guardados na memória belenense
Fotos cedidas pelo amigo do Belenenses Ilustrado no Facebook, Luiz Filgueiras.
Belenenses-Benfica: Os azuis atacaram com ímpeto, mas os benficas defenderam-se com vigor. Fernandes, neste lance, joga a bola de cabeça, a coberto de Xico Ferreira, repelindo o ataque de Aires Martins.
Estádio do Restelo, 8 de Março de 2002. Belenenses, 3 - F.C. Porto, 0
Golos de Verona (27'), um míssil disparado por César Peixoto aos 74' e Cafú (88')
Belenenses: Marco Aurélio, Neto, Filgueira, Wilson, Pedro Henriques, Marco Paulo, Tuck, Rui Duarte, (Seba), Verona, (Gerson), César Peixoto, (Fajardo) e Cafú.Treinador: Marinho PeresFC Porto: Vítor Baia, Secretário, Ricardo Silva, (Pena), Jorge Andrade, Mário Silva, Paredes, Alenitchev, (Deco), Pavlin, Soderstrom, (Hélder Postiga), Capucho e McCarthy.Treinador: José Mourinho.
No Campo Grande, disputou-se a final do campeonato infantil entre os "teams" do Belenenses e do Casa Pia A.C. que este último ganhou por 2-0.
Jogo animado e correcto, em que os vencedores do principio ao fim, marcaram o seu domínio, o resultado, evidencia o triunfo dos melhores, no final duma luta em que nem sempre a "chance" os protegeu. Arbitrou o Sr. Tavares da Silva.
Reunido o júri, na passada segunda-feira em Santo Amaro, foi resolvido que o Casa Pia ficasse campeão do "team" infantil.In "Notícias Ilustrado" de 6 de Julho de 1930.
Suárez (Redondela/Vigo (Espanha), 29/09/1930 - São Paulo (SP) Brasil, 10/01/2015), transferiu-se do Sp. da Covilhã para o Belenenses, na época 1957/58. Foi uma das transferências "sensação" da época. Avançado de grande qualidade, terminou a sua carreira no Desportivo de Beja na época 1965/66.
Actualizado em 18/12/2019
Os históricos participantes: Roldão (FCP), Paz (CFB), Palma (Cuf), Tito (CFB), Hélder (SLB) e Poeira (SCO). Agachados: Palmeiro Antunes (SLB), Ferreirinha (FCP), Isídro (SLB), Inácio (CFB) e Angeja (CFB).
Sesimbra, 6 de Maio de 1984.O "Onze" formado por (seguindo as posses da foto): Miguel Quaresma, Jaime das Mercês, José António, Sambinha, Joaquim Pereirinha, Justino, Jorge Silva, Joel, Ruben Cunha, Dudu e Djão, vence a equipa da casa por 2-0 (golos de Djão) e assegura a subida à 1ª divisão, a uma jornada do final do campeonato.
➤ Relíquia: um pedaço da camisola de Djão, no canto inferior direito da foto, "conquistado" arduamente, entre safanões e encontrões, durante a invasão de campo, que se seguiu após o final do jogo, para celebrar o histórico, e inesquecível, momento.
Jorge Martins, José Reis, José Manuel Mourinho Félix, João Ferreira Gomes, Francisco Assis, José Sério, Salvador Jorge, Jerónimo Morais, Manuel Capela e José Pereira.
O benfiquista Artur Santos, o árbitro Hermínio Soares e o belenense Benitez observam a "oitava maravilha" em plena acção.
"Matateu foi, e continua a ser, mesmo após a sua morte, um extraordinário caso de popularidade. E, no entanto, foi já com 24 anos que chegou a Portugal continental, vindo da sua Lourenço Marques natal onde jogara no João Albasini, no 1º de Maio e no Manjacaze, clube da companhia em cujos escritórios trabalhava. O destino foi Lisboa e o Belenenses. Mas havia muitos pretendentes, como o Benfica, o FC Porto ou o União de Coimbra.
Homem simples, simpático, cordial, rapidamente conquistou o coração dos adeptos. De alguma forma pode dizer-se que Matateu foi o «Garrincha de Portugal», tal a afeição popular que lhe foi devotada. A Matateu, como a Garrincha, se atribuíram uma infinidade de episódios caricatos, também Matateu teve a fama de mulherengo, de vida desregrada, amante da cerveja e das noites de Lisboa. O seu estilo de jogador, plástico, fotográfico, foi decisivo para espalhar a sua fama pelos quatro cantos do país. Rápido a executar, felino nos movimentos, resistente ao choque e à violência contrária, rematador por excelência, Matateu terá sido o jogador português mais temível no espaço restrito da grande-área.
Em Setembro de 1951, frente ao Sporting, estreou-se na I Divisão com a camisola azul da Cruz de Cristo. Dois golos na vitória por 4-3 e uma saída aos ombros dos adeptos lançou Matateu para o apaixonado abraço de um país que o tomou como ídolo durante uma década.
De 1951 a 1959, Matateu marcou 195 golos no Campeonato Nacional, foi por duas vezes «Bola de Prata» (1952-53 e 1954-55), e só não foi campeão nacional por quatro minutos, no célebre empate do Belenenses com o Sporting, na última jornada da época de 1954-55 (2-2) que deu o título ao Benfica, jogo no qual viu um golo anulado para tão grande desespero de todos quantos enchiam o Estádio das Salésias.
Figura imensa do futebol português, Matateu não conseguiu na Selecção Nacional a mesma unanimidade que recolhia nas disputas clubísticas. Verdade é que viveu uma das fases mais negativas da equipa das quinas e, nas primeiras onze «internacionalizações» não foi além de dois golos apontados. O seu dia de glória com a camisola dos escudos azuis foi nas Antas, em Maio de 1955, numa retumbante vitória sobre a Inglaterra (3-1), a primeira, na qual marcou um golo e realizou uma exibição soberba. Esteve à beira de seguir para o Luxemburgo e para Londres, na deslocação da Selecção Nacional que marcava a fase decisiva do apuramento para o Mundial de 1962, mas uma lesão deixou-o arreliadoramente fora de combate. E Peyroteo, o Seleccionador Nacional, não cumpriu o sonho de o juntar a Eusébio e a José Águas na frente de ataque de Portugal. Matateu costumava chamar «filho» a Eusébio. Mas nunca jogariam lado a lado.
A vitória na Taça de Portugal, aos 33 anos, era o «canto do cisne» de uma carreira fantástica. Os golos começaram a rarear, as lesões surgiram, partiu uma perna numa digressão do Belenenses a Nova Iorque, foram sendo públicos os conflitos com treinadores e dirigentes do clube. Aos 37 anos muda-se para a Tapadinha e para o grande rival Atlético. Treinado por José Águas, ajuda os alcantarenses a regressarem à I Divisão. Mas os tempos eram outros. Matateu arrasta-se no Gouveia, no Amora e no Chaves, perdido em divisões secundárias até aos 42 anos. Depois jogou no First Portuguese, de Toronto. Encontrou no Canadá o lugar indicado para o sossego propício a um final de vida."
Texto retirado daqui