O Belenenses é o grande favorito do Campeonato de Lisboa de football da época de 1928/29

O “onze” do Club de Football “Os Belenenses”, que marcha á frente da classificação do Campeonato de Lisboa com 11 pontos e que é o ”team” considerado grande favorito do actual Campeonato de Lisboa. O Belenenses defronta-se hoje com o Casa Pia Atlético Club

Cândido Fernandes Plácido de Oliveira

Nasceu em Fronteira, em 24/09/1886 e faleceu em Estocolmo (Suécia), 
em 23/06/1958, durante a realização do campeonato do mundo de futebol
[...] O Belenenses tem boas recordações de Mestre Cândido de Oliveira. O grande homem do Desporto ajudou a cimentar os alicerces do Clube, nos célebre e honrosos tempos dos “rapazes da praia”...Mais tarde, ajudou a consolidá-lo. Viveu os seus períodos áureos, nas gerações de Artur José Pereira, Augusto Silva e, até Mariano Amaro.[...] Homero Serpa
[...] Cândido de Oliveira, homem excepcional. Foi ele que durante a prolongada doença de Artur José pereira, graciosamente e por amizade ao nosso querido jogador e treinador, desempenhou as funções de orientador técnico das nossas equipas. [...] Acácio Rosa 
[...] Bonacheirão, amigo do seu amigo, era em si que assentava a defesa de todas as causas, desde que nelas existisse um desejo de justiça, um pouco de sensibilidade, um pouco de amor e de coração.[...] Acácio Rosa
  • Treinador do Belenenses, na parte final da época de 1936/37 (substituindo por motivos de doença, Artur José Pereira) e na época 1937/38

A Equipa Feminina de Atletismo do Belenenses de 1934

A equipa feminina de atletismo do Belenenses que tomou parte nas 
provas desportivas dos festejos do XV aniversário do Clube
Os Belenenses, festejaram com um magnífico programa de festas desportivas, em cuja organização colaboraram entusiasticamente os seus sócios.
Nestes quinze anos de peleja pela boa causa do desporto o “Belenenses” tem-se afirmado uma unidade de destaque entre as agremiações desportivas nacionais muito lhe devendo o país pelo muito que tem concorrido para a educação física.

A Equipa de Ciclismo do Belenenses na "Volta a Portugal" de 1934

A equipa de ciclismo do Belenenses que participou na 5ª Volta a Portugal

Equipa de honra do C.F. “Os Belenenses” da época 1959/60


José Pereira, Raúl Moreira, Vicente Lucas, Tonho, 
Castro, Carvalho, Matateu, Rosendo, Pires, Estêvão, 
José Dimas, Mário Paz e Hugo “Chachiro” Chávez

Rúben da Costa Cunha

Póvoa do Varzim, 25/03/1955
Jogador do Belenenses de 1982/83 a 1984/85
Campeão nacional da 2ª divisão 1983/84

Paulo Monteiro


Almada, 14/06/1964
Jogador do Belenenses de 1985/86 a 1991/92
Vencedor da Taça de Portugal de 1988/89
Finalista da Taça de Portugal de 1985/86

89º Aniversário do Clube de Futebol "Os Belenenses"


João Silva Marques com Severo Tiago ao seu lado, 
foi o porta-estandarte na Parada do 16º Aniversário



O primeiro "onze" do Clube de Futebol "Os Belenenses", em 1919 – Joaquim Rio, Carlos Sobral, Francisco Pereira, Aníbal dos Santos, Manuel Veloso, Mário Duarte, Arnaldo Cruz, Alberto Rio, Edmundo Campos, Romualdo Bugalho e Artur José Pereira.
A primeira Junta Directiva do Belenenses (tomou posse no dia 2 de Outubro de 1919) era composta dos seguintes sócios-fundadores:
Presidente: Eng. Reis Gonçalves. Vogais: Dr. Virgílio Paula, Hermenegildo Candeias, Carlos Sobral, Joaquim Dias e Júlio Teixeira Gomes. Capitão Geral: Henrique Costa


Assinaturas dos Atletas do Grupo de Honra do Clube de Foot-Ball "Os Belenenses" Vencedores do Campeonato Nacional de Football de 1946"Reconhecem-se, entre outras, as assinaturas de Augusto Silva, Mariano Amaro, Rafael Correia, Manuel Capela, Vasco Oliveira, António Feliciano, Manuel Andrade, Francisco Gomes, Serafim das Neves, Artur Quaresma e José Pedro.
O "Belenenses Ilustrado" celebra o octogésimo nono aniversário do Clube evocando a equipa pioneira e um grupo de atletas e dirigentes que assinaram a ouro, páginas de glória da História do Belenenses

A última vez que o Belenenses venceu no Alvalade velho... e no novo

Este Dezembro, um dia depois do Natal, passam 54 anos sobre a última vitória do Belenenses como visitante frente ao Sporting. Daí para cá tiveram lugar 49 clássicos e a supremacia sportinguista é esmagadora.
Ainda por cima os azuis do Restelo nem sequer podem dizer que o último triunfo foi conseguido no Estádio de Alvalade, já que essa vitória teve lugar... no Jamor.
Aliás, para que conste, o vizinho dos leões nunca ganhou no Alvalade velho... nem no Alvalade novo.
Recuando-se, então, no tempo, rapidamente chegamos a essa tarde (era o tempo, belo e sonoro, da rádio!) de domingo de 26 de Dezembro no Jamor, cumpria-se a jornada número 13 do campeonato da época 1954/55, que viria a ter o Benfica por campeão no final das 26 rondas, com 39 pontos, os mesmos do Belenenses e mais 2 que o Sporting — o tal campeonato que os azuis já davam como certo mas os leões, nas Salésias, entregaram ao Benfica, com o golo do empate (a dois) obtido por Martins a quatro minutos do final. 
No Estádio Nacional o Sporting, quatro vezes campeão nacional consecutivas e a sonhar com o penta, não conseguiu aguentar um Belenenses candidato e com múltiplas opções, como muito bem definiu em A BOLA o saudoso mestre Vítor Santos, que na sua crónica titulou «A melhor equipa de Belém venceu excelentemente a 'actual' turma leonina». 
Azuis que ganharam vantagem ao minuto 54, numa cabeçada de Matateu; 13 minutos mais tarde os leões chegaram ao empate, também de cabeça, por outro moçambicano, Juca, mas com muitas culpas para José Pereira; aos 83 outra vez Matateu, novamente de cabeça, bateu Carlos Gomes e 2-1 para Belém.

Arbitrado pelo celebérrimo Inocêncio Calabote, que expulsou Mendonça a 21 minutos do final por este ter pontapeado Pires, as duas equipas apresentaram:

SPORTING — Carlos Gomes; Caldeira e Pacheco; Hrotko, Passos (cap.) e Juca; Hugo, Vasques, Martins, Travaços e Mendonça

BELENENSES — José Pereira; Pires e Serafim (cap.); Castela, Raul Figueiredo e Vicente; Di Pace, Dimas, Matateu, Perez e Tito
In "A Bola" de 20 de Setembro de 2008

Novo tão velho Belenenses

"No Belenenses, gente que se sumiu, mas que nunca se assumiu na explicação impossível de uma desvairada carrada de pernas de pau do Brasil, tem o desplante de dizer mal da gestão alheia..."


EM miúdo, ia pela mão de um dos meus tios ver todos os jogos do Belenenses ao Restelo.
Um quarto de hora antes das três da tarde, de cada domingo, fizesse frio ou calor, chuva ou sol, via o meu tio Armando e o meu primo Hélder ao fundo da rua.
Descia as escadas a correr e às três em ponto estava sentado no mesmo lugar de sempre, na bancada nascente, esperando milagres do Matateu.
Os anos foram passando, a bancada nascente (e não só) foi perdendo público, o Belenenses foi perdendo dimensão, eu fui perdendo ilusões, mas apesar de tudo ir mudando, uma coisa sempre se manteve: a incapacidade do Belenenses ser reconhecido aos homens que sempre lhe quiseram bem, alguns, mesmo, durante uma vida, nunca esperando nada, a não ser esse simples e merecido reconhecimento dos seus consócios.
A típica ingratidão do Belenenses em relação àqueles que dele mais gostaram e que por ele mais fizeram sempre foi transversal.
Varreu tudo e todos de forma igual, ao mesmo tempo que ia cumprindo a tentação de um desafio permanente do inexplicável desejo de ser grande como os maiores, à custa de aventureiros e de oportunistas.
O meu pai sofria com isso.
Era um daqueles a quem o clube se limitara ao reconhecimento institucional do papel passado na honra e no mérito, mas que nunca verdadeiramente o estimara.
O mesmo sucedia com muitos outros.
Muitos que já morreram e alguns mais (já poucos) que sobrevivem na mesma angústia e desesperança, vendo o Belenenses, por vezes, entregue a caricaturas de dirigentes, que não têm consciência de que um clube, sobretudo um clube com história, deve preservar a sua personalidade e o seu carácter, para que não lhe matem a alma.
Sempre fui bem menos idealista que meu pai.
E nunca consegui ter, como ele sempre teve, uma paixão tão pura e tão inocente pelas coisas que verdadeiramente amava.
Por isso, sempre mantive distância.
Por dever de ofício, sim, mas também por convicção pessoal.
Até mesmo quando o meu amigo de infância, Cabral Ferreira, assumiu a presidência do clube.
Outro que tal, e que nunca me pediria uma linha que fosse, para uma frase, ou um recado. Um caso invulgar de honestidade intelectual e grandeza de carácter, logo dois dos maiores pecados na desenfreada e desvirtuada vida de hoje.
É, pois, à distância que vejo, não impassível, essa sofrida e lenta agonia do Belenenses, onde gente que se sumiu, mas nunca se assumiu na explicação impossível de uma desvairada carrada de pernas de pau do Brasil, tem o desplante e a desvergonha de vir falar dos supostos males da gestão alheia.
Não, não tem esse direito.
Muito menos antes de explicar que interesses podem justificar que um clube, em tal estado de exaustão financeira, decida contratar um contentor de brasileiros trôpegos e, em maioria, impróprios para a função.
O dr. Nunes dos Santos, antigo e saudoso dirigente sportinguista, figura sempre muito respeitada e considerada em A BOLA, tinha, para estes casos, uma expressão inolvidável: «Gente que não tem moral nem para estar calada.»

Vítor Serpa in "A BOLA" de hoje, 19 de Setembro de 2008

Yaúca pelo lápis de Melo

Edição de 16 de Julho de 1963 do jornal “Record”

A Equipa de Honra do C.F. "Os Belenenses" da época 1951/52 pelo Lápis de Natalino

"Ídolos para recortar e pôr em pé!"
A equipa do Belenenses da época 1951/52 caricaturada por Natalino para a Revista “Cara Alegre”. Jogadores caricaturados: Rocha, Serafim das Neves, Sério, Feliciano, Rebelo, Narciso, Matateu, Francisco André, José Maria Pedroto, Mário Rui e António Castela.

Documento cedido pelo Amigo do B.I. Jorge Graça.

Belenenses derrota o Guimarães e "rouba-lhe" o 2º lugar

Na perseguição ao líder do Campeonato Nacional da época 1958/59, o Belenenses derrotou o Guimarães e "roubou-lhe" o 2º lugar da classificação. Curiosamente, fazendo lembrar a época passada, o Guimarães tinha acabado de subir à I divisão
In "SPORT ILUSTRADO" de Janeiro de 1959

O escândalo de Alvalade na época de 1981/82, visto pelo lápis de Francisco Zambujal

Caricatura de Francisco Zambujal, publicada no jornal “A Bola” e alusiva a um “roubo de catedral” de que o Belenenses foi vitima, num jogo contra o Sporting (2-2), em Alvalade, na 1ª jornada da época de 1981/82.
O autor, o árbitro Mário Luís, tinha viajado com a equipa do Sporting numa digressão à China a convite da direcção Leonina, o que só fez aumentar a suspeição de parcialidade.

Silvério António Pereira do Ó Beja

Santiago do Cacém, 5 de Março de 1960
Jogador do Belenenses na época 1986/87
22 jogos (4 completos) e 1 golo marcado

As Torres de Belém da década de oitenta


Jorge Martins, José António e Sobrinho ficarão para a História Belenense como as Torres de Belém da década de oitenta

Para os rapazes de Belém não há só esforço fisico, há esforço moral, há alma até almeida

"Depois o Belenenses. É sob todos aspectos um grupo diferente. É o Club dos grandes rasgos, dos esforços sobrehumanos, das tardes exepcionaes.
Onde o Belenenses não chega, num desafio decisivo, não chega mais ninguém.
Tem arrancos célebres na crónica dos seus desafios. A vontade dos seus elementos, a sua energia de ferro, acaba é claro em crises de esgotamento. Desta vez o Belenenses chega ao fim do campeonato com alguns homens arrazados.
Para os rapazes de Belém não há só esforço fisico, há esforço moral, há alma até almeida, há nervos enquanto os nervos não se queimam.
O público já o sabe – numa tarde decisiva para os Belenenses – é uma grande tarde de emoção."

Excerto de um artigo intitulado “Depois do Campeonato: O que foi a competição anual dos clubs da divisão de honra – os “teams” e a sua classe [...]” publicado na revista “Eco dos Sports” em 18 de Abril de 1927.

A Equipa Campeã Nacional de Andebol Feminino 1975/76, do C.F.“Os Belenenses”


De pé e da esquerda para a direita: Dina Carneiro, Fernanda, Paula Vaz, Ana Dória, Cidália, Rosália e Isabel Robalo. Agachadas, pela mesma ordem: Mila, Lena Duarte, Victória, Aldina e Paula Cordeiro

O Que Diz Gennaro


Introdução: Começo por esclarecer a vasta e estimada audiência do "Belenenses Ilustrado" que recusei por diversas vezes o desafio de aqui escrever, acabando apenas por ceder devido a forte pressão do editor da casa. 
O gajo colocou aqui uns 10 tipos à porta do meu local de trabalho aos gritos e eu, que no fundo sou um gajo que ao mínimo sinal de pressão tremo todo, acabei por aceder ao convite. Não sou portanto responsável pela poluição deste nobre espaço com textos de qualidade duvidosa.
1) Posto isto, gostaria de partilhar convosco as primeiras impressões do regresso ao Restelo para a nova temporada. Antes de mais, estou impressionado com a Bancada Super Bock.
Em particular com o facto de não existir uma Bancada Super Bock.
A menos que se trate de uma forma inovadora de contrato publicitário onde não se faça publicidade.
“A gente paga-vos para nos patrocinarem mas não queremos nada alusivo a nós”.
Se for assim parece-me bem.
Mas noto que em Setúbal existiu estratégia diferente. Aquela malta tem por lá uma Bancada Super Bock. Mais, até tem um slogan todo catita que diz: “Special One”.
Uma alusão à bebida, ao clube, e ao outro gajo que treina em Itália e que agora não me lembro do nome.
Em Belém, se permitirem a sugestão, já estava a ver uma faixa semelhante mas com três garrafas de Super Bock e a frase “Torres de Belém”.
Podem pegar na sugestão e fazer dela o que quiserem que não é por isso que a gente se vai chatear. Se afinal já não existiu acordo então tenho um problema. Se juntar às minhas divergências com a Sagres também a Super Bock ainda dou por mim a beber Tagus.


2) De resto já esta semana ficou a saber-se que a malta vai voltar a ir a votos. O presidente deixou de o ser.
Parece que foi “pressão” e “clima de terror”. Eu sou testemunha. Pelo menos da última parte.
Posso garantir que estive presente no jogo com o Covilhã e depois com o Paços de Ferreira e realmente aquilo que se viu em campo parecia um filme de terror. Daqueles de baixo orçamento. Por falar em orçamentos, parece que voltamos a ocupar lugar entre os sete mais altos do campeonato, o que aliás se compreende se tivermos em conta que os responsáveis pelo clube avançaram com a UEFA como objectivo.
Agora olhando para isso e para fenómenos como o de Alicio Julião, que chegou, treinou, falou à imprensa....e afinal já não conta, é que eu tenho alguma dificuldade em perceber.
Mas eu sou um tipo que também raramente percebe as coisas à primeira.
Lembro-me de uma vez ter dito, num início de época, “este Petkov é que é um senhor jogador”. Mais tarde, no mesmo ano, disse “este Sallam Sow ainda nos vai render bom dinheiro”.
Até tenho vergonha de confessar estas coisas.


3) O público continua sem aparecer no Restelo.Sejam sócios ou adeptos.
Aliás, refira-se que o Belenenses deve ser o único clube a nível mundial onde um gajo que vá com regularidade ao futebol sai mais barato não ser sócio do que ser.
Senão vejamos: Sendo sócio pago 8,5 euros/mês + 6 euros de 15 em 15 dias.
Não sendo sócio pago 10 euros de 15 em 15 dias.
É claro que neste último caso não posso usufruir das inúmeras vantagens que o clube me disponibiliza por ser sócio.
Que são tantas que dava muito trabalho indicá-las todas agora.
Não fosse eu viciado naquele gesto do descola-a-quota-cola-a-nova e era capaz de começar a pensar duas vezes.

Salvador do Carmo

Salvador do Carmo, na foto (datada de 1932) vestido com o equipamento de árbitro. 
Um dos grandes dirigentes da história do Belenenses. Além de árbitro, foi várias vezes seleccionador nacional de futebol.