Homenagem a Alberto Rio: 1º Internacional Belenense
"O presente e o passado do Belenenses, simbolizados por Rodrigues, o actual capitão da equipa, e Alberto Rio, que foi o primeiro internacional do Clube, marcaram encontro no Restelo para uns momentos de evocação clubista, a que se associou a massa associativa. Aqui vemos Rodrigues a entregar a Alberto Rio um emblema de brilhantes que, certamente, o encherá de legítimo orgulho."
In "Século Ilustrado" de 13 de Janeiro de 1968
📷 foto: Cardoso, Rodrigues, Esteves e Ernesto
O Belenenses na Alemanha do Pós II Guerra Mundial
" (...) devo dizer-lhe que vi muito pior do que isso". Joaquim Caetano
O PRIMEIRO JOGO DO BELENENSES TEVE
POR TEATRO UMA CIDADE DEVASTADA PELA GUERRA
POR TEATRO UMA CIDADE DEVASTADA PELA GUERRA
"(...) o cabeçalho de Jornal referente ao primeiro jogo do Belenenses na Alemanha, frente ao Hamburgo, derrota 6-1 (...)" Documentos históricos enviados pelo Amigo do BI, Joaquim Caetano.
Alguém se lembrará ainda do "Manel Careca", o velho roupeiro do Belenenses?
"Manel Careca", o roupeiro da equipa de futebol do Belenenses dos anos 30 a 70,
ou desde das 'Salésias' até ser despromovido a roupeiro dos juniores por Joaquim Meirim
ou desde das 'Salésias' até ser despromovido a roupeiro dos juniores por Joaquim Meirim
In Facebook, dia 19 de Outubro de 2011
Raul de Figueiredo fala da missão do defesa central
A antiga sede do Belenenses continua com escritos
Há já quinze meses que o Belenenses abandonou a antiga sede da Rua da Junqueira, por divergências com o senhorio acerca do quantitativo das rendas, questão que chegou mesmo aos tribunais.
Os "azuis" tiveram de se mudar, ficando mais próximos até do seu novo estádio.
Todavia, a antiga sede ainda não foi alugada. Continua com escritos, conforme se pode observar no "cliché" que tirámos há dias, a titulo de curiosidade.
In "Crónica Desportiva" de 5 de Maio de 1957
Os "azuis" tiveram de se mudar, ficando mais próximos até do seu novo estádio.
Todavia, a antiga sede ainda não foi alugada. Continua com escritos, conforme se pode observar no "cliché" que tirámos há dias, a titulo de curiosidade.
In "Crónica Desportiva" de 5 de Maio de 1957
Nogueira pelo lápis de Miguel Salazar
António Manuel da Costa Nogueira
⛹ 45º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses” (Ex aequo com Amílcar)
➤ 1 Internacionalização enquanto jogador do Belenenses. ➤Total de Internacionalizações: 1 - Estreia a 20 de Junho de 1981 contra a Selecção da Espanha (2-0).
➤ Posição: Médio. Golos marcados: 1
O azul artificial
"Nas últimas três épocas, o Belenenses desceu de divisão em duas.
Apesar disso, nunca jogou na II Liga.
No jogo dos 'gabinetes', mantêm-se na I Liga.
Estas manutenções artificiais devem fazer pensar o 'mundo azul'.
O histórico Belém caiu numa crise de identidade incapaz de perceber os novos tempos, onde a lenda do quarto grande se esfumou.
O clube tem, porém, um ADN histórico que, fugindo à fogueira dos grandes rivais de Lisboa, podia ser base de um projecto moderno.
Com os pés financeiros no chão, criar uma equipa respeitadora de um estilo de jogo capaz de cativar o público pela qualidade. Não é uma questão de dinheiro, mas de gestão inteligente.
Até os velhos do Restelo entendem. Caso contrário, restam estas forma de vida artificial para evitar o abismo."
Artigo de Luís Freitas Lobo publicado na edição do jornal "Expresso" do passado sábado, 4 de Julho e que pode ler AQUI.
Matateu: duas vezes vencedor da "Bola de Prata"
🏆Junho de 1955. Matateu, recebe das mãos do director de "A BOLA", tenente-coronel Ribeiro dos Reis, a sua 2ª "Bola de Prata", esta referente à época de 1954/55, na qual marcou 32 golos.
Matateu, em 9 épocas falhou 8 jogos e marcou 310 golos !!!
Matateu na época 1951/52 marcou 26 golos; 52/53, 35 golos; 53/54, 38 golos; 54/55, 44 golos; 55/56, 35 golos; 56/57, 41 golos, 57/58, 28 golos, 58/59, 45 golos, 59/60, 18 golos.
Matateu pelo Lápis de Miguel Salazar
Eis, "O Matateu do Belenenses", utilizando a expressão popular que era usada nos anos cinquenta e sessenta, num magnifico trabalho saído do lápis de Miguel Salazar.Executado a pedido do Belenenses Ilustrado, Miguel, enriquece, com esta caricatura, a enorme memorabilia sobre Lucas Sebastião da Fonseca, eterna glória belenense.
Os nossos mais sinceros agradecimentos, não só pelo brilhante trabalho, demonstração cabal da sua arte e virtuosismo, mas também pela amizade e permanente colaboração que o Miguel concede ao BI.
Lucas Sebastião da Fonseca "Matateu", 24º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses”
Nasceu em Lourenço Marques-actual Maputo (MZ), 26 de Junho de 1927
e faleceu a 27 de Janeiro de 2000 na Colúmbia Britânica, Canadá.
e faleceu a 27 de Janeiro de 2000 na Colúmbia Britânica, Canadá.
- 24º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol “Os Belenenses” (23º, Ex aequo com Castela)
- 27 Internacionalizações enquanto jogador do Belenenses - Total de Internacionalizações: 27
- Estreia a 23 de Novembro de 1952 contra a Selecção da Áustria (1-1)
- Posição: Avançado - Golos marcados: 13
Equipas do C.F. «Os Belenenses» e do C.S. Marítimo em 1948
Equipa do Belenenses, juntamente com a do C.S. Marítimo, aquando da visita do C.F.B. à Ilha da Madeira em Junho de 1948.
Os nomes dos jogadores do CSM na foto:
Equipa do Belenenses, de pé: Varela Marques, Joaquim Caetano, Serafim das Neves, Narciso, António Castela, Vasco, Figueiredo, António Feliciano e José Sério.
Agachados: Aires Martins, Matos, Teixeira da Silva, Artur Quaresma e Nunes.
Agachados: Aires Martins, Matos, Teixeira da Silva, Artur Quaresma e Nunes.
Foto e informação do Amigo do BI, Joaquim Caetano.
Jogo que o Belenenses ganhou ao Marítimo por 3-2. Marcadores dos golos: (CSM) - Chino e Faiaman. (CFB) - Serafim, Matos e Teixeira da Silva.
Os nomes dos jogadores do CSM na foto:
De pé: Titaia, Albino, Raul, Calinhos, Checa, Ernesto Silva e João Silva.
Agachados: Fervença, Viveiros, Chino, Mário da Paixão, Américo e Faiaman.
Informação deixada na caixa de comentários pelo Amigo do BI, Chino, editor do Blog Marítimo Saudade.
Resposta de Joaquim Caetano:
"Eu daquela equipa, lembrava-me perfeitamente, do Albino, Raúl, Calinhos, Checa (grande jogador), Viveiros o Chino e o Paixão, não me lembrava dos restantes nomes, por isso não quis estar a indicar nomes.
Também me lembro muito bem como o Teixeira da Silva fez o golo, estava estendido no chão magoado dentro da grade área bola veio ter com ele, e com a sola da bota empurrou a bola para o fundo da baliza, e assim ganhamos"
Contra-resposta de CHINO:
Bem, complementando a afirmação de Joaquim Caetano e clarificando melhor a ilegalidade desse golo (o 3º) tenho a dizer o seguinte:
Centro da direita para a area do Marítimo, o Guarda-redes sai e é derrubado pelo Teixeira da Silva ficando o guarda-redes magoado, entretanto o avançado tenta ajudar o GR e a bola continua em jogo e vem novamente ter aos pés do Teixeira da Silva que está em fora-de-jogo e empurra a bola para as redes, continuando o guardião estatelado e o árbitro valida o golo.
Uma referência desse jogo: O guarda-redes do CFB, José Sério, que fez uma exibição fantástica.
Joaquim Caetano responde "à antiga Belenenses":
"O que o Chino diz é tudo verdade. No entanto, a quando do choque do Teixeira da Silva com o guarda-redes do Marítimo, ambos permaneceram caídos, tendo ele, de facto, tirado partido da situação, para fazer o golo. Ao fim de tantos (60) anos fica tudo esclarecido."
O Belenenses em tournée pela Alemanha, em 1950
(...) a foto é referente à ida do Belenenses à Alemanha em 1950. Fazem parte dela, da esquerda para a direita: Rino Martini, Narciso (encoberto parcialmente), Caetano, José Sério, Pinto de Almeida, Raúl Figueiredo e Palma Soeiro.
O senhor que acedeu tirar a fotografia connosco é Beniamino Gigli, que durante muitos anos foi considerado o melhor tenor do mundo. (...)Foto e texto do Amigo do BI, Joaquim Caetano.
O Belenenses é bi vice-campeão nacional de Futsal
Ao 5º jogo do play-off e após prolongamento, o Belenenses perdeu com o Benfica, no pavilhão da Luz, por 4-3.
Os Belenenses agradecem a toda a Secção de Futsal do Clube, simbolizada no técnico Alípio Matos, pela brilhante campanha das últimas duas épocas e acima de tudo pela dignidade como têm representado, e elevado bem alto, o nome do C.F. "Os Belenenses" pelos pavilhões do país. Viva o Futsal Belenense !
Os Belenenses agradecem a toda a Secção de Futsal do Clube, simbolizada no técnico Alípio Matos, pela brilhante campanha das últimas duas épocas e acima de tudo pela dignidade como têm representado, e elevado bem alto, o nome do C.F. "Os Belenenses" pelos pavilhões do país. Viva o Futsal Belenense !
Liga rejeita inscrição do Estrela da Amadora, Belenenses volta ao escalão principal
Fernando Mendes: "O doping estragou a minha vida"
(...) Depreende-se que passou os melhores anos da sua carreira dopado.- Não, isso não era sempre. Não me dopei a vida inteira.A partir dos "vinte e tal anos", houve três clubes onde teve "grandes épocas": Porto, Boavista e Belenenses. Dopou-se no Porto?- Não.E no Boavista ou no Belenenses?- Não respondo.Antes destes clubes nunca se tinha dopado?- Que eu soubesse não. Quando chegava a um clube havia muitos medicamentos e nem sempre era informado do que andava a tomar. Havia clubes que nos davam cápsulas sem qualquer nomenclatura ou a marca do medicamento. Hoje o controlo é mais apertado e os clubes não arriscam tanto.Quando é que se dopava?- No próprio dia do jogo.No livro fala muito num massagista que dava as doses aos jogadores...- Sim. Ele gabava-se que tinha uma pessoa controlada no Centro Nacional Anti-Doping e sabia sempre com antecedência em que jogos eram feitos os controlos. Dava-nos o doping, dizendo que dava mais força no campo. E era verdade.Relata o uso de juniores como cobaias para as dosagens. Não o chocava ver miúdos a serem usados assim?- Para quem está neste meio há muitos anos, há situações que nos passam ao lado. Não íamos fazer nada, nem denunciar a situação ao treinador ou ao presidente. Era impossível. Eu estava ali de passagem, não tinha nada a ver com aquilo. Mas foi uma das situações mais complicadas a que assisti.O uso de doping era generalizado?- Falava-se muito disso entre os jogadores. Acontecia mais nos clubes pequenos e intermédios, que não queriam descer de divisão ou lutavam por um lugar na UEFA. Talvez só os grandes estivessem fora deste esquema. (...)
- Fotos e excerto da entrevista publicada pelo jornal "EXPRESSO", na edição do passado sábado.
Futsal - Play-off: Belenenses vence Benfica e fica a uma vitória do título de Campeão Nacional
O Belenenses recebeu e venceu o Benfica por 3-2, no jogo três do ‘play-off’ final do Campeonato Nacional de futsal disputado esta tarde no Restelo.
Azuis ficam a uma vitória do título, encarnados obrigados a vencer os dois próximos jogos.
O Benfica ganhou vantagem com um golo de Pedro Costa logo aos dois minutos, mas viu a equipa da casa restabelecer a igualdade por Pedro Cary, aos 16 minutos.
Empolgados com o empate e com o apoio do público, os pupilos de Alípio Matos – a cumprir suspensão de 15 dias, e por isso impedido de orientar a equipa no banco nos jogos deste fim-de-semana – precisaram apenas de dois minutos para dar a volta ao resultado, com um golo de Miguel Almeida.
Dois minutos volvidos, os azuis aumentaram a vantagem por Paulinho, fixando o resultado ao intervalo em 3-1.
Na etapa complementar, o Benfica correu atrás do prejuízo mas não foi além de um golo, apontado por Pedro Costa aos 38 minutos.
Marcelinho foi expulso no lance imediato e deixou o Belenenses reduzido a quatro elementos na parte final do encontro - marcada pelo nervosismo dos jogadores e algumas trocas de empurrões -, desvantagem que não impediu a equipa da casa de segurar o importante triunfo.
Belenenses e Benfica voltam a defrontar-se este domingo no Restelo, a partir das 18 horas. A vitória garante o título à equipa da Cruz de Cristo, ao passo que os encarnados têm de vencer e levar a decisão para o quinto jogo, a disputar terça-feira, na Luz.
Notícia de "A BOLA Online"
Azuis ficam a uma vitória do título, encarnados obrigados a vencer os dois próximos jogos.
O Benfica ganhou vantagem com um golo de Pedro Costa logo aos dois minutos, mas viu a equipa da casa restabelecer a igualdade por Pedro Cary, aos 16 minutos.
Empolgados com o empate e com o apoio do público, os pupilos de Alípio Matos – a cumprir suspensão de 15 dias, e por isso impedido de orientar a equipa no banco nos jogos deste fim-de-semana – precisaram apenas de dois minutos para dar a volta ao resultado, com um golo de Miguel Almeida.
Dois minutos volvidos, os azuis aumentaram a vantagem por Paulinho, fixando o resultado ao intervalo em 3-1.
Na etapa complementar, o Benfica correu atrás do prejuízo mas não foi além de um golo, apontado por Pedro Costa aos 38 minutos.
Marcelinho foi expulso no lance imediato e deixou o Belenenses reduzido a quatro elementos na parte final do encontro - marcada pelo nervosismo dos jogadores e algumas trocas de empurrões -, desvantagem que não impediu a equipa da casa de segurar o importante triunfo.
Belenenses e Benfica voltam a defrontar-se este domingo no Restelo, a partir das 18 horas. A vitória garante o título à equipa da Cruz de Cristo, ao passo que os encarnados têm de vencer e levar a decisão para o quinto jogo, a disputar terça-feira, na Luz.
Notícia de "A BOLA Online"
José Carvalho Sério
«Nascido e baptizado na freguesia de Belém - nascido no dia 5 de Março de 1922 - José Carvalho Sério é também no futebol um produto cem por cento belenense.
Desde miúdo que revelava propensão para o difícil lugar de guarda-redes e, em 1938, começou a jogar na equipa de juniores do Clube de Futebol "Os Belenenses".
Duas épocas se manteve nessa categoria e, em 1940-41 representava ainda os "azuis".
Mas em 1942-43 e 1943-44 aparece-nos a defender as redes do Paço de Arcos, não tardando a regressar ao seu clube de origem. Em 1944-45, estava novamente nos Belenenses, onde se tem conservado até ao presente.
A sua alta estatura e atenção constante favorecem-no para o desempenho do seu posto e atributos de outra ordem, como a modéstia e o espírito de disciplina, criaram-lhe justo prestigio de jogador correcto.
Em catorze anos de actividade, não regista um único castigo do seu clube ou entidades que dirigem o nosso futebol.
Nas últimas épocas, sem dúvida, Sério tem sido o nosso guarda-redes de forma mais regular, mas a recordação da sua desafortunada estreia internacional tem-no prejudicado no capítulo de selecções.
Em Março de 1948, foi seleccionado para o Portugal-Espanha que se seguiu à nossa vitória de 4-1, disputando-se o jogo em Madrid.
Sério sentiu por demais o ambiente, turvando-se-lhe a vista de tal modo que ele próprio pediu para ser substituído.
No entanto, continuou a ser o esteio da sua equipa em muitos jogos e, nesta época, Os Belenenses devem-lhe muitos dos seus êxitos registados no Nacional.
No ano passado, em Maio, jogou pela selecção B contra a França B, no Estádio, e creditou-se então de magnifico trabalho.
Ficámos a dever a nossa vitória a Águas, que marcou três bolas, e a Sério, que evitou mais de três com toda a aparência de indefensáveis.» Carlos Pinhão
José Maria de Carvalho Pedroto
"Em 1928 - ano em que o futebol português se encheu de glória nos jogos olímpicos de Amesterdão - nascia em Lamego: José Maria de Carvalho Pedroto.
Foi para o Porto com 7 anos de idade, mas já com o vicio do futebol metido no corpo.
Muito miúdo ainda aparecia pelo campo da Constituição para assistir aos treinos dos ases.
Nasceu aí a sua admiração especial pelo famoso Pinga, tipo de jogador que viria a copiar, sem deixar mal o inspirador.
O austríaco Akas Tezier, que treinava então o F.C. do Porto, reparou no miúdo, achou-lhe graça e dava-lhe a bola. O "mal" ganhou raízes.
Entretanto, Pedroto passou a frequentar o liceu e jogava nos intervalos das aulas. Aos 16 anos, treinou no campo do Leixões, quiseram logo incluí-lo nos juniores, mas, teve de esperar pela idade.
Fez então duas épocas nos juniores, mas, com 18 anos, estava já na primeira categoria do Leixões, onde permaneceu durante três épocas. João Guia foi o seu primeiro treinador.
A vida militar levou-o para Tavira, pois o seu 5º ano liceal permitiu-lhe frequentar o curso de milicianos. Foi uma "sorte grande" para o Lusitano de Vila Real de Santo António, que estava então na 1ª divisão. Vimos Pedroto jogar, a interior direito, na 1ª jornada do Nacional de 1949-50 e escrevemos então num jornal da tarde:
- Pedroto (ex-Leixões) deve ter sido uma excelente aquisição. Notámos-lhe bom sentido de jogo e ligeireza.
Depressa ganhou popularidade no Algarve e renome em toda a parte, de tal modo que foi disputadíssimo quando saiu do Lusitano.
Belenenses, Sporting e F.C. do Porto encarniçaram-se ao desafio e acabaram os "azuis" por levar a melhor. Agora, não havia dúvidas sobre a excelência.
Está há duas épocas nos Belenenses, onde tem feito, como se esperava, brilhante carreira.
No ano passado, esteve a um passo da selecção nacional e tudo leva a crer que lá chegará...
Repare-se: quando estava no Leixões, foi seleccionado para o Porto-Aveiro; no Lusitano, foi escolhido para o Algarve-Andaluzia; agora, depois de representar uma cidade e uma província, só lhe falta representar o país.
Na época passada, como dissemos, esteve quase...Fez brilhante temporada no lugar de médio direito e seguiu como suplente de Canário com a equipa nacional que participou no Festival Britânico.
Esperava-se que alinhasse contra o País de Gales ou contra a Inglaterra. Porém, não sucedeu assim...Mas Pedroto, jovem e inteligente, é daqueles que podem esperar sem pressas de maior. Tem o futuro nas mãos." Carlos Pinhão
Foi para o Porto com 7 anos de idade, mas já com o vicio do futebol metido no corpo.
Muito miúdo ainda aparecia pelo campo da Constituição para assistir aos treinos dos ases.
Nasceu aí a sua admiração especial pelo famoso Pinga, tipo de jogador que viria a copiar, sem deixar mal o inspirador.
O austríaco Akas Tezier, que treinava então o F.C. do Porto, reparou no miúdo, achou-lhe graça e dava-lhe a bola. O "mal" ganhou raízes.
Entretanto, Pedroto passou a frequentar o liceu e jogava nos intervalos das aulas. Aos 16 anos, treinou no campo do Leixões, quiseram logo incluí-lo nos juniores, mas, teve de esperar pela idade.
Fez então duas épocas nos juniores, mas, com 18 anos, estava já na primeira categoria do Leixões, onde permaneceu durante três épocas. João Guia foi o seu primeiro treinador.
A vida militar levou-o para Tavira, pois o seu 5º ano liceal permitiu-lhe frequentar o curso de milicianos. Foi uma "sorte grande" para o Lusitano de Vila Real de Santo António, que estava então na 1ª divisão. Vimos Pedroto jogar, a interior direito, na 1ª jornada do Nacional de 1949-50 e escrevemos então num jornal da tarde:
- Pedroto (ex-Leixões) deve ter sido uma excelente aquisição. Notámos-lhe bom sentido de jogo e ligeireza.
Depressa ganhou popularidade no Algarve e renome em toda a parte, de tal modo que foi disputadíssimo quando saiu do Lusitano.
Belenenses, Sporting e F.C. do Porto encarniçaram-se ao desafio e acabaram os "azuis" por levar a melhor. Agora, não havia dúvidas sobre a excelência.
Está há duas épocas nos Belenenses, onde tem feito, como se esperava, brilhante carreira.
No ano passado, esteve a um passo da selecção nacional e tudo leva a crer que lá chegará...
Repare-se: quando estava no Leixões, foi seleccionado para o Porto-Aveiro; no Lusitano, foi escolhido para o Algarve-Andaluzia; agora, depois de representar uma cidade e uma província, só lhe falta representar o país.
Na época passada, como dissemos, esteve quase...Fez brilhante temporada no lugar de médio direito e seguiu como suplente de Canário com a equipa nacional que participou no Festival Britânico.
Esperava-se que alinhasse contra o País de Gales ou contra a Inglaterra. Porém, não sucedeu assim...Mas Pedroto, jovem e inteligente, é daqueles que podem esperar sem pressas de maior. Tem o futuro nas mãos." Carlos Pinhão
José Narciso «Reca», o "operário" da equipa do Belenenses
Trafaria, 04/07/1923 - Lisboa, 03/08/2015
"José Narciso Pereira é um produto belenense e foi há dez anos já que ele iniciou oficialmente a sua carreira de futebolista no popular clube da Cruz de Cristo. Precisamente, na época de 1942-43. Entretanto, em 1944, Narciso passou a representar o Trafaria, onde se manteve durante três épocas.
Para o seu regresso à equipa dos "azuis" não foi estranha a influência do antigo internacional belenense Rafael Correia, que tem o seu comércio na Trafaria. Na sua festa de despedida, ao abandonar o campo, Rafael conduziu Narciso ao lugar que deixava vago e que este, realmente, passou a preencher sem deixar mal colocado o seu antecessor e introdutor.
Narciso, agora, faz a sexta época consecutiva na primeira categoria dos Belenenses, aparte um ou outro período em que baixou à "reserva". Normalmente extremo-esquerdo, tem jogado também a extremo-direito e a avançado-centro e, ultimamente, por via do processo táctico da sua equipa, tem desempenhado na equipa uma missão específica, que se assemelha à do interior pois actua quase sempre recuado, em beneficio do rematador Matateu. Essa papel quadra-se bem com o temperamento buliçoso de Narciso, que não é homem para esperar pelo jogo e, se lhe dessem azo, percorria todo o campo. Narciso, é um jogador alegre, vivo, mexido, e o treinador Fernando Vaz tem procurado acertadamente tirar partido dessas características, atribuindo-lhe uma acção de "sacrifício" a que se devota com entusiasmo.
Narciso é, essencialmente, um jogador de clube, o chamado "operário" de uma equipa e, não sendo já positivamente um jovem, pois ronda os trinta anos, continua a dar provas da extraordinária vitalidade que tem sido a sua principal característica." Carlos Pinhão
- post actualizado em 06/05/2016
Manuel Jorge da Costa e Silva
"Manuel Jorge da Costa e Silva constitui mais um sugestivo exemplo de como os clubes poderiam bastar-se a si próprios quanto possível, trabalhando a fundo as suas escolas de jogadores.
O novo interior-direito do Clube Futebol "Os Belenenses" é um produto cem por cento da casa e é até bem curiosa a história da sua iniciação futebolística.
Tinha catorze anos quando o clube o admitiu ao serviço nas Salésias, como auxiliar do guarda-do-campo.
Sempre que se lhe deparava uma folgazita, o garoto pegava numa das bolas e entretinha-se a pontapeá-la tempos infinitos.
Assim se foi exercitando sozinho e ganhou tal gosto pela bola que decidiu fazer-se também jogador.
No ano seguinte, fazia parte da escola de infantis que o treinador italiano Rino Martini orientou. Evidenciou qualidades que o levaram à equipa de juniores em 1950-51, quando atingiu a idade regulamentar.
Alcançou dezasseis golos durante o Campeonato Regional da categoria, afirmando-se como um dos melhores marcadores do torneio. Ao seu desenvolvimento físico aliavam-se os seus progressos de ordem técnica, resultantes do seu entusiasmo e da sua aplicação nos treinos.
Na época de 1951-52, Manuel Jorge passou a ser avançado-centro da "reserva", confirmando amplamente as esperanças que nele se depositavam.
Ainda nessa época, fez já alguns desafios particulares na primeira categoria.
Até que, no Nacional de 1952-53, gorada a experiência de Castela a interior, o treinador Fernando Vaz foi à reserva buscar Manuel Jorge e lançou-o como interior direito do grupo principal.
Apareceu logo na quarta jornada, no jogo em que o Belenenses foi ganhar a Braga, e fixou-se na categoria de honra, onde se tem creditado de uma média muito apreciável de exibições."
Carlos Pinhão⚽
Diamantino Pereira da Silva
"Sabe-se que Diamantino veio da Covilhã para o Belenenses, mas muita gente ignora que o rapaz é produto do futebol lisboeta. Irmão de Daniel Silva, o antigo "Cóbecas" que jogou no Sporting e depois no Sporting de Braga, Diamantino iniciou oficialmente a sua carreira, nos juniores do Grupo Desportivo Estoril Praia.
Na época seguinte, passou à reserva e chegou a efectuar alguns jogos na primeira categoria.
Veio depois o convite do Sporting Clube da Covilhã, onde Diamantino veio a distinguir-se grandemente, realizando uma série de excelentes exibições no lugar de médio direito.
Chegou a chamar as atenções dos seleccionadores e; uma vez, veio de longada até à capital para um treino, mas, como faltara um guarda-redes, puseram-no na baliza... e a grande oportunidade perdeu-se assim ingloriamente.
No começo desta época, apareceu no Belenenses, mas tardou a subir à primeira categoria, pois eram muitos concorrentes:
- Castela, Amorim, Rebelo... A doença deste último e a quebra de Amorim abriram-lhe, por fim, as portas da primeira categoria, onde tem realizado uma média muito apreciável de exibições.
De tal modo ganhou a efectividade, que, tendo Amorim voltado à melhor forma, o treinador Fernando Vaz manteve-o na equipa, repetindo a experiência inicial de colocar Castela a interior. " Carlos Pinhão
O belenense Mário Rui, possui uma boa preparação atlética, pois praticou Atletismo, revelando-se bom "sprinter" e saltador
"Curioso o caso de Mário Rui. Teve um começo fulgurante, afirmando-se como real promessa.
Num ápice apareceu em primeiro plano mas, também de um momento para o outro, a sua estrela empalideceu e generalizou-se a ideia de que Mário Rui era um caso arrumado.
Assim não pensou, porém, o Clube de Futebol "Os Belenenses", que em boa hora o foi buscar ao Grupo Desportivo da Casa dos Pescadores da Costa da Caparica para o integrar na sua primeira categoria.
Comecemos, porém, pelo princípio da sua carreira. Mário Rui Sousa e Silva estreou-se nos juniores do Sport Lisboa e Benfica na época de 1940-41 e nessa categoria jogou também em 1941-42 e 1942-43, sempre no lugar de avançado-centro.
Na temporada seguinte, conheceu rápida ascensão pelas categorias secundárias até chegar ao grupo principal, onde se manteve em 1944-45, então já no lugar de extremo-direito.
Depois, o serviço militar e outras razões particulares impediram-no de prestar ao seu clube um serviço tão regular.
Não deixou o Benfica, mas sofreu baixa de posto, passando a jogar quase sempre nas "reservas" e raramente na primeira categoria.
Enganaram-se, no entanto, os que julgaram ter-se enganado acerca das probabilidades de Mário Rui, incluindo aqueles que viram desfeitas as suas últimas dúvidas a esse respeito quando o souberam transferido para um clube de discreta projecção.
No Benfica, Mário Rui, foi campeão regional de juniores e, em 1944-45, teve colaboração preciosa no triunfo obtido no Campeonato Nacional.
Bem andaram "Os Belenenses", como dissemos, em ir buscar Mário Rui ao Grupo dos Pescadores da Caparica.
O ex-benfiquista, que possui uma boa preparação atlética - pois praticou Atletismo, revelando-se bom "sprinter" e saltador - para lavar e durar, como tem demonstrado.
Jogou toda a época passada na primeira categoria dos Belenenses, com aproveitamento notável, e tem contribuído este ano para alguns dos principais êxitos da sua equipa no torneio em curso, onde a turma de Belém tem desempenhado papel brilhante." Carlos Pinhão
José Maria Pellejero
«José Maria Pellejero é natural de Buenos Aires onde nasceu em 16 de Agosto de 1930 (Faleceu a 13/02/1999).
Depois de ter representado os Estudiantes de La Plata, veio para Portugal, e o seu primeiro clube foi o Torriense, pelo qual jogou em 1954-55. Ajudou o clube torresão a subir à 1ª divisão, mas mudou de rumo. Transferiu-se para o Belenenses em 1955-56, onde tem jogado principalmente a médio, lugar em que tem dado maior rendimento do que avançado, como no Torriense.»
Alberto da Silva «Tito»
«Alberto da Silva é o verdadeiro nome de Tito, extremo-esquerdo do Clube da Cruz de Cristo. É mais um produto "made in Belenenses" pois começou a sua carreira nos infantis deste clube.
Após alguns jogos nos juniores foi emprestado ao Trafaria durante três épocas e Casa dos Pescadores da Costa da Caparica, uma época.
Voltou ao Belenenses na época 1954-55 e não teve dificuldade em se fixar na 1ª categoria, onde tem feito bom lugar.»
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