todas as mensagens

José Manoel Soares "Pepe" e Mariano Amaro pelo lápis de Ricardo Galvão

Ricardo Galvão caricaturou em 2008, para a “Caderneta d’A BOLA”, cinco jogadores que foram Internacionais quando representavam o Belenenses: José Manoel Soares "Pepe", Mariano Amaro, Matateu, Vicente e Pietra.

Equipa do Belenenses, Campeã de Lisboa 1945/46

A 1ª categoria do Belenenses ao findar o Campeonato de Lisboa de 1945-46. É o momento de apoteose !
Sábado, 1 de Dezembro de 1945, com o título garantido na jornada anterior, contra a CUF (6-0), o Belenenses jogou contra o Atlético (3-1) a partida da consagração.
Reconhecem-se: o treinador Augusto Silva, Rafael, Vasco, Mariano Amaro, Capela, Serafim, Gomes, o massagista Carlos Pama, o preparador-físico José Cardoso Pinto de Queiroz «Zecas»,  Elói, Mário Coelho, Artur Quaresma, Feliciano e Armando.  

O Belenenses festeja as vitórias de Campeão de Lisboa de 1.ª categoria e de «reservas» da época 1945/46


  1. O aspecto geral do jantar oferecido pelo sr. dr. Octávio de Brito aos campeões belenenses e no qual participaram os presidentes e capitães dos grupos da Primeira Divisão, e vários jornalistas.
  2. O almoço de confraternização desportiva, a propósito da vitória belenenses, promovido oficialmente pelo clube no Estoril.
  3. O sr. dr. Octávio de Brito dirigindo uma eloquente saudação aos seus convidados.
  4. Os capitães dos seis «teams» concorrentes ao Campeonato de Lisboa junto do presidente do Belenenses.
  5. O dr. Barreira de Campos, ao felicitar o Belenenses em nome do Sporting.

Caricatura de Mariano Amaro

Caricatura publicada na revista 'Stadium' de 5 de Março de 1947, de autor não identificado, com a seguinte legenda: O veterano da equipa belenense, que ainda sabe comandar um grupo como ninguém. E a sua equipa, que venceu o Olhanense, pôde contar mais uma vez com a sua admirável experiência... 

Quantos Belenenses 'estiveram' na maior derrota de sempre da Selecção Nacional ?

Lisboa (Estádio Nacional), 25 de Maio de 1947 - Jogo particular inserido nas comemorações do VIII Centenário da Tomada de Lisboa aos Mouros - 1º Portugal vs Inglaterra - Resultado: Portugal, 0 - Inglaterra, 10.

De pé e da esquerda para a direita: Francisco Moreira (Benfica), Álvaro Cardoso - 'cap' (Sporting) , Francisco Ferreira (Benfica), Mariano Amaro (Belenenses), António Feliciano (Belenenses), João Azevedo (Sporting).
Agachados: Jesus Correia (Sporting), António Araújo (Porto), Fernando Peyroteo (Sporting), José Travaços (Sporting) e Rogério de Carvalho (Benfica).
Manuel Capela e Vasco (ambos do Belenenses) substituíram respectivamente João Azevedo e Álvaro Cardoso.
Treinador: Tavares da Silva.
Foto cedida ao BI pelo o amigo Paulo Pires Teixeira

Jogadores do Belenenses celebram a conquista do título de Campeão de Lisboa da época de 1945-46




Domingo, 18 de Novembro de 1945. Belenenses, 6 - CUF, 0. Com esta vitória o Belenenses acabava de se sagrar campeão de Lisboa. Sábado, 1 de Dezembro de 1945, com o título garantido na jornada anterior, o Belenenses jogou contra o Atlético (3-1) a partida da consagração e celebração. 
Os jogadores, de uma forma aparentemente contida, celebram a vitória.
Reconhecem-se entre outros: Mariano Amaro com o "bouquet" de flores, Rafael, Capela de mãos nas ancas, Armando, Zeca Queiroz, Vasco, Feliciano, Gomes, o massagista Pama. 
Até na vitória os Belenenses demonstravam ser diferentes... nada de exuberâncias, aceitando o êxito como resultado do trabalho colectivo e da soma da categoria individual de cada um dos componentes da equipa.
Em "estágio" para mais um jogo: Rafael Correia, Feliciano, José Cardoso Pinto de Queiroz "Zecas" (preparador físico), Augusto Silva (treinador), Artur Quaresma e a filhinha, Capela, Serafim das Neves e Mariano Amaro

Aos Amigos e Camaradas do futebol, um afectuoso abraço do Mariano Amaro

Festa de Homenagem a 26 de Dezembro de 1948 no Campo José Manuel Soares (Salésias)



Palmarés desportivo de Mariano Amaro da autoria de Ricardo Ornellas

Um feixe de notícias sobre Mariano Amaro


"MARIANO AMARO é uma figura inconfundível de atleta grande entre os grandes, que bem define as excelsas virtudes da nossa raça.
Valentia, lealdade, vontade decidida e espírito de sacrifício são atributos deste excepcional jogador, que tantas tardes de glória deu ao desporto português.
Despedindo-se, agora, dos campos de desporto, Mariano Amaro continuará, porém a ser - como grande exemplo - seguro guia para todos os jovens desportistas da nossa terra"
(…) Foi no dia 4 de Julho (1948) p.p. Era domingo, final da taça de Portugal.
Vim cedo para a Baixa - para tomar o meu cafezinho e para matar o vicio de palestrar um pouco antes de seguir para o Estádio.
- O Amaro não joga !!!...
Não quis acreditar. Era impossível. E foi então que o meu prezado amigo Dr. Silva Rocha me trouxe para fora do Nicola e ali, à borda do passeio em ar de confidência, me disse cheio de amargura:
- É verdade, infelizmente é verdade. O Amaro não joga hoje - nem voltará a jogar!
Senti, confesso, um verdadeiro baque no coração, porque eu sou verdadeiramente amigo do rapaz.
E, além disso, era e serei um admirador incondicional do seu génio futebolista.
Tive um arrepio indefinido - mas desagradável e doloroso até.
Pior do que a mágoa sofrida a quando da derrota dos 0-10 de Portugal - Inglaterra, o que aliás, se compreende: - contra os Mestres Ingleses, perdeu-se apenas um desafio em hora e meia de jogo, mas na madrugada de 4 de Julho de 1948, Portugal perdeu para sempre um dos seus melhores jogadores de todas as gerações!
Um daqueles que ficam fazendo falta perpétua. Um dos insubstituíveis…
E querem então, que eu tenha palavras de homenagem para com Amaro?
Sinceramente - desisto.Porque, dentro de mim, só tenho saudades - muitas saudades do grande jogador…(…) Alberto Valente

Personalidades como: André Navarro, Francisco dos Reis Gonçalves, A. Ribeiro Reis, Alberto Valente, Alberto de Brito, António Sequeira, Augusto Silva, Cândido de Oliveira, Fernando Soromenho, Lança Moreira, Quádrio Raposo, Raul de Oliveira, Rebelo da Silva e Tavares da Silva escrevem sobre Mariano Amaro aquando da sua festa de homenagem.
Uma minibiografia de Mariano Amaro, centrada sobre o seu caractér de homem e desportista. Um documento de grande valor histórico para os Belenenses e para o desporto português.

A doença de Mariano Amaro

"Chegam-nos notícias animadoras de Mariano Amaro, o internacional belenense que, em vésperas da final da Taça de Portugal, se sentiu adoentado e teve de abandonar a prática do futebol.
Submetido a rigoroso tratamento médico, e ao mesmo tempo carinhoso acompanhamento na sua doença pelo clube e por grande número dos seus amigos, Mariano Amaro, na sua quietude de Lousa, numa casinha lá do alto, vai arribando.
Mas não vemos que se promova a sua festa - que será uma grande manifestação do futebol português.
Amaro, viu-se obrigado a abandonar para todo o sempre o jogo da bola - e precisa encarar o futuro confiadamente.
Se alguém merece um sacrifício do futebol é este rapaz, que marcou uma posição inconfundível. Porque se espera, então? Que se aguarda ?" In "Stadium" de 15 de Setembro de 1948.
Mariano Amaro, capa da "Stadium" de 11 de Junho de 1941

O Belenenses vence o Porto por 3-0 e aproxima-se do título...


 época 1947/48
  1. Sério defende, sob a protecção de Serafim; Correia Dias e Amaro observam com atenção
  2. Sério mergulha aos pés de Sanfins
  3. Barrigana evitou a entrada de Teixeira da Silva, e um defesa aliviou o campo
  4. Teixeira da Silva disputa a bola, num ataque

O Belenenses no livro "Cien años de Leyenda (1902-2002)"


O Belenenses é mencionado nas páginas 138 e 139 do livro oficial do centenário do Real Madrid, "Cien años de Leyenda (1902-2002)". Numa das fotos, Mariano Amaro cumprimenta o capitão do Real Madrid, Ipiña, antes do início do jogo de inauguração do Estádio Chamartin. Em 1955, o Estádio seria rebaptizado como Santiago Bernabéu, nome do emblemático presidente merengue (falecido em 1978).

Se a «Taça de Portugal» é festa, então que a festa seja entre Amigos. Bem-vindo ao Estádio do Restelo, C.O.L.!


A valorosa equipa do CLUBE ORIENTAL DE LISBOA
(Brilhante vencedora do Campeonato Nacional de II Divisão de 1953)

A curiosidade desta fotografia consiste no elevado número de "mascotes" que rodeiam a simpática turma do Poço do Bispo. Nesta conquista, o C.O.L., foi comandado pelo belenense Mariano Amaro (o primeiro, de pé, da direita para a esquerda). Também na foto, Alfredo Saúl Abrantes, que jogaria no Belenenses de 1960/61 e 1961/62, é o quarto, de pé a contar da esquerda.



Pedro Duarte e Carlos França
🎧 e que tal ouvir a marcha do C.O.L. clicando aqui ?

Os Campeões Belenenses de 1945/46, reunidos no Restelo em Dezembro de 1997

De pé e da esquerda para a direita: Mariano Amaro, Serafim das Neves, António Feliciano, Augusto Silva (Treinador) Vasco Oliveira, Francisco Gomes e Manuel Capela. Agachados: Armando Correia, Artur Quaresma, Manuel Andrade, José Pedro e Rafael Correia
José Sério, António Feliciano, Artur Quaresma, Manuel Andrade, José Pedro, Mário Coelho, Mário Sério e Vasco
  • Reportagem do Jornal "A BOLA", de 16/12/1997

Misto CFB-SLB, 1 Valência, 2


Lisboa, 28 de Junho de 1947. Um misto Belenenses-Benfica jogou, e perdeu 1-2, contra o Campeão de Espanha, o Valência.


(...) foi uma organização B.S.B. que naquele tempo era frequente para os clubes arranjarem fundos.
No primeiro domingo jogou o B.B.-Valência, às 13 horas, e o Sporting-Vasco da Gama, às 15 horas.
A meio da semana jogou o Valência-Vasco da Gama e no segundo domingo, B.S.B.-Vasco da Gama (...)*

De pé da esquerda para a direita:
Moreira (SLB), Serafim das Neves (CFB), Feliciano (CFB), Vasco (CFB), Mariano Amaro (CFB) e Manuel Joaquim (SLB).
Agachados no mesmo sentido: Mário Coelho (CFB), Arsénio (SLB), Julinho (SLB), Artur Quaresma (CFB) e Rogério "Pipi" (SLB).*
* Com a preciosa colaboração de Joaquim Caetano.

Mariano Amaro ajoelhou-se na relva e começou a bolsar sangue. Estava mesmo tuberculoso!

(...) Mas há outra pessoa na minha família que os leitores conhecem pior, pois faleceu há muitos anos, mas que muita gente ainda venera: o meu avô Virgílio Paula.

Era médico com consultório na Calçada da Ajuda, paredes-meias com o Palácio de Belém, e, sempre que escrevo sobre ele, recebo cartas de antigos doentes (que na altura eram crianças e hoje têm uma idade respeitável).

Acerca de uma referência que lhe fiz há meses neste espaço, o leitor Alípio Alves Rodrigues enviou-me uma carta comovente de que transcrevo o seguinte:

«Há cerca de oitenta anos fiquei a dever a vida ao médico Virgílio Paula, que acompanharia a minha infância. Nasci em 1923, em Oliveiras de Baixo, na Serra de Monsanto. 

Vivíamos de bem com a natureza e com a vida que Deus nos dera. Em tal ambiente campesino, uma ou outra constipação, ou mal menor, eram curados com chá de flor de borragem, de cidreira ou de flor de sabugueiro. 
Porém, no ano de 1927, minha mãe teve de carregar com o pesado garoto de quatro anos que, subitamente, se sentira com profunda dificuldade respiratória. Tomou o caminho do consultório médico mais próximo, que era na Calçada da Ajuda. 

Era de tal modo aflitiva a situação respiratória do garoto que o dr. Virgílio Paula interrompeu a consulta que estava a dar para vir à sala de espera indagar quem era o rapaz que acabara de tossir. E imediatamente despachou minha mãe com o doente para o Hospital D. Estefânia, onde fiquei internado durante alguns dias em regime de isolamento. 

A tal doença era o garrotilho, a que tecnicamente chamam difteria e que, em poucas horas, pode causar irreparável dano. Outros danos menos graves haveriam de levar o dr. Virgílio Paula a Oliveiras de Baixo, solicitado por um guarda-fiscal que, a desoras, o procurava aflitivamente em casa.

Quem haveria de dizer-me que, na base da história do Clube de Futebol ‘Os Belenenses’ – clube do meu coração e onde jogaria o Tónita, meu companheiro de carteira na escola –, estavam o dr. Virgílio Paula e sua esposa, que teriam um neto com tão importante obra na história do jornalismo português, fundador do SOL, que interessadamente leio desde o 1.º número?».

Agradeço ao leitor as amáveis palavras e a história que conta. 
Uma história onde as nossas famílias se cruzam. E aproveito a ‘deixa’ para divulgar um outro episódio que me foi contado há vários anos por um leitor do Expresso, em circunstância semelhante.
Entre muitos outros afazeres profissionais (médico da Carris, do Air Liquide, da Presidência da República), o meu avô Virgílio era responsável clínico pela equipa de futebol do Belenenses. 

Um dia, nos periódicos exames que realizava aos jogadores, concluiu que um célebre futebolista da altura, Mariano Amaro, estava tuberculoso. 
Alarme no clube, exames e mais exames feitos no Centro de Medicina Desportiva – mas nada! 

O raio X não acusava qualquer lesão. Dava-se o caso de Amaro namorar com uma rapariga que trabalhava no consultório médico do meu avô, sendo sua empregada. E logo se montou uma história: como o dr. Virgílio Paula provavelmente não aprovava o namoro da jovem com o futebolista, inventara aquela tuberculose para lhe destruir a carreira.
A história era tão plausível que passou por boa. O meu avô começou a ser olhado de soslaio no departamento médico do clube, suspeito de ter feito deliberadamente um diagnóstico errado para procurar afectar o famoso jogador.
Mariano Amaro voltou então a jogar sem quaisquer limitações e o caso esqueceu. 
Até que um belo dia, a meio de um jogo, Amaro ajoelhou-se na relva e começou a bolsar sangue. Estava mesmo tuberculoso! As máquinas tinham-se enganado e quem acertara fora o Virgílio Paula! 
Os que tinham duvidado da seriedade do seu diagnóstico tiveram então de lhe pedir desculpa. (...).
José António Saraiva, Política a Sério, "Sol"