Slaven Belupo, 2 Belenenses, 0 - Taça Intertoto

Koprivnica, 6 de Julho de 2002

Wilson, Filgueira, Marco Paulo, Carlos Fernandes, Marco Aurélio e Tuck
Rui Duarte, Neca, Verona, Djalmir e Rogério

Por 2 minutos não entraram para história, por 2 minutos ficaram na história...

Equipa do Belenenses da época 1954/55. Da esquerda para a direita e de cima para baixo:
Pires, José Pereira, Serafim das Neves, Carlos Silva, Vicente, Raul Figueiredo, Tito, Dimas, Di Pace, Matateu e Ricardo Perez.

In Memoriam: Há um ano que Pepe morreu !

No dia 23 do corrente passará o primeiro ano sôbre o desaparecimento do inditoso internacional belenense José Manuel Soares, o «Pepe».
Figura particularmente querida, que passou mesmo a ser símbolo no nosso desporto, o recorte do saüdoso jogador reaparece-nos, na hora que passa, com as côres vivas da saüdade, nimbado suavemente com o friso de uma evocação onde há mixto de carinho e de respeito.
Stadium associa-se, no momento de consternação, á grande família dos «azues», mais que nenhuma ferida com a - ainda hoje - insubstituível perda. E, no momento em que Belém descerra uma lápide evocativa, agrega o seu pensamento maguado ao de quantos, pelo país fora, tiveram de verdadeiro e lutuoso recolhimento.

Recordando…

Morreu o Pepe, mas a sua imagem viverá sempre no espírito de todos quantos o conheceram.
Cá longe, nesta quebrada, onde veio repercutir-se o éco sentido da sua morte, Pepe contava amigos tão sinceros e admiradores tão entusiastas, como entre aqueles que o rodeavam.
Disseram-nos os redactores de o Sport Ilustrado, que tão dignamente souberam tratar das coisas do inolvidável Pepe, e os inumeráveis admiradores do Belenenses, que soube com tôda a altivez sustentar dentro do seu clube um desportista como o Pepe… Nestas linhas humildes e obscuras, a Covilhã desportista tem o fim único de relembrar o Pepe, prestando assim uma homenagem viva, embora modesta, - sentida, ainda que nobre, desejando assim levar um pouco de calor à sua campa fria, um raio de luz ao seu coração inerte. E porque Pepe era um dos grandes desportistas na verdadeira acepção da palavra.
José Manuel soares, o Pepe, desapareceu na luta em que a sua actividade se definia brilhantemente.
A sua modesta bondade, o seu coração ardente e fervoroso, tornaram-no conhecido e respeitado de todos, até mesmo dos seus adversários.
Há um ano que das fileiras do desporto a morte levou o nosso «player» internacional.
Em plena mocidade, de 22 anos, e depois de uma época em que o seu incansável coração alcançava um brilho esplendente ao desporto, Pepe morreu… Esta nova fatídica correu célere, como, afinal, tôdas as más novas, e chegou até nós, apesar de escondidos no coração de Portugal.
Era triste, então, ver a multidão num mixto de ânsia e incredulidade, perguntar a si mesmo: quem morreu? Aonde e como morreu o Pepe? É impossível; o Pepe não podia deixar-nos tão cêdo !...
Mas, infelizmente, foi possível. O popular Pepe morreu, e, com a morte, perdeu o Belenenses um grande desportista, e o desporto um grande amigo.
Pepe morreu, sim, mas a sua memória ficou vincada nos corações de todos os desportistas de Portugal e até do estrangeiro.
A Covilhã recorda com saüdade os seus feitos, e jamais esquecerá que a dentro dos seus muros Pepe passou algumas horas, que para nós foram curtos instantes.
Da memória de todos os desportistas covilhanenses jámais se apagará a figura simpática de José Manuel Soares, o Pepe.
E aos vindouros será apontada a sua fotografia, como a de um homem que soube ser leal, honrando assim o seu nome e o do seu clube.

Covilhã, 4-10-932
Joaquim R. Gonçalves

O luto da equipa de Honra do C.F. «Os Belenenses», pela morte do «Pepe»

Os titulares da equipa da 1ª categoria de "Os Belenenses", da época 1931-32, com fumos negros no braço esquerdo em memória do companheiro falecido, José Manuel Soares "Pepe"

Joaquim Manique


Joaquim Manique, valoroso ciclista belenense que mostrou todo o seu valor, 
nas estradas do país, nomeadamente na segunda metade década de 30

É... o José Simões !


« O "Belenenses" foi sempre o clube das grandes dedicações - onde tem havido sempre jogadores para quem o ideal das mais gloriosas energias. Augusto Silva, César de Matos, Joaquim Almeida... - nomes que, noutras épocas, traduziam a expressão máxima do amor clubista, foram "belenenses"... Hoje - continua o heroísmo do "team" de Belém. No entanto, ao lado de Belo e de Bernardo...um outro há para quem se voltam todos aqueles que sonham sempre com o grande Belenenses de tardes gloriosas: É... o de SIMÕES ! »

José Luíz


«O extremo esquerdo do Belenenses, jogador de vastos recursos, várias vezes "internacional" sem ser velho nas lides, parece no entanto ter remoçado, após um afastamento temporário. As suas últimas exibições teem merecido justos aplausos da critica. "Stadium", sauda-o !»

Apesar de tudo, os clássicos ainda são o que eram: dos 3-0 de 2002 aos 30 penalties do recente jogo para a Taça


Equipa que alinhou contra o F.C.Porto, no recente jogo a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal (20/01/2010). De pé e da esquerda para a direita: Gabriel Gomez "Gavilan", Celestino, Devic, Pelé, Bruno Vale e José Pedro. Ajoelhados: Yontcha, Fredy, Lima, Barge e Mano.


Por onde andam os heróis Belenenses de 2002
  • Marinho Peres 63 anos, O seu último clube foi o ASA, de Angola, em 2008/09 (Treinador)
  • Marco Aurélio 39, Retirou-se em 2006/07 e voltou para o Brasil
  • Neto 29, Joga no Fátima
  • Filgueiras 43, Retirou-se em 2003/04 e é técnico na formação do Belenenses
  • Wilson 41, Retirou-se em 2008/09, no Rio Maior
  • Pedro Henriques 35, Retirou-se em 2004/05, na Académica
  • Marco Paulo 36, Joga no Mafra
  • Tuck 40, Retirou-se em 2004/05 e é secretário-técnico no Belenenses
  • Rui Duarte 31, Joga no Olhanense
  • Verona 36, Joga no Araguaia (MT), no Brasil
  • César Peixoto 29, Joga no Benfica
  • Cafu 32, Joga no Anarthosis, em Chipre
  • Gerson 35, Retirou-se em 2006/07, no Lusitânia
  • Fajardo 31, Voltou ao Belenenses, por empréstimo do Panthrakikos
  • Seba 35, Retirou-se em 2008/09, no Andorra C.F,
Relação dos "heróis" in "O JOGO Online" por P.M.A.

Daquilo que uns não gostam, outros enchem a barriga


Se a direcção do meu clube estivesse no Facebook não ia precisar do botão “gosto disto”.
Iria fazer-me mais falta um de “f... devem estar a gozar”.
Das novidades que chegaram ao Restelo desde a última vez que aqui escrevi, e entenda-se por novidades algo que seja verdadeiramente novo, ou seja dias de folga enquanto os adversários directos realizam jogos de preparação é um hábito já enraizado e por isso não conta, destaco os rumores que apontam o fim da Natação.
Desde que o futebol foi ganhando aquela característica a que alguns gostam de chamar “moderno” parece, argumentam os especialistas, que os clubes são empresas e como tal devem ser comandados com uma forte componente de gestão. O que é curioso. A mim ninguém perguntou se eu queria que o meu clube fosse uma empresa.
Se era para isso ia apoiar a EDP aos torneios do Inatel. Ainda assim, já que garantem eles que é o “modelo mais indicado”, ao menos que fosse uma empresa com alegria no trabalho. E não uma onde aparentemente existe uma grande dose de precariedade.
E onde, a julgar pela Natação, parece existir uma aposta no trabalho temporário. Parece um daqueles casos onde as pessoas viram os seus contractos de efectivos, já com dezenas de anos de dedicação à “empresa”, renegociados à má fila e sem o seu consentimento.
Não se sabe qual a “estratégia”. Aparentemente é cortar aos pedaços. Provavelmente a piscar o olho a alguma falência fraudulenta. A questão neste futebol a que alguns gostam de chamar “moderno” é que nunca ficou muito bem esclarecido o papel dos adeptos na tal “empresa”. Olhem, quem sabe se, para tornar a brincadeira mais real, não podem vestir a pele de uma espécie de Autoridade Para as Condições no Trabalho que vai exigir a revisão destes contractos para que seja restabelecida a justiça laboral.
É que sabem, estou cá desconfiado que as recentes direcções do meu clube têm vindo a jogar uma espécie de Batalha Naval.
Cada um vai tentando, à vez, ver se consegue afundar mais um pedaço de História. Talvez até ao dia em que um deles solte o grito triunfal: Belenenses ao Fundo!


PS: No café, enquanto passava os olhos por uma edição já com algumas semanas do “Correio da Manhã”, não pude deixar de reparar na secção de desporto o título em destaque numa notícia relativa ao Futsal: “Benfica esmaga Mogadouro por 5-1”. Umas linhas abaixo lia-se “Belenenses venceu Vila Verde por 7-0”. Dei por mim a pensar como seria emocionante ser adepto de um clube que esmaga os seus adversários por 5-1. Mas tenho de contentar-me em ser de um que apenas os vence por 7-0.

Texto de Gennaro, que escreve no BI quando lhe apetece.

A equipa do Belenenses em cromos da época 1975/76


Carlos Silva (Treinador), Melo, Sambinha, Quaresma, Luís Horta, 
João Cardoso, Isidro, Esmoriz, Godinho, Amaral, Alfredo e Gonzalez

F.C. Porto, 2 - C.F."Os Belenenses", 6

                                 A EXPRESSIVA VITÓRIA DO BELENENSES NO PÔRTO
Numa tarde (Janeiro de 1945) em que a neblina mal deixava distinguir os jogadores em campo.
  1. Como entrou o segundo ponto do Belenenses;
  2. Barrigana não pode segurar a bola escorregadia e é o 5º "goal";
  3. Armando e Guilhar disputam a bola;
  4. No penúltimo minuto, Elói o 6º tento lisboeta.

Mário de Faria e Melo Ferreira Duarte

"Sócio fundador do Club de Foot-Ball Os Belenenses - nº 8 - e seu guarda-redes desde o 1º desafio (Novembro de 1919) até 1924.
Primeiro sócio de Os Belenenses que defendeu as côres do Club em atletismo."

Foto e texto publicados na revista "Stadium" de 30 de Novembro de 1932

"A casa azul de Cristo" em 1991 na descrição de Rui Dias

"A Casa Azul de Cristo rebenta pelas costuras. Faltam campos, ginásios e as piscinas. 
Mas como também falta o dinheiro..."


15 modalidades 2533 praticantes

Reportagem d' A BOLA Magazine de Fevereiro 1991

O Belenenses perdia, não digo habitualmente, mas o suficiente para só uma vez ser campeão

"O Belenenses perdia, não digo habitualmente, mas o suficiente para só uma vez ser campeão. Na altura, isso inferiorizava-me perante outros miúdos do Benfica ou do Sporting.

Mais tarde, descobri que foi uma felicidade ter-me tornado Belenenses: cedo aprendi a saber perder e a não mudar de ideias por causa disso.

Talvez se eu tivesse sido um puto de outro clube mais afortunado, não tivesse agora a simpatia que tenho pelos perdedores, um certo fascínio pelas causas perdidas; não fosse hoje um homem de tantas fidelidades." José Manuel Rodrigues da Silva (1939-2009)
Fotos: Jornal "Expresso" e "JL"

Camolas: um homem só

                            "No Pinhal Novo, amparado a uma bengala, olhar no infinito, 
um ex-jogador, bom de bola, luta tenazmente pela vida... "


"Com dificuldade, muita, mesmo muita dificuldade, Camolas pronuncia a custo algumas frases. Não consegue movimentar o braço direito e segura uma bengala que o apoia nos movimentos" 
"A voz prende-se-lhe, as palavras não saem como quer. como era diferente o tempo em que agarrava na bola e caminhava para a baliza. Só o sorriso é igual."
In "A BOLA Magazine" nº 99 de Agosto de 1995.

O ex-belenense Rodrigo Oliveira da Silva Alvim é jogador do campeão brasileiro, Flamengo


"O lateral-esquerdo Rodrigo Alvim carrega consigo o estereótipo do jogador gaúcho - bastante aguerrido e dedicado, surgiu para o futebol defendendo o time de base do modesto Caxias da cidade homônima no Rio Grande do Sul. Antes de acertar com o Flamengo, passou pelo futebol português e alemão. Na Gávea, poderá atuar tanto como lateral-esquerdo quanto como primeiro volante.
Pelo Belenenses, Alvim finalmente ganhou destaque e ficou conhecido por ser um jogador absolutamente versátil dotado de características ofensivas e defensivas proporcionais, além de ter um aprimorado senso técnico. Graças a esta fama, o jogador, em 2008, foi vendido ao Wolfsburg da Alemanha."
Texto retirado do site do "Clube de Regatas do Flamengo"

JOSÉ ANTÓNIO Prudêncio Conde Bargiela

Tribuna de Honra do Estádio do Jamor, 28 de Maio de 1989.
José António acaba de receber a Taça de Portugal das mãos do então Presidente da República, Mário Soares.