- FC Bayern's Zé Roberto (L) vie with Belenenses Jose Pedro (R) during their 1rst round, second leg UEFA Cup football match in Lisbon 04 October 2007. FC Bayern plays against Belenenses. AFP PHOTO/ NICOLAS ASFO
- Benfica´s Luisao (R) vies with Belenenses´ Weldon (L) during their Portuguese Liga football match at Restelo Stadium in Lisbon 15 December 2007. AFP PHOTO / FRANCISCO LEONG.
- Benfica´s Leo (L) and David Luiz (R) look on as Belenenses´ Weldon (2R) celebrates with teammate José Pedro (2L) after scoring the opening goal during their Portuguese Liga football match at Restelo Stadium in Lisbon 15 December 2007. AFP PHOTO / FRANCISCO LEONG.
- FC Porto's Ricardo Quaresma (R) vies with Belenenses' Rodrigo Alvim (L) during their Portuguese liga football match at Restelo Stadium in Lisbon, on March 30, 2008. AFP PHOTO / PAULO CORDEIRO.
- Real Madrid's Soldado (R) and Belenenses's Rolando jump over Belenenses«s goalkeeper Marco Gonçalves during the Teresa Herrera Trophy friendly football match in Coruna, 08 August 2007. AFP PHOTO / MIGUEL RIOPA.
O Belenenses em fifa.com
O Belenenses na Covilhã
Na primeira foto: Daikité, Diego Navarro, Rodrigo Arroz, Júlio César e José Pedro.
Cândido Costa, Mano, Barge, Fredy, Ivan e Marcelo.
Jogo com o Sporting da Covilhã, na presente época.
Fotos enviadas pelo blog Amigo do BI, História do S.C.Covilhã
A equipa do Belenenses em Portimão na época 1967/68
Jogo com o Portimonense a contar para a 1ª eliminatória da Taça de Portugal da época 1967-68 (vitórias nos dois jogos por 4-0 e 4-1). Da esquerda para a direita:
⛹ Manuel Rodrigues, Vítor Godinho, João Gomes, Raúl Caneira, Manuel José, Luciano, Ernesto, Lua, Esteves, Sérgio e Alfredo Quaresma.
Foto com a devida vénia dos Blogs Portimonense 1914 e Arquivo C.F.E.L.
O futuro do Belenenses é negro ou somos nós que estamos de olhos fechados ?!...
Um teste. Sugiro um teste. Mas não daqueles de cruzinhas. Quero uma coisa com perguntas de desenvolvimento.
Para os sucessivos cavalheiros que vão surgindo, ano após ano, nas listas para candidatos à direcção do meu clube.
Peça-se para explicar, em quatro ou cinco linhas, um momento que o tenha emocionado como adepto do Belenenses.
Não é uma questão de história. Não é para ir aos livros, que o teste não é com consulta. É assunto pessoal. Fale de um momento que o tenha emocionado nos seus dias de adepto. Um golo que tenha ficado gravado na memória. Um instante de revolta que não mais esqueceu. Aquela equipa que o apaixonou. E seja sincero. Não minta. Esqueça os slogans e as frases feitas.
Sabem, meus caros, é que eu tenho um problema. Julgo que a única coisa que me liga a este clube é a minha paixão irracional. A mesma que me faz chegar com mais de uma hora de atraso ao trabalho porque o jogo teve trinta penaltis e a minha paixão é incompatível com greves.
Que me faz escutar com atenção o meu pai falar dos tempos em que o meu tio vestiu a camisola azul, a mesma que hoje é usada sem vergonha por mercenários, ou que aquele senhor que ali está é o Vicente.
E dedico um pouco mais de atenção para o ouvir falar do Vicente que até nisso o clube parece ter pudor em mencionar. Infelizmente parece que esta paixão é algo que caminha num sentido apenas. De cá para lá.
Até mesmo quando recuso ser cúmplice com a degradação do clube e disponho-me para o ajudar no limite das minhas competências.
Ele permanece imóvel, estático e em silêncio. Ou quando vejo que aqui e ali ainda há motivos para celebrar.
Como no futsal onde encontro treinadores que se emocionou nas derrotas e atletas que beijam a camisola nas vitórias. Ou no andebol onde a rapaziada recusa adoptar postura de submissão seja com quem for.
Mas até aqui parece que o clube recusa ser feliz. Porque escuto mais vezes do que gostaria aqueles que dizem que é tudo errado.
Que esta malta que nas modalidades verte lágrimas e suor pelo clube deve ser esquecida. Que sugam o dinheiro que podia ser canalizado para o futebol. Como se fosse possível irmos cortando tudo até nada restar.
Pelo contrário. São eles as boas práticas. É para lá que temos de olhar.
São eles a Escandinávia nesta Grécia em que se transformou o meu clube. E vão lá buscar ideias. Colaborem uns com os outros.
Assumam, se assim preferirem, que este ano baixamos de divisão.
Mas que começa-se a trabalhar já hoje num Belenenses melhor.
Num Belenenses maior. Ou então digam: não somos capazes. Tentámos e não resultou. Colocamos aqui o lugar à disposição para quem quiser tentar fazer melhor. Se ninguém surgir, então com espírito de missão mantenham-se firmes e humildes no comando. Porque eu duvido muito, mas muito, que sintam sequer metade daquilo que eu sinto por este clube. Porque se isso fosse verdade, ficaria muito surpreendido por vê-los encarar cada dia como se fosse mais um, enquanto o vosso nome fica para sempre associado ao que de pior há memória em 90 anos de existência. No meu trabalho não gosto de errar. Não é por medo do despedimento. É com medo de desiludir aqueles que confiaram em mim.
"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"
(Gabriel O Pensador,” Até Quando?”)
Texto de Gennaro - Titulo do BI
Morreu o Pepe ! Honremos a sua memória dignificando o football !...
"Morreu o Pépe! A notícia, como tôdas as más notícias, correu célere, levando a desolação a todo meio desportivo.
Vitimado em circunstâncias dolorosamente trágicas, quando contava apenas 22 anos, quando a sua vida resplandecia no máximo da pujança, José Manuel Soares leva consigo a dor inconsolável dos seus parentes, o pranto comovido e a saudade enorme dos seus companheiros de desporto, e a compaixão de todo o público."
Vitimado em circunstâncias dolorosamente trágicas, quando contava apenas 22 anos, quando a sua vida resplandecia no máximo da pujança, José Manuel Soares leva consigo a dor inconsolável dos seus parentes, o pranto comovido e a saudade enorme dos seus companheiros de desporto, e a compaixão de todo o público."
Morreu o Pépe !
Pepe nasceu há 102 anos
"Pepe - O jogador-tipo do foot-ball português - corpo meudo e nervoso que vence atletas e conquistou para o nosso paiz, no domingo, a maior glória desportiva deste ano." In "Notícias Ilustrado" de 19 de Janeiro de 1930.
José Manuel Soares "Pepe"
Ora, tomem lá um das Caldas ! quer dizer: tomem lá, quatro (Belenenses) das Caldas...
Bonecos de loiça das Caldas da Rainha. Estes bonecos eram muito "famosos" até ao final dos anos sessenta.
Não havia taberna, que se prezasse, que não tivesse um boneco destes exposto, na prateleira detrás do balcão entre meia dúzia de garrafas sebosas. Em regra, era um do Belém, um do Benfica e outro do Sporting.
E do Porto? amigos, qual Porto qual carapuça...havia poucos ou nenhuns. Mais nenhuns que poucos. Outros tempos... tempos do "triunvirato", BSB.
Uma curiosidade: o Belenenses era o único Clube com um "boneco/jogador" preto (como se dizia na época), e por quê? Exacto. Por causa dele. Do nosso Matateu.
Matateu, faleceu há 10 anos
A arte da caricatura para lembrar Lucas Sebastião da Fonseca "Matateu". Natalino, Pargana, Francisco Zambujal, Galvão e Miguel Salazar, os artistas que caricaturaram o eterno símbolo do Belenenses.
« Faleceu quinta-feira às 9 horas de Lisboa (uma da madrugada no Canadá), no Vitoria General Hospital, acabando assim por ceder ao cancro ósseo e leucemia. Havia entrado em estado de coma há três dias, pelo que o falecimento era uma questão de tempo.
Será cremado e as cinzas entregues ao Belenenses, por vontade do irmão Vicente e da filha Argentina.
Ponto. Parágrafo. O homem já não está entre nós, mas a memória vive com força. A recordação de um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos merece homenagem condigna.
Antes de Eusébio, o rei era Matateu, um ídolo nacional que não vestiu a camisola de um dos três grandes.
Mas o Belenenses também foi grande com Matateu, melhor marcador em 52/53 (29) e 54/55 (32).
Lembrar Matateu é recordar o jovem moçambicano, nascido a 26 de Julho de 1927, que rumou ao Belenenses em 1951 e se estreou após duas semanas de treinos, ante o FC Porto.
Agradou a toda a gente e o adversário seguinte, o Sporting, conheceu a sua veia goleadora, perdendo, por 4-2, com dois golos do avançado. Foi o começo.
Em 291 jogos do Campeonato Nacional, marcou 217 golos. Foi internacional 27 vezes, marcando 17 golos. Venceu uma Taça de Portugal (1960), duas Taças de Honra (1959 e 1960) e participou na Taça Latina (1954), onde foi considerado o melhor jogador.
Em 1964 saiu do Belenenses num processo polémico e foi ajudar o Atlético a subir de Divisão. Passou pelo Amora e emigrou para o Canadá, onde continuou a carreira até quase 50 anos.
A "oitava maravilha", como lhe chamou o jornal inglês "Daily Sketch", após um jogo entre as selecções portuguesa e inglesa, em 1955, parecia uma sombra de si mesmo ante a Argentina, a 28 de Novembro de 1954.
No intervalo, o seleccionador Tavares da Silva dá-lhe a notícia: "Já és pai."
Na segunda parte o jogador é um diabo à solta. À filha dá o nome de Argentina.
Há muito radicado no Canadá, Matateu acabou por considerar aquele país a sua pátria.
Voltou a pisar solo português em poucas ocasiões, tendo sido, numa delas, agraciado com a Medalha de Mérito Desportivo, atribuída pelo Governo português. A doença levou a melhor aos 72 anos.» In jornal "Record" de 28/01/2000
A equipa de 1951 do Micaelense Futebol Clube
(...) ficando célebre a "caravana azul", que se deslocou à pérola do atântico nos anos cinquenta, altura em que, por motivos vários levaram o Micaelense a mudar de cores para o azul e branco, ficando então a filial nº 10 dos Belenenses. (...)
Para ver a "caravana azul" clique AQUI
Texto retirado daqui
Para ver a "caravana azul" clique AQUI
Texto retirado daqui
Bruno Vale: "Exibição da Taça vai dar-nos um empurrão"
Guarda-redes recorda noite 'louca' do jogo da Taça contra os dragões
Correio Sport – Trinta penáltis! Esperava uma noite tão longa?
Bruno Vale – Não passámos mas fizemos um jogo com personalidade. No final ficou uma sensação de crueldade, porque merecíamos mais.
Correio Sport – Defendeu quatro penalidades. Qual a sensação de brilhar frente ao FC Porto, a que está ligado?
Bruno Vale – Ser o FC Porto ou o clube da esquina neste caso é igual. Dei o meu melhor e pensei no Belenenses.
Correio Sport – Que explicação haverá para o momento negativo do Belenenses?Bruno Vale – Desperdício, falta de sorte... A exibição da Taça vai dar-nos um empurrão. Deixou nas pessoas uma imagem diferente da que tinham de nós
O PADRINHO MOURINHO
O guarda-redes, de 26 anos, sucessivamente emprestado pelo FC Porto, esteve em destaque no seu último ano de júnior. Quando José Mourinho o promoveu ao plantel principal. 'Quando melhorar o jogo com os pés vai ser o guarda-redes com maior potencial para o futuro', vaticinou, então, o ‘Special One’.
In edição de hoje do "Correio da Manhã"
"Os Belenenses": Campeão de Lisboa na época de 1943-44
Plantel do C.F. «Os Belenenses» da época de 1970/71
Homero Serpa (Director Técnico), José Manuel Félix Mourinho (jogador e treinador de campo), Celestino Ruas, Alfredo Quaresma, João Cardoso, Estêvão, Ferro Pais, Pena, Alfredo Murça, Freitas, Amaral e Vítor Cabral.Djalma, Arlindo, Virgílio, Aurélio Gomes, Laurindo, Camolas, Carlos Serafim, Ernesto e Godinho.
"Esta já é uma excelente equipa, longe das equipas entre 66 e 69, com a crise do Estádio, etc., épocas de pouca estabilidade. Deve ter sido na época seguinte que o Carlos Serafim, a nossa maior promessa, teve uma grande lesão, que o afastou do futebol.
No ano seguinte, 71/72, já não me lembro do técnico (Mário Wilson?), com Murça, Quinito, Estêvão, aquilo é que era jogar. Que diferença para os dias de hoje. O Estêvão tinha um pontapé notável e a centrar o pé esquerdo era uma autêntica colher.
Muitos outros estão aqui e eram excelentes jogadores - João Cardoso veio do Sacavenense como extremo-esquerdo, foi em boa hora adaptado a defesa-esquerdo. Pena que o clube não o tenha segurado no pós-25 de Abril. Como o Freitas e o Laurindo.
Quando o Fredy recuou para defesa esquerdo, na 4ª feira, lembrei-me do João Cardoso. Do Godinho, internacional A, que esteve para ser dispensado, nos anos anteriores, do que me lembro mais foi quando recuou para jogar com o Gonzalez pela esquerda. Minha nossa. Vi muitos defesas direitos de gatas atrás da bola, era um show.
E atenção ao guarda-redes, que era banco em Setúbal (do Vital, ex-Lusitano de Évora), e recuperou a carreira no Belém onde ainda jogou 5 épocas talvez, com resultados muito honrosos da nossa equipa.
Os Mourinhos são de Setúbal, mas não podem negar uma ligação quase umbilical ao Belém." José, texto retirado dos comentários a este post
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Esta noite, os jogadores honraram o Clube de Futebol "Os Belenenses"!
Apesar de o Belém ter sido eliminado da Taça de Portugal pelo FC Porto, enquanto belenenses sentimos que a equipa honrou a camisa com o emblema da Cruz de Cristo. Assim, devia ser sempre!
Belenenses, 2 - F.C. Porto, 2 (11-12, nos penalties)
Penalties para a história do futebol
Foram precisas 30 grandes penalidades para decidir.
"O Belenenses-F.C. Porto desta quarta-feira já tem lugar na história do futebol português, que nunca tinha visto um jogo a este nível em que tenham sido precisos 30 penalties para encontrar um vencedor.
E a maratona de três horas do Restelo, que deu volta e meia aos 20 jogadores em campo, também ganha um lugar nos livros de recordes do futebol mundial."
Texto (parcialmente) retirado daqui
Perante uma multidão nas Salésias: O Belenenses vence o Sporting e sagra-se «Campeão de Lisboa» de 1930
📷 Pepe envia um shoot ao canto das rêdes leoninas marcando o primeiro goal
(...) o certo é que o Club de Belem evidenciou uma nítida superioridade sobre todos os restantes contendores, tendo esmagado muitos deles por "scores" verdadeiramente impressionantes. Os clubes que mais de perto seguiram o campeão, Bemfica e Sporting, estiveram longe da regularidade evidencia da pelos Belenenses (...)
In "Notícias Ilustrado" de 30 de Março de 1930
Pepe em FPF.pt : O mito do «Cometa Azul»
Nome: José Manuel Soares, dito «Pepe» Data de nascimento: 30-1-1908. Data de falecimento: 24-10-1931 Naturalidade: LisboaPosição: avançadoJogos e golos pela Selecção Nacional: 14/7 golosEstreia: 16-3-1927, em Lisboa, contra a França (4-0). Último jogo: 23-2-1930, no Porto, contra a França (2-0)
Não se consegue falar de José Manuel Soares sem sublinhar a negro os estranhos episódios que rodeiam a sua morte.
Na noite de 22 de Outubro de 1931, um jantar de família na sua casa da Rua do Embaixador, junto ao Mercado de Belém, onde a mãe tinha uma banca de fruta, ser-lhe-ia fatal. Uma intoxicação alimentar, provavelmente provocada por uma sopa de grão temperada com chouriço, atira Maria José, a mãe, Rogério e Susana, os irmãos para as urgências do Hospital de São José.
Pepe deu entrada no Hospital da Marinha, contorcendo-se com dores, sofrendo hemorragias. Morreu no dia 24, às 10h30. Tinha 23 anos.
Era um menino pobre que se transformara na estrela mais incandescente do futebol português. Estavam reunidos todos os argumentos para a construção do mito. E assim aconteceu. Outubro foi um mês marcante na vida de José Manuel Soares.
Foi no dia 18 de Outubro de 1924 que se estreou nas reservas do Belenenses, seu clube de sempre. Era o primeiro passo. Dois anos depois, então com 18 anos, surge na primeira equipa, num encontro frente ao Benfica, no velho Campo das Amoreiras.
Os azuis perdiam por 1-4 a 15 minutos do final. Mas a reviravolta foi terrível: chegaram ao empate e beneficiaram de um «penalty» no último minuto. Augusto Silva, o treinador do Belenenses, manda avançar Pepe para a marca de grande penalidade. Ele, ingénuo, ainda pergunta: «Eu senhor Augusto?» Mas não foge à responsabilidade. Chuta, faz o golo, garante a vitória. Nasciam dois mitos: o mito de Pepe e o mito do «quarto de hora à Belenenses».
A sua estreia na Selecção Nacional também confirmou a sua aura de menino-prodígio. Tinha 19 anos e o adversário foi a França, no Estádio do Lumiar. Vitória contundente, por 4-0, com dois golos de Pepe. Saiu do campo em ombros, no meio da euforia popular. A sua figura franzina, os seus dribles, a sua velocidade, o seu poder de impulsão e a espontaneidade dos seus remates encantavam o público. Durante os três anos seguintes foi titular indiscutível da «equipa de todos nós» e não falhou nenhum dos 14 jogos disputados por Portugal, entre os quais se incluíram os da grande aventura dos Jogos Olímpicos de 1928, apontando dois golos no jogo de estreia, com o Chile (4-2).
Ganhou a alcunha de «Cometa Azul». Foi um cometa no campo e na vida.
Texto retirado daqui
Pepe: o jogador tipo do foot-ball português
O Foot-Ball e os Pombos Correios que a rapaziada de Belém larga em pleno azul, após as suas victorias
Já nos referimos aos pombos que a rapaziada de Belem larga em pleno azul, após as suas victorias. Hoje, fazemos mais.
Apresentamos o pitoresco duma fotografia em que se vê o popular Azevedo, findo o jogo com o Bemfica, abrir as mãos e atirar para imensidade a boa nova dum pombo correio, que levava o amavel segredo da victoria. . .
Bilhete curto, de caligrafia comovida e nervosa, ele ahi vai pelos ares fóra, sobre o coração da ave — pronto a tornar-se em foguetes e em vivas...
Ganhámos! Uma palavra apenas, a saber a lágrimas e a risos. A gente de Belem, á maneira antiga e desprezando os telefones—contenta-se assim, lá de longe, a olhar o céu anciosamente...
— Lá vem ! Lá vem !
Mas não é ainda. As desilusões sucedem-se.
A's vezes são gaivotas vadias que vêm em raids por terra e iludem os que esperam... Pombos correios, isso sim...Entardecera já.
Ficára combinado largarem um pombo ao primeiro goal e á hora de acabarem os noventa minutos — ainda o ceu estava virgem das azas brancas da bôa nova.Belem desesperava. O desafio estava dado como perdido — e todos se olhavam com tristeza. E quando finalmente, com sua fidelidade, generosa—o pombo surgiu, ninguem queria acreditar...
— Ganhámos ! Ganhámos !
São assim os entusiastas do grupo da praia. Querem ao seu club, como se quere a uma pessoa de familia. Amam-no e comovem-se, com os seus triunfos. Choram e afligem-se com as suas derrotas.Belem é assim um club — que vive das almas...
Eduardo de Azevedo, grande pilar do grupo, a alma esforçada do team—é como todos, um entusiasta, um crente. Entrega-se corajosamente—e a sua vontade pode mais que tudo o resto. Quando ele joga só uma coisa vê e deseja a equipe azul. Enchê la de gloria e de triunfo. Pode estar arrazado, doente, fisicamente combalido, mas entra no campo e transforma-se. O pombo correio que parte – é sua fé realisada, cortando o ceu...
Explicam se assim os seus triunfos - a fé jâ não abala montanhas mas ainda mete bolas nas redes adversarias - Pépe é na linha avançada - o resto da vontade de Azevedo.
Pépe realiza o sonho. Azevedo encarrega se a todo o custo de o manter.
A vida rola indiferente. A cidade debate-se nos seus conflitos intimos.
Cada casa é uma ambição. Por toda a parte lutas desiguais, sonhos, quimeras — e indiferença.
Uns dormitam, as mulheres à janela olham a vida, com placidez. Os gaiatos brincam nas ruas. Toda a aparencia é calma.
Mas no azul a aza branca esconde o fremito, o esforço enorme e là vai velozmente a transportar a noticia anciosamente esperada.
— Ganhàmos! Ganhâmos !
Quando Belem acaba um jogo, ha sempre lagrimas. E' o club popular por excelencia — o Belenenses. O seu entusiasmo sincero e comovedor cheio de ingenuidade talvez — é assim, enorme como um gigante de alma primitiva ...
Sorri quando vence, define-se por expressões plebeias...
Larga aos ceus e com entusiasmo, pombos correios quando vence — como se quizesse mandar a noticia ao mundo inteiro e confia sempre na victoria nesta frase risonha e popular
— isto estâ como hade ir...
... São assim os Belenenses !
In "Eco dos Spo" (página 4) de domingo, 22 de Maio de 1927
Plantel do C.F."Os Belenenses" da época 1972/73
Em cima da esquerda para a direita: Peres Bandeira (treinador), Carlos Serafim, Alfredo Murça, Ferro, Mourinho, Ruas, Parreira, Pietra, Freitas, Calado, Quaresma e João Silva (massagista).Em baixo, da esquerda para a direita: Gomes, Ernesto, Laurindo, Quinito, Luís Carlos, Godinho, Leandro, Silva Santos, Júlio, Gonzalez e Canana
O Belenenses no livro "Cien años de Leyenda (1902-2002)"
O Belenenses é mencionado nas páginas 138 e 139 do livro oficial do centenário do Real Madrid, "Cien años de Leyenda (1902-2002)". Numa das fotos, Mariano Amaro cumprimenta o capitão do Real Madrid, Ipiña, antes do início do jogo de inauguração do Estádio Chamartin. Em 1955, o Estádio seria rebaptizado como Santiago Bernabéu, nome do emblemático presidente merengue (falecido em 1978).
Freddy Adu, o fenómeno americano já cá não está
A direcção de turno do CFB, fez o melhor acto de gestão até ao momento: devolver à procedência, aquele que o órgão central do SLB, vulgo "A BOLA", chamava de fenómeno americano, Freddy Adu. Barrete por barrete, antes aqueles que vamos enfiando à conta das nossas magníficas aquisições, sejam na forma de "por contentor é mais barato" sejam na forma por indicação de "experts".
Bonecos da bola - AZES DO FUTEBOL - 1944/45
Vicente do Ó, um belenense que afirma excepcionais qualidades atléticas
«Vicente num arranco, remata.
A perseguição benfiquista era grande, e o pontapé saiu torto!»
A perseguição benfiquista era grande, e o pontapé saiu torto!»
«Vicente, num salto magnífico, que afirma excepcionais
qualidades atléticas, remata às balisas»
qualidades atléticas, remata às balisas»
(...) Vicente do Ó, jogador com grande potencial mas teve uma passagem curta pelo Belenenses. Saiu muito zangado. O Belenenses, no ano seguinte, tentou o seu regresso, mas ele não quis regressar. As imagens são de jogos contra o Benfica e contra o Atlético, jogo que o Belenenses ganhou por 7-1 com 4 golos do Vicente do Ó (...) Joaquim Caetano
À volta das nossas nostalgias
Para todos aqueles que querem "...matar saudades e memórias ou até ressuscitá-las" o BI sugere fortemente um visita ao excelente Blog SANTA NOSTALGIA. Lá encontrará muito do que povoou a nossa infância e adolescência. Imperdível, conforme podem ver pela a amostra que retirámos de lá.
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