O jogo mais prático do Belenenses dominou o estilo individual dos Barsas
Helenio Herrera, volta ao Restelo seis semanas após ter deixado o Belenenses e encontra como responsável técnico da sua ex-equipa, Miguel Di Pace, a quem tinha retirado a titularidade no «team» de honra. «Justifica-se, assim, plenamente, o gesto dos belenenses, logo que a decisão da vitória transitou em julgado, arrancando Miguel Di Pace e elevando-o triunfalmente, aliás, contra a sua vontade. Os jogadores pretendiam, certamente, com esse gesto brilhante de solidariedade afirmar uma coisa e por reverso dizer outra...»
- «Os Belenenses», 2 - F.C. Barcelona, 1
- Jogo no âmbito da indemnização (200.000 pesetas e a receita de um jogo) que o Belenenses recebeu do clube catalão, pela transferência de Heleno Herrera para o Barcelona.
- Estádio do Restelo, 7 de Maio de 1958
- «Os Belenenses»: José Pereira; Pires, Moreira; Figueiredo, Mário Paz, Vicente; Miguel, Matateu, Yaúca, Bezerra e «Tito»
- Treinador: Miguel Di Pace
- F. C. Barcelona: Antonio Ramallets; Moya, Sigfrido Gràcia; Gustavo Biosca, Ribelles, Bosch; Hermes González, Evaristo, Martinez, Lazlo Kubala e Luís Suárez
- Treinador: Helenio Herrera
- Marcadores: 1-0 por Matateu aos 20', 2-0 por Yaúca aos 31' e 2-1 por Martinez aos 53'
«(...) El Belenenses jugó un gran encuentro, aprovechando las facilidades de la inexistencia de una táctica defensiva catalana acertada y cerró sus propios caminos para toda posible penetrácion adversária. El resultado es justo. El juego fue correcto asi como la actitud del publico, que estuvo imparcial. Em la tribuna presidencial se encontraban el Embajador de España, José Ibáñez-Martín, y esposa, la condesa de Marín» Mundo Deportivo
Augusto da Costa (do Vasco da Gama) novo treinador do Belenenses chegou hoje a Lisboa
«Augusto, um dos maiores jogadores do futebol brasileiro, durante muitos anos capitão da equipa do seu país e do Vasco da Gama, actualmente adjunto do técnico Martin Francisco no grande clube carioca, ontem chegado a Lisboa para tomar conta do seu novo cargo de treinador do Belenenses» - «Diário de Lisbôa» de 20 de Julho de 1957
Augusto da Costa, filho de portugueses, nascido no Rio de Janeiro em 22/10/1920 e falecido em 01/03/2004, vice-campeão do mundo de 1950, foi contratado para substituir Fernando Riera. Dirigiu a equipa durante oito jornadas do campeonato nacional, com os seguintes resultados:
Belenenses, 2 - Académica, 0 / Lusitano, 3 - Belenenses, 2 / Braga, 3 - Belenenses, 2 / Belenenses, 3 - Sporting, 3 / Cuf, 1 - Belenenses, 2 / Belenenses, 3 - Torriense, 2 / Salgueiros, 2 - Belenenses, 0 e Belenenses, 2 - Setúbal, 1
«O Belenenses, é vítima de uma crise de orientação que o clube procurou debelar com a chamada apressada de Herrera» no final de Outubro, nas vésperas de um Benfica-Belenenses relativo à 9ª jornada do campeonato nacional. Tão surpreendente como a sua contratação foi o convite e a aceitação de Augusto, em ficar como adjunto de H.H.
Augusto, sendo confortado pelo guarda-redes uruguaio Máspoli, na final do campeonato do mundo de 1950, e num poster da revista «Globo Sportivo». Fotos do site "Tardes de Pacaembu"
Francisco de Sousa André Júnior
Francisco de Sousa André Júnior, nasceu em Faro, em 10 de Novembro de 1932. O seu primeiro clube foi o Sporting Farense, em 1950. Mas logo em 1951-52 ingressou no Belenenses, onde rapidamente se notabilizou.
Em 1953-54 transferiu-se para a Académica, voltando ao Belenenses em 1955/56. Avançado-centro que alia o sentido de desmarcação ao poder de remate, André é um dos ídolos de Belém. Revelou-se no campo internacional no Torneio Militar de Bruxelas, mas figurou já na selecção B, contra o Sarre.
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"André é um nome desta época no nosso futebol de primeiro plano. Os Belenenses" experimentaram-no nos primeiros desafios particulares e a experiência deu resultado, pois o jovem algarvio ganhou o lugar e tem vindo no Campeonato nacional a botar figura digna de relevo.
Veio de Faro, onde começou e onde alcançou rápida notoriedade. Principiou, como todos, com a bola trapeira, que pontapeava desenfreadamente nos terrenos baldios da capital do Algarve. Formavam-se grupos populares, que disputavam renhidos torneios, e André pertencia ao "Estoril e Xixo". Jogava, treinava e era também director.
Mas um dia, outro poder mais alto se levantou. O Sporting Clube Farense, um dos mais prestigiados clubes do Algarve, precisava de um avançado-centro e, ao lançar uma vista de olhos pelos clubes populares, a fama de André impressionou. Mas o rapaz tinha apenas 17 anos e, por isso, só na época seguinte pôde alinhar na primeira categoria. Não podia começar melhor.
- O Farense venceu o Elvas por 4-2 e André marcou as duas bolas que deram a vitória.
A seguir numa vitória por 3-0 sobre o Lusitano de Vila Real de Santo António, André marcou apenas as três bolas.
E, por aí fora, não tardou que o seu prestigio chegasse também à capital, para onde veio no começo deste ano lectivo para prosseguir os seus estudos.
À inteligência que André põe no jogo não podem ser estranhos os seus dotes de intelecto, pois tem o curso liceal concluído.
Fino no jogo e na figura, André sabe jogar e sabe rematar beneficiando da sua facilidade de elevação para alcançar frequentes golos de cabeça.
Não teve nos Belenenses o que se chama uma estreia auspiciosa e talvez fosse melhor assim. Quando do desafio com o Benfica para a Taça Maia Loureiro, Carlos Pinhão escreveu o seguinte:
- André sem continuidade de acção, mostrou a sua "pinta" de jogador. Veio de Faro "à conquista da cidade" e, de repente, dá consigo no Estádio, a jogar com o Benfica, diante do Félix... todos estes nomes o devem ter perturbado e diminuído, mas bem vai o clube Belenense em persistir e em dar-lhe nova oportunidade.
Bem andou de facto o Belenenses. André continuou no eixo do ataque. Ao cabo da 1ª volta do nacional, tinha feito 11 dos 13 jogos e marcado 7 golos. Os jogos com o Lanus e o Admira serviram-lhe de proveitosa lição e, na 2ª volta do Nacional, tem vindo a convencer os últimos descrentes, jogando e marcando quase sempre - contra o Boavista, fez sozinho o resultado (3-0).
Ultimamente, tem-se dito que André acusa cansaço. Em entrevista concedida, o seu treinador, Fernando Vaz, diz o seguinte: Jovem como é, pois fez há pouco 19 anos, André tem acusado um pouco, como é inevitável, a dureza da prova mas, como se trata de um elemento que joga sobretudo com inteligência, desmente domingo a domingo a fadiga que se lhe atribui.
Em suma, estamos perante um jovem que chegou sem alardes mas que tem sabido conquistar o seu lugar à custa de talento e aplicação. André ainda dará muito que falar. Findo o Nacional, a média das suas exibições acredita-o como jogador de futuro. " Carlos Pinhão
Manuel António Amaral Fonseca
Representou o Belenenses de 1976/77 a 1979/80
- À direita, de costas, reconhecessem o guarda-redes José Pereira e o atacante (ex-júnior) Nélito;
- Belenenses, 1 - Leixões, 1 (golo de Amaral, aos 90'). Jogo a contar para a 25ª jornada disputado no dia 24/04/1977;
- Belenenses alinhou com: José Pereira; Sambinha, Quaresma, Nélito (José Rocha, 46'), João Cardoso; José Maria, Johny, Vasques; Isidro (Vítor Esmoriz, 68'), Amaral e Godinho
- Treinador: Carlos Silva
José Américo Taira Costa Pereira
Lisboa, 18/11/1968
Jogador do Belenenses nas épocas 1985/86 e 1986/87 (júnior),
1989/90 a 1993/94 e 1995/96
Apesar dos redobrados esforços o desentendimento dos avançados «azuis» facilitou a tarefa do F.C. Barreirense
Barreiro, Campo D. Manuel de Melo, 17 de Novembro de 1957: 11ª jornada do campeonato nacional da época de 1957/58. Árbitro: Inocêncio Calabote.
⛹«Os Belenenses» alinharam com: Orlando Ramin; Pires, Moreira, Carlos Silva e Mário Paz; Vicente, Di Pace e Edison; Dimas, Matateu e Suarez.
⛹ O F.C.Barreirense, alinhou do seguinte modo: Bráulio; Faneca e Abrantes; Lança, Silvino e Vasques; Oñoro, Alves, José Augusto, «Faia» e Pimenta.
⚽ Golos: 1-0 aos 55' por «Faia» de penalty, 2-0 aos 59' por José Augusto.
O Belenenses, do «genial» Di Pace, venceu (3-1) o Saint-Étienne, «leader» do campeonato francês
«A cinco minutos do fim, Di Pace, sai lesionado (meio-descalço), amparado ao maçagista (sic) Pama e Silva Rocha (médico)»
- jogo amistoso/particular realizado no Restelo, no dia 3 de Abril de 1957
- constituição do «onze» do Belenenses: José Pereira; Fernando Pires, Raul Moreira, Raul Figueiredo, José Maria Pellejero; Vicente Lucas, Miguel Di Pace, Carlos Silva; Matateu, Ricardo Perez e Alberto «Tito»
Wolverhampton W.F.C., 2 - C.F. «Os Belenenses», 1
Capa do programa do jogo Wolverhampton W.F.C. - C.F. «Os Belenenses»
Molineux Stadium (Wolverhampton), 3 de Outubro de 1973
Taça UEFA -1ª eliminatória, 2ª mão
- post publicado originalmente em 12/01/2008
Em jogo no Estádio Nacional com pouquíssimo público: «Os Belenenses», 3 - Académica, 1
O remate de Di Pace levava lume. Mário Wilson foi impotente para o travar
Estádio do Jamor, 18 de Setembro de 1955 - 1ª jornada do campeonato nacional da época de 1955/56
- «Os Belenenses»: José Pereira; Francisco Pires e Raul Moreira; Carlos Silva, Raul Figueiredo e Vicente Lucas; Miguel Di Pace, «Matateu», Francisco André (ex-Académica), Ricardo Perez e Alberto da Silva «Tito»
- Académica: Capela; Mário Torres e Melo; José Pérides, Mário Wilson e Rui Gil; Wilson Vaccari (ex-Belenenses), «Nelo» Barros, «Faia», Daniel «Malícia» (ex-Estoril) e António Bentes
- "A arbitragem do Sr. Pinto Coelho, de Faro, deixou muito a desejar. Tecnicamente, foi pobre como o próprio jogo. Disciplinarmente, foi incoerente ";
- Golos: 1-0 aos 25' por Matateu; 2-0 aos 29' por André; 3-0 aos 49' por Tito e 3-1 aos 89' por Torres (gp);
- Note-se no «onze» belenense, o regresso de Francisco André ("um dos «ídolos» de Belém") após duas épocas (53/54 e 54/55) em Coimbra. Regressaria, novamente a Coimbra, na época seguinte (56/57) onde se manteve até à época 1958/59, tendo de seguida rumado ao Olhanense, onde encerrou a carreira em 1961;
- Apesar do pouquíssimo público, a receita ilíquida deste jogo foi no montante de 85.146$50, sendo a 43ª na lista de todas as receitas de todos os (182) jogos do campeonato
No Belenenses - Barreirense (4-0), houve superioridade dos «Azuis» mal traduzida em golos
Di Pace consegue ser mais rápido que Pinheiro e Faneca
- Estádio do Restelo, 6 de Janeiro de 1957: 17ª jornada do campeonato nacional da época de 1956/57
- Belenenses: José Pereira; Rosendo e Moreira; José Maria Pellejero, Pires e Vicente; Di Pace, Dimas, Ricardo Perez, Matateu e Tito
- Barreirense: Pinheiro; Faneca e Rodrigues; Duarte, Pinto e Vasques; José Augusto, Afonso, Correia, «Faia» e João Alves
- Golos: 1-0 aos 23' por Tito, 2-0 por Perez (gp) aos 52' 3-0 por Perez aos 58', 4-0 aos 73' por Pellejero
«Os Belenenses», 2 - Boavista, 1
Di Pace e Teixeira em luta com Mascarenhas e António Caiado
Estádio José Manuel Soares, 10/01/1954
12º jornada do Campeonato nacional da época de 1953/54
Estádio José Manuel Soares, 10/01/1954
12º jornada do Campeonato nacional da época de 1953/54
- Belenenses: Aníbal Oliveira; Rocha e Serafim das Neves; Castela, Feliciano e Pires; Dimas, Di Pace, Ricardo Perez, Teixeira e Passos
- Boavista: Yurrita; Soares e Barbosa; Serafim Baptista, António Caiado, e Mascarenhas; Décio, Alcino, Mesquita, Piu e Manero
- Golos: 0-1 Mesquita aos 15', 1-1 Dimas aos 41' e 2-1 por Castela aos 86'.
O Belenenses, vencendo por 2-0 ao intervalo deixou que o Sporting empatasse o desafio
«Os Belenenses», 2 - Sporting, 2
21ª jornada do campeonato nacional da época de 1956/57
Domingo, 3 de Fevereiro de 1957 - jogo no Estádio do Restelo com numerosa assistência
21ª jornada do campeonato nacional da época de 1956/57
Domingo, 3 de Fevereiro de 1957 - jogo no Estádio do Restelo com numerosa assistência
- Belenenses: José Pereira; Carlos Silva e Moreira; Pellejero, Figueiredo e Vicente; Dimas, Di Pace, Perez, Matateu e Tito
- Sporting: Carlos Gomes; Galaz e Pacheco; Pérides, Passos e Osvaldinho; Vasques, Gabriel, Martins, Joaquim José e Travaços.
- Árbitro: Braga Barros, de Leiria
- Golos: 1-0 aos 16' por Matateu, 2-0 aos 44' por Di Pace, 2-1 aos 65' por Gabriel e 2-2 aos 87' por Gabriel
A primeira edição da revista "Os Belenenses'
Capa do 1º número de «“Os Belenenses” em Revista»
Publicada em Maio de 1982, com publicação mensal
Director da Revista: Manuel Sérgio
- post publicado originalmente em 07/02/2008
Fernando Ferreira de Assis "Macaé"
Jogador do Belenenses de 1988/89 a 1990/91
Vencedor da Taça de Portugal de 1989
Post publicado originalmente em 31/01/2008
Tonho em acção contra o Lusitano de Évora em jogo para as eliminatórias da «Taça de Portugal» de 1960
📷Remate de cabeça de Tonho que Vital desta vez vai defender. Yaúca, Marciano e um jogador eborense, observam
Foto referente ao jogo da 2ª mão, da 2ª eliminatória (1/16 avos) da Taça de Portugal da época de 1959/60, disputado no dia 28 de Fevereiro de 1960. Vitória do Belenenses por 3-1 (golos de Yaúca (gp), Pisca (autogolo) e Tonho pelo Belenenses e de José Pedro, pelo Lusitano).No jogo da 1ª mão, disputado no campo do Lusitano, o Belenenses venceu por 4-1
- «Tonho», António Mariano de Araújo
- post publicado originalmente em 08/05/2008
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