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Mourinho e João Silva

Mourinho (jogador-treinador) dando instruções aos colegas desde a baliza e João Silva esperando para saber qual o recado que levará, e a quem o levará, na sua função de «pombo-correio».

Acácio Rosa e Mourinho

Foto datada do período em que Mourinho treinou a equipa, conjuntamente com Homero Serpa, após a demissão de  Joaquim Meirim.

A entrega da «Taça Dedicação» a Mourinho: "Este troféu é também de Homero Serpa e de todo o plantel do clube"

Os dirigentes do Belenenses mostram a sua gratidão a Mourinho, na presença da equipa e do seu companheiro de difíceis e árduas jornadas, o jornalista Homero Serpa, entregando a «Taça de Dedicação», pelo relevante trabalho em prole do clube. "Este troféu é também de Homero Serpa e de todo o plantel do clube" referiu Mourinho, na ocasião. Enfim, era não só o agradecimento mas também  a celebração pela manutenção da equipa de futebol na 1ª divisão.

Conversas felizes entre vice-campeões

Época de 1972/73: no vestuário, num dia frio, antes do treino, Alejandro Scopelli à conversa com Alfredo Quaresma e João Cardoso. Ao fundo, também em amena cavaqueira, Mourinho e Celestino Ruas.

Entrevista de Mourinho Félix ao jornal 'as': "Se o meu filho tivesse a humildade que eu tive já o tinham comido"

¿Cómo consiguió hacerse futbolista profesional? 
Hay un error en lo que está escrito en internet. Mi padre no era presidente del Setúbal. Era el padre de mi mujer. Yo nací en una provincia del sur de Portugal, perteneciente al mismo Setúbal, y allí terminé jugando. Me mantuve trece años y luego estuve durante seis en Os Belenenses.

¿Qué delantero le quitaba el sueño? 
En Portugal había dos: Eusebio y Matateu. Eusebio le pegaba al balón y siempre iba a portería. ¡Nunca supe cómo lo hacía, y a una velocidad tremenda! Matateu era fuerte, muy fuerte. Jugó en Os Belenenses y era mejor que Eusebio en el área. Tenía más regate, mayor habilidad.

¿Cómo fue para un equipo como Os Belenenses jugar en el Bernabéu aquel homenaje al gran Gento? 
Aquel año habíamos quedado segundos en la Liga, nuestra mejor posición hasta la fecha. Fue como un premio. Recuerdo que el tiempo era horroroso en Lisboa, que esperamos y esperamos en el aeropuerto y que el avión no podía salir. ¡Habríamos ido corriendo! Al final, salimos en tren.

¿Y qué pasó? 
Toda la noche en el coche cama. Y cuando llegamos a la estación de Madrid fue una gran sorpresa ver a Gento, allí solo en el andén, para recibirnos. ¡Qué hombre! Allí estaba, con una chaqueta clara. Y él mismo nos llevó al hotel casi a punto de amanecer.

¿Cómo fue jugar en el Santiago Bernabéu? 
Ahora debe de ser lo mismo para los jugadores actuales. Era una cosa de otro mundo. Nos regalaron a todos un reloj de la marca Real Madrid. Aún se lo enseño a mis amigos.

¿Y Gento le marcó el último gol de su carrera
De penalti.

¿Se lo dejó? 
No, en serio. Cuando le pegaba a la pelota casi no se veía. Sin embargo, el penalti sí que lo arregló el árbitro, para que marcara (risas). Fue bonito Con el Madrid jugó Eusebio y alguna estrella más de la época.

Aun así, fue internacional
Sólo lo fui en un partido. Tenía ya 32 años. Fue maravilloso, una mini Copa en Brasil contra Irlanda. Entré en el segundo tiempo. Fue un premio. En otras épocas, cuando estaba en Setúbal, lo había merecido, pero era un club que difícilmente daba porteros a la selección. A Os Belenenses llegué con 29 años y a pesar de eso tuve mucha más proyección.

Leia a entrevista na integra clicando aqui
"Si mi hijo tuviera la humildad que yo tuve ya se lo habrían comido"

Cagica Rapaz, Libero e Directo: O Belenenses

"O serviço militar levara-me para o Porto, mas era meu desejo voltar para a região de Lisboa. A CUF não dava mostras de poder conseguir a minha transferência para uma unidade próxima do Barreiro, e Meirim manifestou o desejo de contar comigo no Belenenses onde, segundo julgava, havia gente influente no campo militar.

Estamos no Verão de 1970 e Meirim já incendiara as hostes azuis ao deixar no ar a promessa de ser campeão. Eram as bombásticas declarações do treinador, sua foi a responsabilidade…

Contrariamente às expectativas, só em Janeiro de 1971 consegui vir para perto de Lisboa, para o Campo de Tiro da Serra da Carregueira. A época ia a mais de meio, a nau azul afundava-se, Meirim foi despedido e, como consequência directa e lamentável, alguns dos jogadores mais próximos do treinador foram proscritos, apontados a dedo, colocados à margem.

Eu, que mal acabara de chegar, fui um deles, sentindo imediatamente que constava da lista negra. O nosso “crime” foi, suponho, termos sido trazidos por Meirim, não vejo outra razão nem alguém jamais se dignou dar a menor explicação.

Embora tal atitude fosse injusta e absurda, teria sido possível abordar a questão com um mínimo de dignidade, o que não sucedeu.

Apesar de eu ter um contrato de seis meses (que estava em curso) e outro de três anos, teria entendido que o clube desejasse alterar a sua posição. Estava no seu direito e, civilizadamente, poderiam ter-me exposto o assunto. Através de diálogo, teríamos certamente chegado a um entendimento, mas, em vez disso, o que aconteceu foi terem-me ostensivamente colocado na situação de indesejável, sem uma palavra, sem uma observação, sem a menor crítica ou acusação.

Até que o treinador-adjunto Mourinho Félix deixou escapar a assunção de que os dados estavam viciados, quando o surpreendi a fazer a convocatória antes do (normalmente determinante) treino de conjunto da 5ª feira. Manifestei-lhe a minha estranheza perante tal procedimento que provava, de forma inegável, que tudo era decidido previamente, de nada servindo o esforço ou o valor de alguns elementos, condenados que estavam, sem apelo, ao afastamento. Perguntei-lhe até se valia a pena ir treinar, sabendo de antemão que não seria convocado. A resposta de Mourinho Félix foi de antologia: - “O azar foi tu teres chegado atrasado, senão não tinhas visto e nunca saberias de nada”.

Azar para quem? Para mim não, porque já estava julgado e condenado sem conhecer a acusação e sem ser ouvido. Azar foi para ele que se viu descoberto e não teve arte nem reflexos para arranjar sequer uma desculpa, uma finta discursiva para camuflar a prática suspeita.

Recordo-me de ainda ter visto o jovem Mourinho defender as balizas do Vitória no velho e pelado campo dos Arcos, recebendo o testemunho do veterano Batista. Mais tarde, admirei o seu profissionalismo ao serviço do Belenenses, como jogador sério e de certa valia. Por isso tenho certa dificuldade em compreender as atitudes do mesmo Mourinho Félix nas funções de treinador-adjunto.

Curiosamente, por acaso, cruzámo-nos, há pouco tempo, em Setúbal. Ele não me viu, eu não o chamei. Estamos trinta anos mais velhos, e não pude deixar de reflectir sobre tudo isto, sobre a verdadeira importância destes incidentes nas nossas vidas. Que motivações o terão levado a agir assim? Que balanço, em consciência, terá feito? Terá achado que actuou com isenção e justiça? Terá ficado em paz, admitindo ter defendido o superior interesse do Belenenses? Que palavras teríamos trocado se tivéssemos agora chegado à fala, ao fim de mais de trinta anos, no limiar da velhice? Até que ponto será útil recordar o passado? Mas, por outro lado, por que razão haveria de silenciar comportamentos desta natureza?

Embora a fase das ilusões sobre o futebol já tivesse passado havia muito, tive pena porque continuava a ter simpatia pelo clube e tencionava acabar ali, mais tarde, a minha carreira. Assim, abandonei cedo de mais, profundamente desiludido.

Nesse Verão de 71, pus a acção, continuei no serviço militar e aguardei. Três anos depois, o Belenenses pagava-me o que o tribunal decidiu…"
Texto retirado do Blog BOA NOITE, Ó MESTRE! (IN MEMORIAM ANTÓNIO CAGICA RAPAZ)

Nem todos os dias se elimina um dos «grandes» do nosso futebol: Assim nasceu um finalista da «Taça» de 1962

Alguns trechos do embate entre o Belenenses e o Vitória de Setúbal disputado no Restelo e donde saiu um dos finalistas da Taça de Portugal de 1961-62.
Em cima, à esquerda, Fernando Vaz, técnico dos sadinos dá as últimas instruções aos seus pupilos, antes do jogo principiar.
À direita, duas fases de um lance muito confuso para a baliza do Vitória. Mourinho não conseguiu deter o remate de Peres, indo a bola a caminho das redes (gravura de cima) mas levantou-se rapidamente e captou-a sobre (?) o risco da baliza (gravura de baixo).
Em baixo, a partir da esquerda: José Pereira, desportivamente, cumprimenta no final o seu antigo treinador, Fernando Vaz, o homem que o lançou na primeira categoria; Dimas e Castro, ontem companheiros, hoje adversários, abraçam-se no final do prélio; a ida à final foi para os setubalenses Alfredo, Mourinho (encoberto) e Mateus motivo de regozijo; Galaz sai do campo e é felicitado pelo massagista do seu clube. A alegria de ambos é admissível. Nem todos os dias se elimina um dos «grandes» do nosso futebol.
Meias Finais:
  • V. Setúbal - Belenenses: 0-0 e 1-0
  • Benfica  - V. Guimarães: 2-2 e 6-0

Mourinho: O Matateu era um fenómeno dentro da área, melhor até que o Eusébio


José Manuel Mourinho Félix
Ferragudo - Lagoa, 12/02/1938
Setúbal, 25/06/2017

Defendeu a baliza Belenense de 1968/69 a 1973/74

Treinador-adjunto de Homero Serpa, após demissão de Joaquim Meirim, na época de 1970/71 

Treinador principal na época de 1982/83

Vice-Campeão Nacional de Futebol da época 1972/73

39º jogador Internacional “A” do Clube de Futebol 
“Os Belenenses” 
_________________________

"Comparei as luvas do Petr Cech com as minhas e é para rir"

- Entrevistámos o Eusébio há um mês para a edição de Natal e ele falou-nos de um penálti falhado por ele, na estreia, com o V. Setúbal. O guarda-redes era o Félix. Lembra-se disso?
- Sim. Há coisas que não nos esquecemos.
- Mas Eusébio ainda não era Eusébio. Era só um menino de 19 anos.
- É verdade, mas já se via aquilo que ia ser. Tenho até uma história curiosa. Uma vez [entre a chegada de Eusébio a Portugal em Dezembro de 1960 e a sua estreia oficial em Junho de 1961], encontrei o José Augusto por acaso e perguntei-lhe: ''Então, que tal é o homem? É tudo aquilo que a imprensa escreve?'' A resposta dele foi só esta: ''Alguém tem de sair para ele entrar'' [acabaria por ser Santana]
- E do penálti em si, do que se lembra?
- Foi uma defesa por instinto. O Eusébio atirou para a minha esquerda e defendi. Foi ali nos Arcos [e Félix aponta para a sua frente, em direcção ao Bonfim].
- E mais?
- Tenho mais histórias, sim. Olhe, só joguei por dois clubes: V. Setúbal e Belenenses. Na inauguração dos estádios deles, defendi um penálti. Na inauguração do Bonfim, defendi um penálti da Académica. No primeiro jogo oficial no Restelo, pelo V. Setúbal, defendi um penálti do Matateu.
- "Só"?
- Também defendi um penálti do Yazalde, no Restelo, num Belenenses-Sporting.
- Eusébio, Matateu e Yazalde: os três avançados mais completos da sua era.
- Sem dúvida. O Matateu era um fenómeno dentro da área, melhor até que o Eusébio. Quero dizer, dentro da área, a rodopiar sobre os adversários. Fora dela, o Eusébio foi o rei. O Yazalde era um espectáculo para qualquer um. De um fair-play sensacional.
- E esses três penáltis foram defendidos com luvas ou sem?
- Naquela altura, sem luvas.
- Como???
- Era moda, sem luvas e cuspo nas mãos. Só comecei a usar luvas a meio da carreira, quando torci o pulso. Vesti as luvas para remediar.
- E como eram elas?
- De borracha. E é curioso, porque o meu filho guardou as minhas últimas luvas e há dias estávamos a compará-las com as luvas do Petr Cech. É para rir. Eu digo sempre isto ao meu filho: só gostava que um guarda-redes de agora fizesse um treino sem luvas. Ui, que dor!
- Mas então nunca lhe aconteceu um acidente à Cech na cabeça?
- Uma vez. Num Belenenses-Varzim. Perdi a memória. Não me lembro de nada mas lá continuei na baliza. Depois, fui para casa. Se fosse agora, ia para o hospital, seria observado...
- Quando é que foi para guarda-redes?
- Quando é que eu fui para guarda-redes? (olha para o ar, pensativo, repete a pergunta) Nasci no Algarve (Ferragudo) e comecei a jogar à bola. Com os moços da minha idade, era avançado. Com os homens, ia para a baliza. Como andava calçado, graças a Deus, eles mandavam-me para a baliza. Mas o curioso é que a primeira proposta que tive foi do Olhanense, para jogar à ponta-esquerda. Eles tinham-me visto naqueles jogos entre terrinhas (risos).
- E recusou?
- Sim.
- Então porquê?
- Disse ao senhor que não era ponta esquerda, era guarda-redes.
- E como chegou a júnior do V. Setúbal?
- Uns dois anos depois, um senhor viu-me jogar à baliza e convidou-me.
- Quem era o guarda-redes do Vitória?
- O Baptista. Já tinha 36/37 anos. No ano seguinte, eu substitui-o.
- Em que jogo?
- Atlético-V. Setúbal, 2-1.
- Quem foi o treinador que o lançou?
- Biri, Janos Biri, um húngaro campeão nacional pelo Benfica. Na verdade, ele lançou-me nos juniores. Nos seniores, foi um italiano chamado Rino Martini, antigo guarda-redes do Milan e até da selecção italiana. Ele gostava muito de mim e deu-me a camisola dele. Era preta e e eu joguei com ela! O equipamento não era totalmente preto, porque as meias eram verdes, cor do Vitória.
- E como é que o Félix se definia?
- Era ágil. Bom entre os postes, menos bom fora. Como era franzino, tinha mais dificuldades nos cruzamentos.
- Uma espécie de Bento, portanto?
- Se fosse mais alto, o Bento seria o melhor guarda-redes de sempre. Ou perto disso. Era ágil, saía-se bem, jogava bem com os pés. Até marcou penáltis.
- E o Félix, com os pés?
- Olhe, o meu neto quer ser guarda-redes. Às vezes, jogo com ele e dou-me bem com os pés (risos). Safo-me, claro. Então, tinha sido ponta-esquerda no Algarve...
- Qual foi a sua melhor defesa?
- Cabeceamento de Espírito Santo num V. Setúbal-Benfica. A bola ia entrar no ângulo superior. Saltei e agarrei-a. Tenho a foto desse lance lá em casa. Por trás da baliza.
- Fantástico. E o seu maior frango?
- Num Belenenses-V. Setúbal, eu como guarda-redes do Vitória. Estava a jogar tão bem que nem acreditei no meu erro. Na pressa de reatar o jogo, quis agarrar na bola e organizar um ataque. A bola fugiu-se-me por entre as mãos. Fiquei irritado.
- Com ou sem luvas?
- Sem luvas, ainda.
- Ah, outros tempos.
- Sim, claro. O futebol evoluiu muito. No meu tempo, íamos à Luz ou a Alvalade para perder por poucos. 1-0, 2-0... Já ganhei em Alvalade, como jogador do V. Setúbal. Mas nunca ganhei na Luz. Nem nas Antas. Bem, nas Antas, só ganhei como treinador.
- Por quem?
- Rio Ave, em 1981-82.
- Rio Ave? Um feito.
- Sim, ganhámos 2-1. O treinador do FC Porto era Hermann Stessl, um austríaco.
- Já que está a falar disso, aproveito para lhe perguntar sobre um Sporting-RIo Ave, em que um jogador seu lesionou-se no aquecimento e o Félix queria substitui-lo pelo seu filho José, algo que não foi aprovado pelo presidente do clube.
- Não foi bem assim. Um jogador lesionou-se mas o meu filho não ia jogar. Ia para o banco de suplentes.
- E o presidente?
- Tentou meter-se na conversa mas ficou por ali. No final da época, pedi para sair.
- Quem era o presidente do Rio Ave?
- José Maria Pinto.
- Como treinador do Rio Ave, também chegou à final da Taça de Portugal.
- Perdemos 4-1 mas foi uma festa. Romaria de Vila do Conde até ao Jamor... e recebi os parabéns do Pedroto.
- O treinador do FC Porto?
- Sim. Eu conhecia-o há muito. Quando ele estava no fim da carreira, defrontei-o algumas vezes.
- Quando o Félix começava no V. Setúbal?
- Sim. O Pedroto era um médio com técnica e bom remate.
- Em Setúbal, o Félix só jogava futebol?
- Não, isso não dava. Também trabalhava: funcionário da câmara de Setúbal.
- E quando foi para o Belenenses?
- Aí, como o salário era melhor, deixei o meu emprego na câmara.
- Mas continuou a viver em Setúbal?
- Sim. Aliás, essa foi uma das minhas condições quando assinei pelo Belenenses.
- E o que se lembra dos tempos no Restelo?
- Da rivalidade com o Atlético. Aquilo era pesado (risos). Uma vez, veja lá bem, o guarda-redes deles lesionou-se, o segundo guarda-redes também se lesionou, teve de ir o Candeias para a baliza e só ganhámos 1-0 de penálti. E também me lembro de ter sido convocado pela selecção AA. Fomos à Minicopa, 37 dias juntos no Brasil. Perdemos a final com o Brasil. Eu entrei nos últimos 15/10 minutos com a Rep. Irlanda, lançado pelo José Augusto, o seleccionador. Ainda tenho a camisola desse jogo.
- E mais memórias do Belenenses?
- Outro penálti. Desta vez, eu não defendi. Foi cá uma berlaitada do Gento (risos).
- Do Gento. O Gento, do Real Madrid?
- Pois. Foi na minha primeira época no Belenenses (*). Acabámos o campeonato em segundo lugar e fomos convidados para ir a Madrid, por ocasião dos 25 anos do Chamartín (Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid). Era o jogo de despedida do Gento e ele lá teve de marcar o golo da ordem. Aquilo não foi penálti (gargalhadas).
- Grande honra...
- É verdade, mas há história nesse jogo.
- Então?
- Éramos para ir de avião, mas houve qualquer coisa que nos impediu de ir. Tivemos de ir de comboio, A noite toda, em vagões-cama. Chegámos a Madrid às cinco ou seis da manhã e quem estava lá à nossa espera? O Gento. Com uma impecável gabardina bege. Cumprimentou-nos um a um e levou-nos ao hotel. Um cavalheiro. Nesse amigável, o Real Madrid ganhou 2-1 ao Belenenses e o Eusébio jogou pelo Real Madrid.
Entrevista por Rui Tovar, Publicado no jornal 'i' em 26 de Janeiro de 2011

(*) Nota do editor do BI: esse jogo foi em 14 de Dezembro de 1972, 4ª época de Mourinho no Belenenses e não na 1ª época como é referido, certamente por lapso ou falha de memória.

B.S.B. - os "clássicos" do futebol lisboeta

Belenenses - Sporting, época 71/72: Mourinho mergulha aos pés do Chico Faria. João Cardoso, assiste


Benfica - Belenenses, época 1967/68: Ernesto, com Manuel José por perto, disputa a bola sob o olhar do benfiquista Humberto Fernandes. Ao fundo Adelino observa o desenrolar do lance.

Dez guarda-redes lendários do Belenenses


Jorge Martins, José Reis, José Manuel Mourinho Félix, João Ferreira Gomes, Francisco Assis, José Sério, Salvador Jorge, Jerónimo Morais, Manuel Capela e José Pereira.