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Salésias permitem esplosão do futebol de formação azul

Com o regresso do histórico campo ao clube do Restelo, escalões jovens podem ganhar novo espaço para se treinarem.
São cerca de 450 os praticantes no Belenenses.
Opção pode passar pela construção de um relvado sintético.
AS Salésias vão mesmo voltar para o Belenenses. Um sonho em que muitos ainda não acreditam, mas uma realidade que os sócios e adeptos do clube do Restelo vão perceber muito em breve.
É então importante compreender o que vai ser feito num espaço que hoje não tem utilidade, está abandonado, sujo... Um dos projectos equacionados pela actual Direcção do Belenenses passa por requalificar a área, colocar pelo menos um campo relvado (sintético será a opção mais viável) e permitir que os escalões de formação possam ter, finalmente, um espaço para explodir.
Como é sabido, são muitos os diamantes que passam pelo Restelo.
Porém, sem condições de trabalho, o clube não tem forma de os lapidar, acabando por perdê-los para os rivais.
A requalificação das Salésias vai permitir que cerca de 450 futebolistas (250 de competição, 200 das escolinhas), possam ter um espaço próprio, deixando de sacrificar os relvados do Restelo, sem condições para albergar tantos jovens.
«Essa é a melhor notícia para a formação deste clube. Temos doze equipas de competição repartidas pelos vários escalões, que se treinam, pelo menos, três vezes por semana, algo que não é compatível para as actuais condições. Se queremos que a formação cresça, há que dar condições aos jogadores e aos treinadores para trabalharem a sério, podendo apresentar melhores resultados no futuro», explicou Jorge Castelo, coordenador do futebol de formação azul.
Mas a construção de uma casa para a formação não se esgota no aperfeiçoamento dos talentos.
O Belenenses tem 12 equipas de competição nas quais jogam 250 futebolistas
«Neste momento, devido à falta de espaços, há jovens que terminam os seus treinos às 22.30 horas, depois de terem iniciado o dia às 7 horas. São miúdos que não têm o tempo de descanso necessário. É normal que andem cansados. Do ponto de vista desportivo é péssimo. Em termos sociais é prejudicial», lembrou, acrescentando: «Com mais campos podemos fazer os treinos mais cedo, eles podem descansar, o clube poupa na luz... só temos a ganhar.»
Não se sabe ainda quando será celebrado o acordo da passagem das Salésias para o clube da Cruz de Cristo, porém, há já a certeza de que, com este mítico espaço, o futebol do Belenenses vai ganhar armas para ombrear com os grandes de Portugal. O campo das Salésias é a mola impulsionadora que faltava para os azuis saltarem para onde há muito ambicionam estar: no topo do futebol português.
- " mítico. O campo das Salésias foi utilizado durante muitos anos pela equipa de futebol do Belenenses. Um espaço mítico onde foram disputados desafios de enorme intensidade e emoção. Na imagem pode ver-se um Belenenses-Sporting disputado a 7 de Novembro de 1948, data em que os leões foram superiores e venceram, por 4-1. Hoje não há jogos, muito menos público. Em breve será possível voltarem a realizar-se desafios nas Salésias, mais que não seja da formação do Restelo. E com isto... cresce o Belenenses.
Reportagem do jornal "A BOLA" datada do passado dia 27.

Baptista Bastos entrevista Matateu: "O Matateu não diz mal de ninguém"


BB - (...) 1960, 61. Eu tinha ido para o "Almanaque" expulso d’ "O Século", por motivos políticos. E queríamos fazer um número sobre os "monumentos" nacionais. O Matateu, a Amália Rodrigues - com uma capa espantosa do João Abel Manta.
Uma publicação que tivesse mais de 120 páginas não ia à censura prévia, era um truque que arranjávamos, ter mais de 120 páginas. Decidiu-se que eu ia entrevistar o Matateu, e pergunto as coisas ao contrário.

P. - É uma entrevista muito cruel...Se ele sabe quem foi o Aquilino, o Beethoven....

BB - Para dar a imagem devolvida [da nação], digamos. Extremamente cruel. Qual é o país que gosta mais? É a Itália. Então porquê? Por causa das mulheres, gostam muito dos pretos...

P. - Marquei aqui [no livro "As Palavras dos Outros" que pode ler clicando aqui]: "Por causa das mulheres. Lindas. Comi algumas. Muito boas. Gosto bastante da Itália. Que rico país para um preto viver!" Ele disse mesmo: "Que rico país para um preto viver!"?

BB - Rigorosamente. O Matateu era absolutamente invulgar, e não sei se eu devia ter publicado essas coisas. Ele subia a Calçada da Ajuda e os miúdos atrás dele. Todo o gato e cão era Matateu. Ele sentava-se naqueles bancos corridos das tabernas a conversar com as pessoas. Era extremamente popular. Mais tarde tentei ressarcir-me escrevendo uma crónica onde dizia que fui muito cruel. Porque ele diz lá na entrevista: "O Matateu não diz mal de ninguém." (...)

Entrevista de Baptista Bastos ao suplemento do Público, Ípsilon. 2007.
Caricaturas de Baltazar e Miguel Salazar

Excelentes Vitórias do Atletismo Belenense

Rui Ramos, Almério Cardoso, Joaquim Branco, Januário, Ambrósio, Monteiro, Manarte, Arménio Neves, Gonçalves e Albuquerque obtiveram excelentes vitórias no torneio de equipas
Páginas 3 e 4 do jornal, "Os Belenenses" de 5 de Junho de 1954

Em Valença do Minho adepto apareceu vestido com duas camisolas - O dia especial do Pura

Bancada central cheia, castanhas assadas, febras, vinho novo nas tigelas.
Um verdadeiro clima de festa no Estádio Dr. Lourenço Raimundo, em Valença do Minho, ali com a Espanha (ou a Galiza, como sublinhou alguém nos sinais de estrada) tão perto.
Para José Carlos Mendes, ou o Pura, que anuncia uma surpreendente idade de 57 anos, o dia foi ainda mais especial.
Porque é de Valença mas adepto do Belenenses e foi a primeira vez que viu a equipa azul jogar na sua terra.
Já a tinha visto por perto, em Ponte de Lima, mas ontem foi mesmo o concretizar de um sonho.
Por isso, rasgou as camisolas do Sport Clube Valenciano...para as coser de imediato.
Com uma metade para cada clube num dois em um surpreendente.
"foi a providência da sorte que juntou estas duas equipas do sorteio, hoje sei que vou sempre ganhar alguma coisa", referiu a Record.
Ganhou a paixão à distância.  (jornal Record edição de hoje, 23/11/2009)

Uno de los "Cuatro Grandes" Portugueses: Scopelli, forjador de su fútbol preciosista y entusiasta

«Club polideportivo, el Belenenses participa regularmente en las principales competiciones nacionales de especialidades tan variadas como baloncesto, atletismo, balonmano, hockey sobre patines, natación o gimnasia, además del fútbol.
Puede decirse que con el Benfica, el Sporting y el Oporto, el Belenenses es uno de los baluartes del deporte luso, con todas sus virtudes y defectos,»
Página 16 da edição do "El Mundo Deportivo" de 25/07/1976

1987: Os Belenenses pudo anticipar la crisis barcelonista



De providencial cabría calificar aquel triunfo.
De ello hace tan sólo un año y estará fresco en la memoria de todos los buenos aficionados.
El Barça se midió con Os Belenenses, en la Copa de la UEFA, y en el minuto 90 todavía no se había inaugurado el marcador.
Había desencanto y crispación en los graderíos del estadio. Pero justo en el último minuto del encuentro, Moratalla conectó un cabezazo que llevó el balón a la red y tres minutos más tarde, ya en tiempo de descuento, Víctor volvió a marcar con un certero remate a pase de Calderé.
La eliminatoria quedó encarrilada cuando menos se esperaba, pero los aires de crisis azotaban el Camp Nou y abrieron la brecha de una temporada singularmente polémica y decepcionante. El conjunto portugués, modesto y apenas inquietante, pudo haber anticipado un clima de disgusto. que posteriormente se hizo patente en la gran masa barcelonista.

Carlos Silva: Uma vida dedicada ao desporto e à grandeza do Belenenses

CARLOS FRANCISCO DOS SANTOS SILVA, nasceu em 9 de Abril de 1934, no bairro lisboeta da Graça. Interessou-se pelo desporto logo nos tempos do liceu - no antigo Liceu Gil Vicente, em Lisboa - onde chegou a experimentar o futebol e o voleibol, mas inicialmente foi no andebol de onze que conseguiu o maior destaque, vindo a competir pelo Sport Lisboa e Benfica.
No entanto, sendo filho de Belenenses e ele próprio sócio e adepto fervoroso, o seu maior sonho era representar o seu clube predilecto. Tal aconteceu aos 15 anos, quando começou a participar em várias provas de atletismo, evidenciando desde logo aptidão física invulgar.
Pouco tempo depois, por sua iniciativa - embora timidamente - pediu para treinar nas equipas de futebol, onde captou a atenção de Augusto Silva e Rodolfo Faroleiro, antigos jogadores de primeiro nível e técnicos consagrados.
Foi o último que, no final da época de 1950/51, se encarregou de ministrar a sua primeira formação específica para o futebol (como que lapidando um “diamante” em bruto).
Na época de 1951/52, Carlos Silva passou a alinhar na equipa B de juniores, no lugar de avançado centro (marcando bastantes golos, hábito que manteria para o futuro, mesmo jogando noutras posições).
Não tardou para que fosse, na mesma época, elevado à equipa A de juniores.
Na época seguinte (1952/53) conseguiu os primeiros sucessos, já como médio-avançado: foi finalista do Campeonato de Portugal e campeão de Lisboa.
A sua evolução como jogador era notável.
Na época de 1953/54 alinhou já pelas equipas de Aspirantes e de Reservas, aproximando-se cada vez mais da equipa principal - pela qual alinhou pela primeira vez na época de 1954/55.
E conseguiu afirmar-se, ao lado de grandes lendas do nosso futebol como Matateu, Vicente, Di Pace, Serafim, José Pereira, Perez, Dimas ou Pires, para além de outros “tesouros” da formação Belenense como Raúl Figueiredo (que nessa altura substituiria o campeão nacional Serafim como capitão de equipa), Moreira, Tito, Angeja ou Inácio...(...)"


In Jornal "OS BELENENSES" edição de Fevereiro de 2007.

¿Yauca del Os Belenenses al C. F. Barcelona ?

Lisboa. — Se asegura que el conjunto lisboeta Os Belenenses ha delegado a un portugués residente en la Ciudad Condal, para que se entreviste con los directivos barcelonistas, a fin y efecto de gestionar el traspaso a este club ale su delantero internacional Yauca, una de las más destacadas figuras del fútbol de este país.
Yauca ha formado repetidas veces en el centro de la vanguardia del Os Belenenses y de la selección nacional portuguesa, aunque por su facilidad de adaptación puede alinearse en cualquier puesto de la delantera.
Noticias llegadas hasta nosotros aseguran que el Os Belenenses solicita la cantidad de tres millones de pesetas, por su jugador, que desde luego no es excesiva teniendo en cuenta las cotizaciones en el mercado internacional.
Al parecer, ha sido el propio Yauca el que se ha dirigido a la junta directiva solicitando ser traspasado a Italia o España, naciones que siguen constituyendo el verdadero El Dorado para los futbolistas europeos.
Es muy posible que a principios de la próxima semana tenga lugar la entrevista entre el delegado del Os Belenenses y los miembros de la junta directiva barcelonista.
12 de Maio de 1963

Todas las tardes en la cancha del «Belenenses» espero pacientemente que vayan llegando los muchachos


Alejandre Scopelli, escreveu na edição de 16 de Junho de 1972 do "EL MUNDO DEPORTIVO": Ao futebol só devem chegar os miúdos que gostem dele e não aqueles que são obrigados pelos pais.

(...) Todas las tardes en la cancha del «Belenenses» espero pacientemente que vayan llegando los muchachos y voy probando sus aptitudes para el fútbol.
Pero los tiempos han cambiado. Yo recuerdo que hace años, cuando convocaba a los muchachos para ser probados para ser jugadores infantiles del «Belenenses», me llegaban cientos de chavales que me ahogaban en el campo con verdadera fiebre y ansias de fútbol.
No era problema elegir los cien mejores. La preocupación era la pena y el temor de tener que despreciar a ló mejor a un jugador que con el tiempo pudiera ser una primera figura, aunque compensaba la satisfacción de haber elegido a un número de muchachos con condiciones y sobre todo, con afición por elfútbol.
Hoy el panorama no es el mismo. Y no tan sólo en Portugal, porque ahora en el «Belenenses» me estoy dando cuenta que el fútbol portugués se halla metido en el mismo problema que ya advertí en otros países por donde pasé en mi larga peregrinación como entrenador. (...)»

Jornal do Belenenses - Edição de Agosto de 1952

Basquetebol: Mais um ano campeões!

O Belenenses necessita de mais sócios...
Rui Ramos, o primeiro finalista olímpico do atletismo português.
  • Um grito de fé... Trabalhemos todos para o novo estádio !
  • António Feliciano, um coração de criança num corpo de atleta
  • Novos cartões de identidade
As 4 páginas da edição de Agosto de 1952 do Boletim do C.F. "Os Belenenses"

José Pereira de Wembley a segunda division: El famoso y gran guardameta ha fichado por un equipo secundario


Pasar de la apoteosis del Campeonato Mundial de Fútbol en el estadio de Wembley, al anonimato de las pequeñas ciudades del centro de Portugal, donde se disputan partidos de Segunda División, fue cuestión de meses.

La noticia extrañó a los mejores especialistas deportivos, pero luego se olvidó, porque nadie se compadece de los vencidos. José Pereira, el gran guardameta del Belenenses, la gran figura del Wembley, el jugador que galvanizó la atención del público y la crítica e a los Campeonatos del Mundo, el portero de Portugal en los momentos de gloria frente a equipos poderosos como Inglaterra, Alemania, Rusia y Corea del Norte, ha dejado Lisboa para jugar en un club de Segunda División.

Al principio nadie quería creerlo, pero la verdad es que José Pereira defiende los colores del Beira-Mar, en la pequeña localidad portuguesa de Aveiro.
¿A qué se puede atribuir tan inesperada y brusca decisión de un jugador de su categoría? 
¿Será justo admitir que en tan corto espacio de tiempo, un jugador que hizo delirar a las multitudes en la más grande competición mundial de fútbol, haya sufrido un bajón tan brusco?

Nadie mejor que el propio Pereira nos puede sacar de tantas dudas.
Fuimos a verle a Aveiro, durante uno de los entrenamientos.

➤ Me pregunta las razones de mi «caída» profesional. ¡No he caído! Al menos que se llame caer a firmar el mejor contrato de toda mi vida? Tal y como le digo.
Dejé el Belenenses por que el club no disponía de recursos para pagar a grandes jugadores.
El Belenenses es un club pobre que de ninguna manera podía pagarme lo que estoy cobrando aquí en el Beira-Mar.
Además de esto, el ambiente de Belenenses era muy molesto, casi insoportable.
Mucho antes de finalizar el Campeonato de Mundo manifesté a la junta directiva mi intención de abandonar el equipo. Para conseguir mi propósito tuve siete reuniones.
Por fin lo conseguí, al tiempo que cobraba los doscientos ochenta contos que se me debían (unas quinientas sesenta mil pesetas).

¿ Sin embargo, se ha dicho que usted pedía una suma enorme por
temporada... ?
➤ Eso no es cierto. Yo sólo pedí setenta y cinco contos por temporada; esto es, ciento cincuenta mil pesetas. La junta directiva no aceptó mi proposición porque yo exigía también que se me pagase lo que me debían de temporadas anteriores.
El club está en crisis y todo lo que se diga no son más que palabras vanas para evitar que se vea dónde se esconde la lhaga. 
¿ Cuánto cobra en su actual equipo ?
➤ Sólo puedo decire que de los clubs de Primera División nada más que el Benfica paga algo más a un reducido número de jugadores. 
Mientras damos una vuelta, José Pereira nos habla de su estado actual. 
➤ Me siento perfectamente en forma. Mejor de lo que me encontraba en Lisboa, porque la moral es indispensable para un jugador y más para un portero. Ultimamente estaba muy desmoralizado. Después de Wembtey sólo faltó que me exigieran marcar goles...
José Pereira eligió su actual equipo, aparte del beneficioso contrato, porque está convencido de que el Beira-Mar tiene muchas probabilidades de ascender rápidamente a Primera División. Ha firmado el contrato por tres años. Luego, quizá juegue un año más - para retirarse después, a los cuarenta años.

¿ Tiene dificultades de adaptación en esta pequeña ciudad ? 
➤ No, Yo soy muy casero y aunque, desgraciadameñte, no tengo hijos, incluso en Lisboa pasaba todo mi tiempo libre en mi hogar. 
¿ Su mujer va al campo para verle jugar ? 
➤ No. En toda su vida no me ha visto jugar más que dos veces, una de ellas en Lisboa, cuando el Belenenses se enfrentó al Barcelona de su ciudad natal. No es aficionada. 
¿ La carrera deportiva de este gran guardameta está próxima a tocar a su fin ?
➤ Cuando deje el fútbol me iré a vivir a Barcelona. Mi mujer está ahora allí para firmar la escritura de un piso que hemos comprado. Más tarde, es muy probable que monte allí un negocio. 
El diálogo nos desvía del tema por el cual venimos a verle.
¿ añoranza del gran público de Wembley ? 
➤ De ninguna manera. En el terreno, el juego absorbe toda mi atención, y aunque éste sea un equipo de Segunda División atrae de forma asombrosa a la afición, hasta tal punto que el año pasado quedó en el cuarto lugar entre los más populares de Portugal, el Benfica, el Sporting y el Oporto. 
¿ Cuáles son, en su opinión, los problemas del fútbol portugués ? 
➤ Pienso que nuestro gran problema reside en la falta de futbolistas. Vivimos a la sombra de media docena de elementos excepcionales. Difícilmente podríamos repetir la próeza de Inglaterra que, en parte, fue obra de la suerte. No tenemos organización. Vamos de improvisación en improvisación sin construir una obra estructurada de cara al futuro.

Concluida la misión que nos trajo a Aveiro, pudimos volver tranquilos portando en la maleta el manifiesto despego de un hombre que llegó a la cúspide de su carrera y renunció a la fama para marcharse a un equipo de Segunda División, cuando se le consideraba en plena forma. Un hombre, en suma, sin complejos. 


Antonio D. Santos, In "El Mundo Deportivo" de Espanha, edição de 1 de Novembro de 1967

O primeiro guarda-redes do Belenenses foi...

(...) Mário Duarte envergou pela primeira vez a camisola do Clube, no dia em que o Clube apareceu em campo pela primeira vez - 30 de Novembro de 1919.
Jogou em jogo oficial, porque se tratava de jogo organizado pela Associação de Futebol de Lisboa.
Depois de Mário Duarte, o guarda-redes do Clube foi Alaiz.
De 1919 a 1924, Mário Duarte ocupou as balizas do Clube e a ele pertencem as jornadas gloriosas de solidificação belenenses e de êxitos sucessivos de títulos, taças e jogos internacionais.
Os seus últimos jogos foram jogados com o Sporting Clube de Portugal, quando conquistámos a taça Camões e Vitória de Setúbal, na taça Voluntários da Ajuda.
Isto passou-se em Junho de 1924 em que figura de Mário Duarte já nos aparece acompanhada de belenenses que deram glória ao desporto Nacional e muitos deles ainda vivem na retina de alguns belenenses do presente.
Revivemos a nossa equipa de 1924:
Mário Duarte; Azevedo e Morais; F. Pereira, Augusto silva e César de Matos; Fernando António, J. Pires, Joaquim de Almeida, Joaquim Rio e Alberto Rio.
De Mário Duarte a Alaiz, tivemos episodicamente a preciosa colaboração dos guarda-redes seguintes: Mário Monteiro, Paulo dos Santos e Stoker.
E o próprio Artur José Pereira - o maior de todos, figura máxima do Belenenses no campo desportivo - também foi nosso guarda-redes!
O novo capítulo com Alaiz surge na visita do F.C. Cette em 1924 e mantêm-se nas nossas redes até surgir Assis...(...)

Artigo, assinado pelo Sócio 257, publicado na edição de Julho de 1954 do Jornal do Belenenses.

Scopelli el forjador del actual Belenenses - su club de siempre


Es Alejandro Scopelli, Belenensos y en otros muchos clubs a ambos lados del “charco...”—‘Porque usted fue entrenador del Belenenses, verdad?
En efecto. En cinco o seis ocasiones, todas ellas alternativas, fui llamado para dirigir al Belenenses.
  • "Belenenses, le dará guerra al Barcelona porque tiene un envidable espíritu de lucha"
  • "El paraguayo Gonzalez es un autentico diablo; será la pesadilla de la defensa azulgrana"


SU CLUB DE SIEMPRE
—La última vez que estuve con Belenenses fue en la temporada 1973-74. Y antes había sido en 1971-72. Y antes en otras tres ocasiones más. He sido algo así como el paño de lágrimas de ese club, que siempre que se encontraba con problemas acudía a mí.
Porque Alejandro Scopelli esta muy ligado al club de la “cruz de Cristo”. Incluso basta, allá en sus años mozos, fue jugador suyo...
Se quita un lujoso anillo de una mano y me lo enseña. Lleva esa cruz de Cristo que es el escudo de Belenenses:
Me lo regalaron entonces, ya que no cobré ni un duro por entrenar al equipo, conformándome con lo que ganaba como jugador. Y desde entonces he estado vinculado a Belenenses.

BELENENSES, WEST HAM y SANTANDER, al trofeo "PRINCIPE DE ESPANHA"
Ambas notícias de "EL MUNDO DEPORTIVO" de 31 de Julho de 1976.

"Um jornal que ambiciona ter uma função federadora em relação à população dever cuidar de não alienar os diversos grupos sociais"

(...) Quanto às apreciações de João Bonifácio sobre o clube do Restelo e o seu público, os protestos foram mais violentos. “Os Belenenses não merecem estas palavras vindas de ninguém, muito menos de um jornal como o PÚBLICO”, escreve João Carlos Silva, que, feito sócio do clube há 28 anos, quando era um garoto, rejeita o epíteto “velhinho”.
E diz José Manuel Anacleto, após anunciar ter deixado de ler o PÚBLICO por causa desta crítica: “A maneira como (...) se permitiram achincalhar um dos maiores clubes portugueses (...) e as suas largas de dezenas... de milhares de sócios e adeptos – nos quais me incluo –, não me permite olhar para o vosso jornal sem um sentimento de profunda repulsa”.
Outro anónimo é ainda mais duro: “Nem mesmo com pedido de desculpas do PÚBLICO voltarei a comprar esse ‘jornal’, que permite ter jornalistas como João Bonifácio”.
O sócio Tiago Pinho proclama: “Não pactuamos com desconstrutores da moral e exigimos que João Bonifácio se renda à clara e expressiva grandeza social e histórica da instituição que, infelizmente, ofendeu”.
Finalmente, entre outros, um sócio antigo, Álvaro Lopes da Cruz: “Tenho 74 anos e devo ser um dos ‘velhinhos’ a quem de forma tão mal educada esse senhor se dirige. Seria boa ideia que respeitasse os mais idosos e conhecesse a história do grande Belenenses, clube com 90 anos e por onde têm passado milhares e milhares de crianças e jovens”.
Alguns destes protestos, incluindo um da própria direcção do clube, foram também enviados à direcção do jornal, e no editorial já referido Nuno Pacheco admitia que “o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas”, reassalvando porém que “a independência da crítica, desde que assinalada como tal, continuará a ser respeitada no PÚBLICO”.
O assunto poderia ser aqui encerrado, mas entretanto João Bonifácio, na resposta à solicitação do provedor para se pronunciar sobre os protestos, reivindica para si toda a razão.
Só essa resposta, bastante minuciosa, não caberia nesta página, e por isso a sua integralidade é remetida para o blogue do provedor, salientando-se aqui apenas os tópicos fundamentais: “Comparei o festival com o futebol do Belenenses pela razão óbvia: (...) os resultados do Belenenses nos últimos dois campeonatos foram fracos, e o festival que ali decorreu idem (na minha opinião). (...) Querer impedir que se façam comparações inesperadas num exercício crítico é querer impedir o humano de ser humano. (...) O Belenenses (...) é dos clubes com o estádio mais vazio. E é apenas a esse facto a que a frase ‘há duas dezenas de velhinhos nas bancadas’ se refere. (...) Não há nenhum insulto, antes uma brincadeira que eu diria mesmo carinhosa: o Belenenses é o meu segundo clube, desloco-me ao Restelo três ou quatro vezes por ano e na bancada central encontro sempre grande predominância de adeptos mais idosos.
Se eu usasse a expressão coloquial ‘meia-dúzia de adeptos’ já não seria ofensivo? (...) Haverá a mínima possibilidade de me concederem que pessoalmente considero a expressão ‘velhinhos’ carinhosa (...)? Será que a idade é ofensiva? (...) É óbvio que não há apenas duas dezenas de velhinhos no Restelo, mas alguém, por um segundo, não percebe o sentido da frase? (...) Não é por se tratar de cultura massificada que devemos ser condescendentes, apesar de ser essa a prática corrente. (...) Qualificar de ofensa o meu texto é pelo menos abusar da interpretação. (...) Lamento que o meu texto tenha ofendido alguns leitores, porém parece-me que não só é preciso aceitar toda uma diversidade de opiniões diferentes como também toda uma diversidade de registos. (...) Ao pedir desculpas a uma instituição que me chamou, numa carta em que se treslê o que escrevi, ‘boi’ e ‘cobarde’, o PÚBLICO está a vincular-se a esses insultos?”

Como o provedor já considerou noutras ocasiões, o PÚBLICO, que ambiciona claramente ter uma função federadora em relação à população portuguesa, deveria cuidar de não alienar os diversos grupos sociais com considerações gratuitas ou de mau gosto, eventualmente ofensivas. A responsabilidade não é de João Bonifácio, mas de um editor que deveria ter feito a leitura prévia do texto e chamar-lhe a atenção para uma passagem mais desprimorosa para os adeptos de um clube. Na esmagadora maioria dos casos, o redactor cai em si, muda o que tiver de ser mudado e o texto cumpre na mesma a sua função.


Pode ler o texto na íntegra clicando AQUI

«Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo»

"Como aquilo dos cartoons era lá longe defendíamos a liberdade de expressão.
Aqui na redacção impera o respeitinho pelo bom nome da Cruz de Cristo.
Não deixa de ser curioso ver como os extremosos paladinos da liberdade de expressão, quando uns certos cartoons sobre Maomé davam para agitar o choque de civilizações, se converteram em três tempos nos editorialistas que fustigam a opinião escrita no seu jornal quando o que está em causa são as “fundamentadas manifestações de indignação” dos adeptos do clube da Cruz de Cristo.

Utilizar um editorial - por definição, o espaço de referência da opinião da direcção de um jornal – para condenar abertamente um jornalista que se limitou a constatar o óbvio, isto é, que o Belenenses não tem adeptos e que os que tem estão envelhecidos, é uma estranha e difusa forma de respeitar o direito “intocável” à “liberdade de opinião e de crítica”. 

Que raio de “liberdade de opinião” é esta em que a direcção do jornal admoesta, de forma pública, as figuras de estilo escolhidas por um jornalista no livre e subjectivo exercício de crítica?
Liberdade de imprensa não é apenas a do jornal poder ser publicado sem pressões e constrangimentos impostos pelo poder político, é também a dos jornalistas, cumprindo as normas legais e deontológicas a que estão obrigados, poderem escrever o que pensam sem o receio de perder o emprego ou serem publicamente repreendidos pelos seus superiores. O que pensarão os seus colegas?
Que o melhor, em vez de tentarem expressar a sua subjectividade pessoal, será transformar as páginas de opinião e de crítica do Público em secos telexes próprios das agências noticiosas?
Quem é que quererá ler, e pagar, um jornal assim?

Não deixa de ser sintomático que, no curto espaço de um mês, seja esta a segunda vez que alguém com responsabilidades editoriais no Público critique abertamente o trabalho dos jornalistas que dirigem."
Texto da autoria de Pedro Sales publicado no ARRASTÃO
"Eu sou de Vizela e conheço 5 adeptos, em Guimarães há 40, na Vila das Aves, 30 em Braga 50 ( aprox.).Multiplique por quase todas as aldeias, todas as vilas e cidades de Portugal: um exemplo, há dias estive em Viseu, e lá estava no centro uma representação dos”Repesenses”, disseram-me que se tratava de uma filial do Belém com muitos sócios do Belenenses.
A distância ao Restelo impede dezenas de milhares de o frequentar.
Tem absoluta razão quanto aos adeptos de Lisboa e arredores até 50 Km de raio.
É uma vergonha não estarem lá.
Curiosamente com o Belenenses na II LIga muitos estádios do Norte tinham centenas de adeptos.
Os adeptos do Belém de longe, ficam estupefactos com a reduzida participação dos seus adeptos Lisboetas!"
José Manuel Faria, editor do RUPTURA VIZELA em resposta a Pedro Sales in ARRASTÃO

Editorial do "PÚBLICO" de 23 de Julho

O azul artificial


"Nas últimas três épocas, o Belenenses desceu de divisão em duas.
Apesar disso, nunca jogou na II Liga.
No jogo dos 'gabinetes', mantêm-se na I Liga.
Estas manutenções artificiais devem fazer pensar o 'mundo azul'.
O histórico Belém caiu numa crise de identidade incapaz de perceber os novos tempos, onde a lenda do quarto grande se esfumou.
O clube tem, porém, um ADN histórico que, fugindo à fogueira dos grandes rivais de Lisboa, podia ser base de um projecto moderno.
Com os pés financeiros no chão, criar uma equipa respeitadora de um estilo de jogo capaz de cativar o público pela qualidade. Não é uma questão de dinheiro, mas de gestão inteligente.
Até os velhos do Restelo entendem. Caso contrário, restam estas forma de vida artificial para evitar o abismo."

Artigo de Luís Freitas Lobo publicado na edição do jornal "Expresso" do passado sábado, 4 de Julho e que pode ler AQUI.

Belenenses, 0 Benfica, 0

  • Para ver jogos como este dá prazer ir ao futebol
  • Que pena a falta de golos...
  • Final emocionante, com toda toda a gente de pé nos dois bancos

Primeiras páginas dos jornais, A BOLA e RECORD, de hoje.
Derby lisboeta sem golos: clique AQUI para ler a crónica do jogo.